“Ora, ora senhor Mourão, poupe-nos da sua hipocrisia”, diz Joaquim Barbosa

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Ex-presidente do STF criticou declaração de ex-vice-presidente, onde afirma ser "péssimo para o País" que o governo busque crise contra Forças

Foto: Nelson Jr./SCO/STF

O ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, criticou o ex-vice-presidente e senador eleito Hamilton Mourão por conta de sua defesa ao ex-comandante do Exército, general Júlio Cesar de Arruda.

Em entrevista ao jornal Folha de São Paulo, Mourão afirmou que o atual governo “realmente quer alimentar uma crise com as Forças e em particular com o Exército” se o motivo foi a tentativa de pedir a cabeça de um militar “sem que houvesse investigação”.

“Isso aí é péssimo para o país”, disse Mourão à Folha. Porém, Barbosa usou as redes sociais para criticar abertamente o ex-vice-presidente.

“Ora, ora, senhor Hamilton Mourão. Poupe-nos da sua hipocrisia, do seu reacionarismo, da sua cegueira deliberada e do seu facciosismo político! Fatos são fatos! Mais respeito a todos os brasileiros!”, afirmou Barbosa.

““Péssimo para o país” seria a continuação da baderna, da “chienlit” e da insubordinação claramente inspirada e tolerada por vocês, militares. Senhor Mourão, assuma o mandato e aproveite a oportunidade para aprender pela primeira vez na vida alguns rudimentos de democracia! Não subestime a inteligência dos brasileiros!”, finalizou.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva demitiu Arruda do cargo neste sábado (21/01), em meio a uma crise de confiança após a invasão golpista em 08 de janeiro, em Brasília.

Contudo, a situação ganhou outra dimensão devido ao fato de Arruda ter resistido ao pedido do ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, pela retirada do tenente-coronel Mauro Cid do comando de um batalhão do Exército em Goiânia (GO).

Vale lembrar que Cid era ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, e foi citado em investigação que apura transações financeiras suspeitas realizadas no Palácio do Planalto.

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3 Comentários

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  1. NA MINHA INFÂNCIA, QUANDO UMA CRIANÇA COMEÇAVA A TROCAR A DENTIÇÃO, ERA COSTUME SE JOGAR NO TELHADO O DENTE QUE HAVIA CAÍDO E SE DIZIA: MOURÃO MOURÃO, PEGUE ESTE DENTE PODRE E MANDE UM SÃO. PODEMOS MODERNIZAR O DITO PARA: MOURÃO, MOURÃO, PEGUE ESTE GENERAL PODRE E NOS MANDE UM SÃO.

  2. Mourão precisa escolher se é senador ou general. As duas coisas ele não pode ser.
    A crise, se existe, é de INSUBORDINAÇÃO militar. Soldado cumpre ordens. Aquele que não quiser cumprir deve levar um pé na bunda. Se cometer crime deve ser tratado como criminoso. Chega de alisar os vagabundos de farda. Eles já causaram muito mal à população e ao país.

  3. Penso que Mourão, após a vitória de Lula, se tornou uma das diversas viúvas do governo derrotado e que não terá mais a boa vida que tinha. Imagino que passará a ser a primeira pessoa que as mídias golpistas procurarão, quando precisarem criar uma fofoca ou polêmicas que sempre termina com a destruição de reputação ou reputações.
    Avalio que será difícil encontrar bagagem em Mourão, para justificar os votos que recebeu.

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