Japonês da federal e condenados da Lava Jato lançam livros sobre a operação

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Foto: Brenda Alcantara
 
 
Jornal GGN – Depois dos procuradores de Curitiba que fazem palestras alavancadas pela fama com a Lava Jato, agora é a vez de Newton Ishii, o agente que ficou conhecido como “japonês da federal”, mais Paulo Roberto Costa, Alberto Youssef e Delcídio do Amaral – os três, delatores e condenados na Lava Jato – decidirem rentabilizar o envolvimento com a operação lançando-se no mercado editorial.
 
Segundo informações da Folha deste domingo (3), o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa “negocia com duas editoras um contrato para lançamento de seu livro e pretende terminar de escrever a obra em cerca de um mês. Não fala em cifras.”
 
O doleiro Alberto Youssef, ao contrário do diretor da Petrobras, não escreve de próprio punho. Escolheu o jornalista Pedro Marcondes, ex-repórter da revista IstoÉ, para “dar acesso ao seu passado”.
 
O jornalista e o doleiro assinaram contra com a Editora Objetiva, da Companhia das Letras. A previsão é de que o livro com cerca de 400 páginas seja finalizado até o primeiro semestre do ano que vem. Não deve ser uma biografia autorizada, nem um livro só sobre a Lava Jato.
 
Delcídio do Amaral, o delator considerado um mentiroso pelo procurador Ivan Cláudio Marcos, que atua em processos de Lula em Brasília, já gravou mais de 70 horas com o jornalista Cláudio Julio Tognoli. O projeto tem dedos da Editora Matrix. O livro também está previsto para 2018. 
 
O “japonês da federal” também pretende lançar um livro, mas não quis revelar quem será o jornalista responsável e tampouco a editora.
 

1 Comentário

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  1. Uma pergunta que não quer

    Uma pergunta que não quer calar: por que o Japonês da Federal, após um sucesso tão imenso por haver aparecido em todas as apreensões e prisões de petistas, em especial, fora pego como um ajudante de traficante de armas, favorecendo bandidos, iguais a ele, na fronteira do Brasil com o Paraguai, e depois, com uma tornozeleira que mais parecia uma adereço, participou da festa de Moro quando do lançamento do seu livro, sem perder salário, e ainda exercendo funções de PF na vara de Moro?

    Uma vez pego em crime de tal natureza, outra pergunta se há de fazer: quanto tempo agiu esse canalha em favor de bandidos, e quanto levava por cada carga de armas? De graça é que não foi.

    Mais: quantos já morreram nos arredores do País, e nas favelas, com essas armas ilegais? Quantos mais irão perder a vida por essa bandidagem federal?

    Parece que todas as perguntas encontram uma única resposta: Moro não poderia fazer mais contra o Japonês, que deveria saber muita coisa contra ele. Medinho.

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