Lava Jato gerou “descolamento institucional” e Moro era “chefe”, diz Gilmar

O ministro do STF disse ser "lamentável" e "grave" os procuradores da Lava Jato terem atuado como "transgressores da lei"

Foto: Agência Brasil

Jornal GGN – O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, comemorou o fim da Operação Lava Jato, afirmando que provocou um “descolamento institucional”, que estava “em outra estratosfera” e chamou Sérgio Moro de “chefe” desse fenômeno.

“Todos fatos revelados indicam que a Lava Jato estava em outra estratosfera, sequer pertencia à Procuradoria Geral da República. Você não via ninguém ali. Não via presença de um corregedor. Quem é o chefe da Lava Jato, segundo diálogos vazados? É o Moro, a quem chamam de russo. Dizem que seguem código penal da Rússia. É um descolamento institucional”, afirmou o ministro, em entrevista à CNN.

Afirmou, ainda, ser “lamentável” e “grave” os procuradores da Lava Jato terem atuado como “transgressores da lei”, conforme explicitaram as mensagens obtidas na VazaJato, pelo The Intercept Brasil.

Segundo Gilmar, uma saída para esse “descolamento” era a inclusão da Lava Jato dentro do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) dentro do Ministério Público.

O ministro comentou, ainda, sobre o julgamento da suspeição de Sérgio Moro, que deve ocorrer no primeiro semestre deste ano, dentro do julgamento do caso triplex contra o ex-presidente Lula.

O GGN lança, na próxima segunda (08), o documentário “Sérgio Moro: A Construção de um Juiz acima da Lei”, que narra, em detalhes, as violações a direitos na trajetória do ex-juiz federal.

Ainda, na entrevista, Gilmar não quis criticar diretamente Jair Bolsonaro sobre o combate à pandemia. Disse somente que é uma “missão difícil” e cobrou melhorias na vacinação.

“Faço votos que possamos combater essa lacuna e avançar na vacinação. Eu disse ao presidente que, diante das dificuldades com isolamento, a única solução é a vacinação em massa”, continuou.

 

Redação

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