Podres poderes, por Claudio Guedes

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
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Podres poderes

por Claudio Guedes

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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes acaba de conceder habeas corpus a Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto, apontado pela Lava Jato como operador do PSDB.

Há dois dias a jornalista Monica Bergamo – que não faz fofoca, mas jornalismo, sendo quase uma “estranha no ninho” na Folha de S. Paulo – afirmava na sua coluna: “O engenheiro Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto, passou a estudar a sério a possibilidade de fazer um acordo de delação premiada, ideia que rejeitava até agora”.

Paulo Preto é suspeito de ter movimentado mais de R$ 300 milhões em propinas para o PSDB. Cerca de R$ 113 milhões documentados em contas na Suíça pelo Ministério Público de lá.

Paulo Preto, tudo indica, e é do conhecimento de todos que de alguma forma conhecem um pouco dos bastidores políticos de São Paulo nos últimos quinze anos, operava fortemente para os tucanos José Serra e Aloysio Nunes Ferreira, governador de SP e chefe da Casa Civil, quando comandava as grandes obras do estado na DERSA.

O mesmo STF que negou seguidos habeas corpus ao ex-presidente Lula, vítima de um processo farsesco, com provas questionáveis e tramitação singular, concede liberdade a um investigado de corrupção pego com mais de uma centena de milhões de reais em contas não declaradas no exterior.

A justiça brasileira apodrece a passos largos.

Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

6 Comentários

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  1. No Brasil o crime se organiza

    No Brasil o crime se organiza dentro dos tribunais e das redações dos jornais. E até os militares se escondem nos quartéis com medo de ser roubados pelos tucanos.

    1. coronelismo tradicional…

      estabelecendo estreita relação entre criminosos e operadores de justiça por loteamento e distribuição para determinadas famílias

      repare que o loteamento é o mesmo da mídia

  2. Faltou ao PT um Gilmar
    Se apenas um indicado ao STF tivesse dado HC aos presos preventivamente no guantanamo de Curitiba nao haveria como Moro implodir o PT. Faltou um Gilmar Mendes do lado do bem..

  3. A tal jornalista não faz

    A tal jornalista não faz fofoca, mas até que a nota publicada poderia muito bem ter sido usada como um recado ou para transmitir uma ameaça.

  4. justiça brasileira, como negócio…

    tem mais prestígio do que as leis que foram substituídas pelo livre convencimento

    para suspeitos tucanos, nada mais que uma trincheira lamacenta e fedorenta

    onde só se pensa em política e dinheiro

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