O que se sabe sobre a operação da PF contra manipulação em jogos de futebol

Ana Gabriela Sales
Repórter do GGN há 8 anos. Graduada em Jornalismo pela Universidade de Santo Amaro. Especializada em produção de conteúdo para as redes sociais.
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Atacante do Flamengo, Bruno Henrique, teria forçado faltas em partida de futebol para favorecer parentes no mercado de apostas

Polícia Federal – Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A Polícia Federal (PF) e o Ministério Público do Distrito Federal (MPDF) deflagrou, na manhã desta terça-feira (5), a Operação Spot-fixing que mira um esquema de manipulação de apostas envolvendo jogos de futebol para favorecimento de certos apostadores.

Um dos alvos da operação é o jogador Bruno Henrique, atacante do Flamengo. Segundo as investigações, o atleta forçou faltas durante uma partida pelo Campeonato Brasileiro no ano passado, a fim de favorecer apostadores, entre eles seus parentes, no mercado de apostas.

Na partida em questão, Bruno Henrique ele levou um cartão amarelo, que depois evoluiu para cartão vermelho e resultou na sua expulsão do jogo.

Alvos da Operação

Os apostadores, entre eles o irmão, a cunhada e dois amigos do jogador, também são alvos da PF, que cumprem 12 mandados de busca e apreensão, expedidos pela Justiça do DF, no Rio de Janeiro e nas cidades mineiras de Belo Horizonte, Vespasiano, Lagoa Santa e Ribeirão das Neves. 

No Rio, a ação conta com o apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do MP estadual (Gaeco/MPRJ). Agentes da PF estiveram na casa do atacante, na Barra da Tijuca; no Ninho do Urubu, centro de treinamento do Flamengo, em Vargem Grande; e na sede do clube, na Gávea.

O que mostra a investigação

A investigação tem como pano de fundo uma comunicação feita pela Unidade de Integridade da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Relatórios da International Betting Integrity Association (Ibia) e Sportradar, que fazem análise de risco, indicaram que houve apostas sobre cartões para aquela partida em um volume anormal.

No decorrer da apuração, dados obtidos junto às empresas de apostas mostraram que parentes de Bruno Henrique apostaram que ele levaria um cartão amarelo naquela partida, o que de fato ocorreu. “Trata-se, em tese, de crime contra a incerteza do resultado esportivo, que encontra a conduta tipificada na Lei Geral do Esporte, com pena de 2 a 6 anos de reclusão”, afirmou o MPRJ. 

A assessoria de imprensa do jogador Bruno Henrique informou que não irá se manifestar sobre o caso. Já o Clube de Regatas Flamengo disse que ainda está tomando ciência dos fatos.

Com informações da Agência Brasil

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