Perfil dos brasileiros condenados à morte na Indonésia feito em 2005

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
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Jornal GGN – O jornalista Renan Antunes de Oliveira foi para Jacarta em 2005 e, por quatro dias, conversou com os brasileiros condenados à morte na Indonésia. Em matéria especial feita para o jornal gaúcho Já ele coloca em evidência a vida que levavam antes de serem pegos tentando entrar com drogas na Indonésia, país que avisa aos interessados em Visto de Entrada que a pena de morte é aplicável em caso de comprovação de tráfico de drogas. Leia a íntegra da matéria publicada em 2005.

do Jornal Já

Na balada da morte

por Renan Antunes de Oliveira, enviado expecial do Jornal Já a Jacarta

Entrevistas exclusivas na cadeia com os brasileiros condenados à morte na Indonésia

Ainda não caiu a ficha do paranaense Rodrigo Muxfeldt Gularte, 32 anos, nem a do carioca Marco Archer Cardoso Moreira, 43, os dois brasileiros condenados à morte na Indonésia por tráfico de cocaína. Na quinta-feira 17, Marco perdeu o último apelo à Suprema Corte, dependendo agora de um improvável perdão presidencial para ser beneficiado com prisão perpétua. Na segunda 21 o presidente Lula pediu ao seu colega indonésio clemência em favor do condenado.

Durante quatro dias de entrevistas na cadeia de Tangerang, entre a quarta-feira 9 e o sábado 12, eles deram muitas gargalhadas relembrando suas aventuras. Os dois não estavam nem aí para a possibilidade de enfrentar o Criador, via pelotão de fuzilamento, ou passar o resto de suas vidas presos nos cafundós da Ásia. Se sentem como se tudo fosse apenas uma bad trip.

Eles confessaram ser traficantes tarimbados. E demonstraram, sim, algum arrependimento, mas só por ter embalado mal a droga que levavam em seus equipamentos esportivos, permitindo a descoberta pela polícia. Ela pegou Rodrigo com seis quilos escondidos em suas pranchas de surf, em 2004. E Marco com 15 na sua asa delta, em 2003.

Os dois homens que hoje dividem a mesma cadeia chegaram lá por trajetórias diferentes no mundo das drogas. Rodrigo foi mais usuário do que traficante, começou cheirando solvente aos 13 anos. Marco entrou no tráfico aos 17, já no topo da pirâmide, diretamente com os cartéis colombianos. Ambos fizeram várias viagens bem-sucedidas para muitos países, antes de se danarem no aeroporto da capital Jacarta, portão de entrada para se chegar na ilha de Bali, o paraíso dos pirados.

Os dois faziam parte de gangues diferentes. Na cadeia, formaram um laço instantâneo. Ficaram amigos ao ponto de dividir prato e colher. Suas afinidades: não terminaram os estudos, jamais trabalharam, sempre foram sustentados por outros, exploraram as famílias, viveram só pras baladas.

PROTEÇÃO MATERNA

As mães deles – mulheres sofridas, esperançosas e guerreiras – estão em campanha pela liberdade dos “garotos”, como elas e parte da imprensa tratam os dois barbados. Depois de gastarem os tubos com eles, estão raspando os cofres para resgatá-los. Na falta de uma boa causa além do incondicional amor de mãe, usam a bandeira do repúdio à pena de morte, de forte apelo na fatia esclarecida da humanidade.

Dona Clarisse, de Rodrigo, mobiliza o Itamaraty para proteger o seu. Dona Carolina, de Marco, obteve da Câmara de Deputados o envio de um apelo de clemência ao parlamento indonésio. A proposta, do deputado Fernando Gabeira, foi aprovada em plenário com apenas um voto contra, do deputado Jair Bolsonaro, um ex-militar linha-dura que há décadas luta pela adoção da pena de morte no Brasil.

Os diplomatas brasileiros em Jacarta trabalham nos bastidores para reverter as sentenças. Estão confiantes que vai dar certo. Notam a moleza do sistema porque só um traficante foi executado até hoje, dos 30 condenados sob as duras leis antidrogas indonésias de 2000. Era um indiano pobretão.

Pela expectativa otimista deles será possível reduzir a pena de Rodrigo para prisão perpétua, em segunda instância, negociando em dinheiro uma redução maior ainda na terceira, para 20 anos, com soltura em sete, talvez 10 – é sabido que o Judiciário indonésio adota uma regra não-escrita de trocar tempo de encarceramento por uma pena pecunária.

Eles admitem que no caso de Marco, já sentenciado em última instância, vai ser mais difícil. Será preciso om perdão presidencial apenas para reduzir de pena de morte para prisão perpétua, e depois negociar a saída. É que ele se tornou uma causa célebre porque fugiu do aeroporto quando foi descoberto com a droga, protagonizando uma caçada policial acompanhada em rede nacional de tevê.

Os custos para dar jeitinho nas sentenças e as despesas para manter os dois em celas cinco estrelas podem chegar a quase 200 mil dólares por cabeça. Dona Clarisse tem até mais para salvar Rodrigo; dona Carolina anda passando o chapéu. O desenrosco deve ser demorado: na melhor das hipóteses seus garotos voltariam pra casa entrados em anos, um quarentão, outro cinqüentão.

Agora o quadro sinistro: o fuzilamento do indiano pobretão, ocorrido em fevereiro, sinaliza uma mudança perigosa para os sonhos de liberdade dos brasileiros – a de que só dinheiro já não adianta mais.

É que a execução saiu por insistência do general durão Togar Sianipar, chefe da agência antidrogas deles. O homem está ‘‘hukuman berta bagi pembana narkotik’’. É isso mesmo: punindo severamente o narcotráfico.

Togar prometeu livrar a Indonésia das drogas até 2015, combatendo também a corrupção do sistema judicial – fechando o balcão de negócios a diplomatas e criminosos. Togar foi quem mandou pintar aquele aviso do hukuman em letras garrafais no aeroporto de Jacarta. Seu plano é simples e brutal: fuzilar os traficantes que pisarem no país.

“MORTE AOS CRISTÃOS”

O povão muçulmano o apóia. No tribunal, durante o primeiro julgamento de Rodrigo, em fevereiro, a platéia pedia ‘‘morte aos traficantes ocidentais cristãos’’, descrição na qual se encaixam os dois brasucas. O pedido da massa deixa o governo firme para rejeitar as campanhas internacionais por direitos humanos, livre de dúvidas existenciais sobre a pena de morte.

O modelo prende e mata já deu certo na política, em 1965, quando o país se dividia entre esquerda e direita. Em quatro meses, o presidente-general Suharto implantou o capitalismo fuzilando quase um milhão de comunistas.

Esta tradição não parece assustar os brasileiros sentenciados ao fuzilamento. Nos momentos de maior delírio eles já se enxergam, Marco em Ipanema e Rodrigo nas praias de Floripa, contando aos amigos como se livraram da fria.

Rodrigo sonha que políticos influentes amigos da mãe vão pressionar Lula para que ele interceda oficialmente a seu favor, pedindo clemência ao presidente indonésio. Marco anda tão avoado que até já encomendou de Casemiro, um amigo no Rio, o último modelo de asa-delta.

Paradoxalmente, a prisão é o momento de glória de suas vidas: “Somos os únicos entre 180 milhões de brasileiros”, diz Rodrigo, deslumbrado com a notoriedade obtida com o narcotráfico – cujo pico de audiência é entre jovens ricos praticantes de esportes radicais.

Eles acreditam nas chances de transformar o limão numa limonada. Estão com tudo pronto para botar um diário na internet. Planejam contratar videomakers para acompanhar seus dias. Negociam exclusividade na cobertura jornalística, começaram a escrever livros com a experiência.

Uma benção para os planos de libertação foi o tsunami que arrasou uma zona pobre da Indonésia: familiares e diplomatas contabilizam cada avião brasileiro de ajuda humanitária como um ponto para a futura negociação. O Itamaraty espera que os indonésios considerem isso na hora de analisar o pedido de clemência feito por Lula.

MORDOMIA NA PRISÃO

Enquanto esperam, os dois compram privilégios para viver como marajás na cadeia – ambos estão com o cordão umbilical ligado nas contas bancárias das mães: “Aqui é como numa pousada, muito legal, só que jogaram a chave fora”, diz Rodrigo, satisfeito, mesmo sendo acostumado ao conforto de sua suíte com sauna, na casa da família, em Curitiba. Marco também não resmunga, mas sente saudades dos apês na Holanda, EUA e Bali.

Enquanto os 1300 presos muçulmanos estão amontoados em 10 por jaula, cada um dos brasileiros tem sua cela. E elas estão equipadas com TV, ventilador, geladeira, forno elétrico, som pauleira. No jardim privativo criam pássaros, podam bonsais, alimentam os peixes do laguinho, cuidam da gata Tigrinha.

O serviço é excelente: presos pobres fazem a faxina, lavam as roupas deles, são garçons nas festas, cabeleireiros, pedicures. Os dois podem receber gente sem formalidades, todos os dias. Rodrigo já foi visitado pela família, pela namorada, a empresária carioca Adriana Andrade, e pelo parceirão Dimitri “Dimi” Papageorgiou.

Dimi é outro garotão com mais de 30, carioca de pais gregos, acusado de ser líder da quadrilha contratante do malfadado transporte das pranchas recheadas de coca. Apareceu na cadeia para ver seu mula Rodrigo, deu 2 milhões de rúpias para ele se virar, dinheirama que vale só 500 pilas. Mas agora Dimi não vai mais poder ajudar: ele foi preso, em fevereiro, pela Polícia Federal, no Brasil – aquelas rúpias dadas a Rodrigo poderão lhe fazer falta.

Marco recebeu a visita de amigos de Bali e de uma senhorita conhecida apenas como ‘Dragão de Komodo’, sua namorada indonésia. A moça também é sentenciada, está na área feminina da prisão. Dona Carolina já esteve com ele duas vezes, a última no niver, em outubro, quando deu uma festinha com brigadeiros e refris – depois, tirou uma soneca na cela do filho.

Dona ‘Carola’ é funcionária pública aposentada, superdescolada. Conquistou a simpatia dos carcereiros de Marco com seu ‘show do milhão’. Foi assim: cansada do assédio deles por dinheiro para cigarros, ela trocou 1 milhão de rúpias em notas de 10 mil (quase R$2,50) e saiu pelo pátio jogando as cédulas para o alto. Guardas e presos lutaram para recolher a mixaria.

Mais showtime na cadeia: os dois recebem suas visitas íntimas no sofá da sala do comandante. De vez em quando pinta um ecstasy. E nas noites quentes rola até um chopinho gelado, cortesia de um chefão local, preso no mesmo pavilhão. Lá, a balada não pára nunca.

A comida é tudo de bom. Marco tem curso de chef na Suíça, dá show na cozinha. Na semana passada seu cardápio incluía salmão, arroz à piemontesa, leite achocolatado com castanhas para sobremesa. O fornecedor dos alimentos é Dênis, um ex-preso tornado amigão. Ele pega a lista por celular e traz tudo fresco do Hypermart.

Quando o amigão está ocupado e a geladeira vazia, Marco chama a cobrar a mãe no Rio, que liga pra mãe de Rodrigo em Curitiba, que aciona a Embaixada, que despacha um chofer pra garantir o fome zero da dupla.

Como Tangerang é uma prisão provisória, nos arredores de Jacarta, Rodrigo e Marco estão como naquela piada da hora do recreio no inferno. O secretário do diabo pode anunciar o fim dos privilégios a qualquer momento. Pior do que o fogo será a transferência deles para o Carandiruzão de uma remota ilha no Sul, onde serão misturados com 10 mil presos muçulmanos: aí será bom começarem a rezar para Alá.

Sempre otimistas, já têm planos para tentar se refazer lá embaixo. Rodrigo bola um jeito de demonstrar sua habilidade em pesca submarina, para presentear peixes ao comandante da nova cadeia e conquistar sua amizade.

Difícil saber como é que lhe ocorreu uma idéia destas. Mas é fazendo planos absurdos como esse que eles passam os dias. As baladas da cadeia, o papo encorajador das famílias, o apoio dos diplomatas e a expectativa de que suas ações possam ficar impunes dão um tom surrealista pra todas conversas deles.

Num papo, Rodrigo revela sua crescente admiração pelo companheiro, já o acha até injustiçado. “Marco teve uma vida que merece ser filmada”, exalta, contando ter oferecido um roteiro sobre o amigo à cineasta curitibana Laurinha Dalcanale. “Ele fez coisas extraordinárias, incríveis.”

O repórter pede um exemplo de tal obra. “Ué, viajou pelo mundo todo, teve um monte de mulheres, foi nos lugares mais finos, comeu nos melhores restaurantes, tudo só no glamour, nunca usou uma arma, o cara é demais.”

Menos, Rodrigo. Menos.

Ele pára alguns segundos, reflete um pouco. Sai devagar do deslumbramento com as vantagens do narcotráfico sobre um emprego comum. Muda o tom e pede ajuda: “Por favor, brother, quando você for escrever, dê uma força, passe uma imagem positiva nossa, pra ajudar na campanha”.

Então diga lá o que você vai fazer quando for solto: “Bota aí que eu quero trabalhar 10 anos pro governo dando palestras pra crianças sobre a roubada que é o tráfico”.

Ele diz e saboreia o efeito das palavras. Traga seu Marlboro, acaricia Tigrinha. Parece sério, joga a fumaça pra cima. Quando solta tudo, o corpo já está se chacoalhando. É que ele não conseguiu conter o riso.

“Vou sair dessa”

SEU ÚLTIMO DESEJO: VOAR MAIS UMA VEZ EM SÃO CONRADO

Marco Archer já esperava ter a pena de morte confirmada no Supremo Tribunal indonésio, como ocorreu na quinta 17. Sua única esperança agora é um apelo do Itamaraty ao presidente indonésio por clemência. Isto lhe pouparia a vida, mas o deixaria para sempre na cadeia. A execução ainda pode demorar cinco anos.

Quem é Marco? Um carioca, com o apelido chinfrim de Curumim. Ele cresceu classe média na Ipanema dos ricos. Queria ser um deles. Em 80, aos 17 anos, foi à Colômbia disputar um campeonato de asa delta. Voltou campeão, mas mordido pela mosca azul do narcotráfico: sacou como ganhar dinheiro fácil.

“Alguém no hotel me deu uma caixa de fósforos com cocaína. Depois da primeira viagem, nunca fiz outra coisa na vida, tenho mais de mil gols”, exagera.

Ele conta que serviu de mula no Hawai, Nova York, Europa toda. “Fazia viagens rentáveis, ficava meses sem trabalhar.”

Na cadeia, Marco passa horas olhando fotos amassadas que guarda numa imunda pasta preta. São recuerdos de suas viagens, de belas mulheres, de carrões e barcos: “Não posso me queixar da vida que levei”.

Orgulha-se: “Nunca declarei imposto de renda, nem tive talão de cheque, não servi ao Exército. Só votei uma vez na vida. Foi no Collor, amigo da família”.

Com o dinheiro do tráfico, Curumim manteve apartamentos em três continentes, abertos pra patota da asa delta, do surf, da vida boa: “Nunca perguntaram de onde vinha meu dinheiro”.

Marco conta que saiu do Brasil para morar em Bali há 15 anos, “cansado de ver meu irmão (Sérgio) bater na minha mãe para obter dela dinheiro pras drogas”. O irmão morreu de overdose em 2000, mas a estas todas ele tinha tido seu infortúnio: em 1997 caiu da asa, sofreu várias fraturas.

Dali pra frente sua atividade de mula de drogas diminuiu, as contas de hospitais cresceram. Ficou quase dois anos sem andar, até conseguir se recuperar. Hoje anda com dificuldades, com as pernas cheias de pinos de metal.

Pra decolar outra vez na vida boa ele preparou aquele que seria seu último golpe, faturar 3 milhões e 500 mil dólares inundando Bali com cocaína.

Foi ao Peru, pegou 15 quilos com um fornecedor, por uma bagatela, cerca de 8 mil dólares o quilos (dinheiro que ele obteve com um chefão americano, com quem dividiria os lucros da operação).

Marco meteu a droga nos tubos de sua asa delta. Saiu de Iquitos, no Peru, para Manaus, pelos rios da Amazônia. “Eu me misturei com turistas americanos e nunca fui revistado”, gaba-se. De lá embarcou para Jacarta: “Tava tudo pronto pra ser a viagem da minha vida”.

No desembarque, mete o equipamento no raio x. A asa de Marco tinha cinco tubos, três de alumínio e dois de carbono. Este é mais rijo e impermeável aos raios: “Meu mundo caiu por causa de um guardinha desgraçado”.

Como foi: “O cara perguntou porque a foto do tubo saía preta. Eu respondi que era da natureza do carbono. Aí ele puxou um canivete, bateu no alumínio, fez tim tim, bateu no carbono, fez tom tom”.

O som revelou que o tubo estava carregado. Foi o fim de uma bem-sucedida carreira de 25 anos no narcotráfico.

Marco ainda conseguiu dar um desdobre nos guardas. Enquanto buscavam as ferramentas, ele se esgueirou para fora do aeroporto, pegou um prosaico táxi e sumiu – ajudado pelo fato de falar fluentemente a língua bahasa.

Estava com tudo pronto para escapar no iate de um amigo milionário, mas aí azar pouco é bobagem. Um passaporte frio que ele tinha foi queimado por um cúmplice que também fugia da polícia.

Depois de 15 dias pulando de ilha em ilha no arquipélago indonésio – estava tentando chegar ao Timor do Leste –, passou sua última noite em liberdade num barraco de pescador, em Lombok.

Acordou cercado por um esquadrão policial, armas apontadas. Suplicou em bahasa, tiveram misericórdia dele.

Na cadeia esperando a execução, procura levar seus dias na malandragem carioca, na maior paz com os carcereiros, sempre fazendo piadas, cozinhando-lhes pratos especiais.

Acabou pro Curumim? “Vou fazer tudo para continuar vivo e sair dessa”.

NAS DROGAS DESDE OS TREZE

Rodrigo nasceu em Foz do Iguaçu. É neto de latifundiário produtor de soja, filho de mãe milionária, dona Clarisse. O pai é um médico gaúcho de Santana do Livramento, Rubens Borges Gularte.

Aos 13, já em Curitiba, Rodrigo começa nas drogas, cheirando solventes. “Era um garoto maravilhoso, a alegria da família, nunca levantou a voz”, isso é tudo o que a mãe lembra dele naquela época.

Com 18 é preso fumando baseado no parque Barigüi. O pai queria deixar que ele fosse processado. A mãe não concorda, suborna um delegado com mil dólares pra soltar o garoto: “Se fossem prender todos que fumam”, justificou dona Clarisse.

O garoto ganha seu primeiro carro. Bota amigos dentro e sai pela América Latina como um Che Guevara mauricinho, bebendo e se drogando. “Fiz cada loucura”, lembra.

Aos 20 Rodrigo era um rapaz de 1,84m, magrão, modos educados, cheio de namoradas. Teve um breve romance com a professora catarinense Maria do Rocio, 13 anos mais velha, fazendo Jimmy, hoje com 12, autista. Raramente via o filho: “Eu não estava preparado para a paternidade”, admite.

Rodrigo passa a viajar muito e pira total: “Em Marrocos, fumei o melhor haxixe”. No Peru: “Coca da pura”. Na Holanda: “Ecstasy de primeira”.

Aos 24, sai bêbado e drogado de uma festa. Bate o carro num táxi, tenta fugir, bate noutro, abandona tudo e corre pra casa da mãe. Ela dá uma volta na polícia, chama um médico, interna o garoto.

Na ficha de internação, o médico João Carlos anota: “Mostrou onipotência, estava depressivo”.

Nos anos seguintes a mãe fez de tudo para ele dar certo. Abre para Rodrigo uma creperia, em Curitiba. Não deu. Uma casa de massas, em Floripa. Não deu. Mandou pra fazenda. Não deu. Rodrigo vai estudar no Paraguai. Não deu. Ele se matricula na UFSC. Não deu.

Rodrigo começa no tráfico: “Fiz várias viagens à Europa só para trazer skunk”, confessa.

“Se ele fazia isso, não sei onde metia o dinheiro, porque nunca tinha um tostão”, rebate a mãe.

A prisão: “Os carinhas me deram as pranchas com cocaína dentro. Embarquei em Curitiba, onde o raio x é ruim, pra desembarcar em Jacarta”.

O NARCO TAMBÉM NÃO DEU CERTO

Agora ele se lamenta: “Só depois soube que os japoneses doaram um raio x potente pros indonésios, eles pegaram a droga”.

Rodrigo filosofa: “Meu erro foi a coca. O skunk é energia positiva, o ecstasy dá um barato legal, mas a cocaína é do mal”.

Um desabafo: “Se a parada tivesse dado certo eu estaria surfando em Bali, cercado de mulheres”.

Seu futuro: esperar as negociações do Itamaraty e tentar reduzir a pena em segunda instância.

Uma novidade: ele está namorando firme. Com uma menina indonésia, caixa de um supermercado, prima de um condenado. Ela entrou para visitar o parente, os dois se pegaram no olhar. Ele foi no primo, soltou um plá, consegui atrair a menina.

Ela vem uma vez por semana, Rodrigo dá uns amassos nela, na sala do comandante.

Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

36 Comentários

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  1. Caro Nassif e demais
    Não

    Caro Nassif e demais

    Não querendo ser mais chato ainda, qual pena pegaria, na Indonésia, aquele que foi pego com 445 KG de cocaina?!

    Saudações

    1. Vc iria fuzilar o piloto e

      Vc iria fuzilar o piloto e seus acompanhantes também? Porque lá, na Indonésia, só mataram os MULAS… veja bem, eu disse MULA e não…

  2. Fico aqui me perguntando:

    Jornal Já? Sou gaúcho e nunca ouvi falar ou li este jornal. Não vi nada parecido com sta matéria de 2005 na chamada grande imprensa. É nisso que dá ficar esperando alguém produzir a matéria lá fora para reproduzir aqui no Brasil. Eta imprensinha mequetrefe essa nosss (além de golpisra).

  3. Jornalismo

    Parabéns pela publicação desta matéria feita em 2005 pelo Já ( http://jornalja.com.br/ ). Esta matéria estava perdida na rede, ou melhor, com poucas chances de ser lida considerando a “regionalidade” desse grande jornal. Certamente ao saber das condicões e do comportamento dos brasileiros presos na Indonésia, conforme a reportagem feita em 2005, a situação muda de figura. Sem pretender julgar, afinal 9 anos depois muita coisa pode ter mudado, inclusive um arrependimento sincero da parte deles, fica a certeza de como essa nossa “imprensa” nos desinforma mostrando apenas um lado e manipulando o sentimento das pessoas. Viva os blogs que nos trazem a diversidade.

  4. Momento propício para

    Momento propício para relembrarmos aquela aeronave brasileira, portando meia tonelada de coca, com ampla divulgação, mas que, ao final, foi tudo abafado, e provavelmente assim permanecerá. Sou totalmente contra a pena de morte, porém sou contra, do mesmo modo, totalmente, a todo tipo de tráfico de entorpecentes. É vergonhoso demais vermos nosso país com um número quase infinito de crianças e criancinhas vagando pelas ruas, movidas a algum tipo de droga. Antes era merla, cola de sapateiro, e hoje domina mesmo é o craque, por ser barato, ao alcance de qualquer um, por mais pobre que seja. E como resultado, tão ou mais nefasto, essa meninada domina os adultos com a prática de crimes hediondos, como se deu com aquela dentista, morta num incêncido em seu consultório. 

    O Brasil tem como dirimir essas questões relativas ao tráfico, mas seria necessári, e urgente, que os parlamentares debatessem mais as leis penais. Por exemplo: que toda criança envolvida no tráfico, ou no uso de drogas, por obra de um bandido adulto, que esse adulto tivesse sua pena redobrada. Muito há que se fazer. A história de Rodrigo demonstra a fragilidade das nossas leis. Um menino começa a se drogar, e da droga se faz traficante até chegar ao corredor da morte longe dos olhos de seus pais, de sua família. 

    Dilma prometeu atacar o tráfico de drogas no seu segundo mandato. Até agora não se tem uma linha a respeito. 

     

    1. Existe no mundo algum

      Existe no mundo algum programa bem sucedido de combate ao tráfico de drogas? 

      Dizem que os combatentes mais graduados nessa guerra acabam entrando no lucrativo negócio. Negócio que, tb dizem, só tem cachorro grande no alto comando.

  5. CONTRA A PENA DE MORTE

    Mesmo que sejam lixos humanos, ainda assim sou contra a pena de morte. Nada justifica acabar com uma vida. Nos EUA, onde a justiça não é tão corrupta quanto a nossa, já houve erros, e inocentes foram mortos. Mesmo em caso de assassinatos confessos, a proteção de outras pessoas pode estar escondida por trás de tudo, e a morte não reabilita o condenado, que deve ressarcir, pelo menos no que for possível, o dano à sociedade. Prisão perpétua e exigência de trabalho nas penitenciárias seriam bem melhores. Não podemos imaginar nossa justiça podre e corrupta condenando negros e pobres à morte, enquanto protege gente como os amiguinhos do Aécio Neves, cujo helicóptero estava lotado de cocaína, mas não foram trancafiados, como ocorreria com qualquer um.

  6. Perfil dos condenados na Indonésia

    Nassif,  a ombusdman da FSP fala hoje, 18,  que o veículo perde feio na concorrência com o portal UOL, após a unificação das  redações do impresso e do eletrônico. Quem sabe se lendo a excelente reportagem do JA, de 2005 (??!!), elaborado pelo jornalista Renan Antunes de Oliveira, que foi para Jacarta, naquele ano, ela entenda que em vez de reclamar do impresso, como “jornal do dia seguinte”, se dê conta de que o que falta mesmo é profissional competente para contar boas histórias com visitas “in loco” em vez de estórias através de ligações telefônicas em que não se tem o cara a cara com a fonte. Evoé, Renan Antunes de Oliveira!!!!

  7. OS ARROGANTES BANDIDOS SIFU. foram executados hoje.

    Agora os dois vão fazer companhia ao capeta. Será que se a presidente Dilma tivesse lido esta matéria teria intercedido em favor desse dois marginais?

    1. O pedido de clemencia deve ser algo protocolar

      Me parece que esse pedido da Dilma é mais para cumprir tabela.

      Do pouco que li sobre o caso, não tinha informação de historico de pedidos de presidentes aceitos.

  8. Mais 3 pessoas foram
    Mais ou menos 3 pessoas são inconstitucionalmente mortas por dia pela PM de São Paulo. O perfil delas é quase sempre o mesmo: as vítimas são pretas, pardas, pobres e algumas trabalharam como putas. O interesse da imprensa por estas execuções foi menor do que o demonstrado pelos 2 brasileiros executados legalmente no exterior.

    1. Vai me dizer que as polícias

      Vai me dizer que as polícias do Acre, Rio Grande do Sul, Bahia e Distrito Federal só mataram quem devia? Hipócrita!!!

  9. Lapidar

    Com uma chamada singela, independentemente da credibilidade do meio, o portal UOL dá hoje o tom paradoxal da impunidade no Brasil:

    “Dilma lamenta morte de traficante”.

  10. Como eu já havia escrito

    Como eu já havia escrito ontem, não sinto nenhumam compaixão pelos TRAFICANTES em questão.

    E lamento a comoção toda em torno deles. Suas vidas glamurosas, até encontrarem uma lei dura que é aplicada, devem ser o motivo de parte da comoção.

    Hoje temos menos um TRAFICANTE no mundo. Em breve teremos menos dois.

    Pena que o Brasil não tenha leis duras contra TRAFICANTES e não aplica nem as existentes. Se tivesse, um helicóptero apreendido com quase 500 kg de cocaína não teria caído no esquecimento tão rapidamente sem que nada tivesse acontecido.

  11. bem que tentei lamentar…

    mas ao ler que traficavam para bancar prazeres no próprio país que alerta, ao conceder o visto, que todo traficante será condenado à morte, desisti

    100% errados cagando solenemente para o que é certo

    mereceram pois

  12. Já vão tarde ………

    São mauricinhos – filhinhos de papai da pior espécie. Seus erros não foram embalar a droga de forma errada e serem pegos. Foi esquecer que na Indonésia a mamãe não estaria lá para subornar todo mundo. 

    No fundo , a culpa dos próprios pais ao super protegerem filhos que demonstram um carater delinquente já na tenra idade. Se deixassem que eles se danassem logo  nos primeiros erros , jamais chegariam ao ponto extremo em que chegaram. Um ponto sem volta. 

    Tenho inveja da Indonésia. A contrapartida da execucão dos brasileiros é , para os indonésios ,  poder viver num país onde você pode andar na rua com tranqulidade.

    A contrapartida do pseudo respeito das leis brasileiras à vida humana , é uma das maiores taxas de homicidio do mundo , uma violência urbana sem precedentes.

    Parece paradoxo , não é ? A presidente DILMA se diz indignada com a execucão do brasileiro , e no país que ela administra , que não tem pena de morte , ocorrem 50 mil homicídios ano , grande parte deles diretamente ligados ao tráfico de drogas.

    1. já vão tarde.

      Perfeito seu comentário!  e acrescento  a relação tráfico x consumo é responsável por 56% dos homicidios,morreram 230 policiais em 2014,70% da população carcerária tb faz parte desta relação criminosa!! E o povo fica indignado pelo aumento de  0.20 centavos de aumento no ônibus!!!

  13. perfil!!??é

    perfil!!??

    é reportagem-entrevista pra prêmio esso!

    start pra uma “reportagem total” que explique melhor o mundo e a sociedade atual.

    #mãe amor incondicional (têm grupos no facebook)

    seu nassif, com luvas de pelica, duela o bom duelo contra a famosa marca camel de desejos recheados de glamour, escapismo viril da aventura & misticismo & consumo patrocinados pelo mercado e muita muita nicotina e fumaça viciantes…

    se o jornalista Já pegar o fio da meada da sua notícia testemunha ocular – assuntada na antecâmara gourmet do corredor da morte indonésio – do tráfico internacional de drogas no modo glamour bon vivant mimado sem medo de ser feliz da burguesia brasileira e rechear a matéria jornalística com assuntos íntimos e pessoais de família e infância; mergulho e surfe nas ondas da “burguesia luciano hulk”; bisbilhotar as relações perigosas da elite & poder & justiça & dinheiro por aqui e por lá… explicando um pouco da política e da sociedade muçulmana jacarta e o mesmo da política e sociedade cristã católica brasileira… sua notícia-entrevista pode dar um livro investigativo romance-reportagem ” é tudo verdade” no estilo literário “a sangue frio de truman capote”… pode redundar numa marcante “reportagem total” do mundo das drogas e da sociedade que vive e “alimenta” o mundo das drogas que não seja tão somente o universo ideológico-midiático das favelas e dos morros…

    sei lá… o surto de otimismo a la eike nosso sheik, a alienação política suspensa no ar, a infância mimada, os privilégios mimados que continuam na cadeia da vida, o poder do dinheiro como leitmotiv aqui e acolá… eu vislumbrei uma alegoria teatral de governo e sociedade do brasil atual.

    todavia, registrei uma grave falha na reportagem-entrevista: não traçou o perfil biográfico e o que é feito da gatinha carinhosamente encarcerada… falha grave do repórter Já!

  14. Pergunta que não quer calar:

    Será que se ele fosse pardo ou negro e pobre este governo estaria tão empenhado em salvá-lo?

    Ou só está se preocupando porque é branco, rico e bem relacionado com políticos como diz a reportagem?

    A moça negra que foi presa por suspeita SEM PROVAS de assassinato de uma italiana loura não mereceu uma palavra deste governo.

    Ontem um garoto foi morto por um PM porque estava soltando papagaio? Cadê o governo pra condenar os assassinos e consolar a familia do garoto pobre?

    Diariamente milhares de pessoas são mortas e torturadas no Brasil e não vejo ninguém do governo reclamar ou fazer alguma coisa pra  mudar isto.

    Direitos humanos só vale pra RICO. 

    Eu tenho NOJO desses políticos brasileiros. DE TODOS!

  15. Não entendo o por quê o

    Não entendo o por quê o Estado Brasileiro – Presidência e Itamaraty – fez apelo pra evitar a execução. Acredito que Dilma foi mal assessorada.

  16. Avisados foram

    E agora! O que o Rodrigo pensa da execução do Marcos Archer? Acho que deve chorar todos os dias, sabendo que uma bala de fuzil vai atravessar seu peito… Muita sorte mesmo, se esse ex-riquinho paranaense se salvar com perdão, fofocas disseram que a execução do Rodrigo está para uma data qualquer de fevereiro de 2015! Será que si salvou? Acho que não, o general lá e atual presidente é linha dura e tem apoio do alto escalão indonésio para não recuar das decisões, parece que vai levar um tiro mesmo de fuzil nos peitos. Valeu galera! Lá a vida dele ta terminando.

  17. Reportagem que prejudicou mais ainda os dois brasileiros

    Ele não precisa de críticas e nem da condenação de ninguém. Ele já pagou a pena dele durante 11 anos e depois um terrível fuzilamento. As pessoas precisam ser mais humanas. Tratam ele como um traficante, eu já vejo como um “mula/laranja” do tráfico. Quem nunca aqui errou? Ninguém tem direito de julgá-lo. Todos aqui querendo dar um de Tribunal. Então façam alguma coisa pelo país, pelas pessoas, pelos mais necessitados, pela sociedade, já que são tão “direitinhos/corretinhos”. Quando a você jornalista Arthur, se eu fosse um deles, jamais, nunca te daria a oportunidade de uma entrevista, para você escrever o que escreveu sobre eles. O que você fez como jornalista foi um abuso, um equívoco com pessoas que estão para ser executadas. Você foi muito frio. Você não disse aqui sobre o que eles foram no passado, antes do erro que eles cometeram. Você não disse que o Marcos tinha amigos que gostavam muito dele, pessoas torcendo por ele. Você não disse que ele pediu várias vezes para que acabassem logo com a vida dele, e o guarda riu dele, dizendo que não dependia dele, mas do cara lá de cima (presidente). Você não diz nesta reportagem o que ele passou lá dentro durante esses anos. Que na Indonésia os policiais vendem drogas, até mesmo dentro da cadeia.  Você não investigou se a setença que deram para ele foi realmente merecida. Etc. Você apenas, com esta reportagem “fuzilou” com a imagem dele. Um absurdo sua reportagem.

    1. Em absuluto, a reportagem

      Em absuluto, a reportagem apenas traça o perfil dos “garotos”, eles é que acabaram com a própria imagem! A senhora já teve alguém de sua família condenado pelo tráfico? Morto por um fisurado? Não? Bom, então acho que a senhora deva ter um filho igual aos “garotos” da matéria. Sinto muito pela sua incapacidade de dar limites a sua prole.  

      1. Em absuluto, a reportagem

        novamente essa reportagem atacando as pessoas, agora você Maria sem NOção atacando as palavras de pessoas que deram a opinião, mais parece uma ditadura, onde a pessoa não tem oportunidade de se defender. Duvido que após lido essa reportagem, as pessoas envolvidas gostariam também de se defender, não é bem assim usarem o nome das pessoa

  18. Reportagem que prejudicou mais ainda os dois brasileiros

    Ele não precisa de críticas e nem da condenação de ninguém. Ele já pagou a pena dele durante 11 anos e depois um terrível fuzilamento. As pessoas precisam ser mais humanas. Tratam ele como um traficante, eu já vejo como um “mula/laranja” do tráfico. Quem nunca aqui errou? Ninguém tem direito de julgá-lo. Todos aqui querendo dar um de Tribunal. Então façam alguma coisa pelo país, pelas pessoas, pelos mais necessitados, pela sociedade, já que são tão “direitinhos/corretinhos”. Quando a você jornalista Arthur, se eu fosse um deles, jamais, nunca te daria a oportunidade de uma entrevista, para você escrever o que escreveu sobre eles. O que você fez como jornalista foi um absurdo, um equívoco com pessoas que estão para ser executadas. Você foi muito frio.  Você não disse que o Marcos tinha amigos que gostavam muito dele, pessoas torcendo por ele. Você não disse que ele pediu várias vezes para que acabassem logo com a vida dele, e o guarda riu dele, dizendo que não dependia dele, mas do cara lá de cima (presidente). Você não diz nesta reportagem o que ele passou lá dentro durante esses anos. Que na Indonésia os policiais vendem drogas, até mesmo dentro da cadeia.  Você não investigou se a setença que deram para ele foi realmente merecida. Etc. Você apenas, com esta reportagem “fuzilou” com ele. Um absurdo sua reportagem.

    1. Fuzilado ele já estava desde os 17 anos

      Foi a declaração feita ao reporter que não vê motivos para defender bandido que tripudia da impunidade vivida no Brasil!!!    FUZILADO ELE JÁ ESTAVA DESDE OS 17 ANOS onde escolheu a vida do bem bom vida fácil e sabia que é uma opção de mão dupla “CADEIA OU CEMITÉRIO” Felizmente como exemplo ele conseguiu as duas hipóteses os mais de 160 mil dependentes quimicos do Brasil em recuperação,os 230 policiais mortos em 2014,56% de vitimas de homicidio na relação  tráfico x consumo e inocentes,os 70% da população carcerária tb da mesma relação.No Brasil o tráfico não perdoa suas vitimas,NA INDONÉSIA TAMBÉM NÃO!!!

      1. Você diz: fuzilado ele já

        Você diz: fuzilado ele já estava, desde a adolescente quando era vulnerável, onde os pais não deveriam ter passado a mão na cabeça, e o estado deveria dar tratamento para o vício

  19. Sem recuperação acerto e com o CAPETA

    Este tipo de criminoso não tem recuperação e nem arrependimento,milhões de dependentes quimicos e familias agredecem sensibilizados ao governo da indonésia por livrarem este MAU “MENOS”(2)!!Certos da impunidade vividas por anos no Brasil a custa do sofrimentos de milhões de familias acreditavam em se livrar!!Acerto deles agora é com o CAPETA!!!

  20. “amiguinhos “ou comparsas?Pergunta que não quer calar!

    Rodrigo já foi visitado pela família, pela namorada, a empresária carioca Adriana Andrade, e pelo parceirão Dimitri “Dimi” Papageorgiou.

    Dimi é outro garotão com mais de 30, carioca de pais gregos, acusado de ser líder da quadrilha contratante do malfadado transporte das pranchas recheadas de coca. Apareceu na cadeia para ver seu mula Rodrigo, deu 2 milhões de rúpias para ele se virar, dinheirama que vale só 500 pilas. Mas agora Dimi não vai mais poder ajudar: ele foi preso, em fevereiro, pela Polícia Federal, no Brasil – aquelas rúpias dadas a Rodrigo poderão lhe fazer falta.BOM DIMI está bem claro que é COMPARSA e vai apodrecer na cadeia!!Qual era ligação dos demais para manterem como amigo um cara que desde os 13 anos consome e faz parte do tráfico internacional!!!?Sabe-se que o TRÁFICO DE DROGAS E OUTROS CRIMES SE PERPETUAM EM FAMILIA ATRAVÉS DO DIREITO A VISITAS INCLUINDO AS INTIMAS,bem como recados de “apoio”para bandidos soltos,celulares,ordem para matar,asslatar etc………Será que Adriana Andrade  tem parentesco com Castor de andrade  se tem!!Familia de contraventor  !!tá louco. SINCERAMENTE SE FOSSE PARENTE MEU FUZILADO  TERIA A DESCÊNCIA DE PEDIR DESCULPAS AS VITIMAS.

  21. reportagem deturpada

    Eu nunca vi uma reportagem tão tendenciosa, que denegri ao máximo as pessoas envolvidas……….jornalismo paquim mesmo…………………….

    As pessoas já possuem má interpretação, e colocam esses dois na fogueira………….

    Ficou bem nítido que o Rodrigo é uma mula do tal Dimi, e está ssumindo a culpa sozinho, e os modos como a polícia utiliza na indonésia é sob pressão mesmo………….sendo dois rapazes viciados desde a sua adolescência, onde eram vulneráveis e faltou a família que não deveria ter passado a mão na cabeça e o estado que deveria dar tratamento aos adolescentes, e agora deu o que deu, aliciados como mulas para o tráfico internacional

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