Justiça mantém prisão de irmão de Beto Richa por tempo indeterminado

Juiz de Curitiba decidiu converter de temporária para preventiva detenção de Pepe Richa e de mais quatro investigados, em operação desdobramento da Lava Jato
 
Foto: Agência Estadual de Notícias/Reprodução
 
Jornal GGN – O irmão do ex-governador Beto Richa, teve a prisão temporária convertida em preventiva no noite deste sábado (29). José Richa Filho (ou Pepe Richa) está detido desde o dia 26 de setembro, em decorrência da Operação Integração, um desdobramento da Lava Jato. Com a decisão mais recente, do juiz federal substituto Paulo Sergio Ribeiro, da 23ª Vara Federal em Curitiba, Pepe ficará detido por tempo indeterminado.  
 
Sergio Ribeiro também transformou a prisão temporária em preventiva de Ivano Abdo, Elias Abdo Filho, Evandro Couto Vianna e Cláudio José Machado Soares. A Polícia Federal investiga denúncias de corrupção em contratos de pedágio de rodovias do Paraná concedidas à iniciativa privada. 
 
Na decisão deste final de semana, o juiz prorrogou também em mais cinco dias a prisão temporária de José Julião Terbai Jr., José Camilo Teixeira Carvalho e Ruy Sergio Giublin, alegando risco de destruição de provas, e mandou soltar outros três investigados por não considerá-los protagonistas do suposto esquema. O empresário e primo de Beto Richa, Luiz Abi Antoun, também investigado e que não chegou a ser detido porque estava fora do país, teve o pedido de prisão cancelado. 
 
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Há poucos dias do primeiro turno das eleições, o ex-governador e candidato ao Senado, Beto Richa foi detido com base em uma denúncia feita pelo empresário Antônio Celso Garcia, conhecido como Tony Garcia, que gravou conversas com Beto Richa, ainda em 2013, dando origem a investigação Operação Rádio Patrulha, do Ministério Público do Paraná.
 
Logo após a prisão de Richa, o tucano perdeu 11 pontos percentuais na disputa ao Senado pelo Estado, favorecendo o candidato Flávio Arns (Rede). A medida policial descumpriu uma determinação do Código Eleitoral que estabelece que candidatos a um cargo eletivo só poderiam ser presos até o dia 22 de setembro. O ministro do Supremo, Gilmar Mendes, interveio logo em seguida, por liminar, revertendo a prisão de Richa.
 
A Operação Integração é a 55ª fase da Lava Jato, investiga 14 pessoas e cumpriu 73 mandados de busca e apreensão, desde o dia 26. 
 
Redação

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