Militares contrariam versão apresentada por Delgatti na CPMI

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

Embora confirmem ida à Defesa, integrantes das Forças Armadas dizem que ele esteve uma única vez; reunião durou 20 minutos

Hacker Walter Delgatti Neto, em depoimento à CPMI dos Atos Golpistas. Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

O hacker Walter Delgatti esteve de fato no Ministério da Defesa para discutir a segurança das urnas eletrônicas, mas que ele não teve influência no relatório final.

Contudo, militares entrevistados pelo jornal Folha de São Paulo contrariam a versão apresentada pelo hacker em depoimento à CPMI dos Atos Golpistas.

Segundo esses militares, o hacker realmente esteve no prédio do Ministério da Defesa no dia 10 de agosto de 2022, acompanhado do coronel da reserva Marcelo Câmara, então assessor especial da Presidência.

Essa reunião foi intermediada pelo então presidente Jair Bolsonaro. De acordo com os relatos, Delgatti e Câmara chegaram pelo subsolo do prédio, sem efetuar registro em portaria.

Em seguida, o hacker se encaminhou ao oitavo andar, onde se encontrou com um dos técnicos que integravam a equipe de fiscalização – e a conversa teria demorado cerca de 20 minutos.

Pela versão dos militares, o técnico militar teria visto que Delgatti não teria nada a acrescentar ao trabalho por não conhecer o sistema eleitoral em detalhes.

Na CPMI, Delgatti afirmou que teria participado de cinco reuniões durante o mandato do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), e que Bolsonaro pretendia forjar a invasão de uma urna a menos de um mês das eleições.

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