PF e procuradores utilizam novas ferramentas de tecnologia na Lava Jato

 
Jornal GGN – Novas ferramentas de tecnologia tem ajudado delegados e procuradores federais nas investigações da Operação Lava Jato. Registros de operaçãos bancárias e telefônicas entram em bases que permitem o cruzamento de informações e estabelecimento de conexões. Os delegados tem trabalhado para construir um banco de dados que reúna todo o material apreendido com os acusados.
 
A Procuradorai Geral da República fará testes para um programa que permite a análise simultânea em uma base única de arquivos de diferentes formatos, como áudio, vídeos e textos. De acordo com o procurador Paulo Galvão, a operação não existiria se não houvessem essas novas ferramentas. 
 
Do O Globo
 
Lava-Jato, investigação ‘CSI à brasileira’
 
Mistura de softwares aprimorados e trabalho braçal coordenam maior operação da atualidade
 
POR THIAGO HERDY
 
SÃO PAULO — Uma revolução tecnológica silenciosa auxilia delegados e procuradores federais na maior operação de combate à corrupção da História recente do país. A nova geração de investigadores tem à disposição um grupo de ferramentas que encurta caminhos e viabiliza uma complexa apuração de crimes e pagamentos envolvendo as maiores empresas brasileiras e partidos que sustentam o poder.

 
Hoje, registros de operações bancárias e telefônicas de alvos da operação são incluídos automaticamente em bases onde, com um clique do mouse, é possível cruzar informações e estabelecer conexões que nem mil investigadores conseguiriam fazer manualmente. Delegados trabalham nos fins de semana para construir um banco de dados que tenta reunir todo o material apreendido com acusados — como e-mails, documentos e conteúdo de discos rígidos de computador — nas 16 fases da operação. O plano é, no futuro, poder compartilhar a base com outras unidades da PF.
 
Ainda assim, as conquistas vêm com percalços, e os bastidores da Lava-Jato revelam dificuldades de processamento do gigantesco volume de dados reunidos até aqui.
 
— Pode haver tesouros de corrupção que a gente ainda não conhece, porque ainda não temos capacidade de processar tudo — admite o procurador Paulo Galvão, mencionando dados que ainda não foram analisados por falta de gente e tecnologia eficaz.
 
Nos próximos dias, a Procuradoria Geral da República (PGR) inicia uma bateria de testes com fornecedores em busca de um programa que permita a análise simultânea em uma base única de arquivos de diferentes formatos — seja áudio, texto, vídeo ou mídia social. Ferramenta do tipo é usada pelos principais órgãos de inteligência do mundo, como o FBI e a Scotland Yard, para atividades como a localização de uma placa de carro em uma gravação de horas de vídeo, a conversão automática de áudio em texto ou mesmo a busca, em e-mails, de gírias relacionadas a propina. É um salto tecnológico capaz de fazer tremer corruptos e corruptores.
 
— Nosso programa funciona como o cérebro de um bebê: tateia um mundo de informações e aprende com elas — conta Marcelo Carrera, especialista da empresa de software HP, que participa da concorrência da PGR, com final previsto para 2016.
 
Enquanto o novo programa não chega, procuradores e delegados trabalham com aquilo de que dispõem. Foram longe até aqui graças às novas ferramentas de análise de documentos, transações bancárias e telefônicas (veja o quadro ao lado), sem as quais “não existiria Lava-Jato”, nas palavras de Galvão.
 
Contam com o apoio da Receita Federal na análise de dados fiscais a partir, principalmente, de informações sobre impostos retidos na fonte, para driblar a maquiagem na contabilidade das grandes empresas. Do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) vem a ajuda na busca eletrônica por termos relacionados a cartel na comunicação entre dirigentes.
 
— Eles não têm grande estrutura, mas conseguem fazer algo que a gente não conseguia, por causa do tamanho reduzido da nossa equipe — conta Galvão.
 
E como organiza as próprias informações sobre inquéritos e ações penais o juiz Sérgio Moro, há 500 dias mergulhado na Lava-Jato?
 
— Tenho apenas pastinhas com os documentos principais das ações, no computador, para consulta. Não é nada demais — minimiza.
 
Redação

22 Comentários

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  1. KKKKKKKKK….TUDO A SERVIÇO

    KKKKKKKKK….TUDO A SERVIÇO DA “PF DO ZÉ” E DO “MPF”. QUANDO SE TRATA DE TUCANO….TRÊS ANOS NA “GAVETA ERRADA”. VIVA A HIPOCRISIA DAS INSTITUIÇÕES BRASILEIRAS!!!

     

  2. Leio que querem arquivar a

    Leio que querem arquivar a denuncia contra um senador miniero, então, a melhor ferramenta dessa vaza a jato é a que livra a cara de tucano, o resto é conversa fiaf=da.

  3. A impressão que deixa são

    A impressão que deixa são apenas uma “pastinhas” sem conteúdo, que vergonha! Estão criando um circo para dizer que estão fazendo algo para cassar o Governo e o PT, apenas! Os outros: “neca”!.

     

     

  4. “Novas ferramentas”? Esse

    “Novas ferramentas”? Esse cruzamento de bases de dados e “apernder” com as informações são o sistema de inteligência artificial criado no Brasil, por brasileiros (ITA/Unicamp) pela Receita Federal há muitos anos, chamado de sistema “Harpia”. Infelizmente, um sistema desses que pode apontar irregularidades foi combatido dentro da própria Receita, após anos de trabalho e gastos de apenas R$ 11 milhões. Alegaram que havia se gasto “muito dinheiro”. Só pra contextualizar: Qualquer fraudezinha miserável na Receita é da ordem de centenas de milhões e “algum iluminado” achou que R$ 11 milhões era muito dinheiro…

    Bem, mas o sistrema por sí só não aponta as fraudes, não decobre nada. Após a sinalização é preciso investigar as suspeitas com pessoas reais, raciocinar e colher evidências. O sistema só permite identificar suspeitas, nada mais. Utilizar dados estatísticos não pode condenar ninguém, seria um absurdo. 

    Mas, nos dias de hoje com a mídia em campo certamente se utilizarão de qualquer instrumento para condenar. Na verdade vai ser a cla´ssica inversão do ônus da prova. Os acusado é que terão que provar sua inocência e não o contrário.

  5. A cereja do bolo…

    Mas a cereja do bolo são ferramentas bem simples:

    1) a gaveta errada, para arquivar pedidos de investigação contra tucanos;

    2) o controle prescricional, para acompanhar a mansa e inconsequente prescrição de processos contra tucanos;

    3) a mão amiga da imprensa (com incentivos da lei Ricupero);

    4) a mão oculta, para tratar de interesses idem (este último artigo é importado, mas os brazucas fazem um até melhor).

  6. Desinteligência artificial

    O juiz lava-lava nunca irá usar um programa de inteligência artificial (que funciona a partir de uma base de fatos e regras lógicas) na operação, se usasse o próprio programa esse lhe daria voz de prisão. hehehe.

    A operação só ‘funciona’ desconectada de qualquer lógica sustentável.

  7. Realmente ferramentas

    Realmente ferramentas tecnológicas  perfeitas. Permitem até tarjas pretas nos protegidos da República das Bananas do Paraná.

    E viva José Serra. Viva o juiz Sergio Câmera Moro. Viva a Polícia Política Federal e o beato Dellagnol. Louvor aos grandes brasileiros Paulo Roberto Costa, Pedro Barusco, Ricardo Pessoa e Julio Mendonça que fizeram bem melhor que essas ferramentas as ilações deles exigidas.

  8. Saudades do Orlando Orfei…

    porque este Circo asqueroso da Vaza-Jato comandado pelo N.E.D.+ Instituto Millenium e seus prepostos no judiciario é de VOMITAR!

    Pena este retrocesso.

    Não suportaram nem o esboço que fizemos de tentar nos tornarmos em uma Nação. Um esboço…

     

    :((

  9. Tem um IF nos programas!

    Para quem tem idéia de programação sabe que os computadores fazem o que se pede, e neste programa tem um condicional (UM IF), que diz caso aparecer PSDB, retire o nome do fluxograma.

  10. E NINGUEM DA OPOSIÇÃO!
    Legal

    E NINGUEM DA OPOSIÇÃO!

    Legal a nossa justiça…

    Se isso é inspiração divina, acredito que Deus não gosta muito de fhc, pois NÃO APARECEU NO SEU GOVERNO!

    Alguem se lembra do caso Sivan?

    Ou nas privatizações que dariam em merda?

    Deus esqueceu isso em alguma gaveta…

  11. Eu não disse: os

    Eu não disse: os procuradores-palestrantes estão achando que computadores farão o serviço deles. Deve ter sido um computador que identificou a cunhada de Vaccari, por isso foi presa.  E o salário, com auxílio-moradia, duas férias por ano, entrando…….

  12. Isto tudo é uma imensa palhaçada!

    Como o nível do brasileiro médio em programação e matemática é um dos piores do mundo, ficam jogando areia nos olhos de todos como se existisse um software que desse solução para o IMENSO IMBRÓGLIO  que está se tornando a operação Lava a Jato.

    Um banco de dados é um banco de dados, o problema é estabelecer as ligações entre os dados, a NSA norte-americana tem estes imensos bancos de dados que operam a dezena de anos, e com tudo isto vem um sujeito que já estava no banco de dados e mata vários militares num quartel norte-americano.

    NÃO EXISTE NENHUM BANCO DE DADOS QUE POSSA FAZER O PAPEL DE UM INVESTIGADOR, ISTO É UMA IMENSA PALHAÇADA.

    O que estão tentando passar a população que aquelas bobagens de um operador de computador de uma hora para outra invade um sistema de comando de sinaleiras em uma cidade qualquer nos Estados Unidos ou no Japão e bloqueia tudo na direção que eles querem é FANTASIA. Ou seja, o CSI é um série de TV com as mesmas características do que as que mostram Zumbies atacando e dominando o mundo!

    Os Estados Unidos tiveram bloqueados por mais de um mês a emissão de vistos para a entrada no país e não apareceu nenhum CSI que conseguisse colocar o sistema em funcionamento neste período.

    Há uma verdadeira FALÁCIA criada exatamente pelas as mentes de Hollywood para que pensamos que a informática pode tudo, e inclusive esta tática está sendo usada pelo pessoal da Lava a Jato.

    Não ACREDITO QUE HAJA UM PROCURADOR, DELEGADO OU QUEM QUER QUE SEJA na Lava a Jato, que tenha a capacidade de estabelecer um menu para qualquer fabricante softwares que defina as correlações necessárias para achar qualquer coisa de forma automática.

     

     

    1. Nassif: corrija ou termine definitivamente com essas estrelas!

      Gostaria de lhe dar cinco estrelinhas, mas, sei lá por que, o software do Nassif não permitiu. 

    2. Tome chimarrão, não orégano!!

      Quanto besteirol!

      Ferramentas de análise de imagens (reconhecimento facial), áudio (com base na análise de ondas) e texto (cloud tags como https://tagul.com/ ou //www.tagxedo.com/) existem aos borbotões e ajudam trabalhos policiais, acadêmicos ou estudantis!

      As ferramentas de BI de hoje se desenvolveram exatamente computando padrões de comportamento de contas bancárias utilizando-se de algoritmos de associação, clusterização (agrupamento) e classificação!

      O que estes procuradores fazem, além de usar seus Mac Books como máquina de escrever (como você) é minerar seus dados!

  13. No Paraná o MP criou uma nova

    No Paraná o MP criou uma nova categoria de procurador: O procurador nerd espetaculoso. Aquele monte de informação projetada na parede serve apenas para impressionar a audiência. Seriam necessárias duas semanas debruçado sobre todos esses dados para alguém ser capaz de avaliá-los qualitativamente.

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