Presidente do Cade aponta que outros estados serão investigados em cartel dos trens

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Jornal GGN – O presidente do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), Vinicius Carvalho, anunciou que possivelmente investigarão outros Estados para buscar formações de cartéis em licitações de trens.

Em entrevista a Folha de S.Paulo, Vinicius disse que tal medida servirá, inclusive, para agregar as investigações que já estão sendo feitas em São Paulo e no Distrito Federal. “É possível achar material que possa ser indício ou prova de cartel nesses mercados e em outros. Se isso for encontrado, vai para o escopo da investigação. Mas não tenha dúvida de que será investigado”, afirmou.

O Cade deu a declaração em resposta às suspeitas de que o Conselho esteja direcionando o caso politicamente, investigando apenas políticos do PSDB.

O caso teve início na delação da empresa alemã Siemens em formações de cartéis e irregularidades nos contratos de trens e metrôs de São Paulo e Brasília. Entretanto, as acusações e investigações apontam as gestões tucanas, ligadas, em São Paulo, ao Metrô e à CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos).

Na entrevista, Vinicius Carvalho ainda admitiu que a Siemens está envolvida em outros processos no Cade, “em outro setor, também de cartel”, explicou. Entretanto, as investigações ainda estão sob sigilo e, por isso, não quis detalhar.

O presidente do Cade ainda afirmou que foi filiado ao PT, mas que saiu da legenda em 2008 e que está sofrendo ataques de políticos: “Esse é o primeiro caso em que eu vejo a vítima se voltar contra o investigador”, informou.

Por fim, Carvalho espera que em fevereiro termine a análise dos documentos apreendidos do caso Siemens, dando sequencia a instauração formal dos processos.

Com informações de Folha de S.Paulo

Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

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