Prefeito de Sorocaba, Rodrigo Manga, é alvo de operação da PF

Ana Gabriela Sales
Repórter do GGN há 8 anos. Graduada em Jornalismo pela Universidade de Santo Amaro. Especializada em produção de conteúdo para as redes sociais.

Prefeito e aliados são suspeitos de fraude em contratos com OS. PF fez buscas em sede da prefeitura, além de residências e igreja ligadas à Manga

Rodrigo Manga. | Foto: Reprodução/Redes Sociais

A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã desta quinta-feira (10) uma operação, denominada Copia e Cola, contra uma organização suspeita de desviar recursos públicos na área da saúde em Sorocaba, município do interior paulista. A investigação atinge diretamente o prefeito da cidade, Rodrigo Manga (Republicanos).

Rodrigo Manga, conhecido como “prefeito tiktoker” por suas aparições apelativas e pela disseminação de desinformação nas redes sociais, é suspeito de ter recebido propina em decorrência do contrato com uma organização social (OS) da área de Saúde do município. Segundo a PF, o pagamento ilícito teria ocorrido por meio de transações imobiliárias e depósitos em espécie a operadores financeiros, incluindo um amigo pessoal do chefe do Executivo municipal.

As investigações, iniciadas em 2022, apontam supostas fraudes decorrentes da contratação com dispensa de licitação da organização social Aceni – atualmente denominada Instituto de Atenção à Saúde e Educação, que também é suspeita de irregularidades em outros municípios, conforme noticiou o Uol.

Ao todo, foram expedidos 28 mandados de busca e apreensão, em 13 cidades nos estados de São Paulo e da Bahia. Até o momento, não foram emitidos mandados de prisão.

Em Sorocaba, a residência do prefeito, a sede da Prefeitura de Sorocaba, a Secretaria Municipal da Saúde e o diretório municipal do partido Republicanos foram alvos de buscas. Agentes da PF também estiveram na residência do ex-secretário municipal da Saúde, Vinicius Rodrigues.

Um elo familiar do prefeito também entrou no radar da operação. A irmã da esposa do político, cunhada de Manga e pastora de uma igreja evangélica, foi alvo de busca devido a transações financeiras consideradas suspeitas envolvendo a igreja liderada por seu marido, o bispo Josivaldo Batista. Os agentes estiveram na igreja e na casa do casal, onde, dentro de um veículo, encontraram uma caixa com dinheiro em espécie. 

Imagens: Divulgação

A lista de alvos da Operação Copia e Cola inclui ainda dois empresários suspeitos de serem os gestores da OS que obteve o contrato com o município, além do ex-secretário de Administração de Sorocaba, Fausto Bossolo.

A PF informou que os bens e valores apreendidos durante a operação podem alcançar R$ 20 milhões e que os investigados poderão ser responder pelos crimes de corrupção passiva, corrupção ativa, lavagem de dinheiro, peculato, contratação direta ilegal e frustração de licitação.

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