Justiça nega pedido para suspender investigação sobre cartel dos trens

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Foto: Divulgação

Jornal GGN – O Tribunal Regional Federal da 3ª Região negou um pedido da CPTM para suspender um inquérito que apura se houve pagamento de propina e lavagem de dinheiro envolvendo empresas que formaram consórcios para executar as obras da Linha 5. 

Segundo o Estadão, o tribunal decidiu que Mário Bandeira, ex-presidente da CPTM, e José Luiz Lavorente, ex-diretor de operação e manutenção da empresa, devem continuar como investigados.

O inquérito contra ambos nasceu de uma investigação maior sobre fraude no aditamento ao contrato firmado entre o Consórcio Ferroviário Espanhol-Brasileiro (Cofesbra), integrado pelas empresas Alstom, Bombardier Transportation Brasil Ltda e CAF. “O aditivo – um complemento ao contrato – foi firmado em 2005 e destinou-se à aquisição de 12 trens pelo valor total de R$ 223,5 milhões”, apontou o Estadão.

“Como houve prescrição em relação ao crime previsto na Lei de Licitações (art 92), o Ministério Público Federal (MPF) requereu e obteve na justiça o desmembramento do inquérito policial para instaurar um outro destinado à apuração de eventuais crimes de corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro”, acrescentou.

Em habeas corpus na segunda instância, os ex-dirigentes tentaram suspender a apuração, alegando que “não há qualquer indício de que tenham cometido esses crimes”.

A decisão do TRF-3 que acolheu o pedido de desmembramento do inquérito afirma que, ao contrário do que dizem os investigados, operações financeiras internacionais foram identificados e podem referir-se a eventual pagamento de “vantagens indevidas” a funcionários CPTM. Para os crimes de corrupção e lavagem de capitais não houve reconhecimento de prescrição.
Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

4 Comentários

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  1. não entendi o motivo para bloquear a investigação.

    não dar em nada mesmo, tudo tucano!

    se alguém for condenado, será anulado por alguma irregularidade jurídica. é só o tempo de chegar na 2ª instância.

  2. Pq suspender?

    O sistema de trem e metrô paulista é caixa-preta.

    Vejam, por exemplo, a Linha Amarela.

    A concessionária não tem como bancar a construção de mais estações. O governo resccindiu o contrato, MAS, pagou uma grana, coisa de milhões, pela rescisão!

    Entendeu, caro leitor?

    A empresa não tem como executar a obra do contrato e ainda ganhou uma grana!

    O pior metrô de São Paulo.

    Privatizado!

    Fora isso, o sistema do Metrô, pra remunerar a empresa privatante, entrega grana limpinha pra ela!

    A linha seria ruim e deficitária!

    Dá pra entender?

    Estamos em São Paulo. A locomotiva do país.

    A metáfora começa a ter outro sentido.

  3. E o Serra , Alckmin , Covas, etc ?

    Ninguém falou deles ! Ah ! a tramoia toda foi feita por 2 funcionários da CPTM.

    A locomtiva do Brasil pára,  para os tucanos passarem. E ainda se acham os reis da cocada branca !

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