Queiroz pagou R$ 64 mil em dinheiro vivo por internação no Albert Einstein

Policial militar aposentado é pivô da investigação do Ministério Público do Rio contra Flávio Bolsonaro

Jornal GGN – Fabrício Queiroz, o pivô da investigação do Ministério Público do Rio de Janeiro contra o senador e filho do presidente Flávio Bolsonaro, realizou mais uma transação suspeita, segundo apuração dos jornais O Globo e Folha de S.Paulo.

Entre o final do ano passado e início de 2019, o policial aposentado e ex-assessor de gabinete de Flávio deu entrada no Hospital Albert Einstein para cirurgia e tratamento de um câncer.

Segundo informações dos jornais, ele pagou R$ 64,6 mil em dinheiro vivo, e o restante, por meio de seu cartão de crédito. O atendimento custou R$ 70 mil, de acordo com a nota fiscal em nome de Queiroz.

A internação de PM aposentado foi o motivo do seu não comparecimento a depoimentos marcados no Ministério Público até o início do ano. Ele se tornou alvo de investigações a partir de relatórios Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras). O órgão que examina atividades suspeitas de lavagem de dinheiro e ocultação de bens identificou movimentações atípicas na conta do ex-assessor quando trabalhava como chefe de gabinete de Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).

Entre janeiro de 2016 e janeiro de 2017, Queiroz movimentou R$ 1,2 milhão em suas contas. Mais adiante, o órgão apontou que o PM aposentado tinha movimentado R$ 7 milhões, entre 2014 e 2017.

Os investigadores verificaram ainda que Queiroz recebia, periodicamente, uma série de depósitos em suas contas, sempre em épocas próximas às datas de pagamento dos funcionários da Alerj.

Na época de sua internação, a defesa admitiu que Queiroz recebia parte dos salários dos colegas de gabinete e que o dinheiro era usado para remunerar assessores informais de Flávio e, ainda, que o então deputado estadual desconhecia a prática.

Entretanto, segundo o Ministério Público do Rio, há indícios de formação de crime organizado no gabinete de Flávio. Com base nisso, a promotoria pediu a quebra dos sigilos bancários e fiscais de 86 pessoas e nove empresas, incluindo de Flávio. O pedido foi deferido no dia 13 de maio pelo juiz Flávio Itabaiana, da 27ª Vara Criminal do Rio de Janeiro.

Ainda, segundo a Folha de S.Paulo, o advogado de Queiroz, Paulo Klein, disse que “vê com naturalidade o fato do Ministério Público investigar a origem dos recursos utilizados para pagamento das despesas médicas do Fabrício Queiroz”.

“A comprovação dos pagamentos com recursos próprios e dentro da sua capacidade econômica só reforçam que ele jamais cometeu qualquer crime”, afirmou a defesa.

 

Redação

9 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. É muito dinheiro para pagar em espécie, o que torna a transação suspeita. Agora 70 mil por um tratamento de câncer no HIAE tá muito barato, o que torna tudo MUITO suspeito.

  2. Existia uma senhora sexagenária que pagou, por 48 meses seguidos o aluguel de 4 mil reais da cobertura usada pelo marido em dinheiro vivo diretamente ao proprietário que morava em outra cidade.

    Todo mundo disse que era direito dela.

  3. Inacreditável que esse hospital tenha cobrado só R$ 70 mil e ainda concedido desconto para todo o período de internação, incluindo a hotelaria, procedimentos diagnósticos e possível terapia de um tumor no Seu Queiroz. E quanto receberam os profissionais que o assistiram? Também foram pagos com dinheiro vivo? Todos emitiram nota fiscal?
    Aliás, nunca vimos o Bolsonaro retornar com os médicos no Einstein para repetir exames após a alta hospitalar no início do mandato. Que coisa, hein?

  4. De onde veio todo esse dinheiro? Ele não é um policial reformado, e ex-assessor de Flávio Bolsonaro? Esse valor de R$ 64.000,00, em dinheiro vivo, é incompatível com a sua renda. O Queiroz foi se internar logo aonde! No Hospital Albert Einstein, o mais caro do Brasil!!!

  5. O CARA TEM A CAPACUIDADE INACREDITÁVEL DE PARTICIPAR DAS TAIS RAHADINHAS E AINDA GUARDAR DINHEIRO VIVO DE SALÁRIOS DE BARNABÉS PRA PAGAR ALTAS DESPESAS CUJOS PAGAMENTOS SÓ SÃO ADMISSÍVEIS SE PAGOS COM CARTÃO ETC E TAL…..

  6. Mas o motorista era tão pobre que vivia pedindo dinheiro emprestado ao miliciano e pagava em suaves, suadas e sofridas prestações
    agora anda da Taguara-RJ para SP com 64 mil em dinheiro para pagar o hospital.
    Foi de avião, moto, uber, buzão e carregando essa dinheirama toda ….

  7. Onde ele está escondido ? o MPRJ precisa saber, não foi em nenhuma convocação, ele e família, será que ele dará as caras ? Será que ainda está neste país ? A PF e MPRJ devem procurar saber.

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador