Lula pede absolvição e nulidade da delação de Delcídio

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Foto: Ricardo Stuckert

Jornal GGN – A defesa do ex-presidente Lula apresentou na segunda (6) as alegações finais referente à ação penal em que o petista foi acusado por Delcídio do Amaral de ser o mentor de um plano para comprar o silêncio de Nestor Cerveró. O Ministério Público Federal já reconheceu que não há como comprovar a delação do senador cassado e pediu a absolvição de Lula. Além de exigir o mesmo, os advogados querem que o acordo de Delcídio com a Procuradoria Geral da República seja anulado. 

Em pouco mais de 120 páginas, a defesa de Lula analisou os 31 depoimentos coletados durante o julgamento em Brasília, incluindo o de Nestor Cerveró, ex-diretor da área Internacional da Petrobras. Segundo a banca, a declação de Cerveró demonstra, “de forma clara e absoluta, ser fantasiosa a versão apresentada por Delcídio do Amaral em seu acordo de colaboração premiada. Esses depoimentos comprovaram que Lula jamais praticou qualquer ato objetivando impedir ou modular a delação de Cerveró.”

“Ao final, foi requerida a absolvição do ex-Presidente Lula com base no artigo 386, II, do Código de Processo Penal (inexistência de prova do fato imputado) e também providências para que seja reconhecida a nulidade da delação premiada de Delcídio”, acrescentou a defesa.

Na manifestação do Ministério Público, o procurador Ivan Cláudio Marx – que também defende a revisão da delação de Delcídio – sustentou que o senador cassado agiu em interesse próprio tentando comprar o silêncio de Cerveró. Depois de preso em flagrante, fechou um acordo de delação imputando toda a culpa a Lula. 

“Delcídio estava agindo em interesse próprio. E Cerveró estava sonegando informações apenas no que se refere a DELCÍDIO, e não sobre LULA, a quem inclusive imputava fatos falsos apenas no intuito de proteger DELCÍDIO”, escreveu. Ainda de acordo com o MPF, “o chefe do esquema sagrou-se livre entregando a fumaça”.

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

4 Comentários

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  1. “Além de exigir o mesmo, os

    “Além de exigir o mesmo, os advogados querem que o acordo de Delcídio com a Procuradoria Geral da República seja anulado”:

    Vergonhoso ver alguem “pedindo” pra isso acontecer quando ja eh PARTE DO ACORDO DE DELACAO PREMIADA que ele sera invalidade em caso de inutilidade…

  2. Combater em vez de Conciliar

    Essa acusação traiçoeira de Delcídio tem um lado bom.

    Lula deveria pensar 1.000 vezes antes de fazer aliança com qualquer canalha que lhe traga alguns votos.

    Ganhar eleição com quem e pra quê ?

  3. Interessante

    Quando o MPF acusa Lula sem provas, como em todos os processos de Curitiba e de Brasília, os juízes logo acolhem pressurosamente as denúncias. Mas, quando o MPF afirma que determinadas denúncias –  caso completo da delação de Delcídio  –  não têm fundamento, nada acontece. Os processos continuam em aberto e Lula continua réu, à mercê da vontade do juiz.

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