PF mira políticos de Duque de Caxias em nova fase de operação contra fraudes em cartões de vacina

Ana Gabriela Sales
Repórter do GGN há 8 anos. Graduada em Jornalismo pela Universidade de Santo Amaro. Especializada em produção de conteúdo para as redes sociais.
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Segundo a PF, Bolsonaro se beneficiou de um esquema de fraude que já estava em andamento em Duque de Caxias

Secretário estadual de Transportes e ex-prefeito de Duque de Caxias, Washington Reis (MDB); e a secretária de Saúde do município, Célia Serrano. | Foto: Reprodução/Redes sociais

A Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã desta quinta-feira (4), a 2ª fase da Operação Venire, que apura possível fraude nos cartões de vacinação da família do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em 2022. 

Segundo a PF, são cumpridos mandados de busca e apreensão em Duque de Caxias, na baixada Fluminense, Região Metropolitana do Rio de Janeiro, com o objetivo de “buscar a identificação de novos beneficiários do esquema fraudulento”. 

Os pedidos foram feitos pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e autorizados pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Os principais alvos dessa fase da operação são o secretário estadual de Transportes e ex-prefeito de Duque de Caxias, Washington Reis (MDB); e a recém nomeada secretária de Saúde do município, Célia Serrano.

Serrano, inclusive, desempenhou diversas funções na Secretaria Municipal de Saúde de Caxias, antes de chefiar a pasta. Ela foi técnica do Programa de Imunização do município e subsecretária de Vigilância em Saúde.

Esquema de fraude 

A investigação da PF aponta que Bolsonaro, familiares e aliados possivelmente se  beneficiaram de um esquema de fraude que já estava em andamento e já tinha um alcance maior em Duque de Caxias, com a anuência da atual secretária de Saúde e do ex-prefeito

A falsificação dos cartões de vacina consta nos sistemas do Ministério da Saúde, em que foram registrados supostas aplicações em Bolsonaro de duas doses de vacinas contra Covid-19, no Centro Municipal de Saúde de Duque de Caxias, nos dias 13 de agosto e 14 de outubro de 2022.

A adulteração em dados de vacinação de Covid-19 tinham o objetivo de permitir o certificado sanitário internacional para Bolsonaro viajar aos Estados Unidos.

Segundo a investigação, esses dados foram inseridos no sistema do SUS em 21 de dezembro, pelo então secretário municipal de Governo de Caxias, João Carlos de Sousa Brecha, e removidos no dia 27 por Claudia Helena Acosta Rodrigues da Silva, que alegou “erro”.

Foi, inclusive, em 27 de dezembro que um computador cadastrado no Palácio do Planalto acessou o ConecteSUS para gerar os certificados de vacinação para impressão.

Com informações do G1

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