A Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã desta quinta-feira (4), a 2ª fase da Operação Venire, que apura possível fraude nos cartões de vacinação da família do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em 2022.
Segundo a PF, são cumpridos mandados de busca e apreensão em Duque de Caxias, na baixada Fluminense, Região Metropolitana do Rio de Janeiro, com o objetivo de “buscar a identificação de novos beneficiários do esquema fraudulento”.
Os pedidos foram feitos pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e autorizados pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Os principais alvos dessa fase da operação são o secretário estadual de Transportes e ex-prefeito de Duque de Caxias, Washington Reis (MDB); e a recém nomeada secretária de Saúde do município, Célia Serrano.
Serrano, inclusive, desempenhou diversas funções na Secretaria Municipal de Saúde de Caxias, antes de chefiar a pasta. Ela foi técnica do Programa de Imunização do município e subsecretária de Vigilância em Saúde.
Esquema de fraude
A investigação da PF aponta que Bolsonaro, familiares e aliados possivelmente se beneficiaram de um esquema de fraude que já estava em andamento e já tinha um alcance maior em Duque de Caxias, com a anuência da atual secretária de Saúde e do ex-prefeito.
A falsificação dos cartões de vacina consta nos sistemas do Ministério da Saúde, em que foram registrados supostas aplicações em Bolsonaro de duas doses de vacinas contra Covid-19, no Centro Municipal de Saúde de Duque de Caxias, nos dias 13 de agosto e 14 de outubro de 2022.
A adulteração em dados de vacinação de Covid-19 tinham o objetivo de permitir o certificado sanitário internacional para Bolsonaro viajar aos Estados Unidos.
Segundo a investigação, esses dados foram inseridos no sistema do SUS em 21 de dezembro, pelo então secretário municipal de Governo de Caxias, João Carlos de Sousa Brecha, e removidos no dia 27 por Claudia Helena Acosta Rodrigues da Silva, que alegou “erro”.
Foi, inclusive, em 27 de dezembro que um computador cadastrado no Palácio do Planalto acessou o ConecteSUS para gerar os certificados de vacinação para impressão.
Com informações do G1
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