Sérgio Moro tenta concentrar julgamento de ex-políticos na Justiça Federal do Paraná

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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O juiz aceitou a denúncia e tornou réus os ex-parlamentares André Vargas, Luiz Argôlo, Pedro Corrêa e Aline Corrêa
 
 
Jornal GGN – O juiz Sérgio Moro concentrará mais réus da Operação Lava Jato para o seu tribunal. Enquanto o domínio do magistrado sobre a tramitação dos processos, incluindo aqueles que correm em instância superior – caso dos políticos denunciados, que são alvos de processos no Supremo Tribunal Federal (STF) – é denunciada pelos advogados, agora a força decisória de Moro sobre o balanço final de condenações é ainda maior. Isso porque os casos dos ex-deputados André Vargas (ex-PT-PR), Luiz Argôlo (SDD-BA), Pedro Corrêa (PP-PE) e Aline Corrêa (PP-SP) estão em suas mãos. 
 
A denúncia foi apresentada pela Força Tarefa do Ministério Público Federal, uma equipe de procuradores criada para guiar as investigações na Justiça Federal do Paraná. Foi a primeira do seleto grupo de procuradores que denunciava agentes políticos – uma vez que os demais foram acusados pelo procurador-geral, Rodrigo Janot, seguindo direto para o STF.
 
A atitude de denunciar pessoas integradas à política e a partidos na Lava Jato foi encarada com comemoração, em situação claramente diferente das denúncias contra empresários, empresas e outros agentes públicos. 
 
“Hoje é um dia simbólico, porque nós começamos a fechar um ciclo. Haverá novas denúncias, novas acusações criminais em relação aos diferentes núcleos criminosos, mas hoje é o primeiro dia em que a Procuradoria da República oferece acusações criminais contra pessoas que estão dentro do núcleo político. O esquema, como nós sabemos, era pluripartidário. Os principais partidos envolvidos, com as provas disponíveis até este momento, são PP, PMDB e PT”, havia dito o procurador Deltan Martinazo Dallagnol, quando encaminhou o arquivo a Moro. 
 
Os quatro ex-parlamentares irão responder criminalmente por corrupção, lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e peculato.
 
André Vargas está sendo investigado por envolvimento criminoso em contratos de publicidade entre a Borghi Lowe e a Caixa Econômica Federal e o Ministério da Saúde. A empresa realizaria todas os trabalhos das campanhas de publicidade dos órgãos públicos, por meio da influência do ex-parlamentar. A Borghi então subcontratava outras empresas e recebia 10% dos valores, que seriam depositados nas empresas de fachada Limiar Consultoria e Assessoria e LSI Soluções em Serviços Empresariais, controladas por Vargas e seus irmãos.
 
 
Pedro Corrêa, então um dos líderes do PP, estaria envolvido numa das principais origens do esquema de corrupção da Petrobras, sendo o responsável pela negociata do nome de Paulo Roberto Costa, como diretor de abastecimento da Petrobras, e consecutivo repasses de propinas ao partido que liderava. Corrêa responde por corrupção passiva de todos os atos de Costa na estatal. A sua filha, também ex-deputada Aline Corrêa, foi denunciada por peculado em diversas situações, entre elas, a contratação de uma empregada doméstica sem formação técnica como secretária parlamentar, para desviar seu salário.
 
 
Luiz Argôlo, também ex-deputado do PP, tinha relações mais próximas com o doleiro Alberto Youssef. Utilizando contas bancárias de pessoas físicas e jurídicas, Argôlo teria recebido vantagens indevidas de Youssef, além de desviar recursos públicos da sua cota parlamentar para custear viagens de interesse particular, em uma delas ao escritório do doleiro. Youssef também teria entregue R$ 520 mil para Argôlo comprar um helicóptero. Em outra situação:
 
 
Leia as denúncias da Força Tarefa contra os três núcleos dos ex-parlamentares denunciados:
 

 

Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

48 Comentários

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  1. Promoção pessoal dos procuradores do MPF.

     

    Ministério Público Federal

    PROCURADORIA DA REPÚBLICA NO PARANÁ

    FORÇA TAREFA

    “OPERAÇÃO LAVA JATO” 

    Esse “Operação Lava Jato ” constitui ato de promoção pessoal dos procuradores do MPF, portanto mais uma ilegalidade dos procuradores da Republica no Paraná.

  2. Muitos palhaços reunidos

    Nassif,

    O juiz palhaço está tendo que viar em dez, para poder continuar cumprido as ordenas que seu mestre sempre lhe encaminha.

    Quanto ao procurador palhaço prá xuxu, Deltan Dallagnol, seu interesse e lado político dispensa qualquer comentário, basta o post a respeito do figuraço nas redes sociais, que talvez fosse suficiente para desqualificá-lo deste processo.

     

      1. Circo

        Bento,

        Engano seu.

        Se você aprecia os palhaços, monte um circo e coloque eles prá trabalharem, coisa que eles não sabem fazer.

        Hoje, os Bentos aplaudem delações premiadas sem qualquer tipo de prova documental, e amanhã, se vierem a ser alvo da mesma patifaria, não podem reclamar.

        Quanto aos Andrés, estou me lixando prá todos eles, só sinto falta da Odebecht e AGutierez, que o juiz palhaço poupou sabe-se lá o motivo.

        1. Sinta falta deles não, Alfredo

          É questão de tempo até que os diretores das outras construtoras abram o bico sobre o cartel e citem nominalmente alguém da Odebrecht e Andrade Gutierrez, daí a casa deles vai cair. A não ser é claro que prospere seu desejo de afastar de uma vez por todas do caminho todo e qualquer operador da Justiça que ouse mandar criminosos do colarinho branco pra cadeia. Daí toda essa turma poderá respirar aliviada novamente, enquanto o povo brasileiro continua com seu nariz de palhaço. Menos você é claro.

          1. Responda com sinceridade, ou

            Responda com sinceridade, ou seja, com honestidade intelectual que suponho ainda possuíres: se não estivesse envolvida a GENI, digo, PT, o ímpeto de justiceiro desse Juiz teria emergido? Por que nunca prosperam outras operações quando essa particularidade não existe? 

            Nariz de palhaço também portam os que fazem suas avaliações ancorados apenas nas suas visões e aspirações deixando de lado tudo o mais envolvido. Isolam uma questão complexa para se aterem  às obviedades e lugares-comuns face  às suas antipatias decepções e/ou antipatias políticas. 

            É por isso que vocês nunca conseguem me convencer no quesito “sinceridade de propósitos”. Estão imbuídos mais em destruir um projeto político que propriamente com a Verdade e com a restauração de uma moralidade que não seja de fancaria.

             

          2. Você está chamando o juiz de

            Você está chamando o juiz de “justiceiro”, o que por si só já é uma baita desonestidade intelectual, então não vou nem perder tempo respondendo o resto. A não ser que você tenha capacidade de entrar na mente dele e saber exatamente quais suas motivações e métodos, pois da leitura de suas decisões tal inferência só seria possível por meio de uma visão preconceituosa ou simplesmente desonesta mesmo. Se houvesse um pingo de evidência de partidarismo nelas a defesa dos réus já teria solicitado seu afastamento do caso, mas nem sequer os procuradores (bem mais aguerridos e inconsequentes que o juiz) sofreram questionamento formal nesse sentido (estamos esperando até agora pelo Stanley Burnurinho protocolar a denúncia que fez tão corajosamente no facebook daquele Procurador, levantando suspeição sobre um colega dele).

            No mais, não tenho pretensão nenhuma de te convencer de nada, muito pelo contrário. Ao “debater” aqui (coisa impossível ultimamente – há escasso conteúdo e muita bile), apenas consegui convencer a mim mesmo acerca da solidez de minhas posições. Não busco a verdade nem projetos políticos, mas apenas o fortalecimento das instituições. PT, PSDB, Dilma, Lula, FHC, Cunha passam – o Brasil fica. Quem constroi o Brasil somos nós, e os procuradores e juizes deste país desempenham sim um papel crucial nessa construção, assim como várias outras instituições.

            Não tenho a menor preocupação com a ambição política de quem investiga o governo, preocupa-me sim que as instituições sejam proibidas de fazê-lo para preservar o projeto político atual. Pois decisões jurídicas abrem precedentes, e as leis que foram aplicadas no passado contra o PT podem sim – e serão, se as instituições puderem trabalhar sem impedimento – aplicadas contra o PSDB ou qualquer que seja o partido no poder. Mas o mesmo vale para impunidade. Se você deseja destruir o trabalho de investigação de um punhado de procuradores para preservar seu partido, pode ter certeza que isso terá efeitos sobre a credibilidade de todo o sistema jurídico no futuro. E logo veremos a cultura do “crime compensa” se alastrar de uma vez por todas na sociedade, afinal as massas replicam o que a elite faz.

            Eu poderia viver com o fato de que o advogado de um pobre ladrão de galinhas, diante da ausência de argumentos técnicos para provar a inocência de seu cliente, apelasse para algo do tipo: “Ele é vítima de um Estado opressor, totalitário, onde as forças da Lei e da Justiça se unem para crucifica-lo!” Eu acharia engraçado, mas poderia viver com isso. Mas o que não tem nada de engraçado é ver o advogado muito bem pago de um ladrão que lesou a sociedade em centenas de milhões de reais apelar para essa arenga, e tanta gente aqui bater palma. Isso é realmente doloroso. E dói muito mais para o ladrão de galinha. Não espero que você entenda. Mas espero que pense duas vezes antes de me acusar de desonestidade intelectual. Pois honestidade se aprende em casa, e eu não gostaria de ser igualado a essa turma que vocês apluadem nem mesmo no plano intelectual. Sds

          3. Ignorantes da Justiça

            Bento,

            Este grupo de paus mandados está há mais de quinze meses pilotando esta LavaJato, e até agora não moveram uma linha para altererar o rito das licitações públicas e construção de objetos licitados.

            Amanhã, o Bento ou o alfredo podem ganha uma licitação e funcionarem da mesma maneira que os empreiteiros funcionam hoje. Este é o tamanho exato da equipe de ignorantes da Justiça que está à frente deste carnaval que, até agora, pouco produziu de verdadeiramente útil, além de provocara demissão de mais de 30 mil até o momento. Como disse Einstein, a estupidez humana não oferece qualquer limite.

            O que eu acabo de digitar, digitei aqui no blog logo na primeira semana da LavaJato.

             

          4. Ah tá certo, a culpa da

            Ah tá certo, a culpa da corrupção é dos procuradores “paus mandados”. Ao invés de investigar e punir crimes, eles deveriam estar trabalhando modificando a lei das licitações. Claro, claro, essa é bem a função deles mesmo. 

          5. Zorra

            Bento,

            E os procuradores investigaram o quê, quando e onde ? 

            A turma de paus mandados preguiçosos se contenta com delação sem provas documentais, não sabem trabalhar. Quanto ao rito das licitações, somente tucano de carteirinha pode achar que deve continuar com está, uma zorra.

          6. Eu ri.

            100% dos processos judiciais bem sucedidos contra organizações criminosas no séc. XX em todo o mundo civilizado foram baseados em delação premiada, mas na tua visão os procuradores desses países são “paus mandados preguiçosos que não sabem trabalhar”. E essa das licitações também foi genial. A partir de agora, sempre que um gatuno for pego fraudando licitação, basta argumentar em sua defesa que a culpa é dos tucanos que não quiseram mudar a lei de licitações, e será imediatamente solto com um pedido de desculpas por parte do “Estado totalitário”.

          7. Rito

            Bento,

            Não é preciso tergiversar.

            Não estamos falando de delações mundo afora, mas no caso LavaJato.

            Quanto ao rito das licitações, você se faz de desentendido, não deixa de ser uma opção. Não disse, e nem poderia,que a defesa poderia se utilizar deste argumento chulo. Como eu disse, você se satisfaz com o atual rito, eu não.

          8. tergiversar?

            Eu tou é rindo até agora com teu comentário! E só imaginando a cena, o empreiteiro bandido bradando no tribunal, a culpa é da Justiça que não mudou a lei de licitações! Como diria o Duque, Que país é este?? kkkk

          9. Panelas

            Bento,

            Como vosmecê não é analfabeto, é sinal que não tem tem mais como contra- argumentar.

            Fico por aqui, enquanto você se prepara para o programa dos tucanos hoje, na televisão – quem sabe, também vai bater panelas. 

          10. quando será que o blog vai
            quando será que o blog vai entrevistar o Moro ou um procurador ?…. só tem entrevista dos advogados desses pobres inocentes que estão sendo massacrados por este “Dirty Harry” maquiavélico..

      2. Bento,
        Réplica contaminada

        Bento,

        Réplica contaminada por argumento falacioso(precisa explicar o porquê?) e metido a engraçadinho. Poderias fazer bem melhor que isso.

        O Juiz Moro não recebe críticas só de nós, pobres coitados comentaristas deste Portal e eventualmente pertencente a “casta” dos “dalits” da política nacional, mas de juristas renomados(não cito os advogados de defesa por razões óbvias, merce de seus argumentos serem consistentes).

        Nesse “joguinho” de imputações recíprocas que chamo de “Lei das Compensações Anônimas” não há ganhadores. Só perdedores. Até aí tudo bem, não deveria, mas faz parte do espetáculo. 

        O que me tira do sério é a postura dos que só por arrostarem os “párias” dos quadros partidários da antes “límpida”, “excelsa” e “beata” política nacional, a priori, ou seja antes de passar pelo filtro crítico, podem declinar da necessidade de abordar as questões por todos os ângulos possíveis. Como se fossem ungidos pelos “céus” para obliterarem a bel prazer, na hora que acharem conveniente, os que avaliam como indignos de qualquer tratamento se não o desprezo. 

         

        1. Minha réplica não tem nada de

          Minha réplica não tem nada de falacioso. O sujeito chamou o juiz de “palhaço” por defender uma decisão técnica e absolutamente usual de concentrar processos numa vara, quando relacionados a uma mesma investigação. Se o juiz é o palhaço, então só posso supor que os réus são os “sérios” na cabeça dele, logo o apoio à posição deles me parece óbvio. E o engraçadinho nessa estória não fui eu, foi ele. Procure em algum blog nos EUA, na Europa ou na Ásia (só para citar países “civilizados”) algum comentarista chamar um juiz de “palhaço” ou coisa similar por conta de um processo aberto contra políticos e empresários. Se você encontrar uma figura dessas, encontrará embaixo do comentário dezenas de outros chamando ele próprio de palhaço pra baixo.

          O juiz Moro não é infalível e recebe crítica sim de um monte de gente, algumas com mais ou menos justiça, mas não é o caso que se vê na maioria dos comentários aqui. Ser chamado de “palhaço” (ou leviano, mal intencionado, “capitão do mato”, etc etc) não é crítica. É motivo para processo e em várias situações de agressão é inclusive excludente de culpabilidade. Se o sujeito pretende se escudar no argumento de algum jurista para chamar alguém de palhaço, quem está fazendo palhaçada é ele. Não me culpe por lhe apontar o nariz vermelho ao qual ele fez jus.

          No mais, com o devido respeito, mas toda sua arenga sobre como a democracia brasileira era sórdida antes nada acrescenta ao debate atual. A casa suja não me dá o direito de sujá-la ainda mais. Dos poucos comentaristas deste blog que ainda defendem que se faça a limpeza, ninguém tem pretensão de ser dono da verdade, ter prerrogativa moral, falar como ungido dos céus ou coisa que o valha. Tudo o que se pede é que se aplique a lei, doa a quem doer. E que se protejam as instituições, para o que é preciso proteger os agentes que fazem essas instituições funcionarem.

          É perfeitamente possível que alguns réus da Lava Jato, talvez até todos, sejam inocentados posteriormente (alguns anos atrás eu diria é o mais provável). Mas a legitimidade dessa inocência deriva da análise das evidências. Inocentá-los com base em manobras jurídicas e políticas de toda sorte, artigos “bombásticos” na mídia falando sobre Estado de Exceção e outras bobagens, e ataques sórdidos e recorrentes às instituições, é o caminho para a destruição de nossa jovem e frágil democracia, jamais seu fortalecimento. E é espantoso que a turma aqui não pereceba isso. Já chegaram a publicar a entrevista de um dirigente partidário italiano dizendo que a Operação Mãos Limpas foi uma tragédia pra democracia. Eu pergunto, democracia de quem cara pálida? Tem algum “ilustre jurista” italiano que diga o mesmo que ele? Ou algum reles cidadão daquele país? Se continuarmos nesse caminho, logo logo vai ter gente aqui criticando o “cerceamento à defesa” no Tribunal de Nuremberg. E por aí vai.

          1. Lógica fantástica, indiscutivelmente “intelirante”!

            “”Se o juiz é o palhaço, então só posso supor que os réus são os sérios”

            Com uma raciocinância como essa, não surpreende que tenha tais “opiniães”

            Vai longe esse aí…

             

          2. Explique então a

            Explique então a inconsistência lógica da frase, sr. Inteligente Raro (acaso seu apelido seria uma ironia “grossa” em relação aos seus colegas comentaristas?) Ou vieste aqui como tantos outros só pra fazer palhaçada também?

  3. Não é o Moro, é a “Justiça Federal do Paraná”…

    A imprensa quando quer resguardar o Moro de desgaste pela concentração absurda e escandalosa de tudo que se refere às investigações em todo o Brasil e quiçá pelo mundo, substitui as 4 letrinhas do seu nome por 3 palavras e 25 espaços.

    O cara, como Joquinha Brabosa, concentra as funções de inquirição, aceitação de denúncia e o consequente julgamento onipresente. Tudo marcadamente seletivo.

    Embora favorável ao processo de combate à corrupção, não vejo como este pode ser um processo eficaz, apenas como a eliminação justiceira e oportunista dos adversários da corrupção histórica de 515 anos.

    Além da nefasta desconstrução da Justiça no país, passou a ser um processo de manutenção dessa História. No “nosso” Brasil deles (os corruptos históricos), até na corrupção eles tem privilégios exclusivos.

    Certamente não é assim que “acabaremos” com ela. Apenas a consolidaremos.

    1. Pra que tanto rancor?

      O juiz está instruindo o processo e a investigações tem várias ramificações que se “conversam”, é natural que deseje concentrar os procedimentos em sua vara em vez de fatiá-lo e espalhá-lo pelos 4 cantos do país. Mas essa é uma discussão puramente técnica, o tribunal pode ter entendimento diverso e mandar ele dividir os julgamentos. Vocês estão procurando pêlo em ovo de novo. Desconheço juiz no Brasil ou no mundo que tome por si próprio a iniciativa de fatiar um processo que envolve vários réus relacionados e cuja investigação ainda está em curso.

      Mas conheço alguns lugares em que um juiz que agisse dessa forma seria considerado bem “suspeito”. Por exemplo no Brasil, mais especificamente no caso do mensalão mineiro, onde o ministro Joaquim Barbosa teve de recuar de sua ideia de concentrar todo o processo no STF, após os demais ministros manifestarem sua contrariedade. Não me lembro de vocês terem elogiado ele na época, pelo contrário – todos aqui no blog disseram que o fatiamento do processo era uma manobra para proteger os réus. Agora reclamam do oposto. O que mudou, a lei? Não, foram vocês mesmo.

      1. “Rancor” é sua mera opinião de sentimento, aqui usa-se argumento

        No caso, o que vc chama de “rancor” (como se eu fosse um torcedor tal qual vc se evidencia) é a preocupação com uma Justiça de verdade, que funcione sem casuísmos e seletividades.

        Vc mesmo não percebe que seu próprio exemplo é a demonstração cabal do (nefasto) uso político da Justiça!

        Ou vc não vê nenhum probema nisso? No caso da AP171, digo 470, a lista de irregularidades é enorme, começando por jogar uma avassaladora maioria de réus em um tribunal “privilegiado” de última instância. Um uso “especial” de conceitos, leis e manipulações para forçar (até confessadamente) condenações “sem provas”, mas “permitidas pela literatura”, em desvios públicos de empresas que assim o eram porque tinham “do Brasil” no seu nome…

        No outro, apenas “cumpriu -se a lei” (foro, competência, etc.). Aí o candidato a troll na sua rasa mediocridade opinativa, chama uma crítica a isso de “rancor”. Com sua visão de (anti)torcedor, naõ enxerga que a crítica é à uma Justiça politca, que tem lado, que age de formas diferentes e até opostas em relação a um mesmo assunto. Não vê a enorme distprção e perigo implícito neste comportamento institucional.

        Pensa que estou “torcendo” para Dirceus e Pizzolatos, porque, de pensamento limitado, não consegue imaginar que alguém se preocupe com (o uso farsesco d’)a JUSTIÇA, independentemente de quem esteja envolvido.

        Note que só o PSDB recebeu das empresas investigadas 42% dos valores envolvidos. Note que há denúncias com provas (e por delações) que sequer são investigadas. A “Justiça Federal do Paraná” (codinome Moro), apesar delas, restringiu a investigação a um período seletivo (cadê a “abrangência e a “conversação” de tudo?)

        Declarações opinativas e torcedoras são apenas isso: opiniões torcedoras, como a de um fiel que não se interessa see seu time ganhou roubado, pois o que interessa é “ganhar”. Para quem não é fanático, o que interessa é o bom futebol e não ser “campeão do jeito que precisar”.

        Típico da oposição de hoje, da qual evidentemente vc pertence, que adora generalizações sem o mínimo aprofundamento e interdita o debate com panelarias e agressões aos “adversários” em restaurantes, hospitais ou na vandalização de veículos e sedes partidárias. Esta é a “democracia” que não gostam, pois, explícitamente, pedem “intervenções militares” e outras tantas ridicularidades.

        Meu caro, não sou “voces” nem estou numa de “eles e nós”. Não sou petista, pela mesma razão que não tenho religião. Mas sou brasileirista, daí entre Aécio, FHC, Serra, Alckmin, Marina, Paulinho da Força, Roberto Freire, Aluisio Nunes, (já estiquei a lista demais) e Dilma, nem pisco para optar por ela (que como Lula, devassam legal e ilegalmente com tudo que têm (e não é pouco) e não conseguem achar nada. Com os demais, “seria” a maior moleza!

        Eu quero que se combata a corrupção no país.

        Vc que é bento mas não é santo, só quer combater a corrupção dos adversários.

        Custe a Justiça que custar!

        1. No caso, o que vc chama de

          No caso, o que vc chama de “rancor” (como se eu fosse um torcedor tal qual vc se evidencia) é a preocupação com uma Justiça de verdade, que funcione sem casuísmos e seletividades.

          Ou seja, Justiça alguma pois esta é a única forma de se garantir a igualdade de impunidade a todos. Justo, muito justo.

          Ou vc não vê nenhum probema nisso? No caso da AP171, digo 470, a lista de irregularidades é enorme, começando por jogar uma avassaladora maioria de réus em um tribunal “privilegiado” de última instância. Um uso “especial” de conceitos, leis e manipulações para forçar (até confessadamente) condenações “sem provas”, mas “permitidas pela literatura”, em desvios públicos de empresas que assim o eram porque tinham “do Brasil” no seu nome…

          O julgamento do mensalão foi longo, discutido e rediscutido inúmeras vezes. O STF cometeu uma série de irregularidades? Denuncie à Corte Interamericana de Direitos Humanos e leve o caso ao Tribunal de Haia. Até você fazer isso, com o devido respeito, mas sua frase não passa de opinião. Você tem a sua, eu tenho a minha. Quem me convencer dessas irregularidades? Traga um juiz internacional que as aponte, pois aqui a decisão foi unânime. Data venia, estou disposto a mudar de opinião se convencido por alguém que entende do riscado, de preferência vindo de algum país civilizado.

          No outro, apenas “cumpriu -se a lei” (foro, competência, etc.). Aí o candidato a troll na sua rasa mediocridade opinativa, chama uma crítica a isso de “rancor”. Com sua visão de (anti)torcedor, naõ enxerga que a crítica é à uma Justiça politca, que tem lado, que age de formas diferentes e até opostas em relação a um mesmo assunto. Não vê a enorme distprção e perigo implícito neste comportamento institucional.

          Quanta bobagem. O único risco que vejo vem da necessidade urgente colocada por vocês em fatiar processos contra organizações criminosas, pois os danos potenciais à investigação são evidentes. Mas é claro, vale a pena correr esse risco em nome da “política”.

          Pensa que estou “torcendo” para Dirceus e Pizzolatos, porque, de pensamento limitado, não consegue imaginar que alguém se preocupe com (o uso farsesco d’)a JUSTIÇA, independentemente de quem esteja envolvido.

          Eu tenho pensamento limitado. Limitado aos fatos. Fato é que decisões como as que condenaram Dirceu e Pizzolato, podem e serão usadas como jurisprudência para punir políticos de outras legendas que incorrerem em crimes similares. Por outro lado, também é fato que a impunidade deles certamente será usada como argumento pelos defensores dos meliantes de outros partidos no futuro. Estes são os fatos. O resto é torcida sim senhor.

          Note que só o PSDB recebeu das empresas investigadas 42% dos valores envolvidos. Note que há denúncias com provas (e por delações) que sequer são investigadas. A “Justiça Federal do Paraná” (codinome Moro), apesar delas, restringiu a investigação a um período seletivo (cadê a “abrangência e a “conversação” de tudo?)

          Ué, pensei que o processo corria sob sigilo. Como é que você sabe que houve denúncias que não foram investigadas? Estão “vazando” algo para você? E outra, vários comentaristas aqui disseram que não havia prova alguma, só delação autointeressada. Então sua afirmação de que há provas me surpreende, pois todos aqui dizem o contrário. Eu não conheço os autos nem as delações, então não tenho absolutamente nada a dizer sobre isso até que o processo seja concluído. Você que é onisciente ou tem contatos no MP que me responda então.

          Declarações opinativas e torcedoras são apenas isso: opiniões torcedoras, como a de um fiel que não se interessa see seu time ganhou roubado, pois o que interessa é “ganhar”. Para quem não é fanático, o que interessa é obom futebol e não ser “campeão do jeito que precisar”.

           

          Típico da oposição de hoje, da qual evidentemente vc pertence, que adora generalizações sem o mínimo aprofundamento e interdita o debate com panelarias e agressões aos “adversários” em restaurantes, hospitais ou na vandalização de veículos e sedes partidárias. Esta é a “democracia” que não gostam, pois, explícitamente, pedem “intervenções militares” e outras tantas ridicularidades.

          Não te interessa debater comigo por razões óbvias, então resolve deslegitimar minha participação no blog como se eu fosse um reles “torcedor paneleiro oposicionista favorável a intervenção militar”. Bobagem, nós dois sabemos quem tem o argumento mais fraco aqui e quem está fugindo da conversa.

          Meu caro, não sou “voces” nem estou numa de “eles e nós”. Não sou petista, pela mesma razão que não tenho religião. Mas sou brasileirista, daí entre Aécio, FHC, Serra, Alckmin, Marina, Paulinho da Força, Roberto Freire, Aluisio Nunes, (já estiquei a lista demais) e Dilma, nem pisco para optar por ela (que como Lula, devassam legal e ilegalmente com tudo que têm (e não é pouco) e não conseguem achar nada. Com os demais, “seria” a maior moleza!

          Ok, mas o que isso tem a ver com o debate? Suas preferências em termos de liderança política definem sua posição diante de um crime? Aliás acho uma sacanagem sem tamanho você usar a Dilma no final da sua arenga. Você sabe o que ela pensa sobre este caso? Você sabe se ela apoia Vaccari e a turma do PT envolvida? Você sabe se ela não concorda com os métodos do juiz Moro e dos procuradores? Se você não sabe de nada disso, pra que vem trazer o nome dela para ajudar sua argumentação em prol dos acusados da Lava Jato? 

          Ah, esqueci, você é clarividente né. Desculpe.

          Eu quero que se combata a corrupção no país.

          Ótimo, vamos combatê-la então. Um bom primeiro passo é apoiar as investigações do MP e defender penas mais duras contra crimes do colarinho branco, ao invés de passar o tempo nas redes sociais falando mal dos raros juizes e procuradores que ousam arriscar suas carreiras para pegar essa turma.

          Vc que é bento mas não é santo, só quer combater a corrupção dos adversários.

          Meu nome é mesmo lindo né? Mas não senhor, não tenho adversários. O Brasil tem e muitos. Infelizmente, aqui dentro. São aqueles que sempre estão dispostos a atacar as instituições republicanas em troca de um pouco mais de poder político.

          1. Corrupção muita, a sua primeiro! (ou era farinha pouca e pirão?)

            Sua réplica 1: Hã?!

            SR2: Como já antecipara, seu “estilo de “argumentação” sobre o jogador ( (vídeo de 50 ângulos) sequer ter encostado na bola dentro da área é: “o juiz fez curso de 3 anos na Faculdade. Discutiu 3 minutos com os bandeirinhas. E deu o penalty assim mesmo! Não gostou? Vá reclamar lá com a Comenbol. Leve à Fifa!

            Discutir o vídeo (os fatos), necas de pitibiribas!Apenas fanfarronices tolas do tipo “vá à Haia!”

            Note que vc pensa que foi “discutido longamente”. Por ex: o inquérito 2474 foisurpresa par alguns e não discutido com ninguém. A Visanet é uma empresa priva(díssim(a), dona contratual explícita do dinheiro desviado” do BB, que sequer o pediu “de volta”. Estou lhe trazendo fatos e não opiniões. Discuta-os  aqui em vez de me “ensinar” o que posso fazer.

            Quanto a vc preferir opiniões de alguém do mundo “civilizado” (preconceito declarado), eu sou um “civilizado” que já teve subordinados civilizados, trabalhando em multinacionais de países civilizados, lá nos países civilizados. Se vc fica devendo, a limitação é sua, não minha.

            SR3: Começa com (mais uma) uma opinião (des)qualificativa e insiste no “voces” (não consegue sair disso…). Volto ao seu exemplo para vc observar que a crítica é ao (perigosíssmo) uso politico da Justiça (“viva” a Justiça alemã da década de 30! … onde nem havoa “Haia” para recorrer, né?). O conceito de fatiar processo é múltiplo, depende do que fatiar. Note que o próprio Moro, digo, JFParaná, já está fatiando em vários processos. Todos na mesma “vara”…

            Não estou discutindo a “técnica” (que até então era outra, como na AP470), mas seu evidente uso seletivo. Tão político que, diferentemente dos milhares de outros processos que rolam pelo país, dividem as opiniões em “nos e vocês”, como vc quer insinuar.

            SR4: Mais uma vez recorre aos “fatos” (começando pela admissão da frase 1. A 2 é inferência copiativa): o juiz erra, rouba, mas é o que ficou “consignado na súmula”. Portanto os pontos ganhos poderão ser usados no campeonato. Pronto. Não se discute!

            Como também já antecipara, não importa o julgamento e sua essencial qualidade. Apenas os “fatos” consumados. Meu time ganhou! Os nazistas usavam esses mesmos argumentos.

            SR5: Tadinho, mais uma vez sabe tudo dos “vazamentos sigilosos” com meia hora todo dia no JN, mas não dos vídeos na Internet com delações e documentos de denúncias oferecidas e ignoradas (ex: Aécio). Pensei que estivesse discutindo com alguém minimamente informado.  Decepção!

            SR6: Complicado explicar as coisas pra vc. Vc me chama de “voces” (sabe-se lá quem são ou somos…) e deixei claro que tenho POSIÇÂO, embora isto não seja, como vc pensa ou insinua usando “voces” que isto seja defesa a alguém, mas à Justiça. Só quero que ele seja abrangente e não seletiva, “duela a quem duela”. Jamais política! (vou relembrar nazismo de novo?). Talvez se eu falar mais umas 37 vezes, vc entenda.

            Um outro esclarecimento, para ajudar sua confusa cabecinha: Dilma não é minha “liderança” politica ou outra qualquer. É apenas a melhor opção (de longe) que tive para ter votado para presidir o país. Me representar, por delegação de voto. As outras podem até ser suas “lideranças,” mas é um problema eminentemente seu.

            SR7: Como pode ver, não fujo a conversa alguma, pura inferência opinática (e pretensiosa) sua, o que não é surpresa, evidentemente. Infere até “o que eu sei”, mas sabe também o que signfca a palavra ridículo, não?

            SR8: Se vc retrucou meu comentário, depreende-se que o leu, e terá visto que apoio o combate. O que não significa apoiar fanfarrões e justiceiros que o fazem politicamente, de forma escancaradamente seletiva (até com declarações em fêicebuques e quetais) e que fazem só uma parte (menor) do “serviço”, truculenta e açodadamente.

            E causando DESNECESSARIAMENTE (em termos jurídicos, mas não politicos, evidentemente) prejuízos ao país e a centenas de milhares de brasileiros, ao PIB e à competitividade do país, além do engôdo pseudo-moralista à opinião pública desavisada (com talvez vc).

            O fato é que combates à corrupção para “varrê-la do mapa”, “acabar com ela”, “passar o país a limpo”, etc. já nascem condenadas pela própria pretensão.

            Como no sexo, devagar e sempre funciona melhor.

            SF8: Falou, falou e não disse nada, parece discurso de coronel de novela. Quem são os inimigos? Quem quer o poder? Quem ataca as intituições? Não vá me dizer que as instituições não estão hoje mais republicanas do que nunca! Ou que o “combate” à corrupção não está livre, leve e solto! (infelizmente, só de forma política).

            Quanto ao suposto nome, não vou comentar. Supostamente seus pais discutiram isso longamente. De qualquer forma, se não gostasse, poderia recorrer, não a Haia, mas localmente. Se gosta, curta!

            De qualquer forma, sua primeira frase é a melhor do seu comentário: “O Brasil tem muitos inimigos”

            Internamente já é deprimente. Mas lá fora também! É natural há milhares de anos na História do mundo.

            Aqui dentro, é “natural” (?) há 515 anos na História do Brasil.

            São os mesmos que há séculos nunca deixaram que fossemos a nação que podemos ser.

            Apenas não os confunda!

             

          2. Discutir o vídeo (os fatos),

            Discutir o vídeo (os fatos), necas de pitibiribas!Apenas fanfarronices tolas do tipo “vá à Haia!”

            A mais alta Corte do país condenou os réus. Você não aceita a condenação deles, é direito seu. Mas sua opinião, com a devida venia, é insuficiente para me convencer da inocência deles. Eu só mudo de opinião, repito, se um jurista de um país sério respaldar sua opinião. O resto é, parafraseando um certo candidato careca, “trololó” futebolístico seu.

            Quanto a vc preferir opiniões de alguém do mundo “civilizado” (preconceito declarado), eu sou um “civilizado” que já teve subordinados civilizados, trabalhando em multinacionais de países civilizados, lá nos países civilizados. 

            Não disse que você é incivilizado nem que desconhece países civilizados. Pedi apenas a opinião de um jurista de um país civilizado. Se o entendimento dele, de acordo com as leis de lá, é que não houve crime, estou disposto a conceder. Note que se eu fosse um legalista estrito nem isso aceitaria, pois o que vale é a lei daqui. Mas eu aceito mudar de ideia quando alguém que comprovadamente faz as coisas do jeito certo me convence. Então, busque essa opinião abalizada, mas não me culpe por julgar que a sua opinião pessoal não me basta neste caso. Trata-se de análise técnica de fatos complexos, como você mesmo colocou, não de uma simples conversa de boteco resolvida em 2 frases. E os ministros do STF (a imensa maioria dos quais nomeados por Lula e Dilma) certamente não chegaram lá mostrando seu conhecimento em botecos, de modo que é justo que sua opinião seja refutada pela de alguém com no mínimo envergadura jurídica similar.

            Não estou discutindo a “técnica” (que até então era outra, como na AP470), mas seu evidente uso seletivo. Tão político que, diferentemente dos milhares de outros processos que rolam pelo país, dividem as opiniões em “nos e vocês”, como vc quer insinuar.

            Cite um único caso de uso seletivo desta técnica por parte do juiz Moro ou pelo menos apresente um volume significativo desses tais “milhares de processos” similares que, segundo você, foram fatiados no Brasil. Se não for capaz de fazer isso só posso concluir que você tirou da cartola mais uma farsa para imputar ao juiz Moro uma acusação falsa de parcialidade neste caso.

            Mais uma vez recorre aos “fatos” (começando pela admissão da frase 1. A 2 é inferência copiativa): o juiz erra, rouba, mas é o que ficou “consignado na súmula”. Portanto os pontos ganhos poderão ser usados no campeonato. Pronto. Não se discute!

            De novo, prove que o juiz (a quem você se refere aqui, Barbosa ou Moro?) errou ou roubou. De preferência com a opinião de outro magistrado de nível hierarquicamente superior a ele ou de mesmo nível de um país civilizado caso esteja se referindo a um ministro do STF.

            Tadinho, mais uma vez sabe tudo dos “vazamentos sigilosos” com meia hora todo dia no JN, mas não dos vídeos na Internet com delações e documentos de denúncias oferecidas e ignoradas (ex: Aécio). Pensei que estivesse discutindo com alguém minimamente informado.  Decepção!

            Não estou minimamente informado sobre vazamento nenhum. O que sei é que vazamento é crime. Se você sabe de algum deveria procurar as autoridades competentes (o próprio juiz e o CNJ) e encaminhar a denúncia. Mas se limitar a falar que há crime sem apontar fatos é o mesmo que imitar a oposição quando diz que este é o governo mais corrupto da história.

            Vc me chama de “voces” (sabe-se lá quem são ou somos…) e deixei claro que tenho POSIÇÂO, embora isto não seja, como vc pensa ou insinua usando “voces” que isto seja defesa a alguém, mas à Justiça. Só quero que ele seja abrangente e não seletiva, “duela a quem duela”. Jamais política! 

            Concordo. E daí?

            Como pode ver, não fujo a conversa alguma, pura inferência opinática (e pretensiosa) sua, o que não é surpresa, evidentemente. Infere até “o que eu sei”, mas sabe também o que signfca a palavra ridículo, não?

            Ok, prove que não foge. Apresente evidências concretas do que alega, para não passar por ridículo.

            Se vc retrucou meu comentário, depreende-se que o leu, e terá visto que apoio o combate. O que não significa apoiar fanfarrões e justiceiros que o fazem politicamente, de forma escancaradamente seletiva (até com declarações em fêicebuques e quetais) e que fazem só uma parte (menor) do “serviço”, truculenta e açodadamente.

            Quaisquer declarações públicas de procuradores e juizes podem e serão usadas pela defesa de um réu para comprovar a “seletividade, truculência e açodamento” desses agentes, caso de fato eles incorram nestas faltas. Dependendo da gravidade das declarações, há razão inclusive para anulação de processo. No entanto até agora não se viu uma única queixa sequer nesse sentido formalizada pela defesa dos acusados. Se você tem provas dessas faltas pode você mesmo tomar a iniciativa de protocolar uma denúncia junto ao CNJ, caso dê muito trabalho repassá-las aos advogados de defesa. Mas se você não tem absolutamente nada a não ser bazófia, peço que me faça o imenso favor de “virar o disco” e parar de encher o saco com essa arenga rota.

            E causando DESNECESSARIAMENTE (em termos jurídicos, mas não politicos, evidentemente) prejuízos ao país e a centenas de milhares de brasileiros, ao PIB e à competitividade do país, além do engôdo pseudo-moralista à opinião pública desavisada (com talvez vc).

            Não existe dano desnecessário do ponto de vista da aplicação da Justiça. Se houve alguma medida judicial que comprovadamente causou dano injustificado a qualquer pessoa física ou jurídica, o prejudicado pode e deve buscar reparação junto à própria Justiça, como em qualquer país sério do mundo. O que não se vê em nenhum país sério do mundo é alguém defender que a lei não seja aplicada porque vai causar “prejuízo ao país”. Esse tipo de bobagem infelizmente a gente só escuta no Brasil.

            Falou, falou e não disse nada, parece discurso de coronel de novela. Quem são os inimigos? Quem quer o poder? Quem ataca as intituições? Não vá me dizer que as instituições não estão hoje mais republicanas do que nunca! Ou que o “combate” à corrupção não está livre, leve e solto! (infelizmente, só de forma política).

            Os inimigos, repito, são aqueles que atacam sistematicamente as instituições republicanas visando auferir vantagens para si ou para seu grupo. O conceito é claro e simples. Portanto acho que se fazer de desentendido aqui é o pior jeito de passar recibo.

          3. Enrolation de Rolando Lero

            Vamos começar pelo fim (mas não vá fundir a cuca, hein!):

            “Os criminosos (repito!) são aqueles que cometem crimes, visando vantagens para si … blá, blá, blá” …

            E repete! … E eu me fiz de “desentendido”! Grande argumento (!), claro e simples (!), embora eu não possa alcançar tamanha profundidade de tal … platitude, inócua.e genérica, como já reparei e afirmei nos comentários anteriores.

            SR1: Repeteco: “a mais alta corte…” blá, blá… Ora colega, primeiro que eu não disse que “não aceito” a condenação (isso é coisa de torcedor), conforme vc pode(ria) inferir ao ler meu comentário. Vou insistir: não estou em defesa de condenados, mas da (boa) Justiça. Ao invés de ficar recomendando “Haias” e outras sandices escapistas, responda afinal (com ou sem “juristas internacionais”, com eu posso até ser, não é?): 

            (1) A Visanet é uma empresa pública ou privada? (2) Uma razão social com final “do Brasil” (ex: Volkswagen do Brasil) significa que ela seja pública? (2) Num “lote” de 40 réus, a lei dá privilégio de foro a uns 3. O restante deve ter este “privilégio”? Ou deve ser respeitada esta MESMA lei que assim o foi para um caso similar (e originário) de réus politicamente adversários? (3) Que tal qualificar um empréstimo legalmente contratado, contabilizado e pago (em banco privado) como “gestão temerária” e daí condenar quem o assinou, o notório e biliardário corrupto do sobradinho no Butantã, Genoíno? (4) O que vc acha de um juiz que declara não ter provas e condena assim mesmo (assessorada por … Moro!)? (5) Que tal um presidente supremo forjar formação de quadrilha falseando datas e depois admitir que o fez “pra isso mesmo, ora!” (6) Como vc vê um presidente supremo querer reinterpretar uma lei com jurisprudência de décadas e dezenas de milhares de processos, só para (tentar) manter um réu encarcerado? (7) O que vc acha de um presidente supremo escapar com a chamada de um intervalo oportuno e na volta, mudar a discussão interrompida? (8) O que vc acha de um ex-presidente supremo, de HC´s cangurus, sentar “tecnicamente” o buzanfã em cima da “vista” de um processo decidido e chicanear a decisão de seus colegas do colegiado?

            Vc quer (mais) juristas (embora as questões acima até minha filha de 8 anos responda)? Que tal aquele jurista “petistíssimo”, o tal de Gandra, declarar que réus foram condenados sem provas? Ah, já sei: ele não serve, pois é “petista” e é “nacional”, incivilizado.

            Então que tal um jurista alemão, tido como criador da teria do “Domínio do Fato” declarar que o “fato” tem que ser provado e que seu uso na AP171, digo 470, foi incorreto por não sê-lo?

            Que tal o “jurista” MAM (em princípio, de “notório saber jurídico e reputação ilibada”) declarar pela segunda vez, que o juiz Moro está cometendo excessos (embora “os prefira”, elogiosamente). Já sei: é nacional, não serve!…

            Eu que “nem sou jurista” replico MAM com a seguinte frase: Justiça é que nem uma roda de carro em velocidade: tem que ser presa “justa” (parecido com justiça, né?): Se apertar demais os parafusos, eles quebram … e o carro capota! Se apertar de menos, eles soltam … e o carro capota!

            Justiça não tem que ter excesso ou falta. Tem que ser justa!

            Enfim, dada a hora e meus afazeres, não vou ficar respondendo todas as suas enrolations que vc repete, usando platitudes e generalidades, a menos que vc primeiro me responda objetivamente as (poucas) questões que, de memória, lhe fiz (poderia trazer muito mais).

            Se não conseguir, vou macaqueá-lo: Vá à Corte Interamericana ou de Haia e consulte os “universitários” de lá, para lhe dar uma forcinha.

            Pois você está realmente “precisado”.

          4. Vamos começar pelo fim.. blá

            Vamos começar pelo fim.. blá blá blá

            blá blá blá procê também.

            Vc quer (mais) juristas (embora as questões acima até minha filha de 8 anos responda)? Que tal aquele jurista “petistíssimo”, o tal de Gandra, declarar que réus foram condenados sem provas? Ah, já sei: ele não serve, pois é “petista” e é “nacional”, incivilizado.

            Esse Gandra é o mesmo que disse que há elementos jurídicos para pedir o impeachment da presidente Dilma?

            http://www.conjur.com.br/2015-fev-02/elementos-juridicos-impeachment-dilma-ives-gandra

            Deixa eu adivinhar: a opinião do Gandra no caso do Mensalão é muito importante porque é favorável aos réus, mas no caso do Petrolão deve ser desconsiderada porque ele é favorável à condenação da presidente, certo? Ou seja, a opinião dele só conta quando lhe convém. Ou você acha que ele está certo nos 2 casos? 

            Então que tal um jurista alemão, tido como criador da teria do “Domínio do Fato” declarar que o “fato” tem que ser provado e que seu uso na AP171, digo 470, foi incorreto por não sê-lo?

            Pois é, mas parece que o tal jurista alemão não disse isso não:

            http://www.conjur.com.br/2012-nov-19/mensalao-esclarecimento-claus-roxin-publico-brasileiro#autores

            Além desse desmentido que passou batido por aqui, ele deixou claro em todas as entrevistas que nunca teve oportunidade de analisar as provas do mensalão e só depois dessa análise poderia emitir uma opinião final sobre se sua teoria foi ou não aplicada corretamente. Mas aqui, insiste-se em acreditar que ele cometeria o absurdo jurídico e ética de se manifestar sobre sentença em outro país sem sequer conhecer os fatos. Um jurista alemão jamais faria tal coisa. Isso é costume de brasileiro, bem arraigado em nossa tradição bacharelesca, achar que a opinião de alguém basta só pelo título que essa pessoa ostenta e que seu conhecimento sobre os fatos é secundário. Como eu disse antes, gostaria muito que um jurista de país civilizado analisasse o processo de milhares páginas do mensalão e desse sua opinião depois – eu poderia inclusive mudar meu próprio juízo depois disso. Mas sem ler o processo, nem mesmo a opinião de Claus Roxin conta. E ele próprio sabe disso e deixa claro em suas entrevistas. Vocês é que se recusam a compreendê-lo.

            Que tal o “jurista” MAM (em princípio, de “notório saber jurídico e reputação ilibada”) declarar pela segunda vez, que o juiz Moro está cometendo excessos (embora “os prefira”, elogiosamente). Já sei: é nacional, não serve!…

            O ministro Marco Aurélio Mello merece meu respeito pelo cargo que ocupa, mas tenho sérias reservas com respeito a várias de suas decisões. Em primeiro lugar, ele não só votou a favor da condenação dos réus do Mensalão como também dissev publicamente que Lula sabia dos crimes (e portanto deveria ter sido responsabilizado). Então de novo, você só concorda com a opinião dele quando lhe convém, ou por acaso considera a postura dele no caso do Mensalão correta também? Mas o que estamos discutindo aqui é a opinião do MAM e não a evidente falta de coerência e o relativismo moral do sr. Dissimulador Midiático, certo? Então vamos a ela. MAM é aquele mesmo minsitro que, depois de libertar Cacciola e vê-lo fugir do país, deu entrevista dizendo que libertaria de novo mesmo sabendo que ele faria aquilo, pois para ele prisão preventiva só se justifica em casos extremos e o fato do acusado ter meios e motivação para fuga não é suficiente para prendê-lo. Depois de tantas opiniões “controversas” no caso do Mensalão e do Cacciola, você ainda tem certeza que MAM é o cara certo para opinar sobre a Lava Jato?

            Justiça não tem que ter excesso ou falta. Tem que ser justa!

            Truísmo. O que conta é o caso concreto e no caso concreto um punhado de réus já confessou ter surrupiado centenas de milhões de reais dos cofres públicos. Você acha excessivo mandá-los para a cadeia? Desculpe, mas em países sérios e civilizados é o que eles costumam fazer com gente assim. Mas talvez seu ideal de nação seja alguma república de bananas onde a Justiça serve apenas para proteger os “amigos do rei” – neste caso é bem provável que um escâdalo como esse sequer ganhasse os jornais.

            Enfim, dada a hora e meus afazeres, não vou ficar respondendo todas as suas enrolations que vc repete, usando platitudes e generalidades, a menos que vc primeiro me responda objetivamente as (poucas) questões que, dememória, lhe fiz (poderia trazer muito mais).

            Também tenho meus afazeres, mas é sempre um prazer responder a tantas questões óbvias e desnudar a absoluta falta de critério e de coerência da turma mais assanhada daqui, para a qual a opinião de um jurista só interessa se for a nosso favor. Portanto fique a vontade para fazer mais perguntas: sou todo ouvidos. Mas creio que a partir de hoje você pensará duas vezes antes de pedir a opinião abalizada de Ives Gandra e MAM para justificar os malfeitos da sua turma: melhor continuar com os universitários do blog mesmo.

  4. Se transpussémos para a

    Se transpussémos para a dimensão do futebol, como enquadraríamos esse Juiz Moro e sua atuação na Operação Lava Jato? Vamos lá: 

    Bem, seria o Juiz que apitaria o escanteio a favor do time do qual é torcedor,  o jogador responsável por bater o mesmo e que após fazê-lo correria para a área e lá faria o gol de cabeça(tipo “mão de Deus”a la Maradona) e depois correria para a torcida que, a propósito, seria composta de milhares de “Moro” a bradar à toda força “Moro”! “Moro”!”Moro”…………….

    Lá “em cima” nas cabines da imprensa a Globo berrando “gooooool do Mooooooroooo”! “Que craque! Gênio!”. E aí “Arnaldo” o gol foi de mão ou legal”? E o “Arnaldo” gol legal! A regra é CLARA: segundo o artigo VI do Regulamento qualquer coisa contra esse time adversário será sempre legal”. . 

    Depois da partida o onipotente e onipresente Moro receberia uma taça dos Marinhos de “melhor jogador em campo” e o troféu “apito de ouro” de melhor “árbitro”. 

    O time adversário? Deixo para quem gosta de advinhações. 

     

     

  5. Mais um Carnaval Midiático

    Mais um Carnaval Midiático  no dia que a Presidenta recebe o Primeiro Ministro Chinês para trazer bilhões em investimentos para o País.

    Será q foi a Globo ou o PSDB que deu a direção do Carnaval Jurídico/Policial?

    Políticos carregados pra cima e para baixo sobre os holofotes globais e o Herói de Preto pondo em prática os métodos que aprendeu nos Cursos do Departamento de Estado Americano.

    http://pt.m.wikipedia.org/wiki/Sérgio_Moro

  6. Pra que tanto rancor?

    O juiz está instruindo o processo e a investigações tem várias ramificações que se “conversam”, é natural que deseje concentrar os procedimentos em sua vara em vez de fatiá-lo e espalhá-lo pelos 4 cantos do país. Mas essa é uma discussão puramente técnica, o tribunal pode ter entendimento diverso e mandar ele dividir os julgamentos. Tudo vai depender do entendimento da instância superior acerca do que é mais conveniente, o juiz está apenas fazendo seu papel.

    Vocês estão procurando pêlo em ovo de novo. Desconheço juiz no Brasil ou no mundo que tome por si próprio a iniciativa de fatiar um processo que envolve vários réus relacionados e cuja investigação ainda está em curso. Mas conheço alguns lugares em que um juiz que agisse dessa forma seria considerado bem “suspeito”. Por exemplo no Brasil, mais especificamente no caso do mensalão mineiro, onde o ministro Joaquim Barbosa teve de recuar de sua ideia de concentrar todo o processo no STF, após os demais ministros manifestarem sua contrariedade. Não me lembro de vocês terem elogiado ele na época, pelo contrário – todos aqui no blog disseram que o fatiamento do processo era uma manobra para proteger os réus. Agora reclamam do oposto. O que mudou, a lei? Não, foram vocês mesmo. E isso já está se tornando rotineiro. Não por acaso, os comentaristas mais lúcidos do blog já o abandonaram faz tempo. Relativismo moral e ético tem limite.

    1. Errado, Bento. Mais falácias.

      Errado, Bento. Mais falácias. E tu sabes disso. O apelidado indevidamente “mensalão mineiro” e a dita Operação Lava Jato são duas espécies distintas, merce do mesmo gênero. Mais uma vez tentas confundir os desavisados.

      No primeiro caso, a crítica não foi À FALTA DE ISONOMIA, e não exatamente pela desconcentração do processo. No caso da AP 470 houve, sem sombra de dúvidas, uma estratégia do ministro-relator para deixar sob a égide do STF os processos dos núcleos não políticos, incluindo, “POR COINCIDÊNCIA”,  sob a alegativa de que formavam um todo coerente, todo a cúpula dirigente do PT(ex-ministro José Dirceu, Delúbio Soares e José Genoíno). Daí emergiram as questões dos direitos à dupla jurisdição e até mesmo à invidualização dos julgamentos. Foi uma decisão claramente “política” e adredemente tomada para dar visibilidade e maior credibilidade ao STF.

      O caso da Lava a Jato é de outra natureza: a questão jurisdicional. Não me aprofundo porque não sou advogado. Mas mesmo para um leigo fica difícil não apreender como de interesses outros e não o de fazer Justiça um Juiz singular:

      1) Ser o titular de uma Ação cujos atos delituosos se espargiram por diversas unidades da federação, ou seja, afeitas a outras jurisdições, a exemplo de Pernambuco e Rio de Janeiro.

      2) Nos seus propósitos originais, a Operação Lava a Jato, nada tinha a ver com propinas na Petrobras e que tais. 

      Repudio com todas ênfase o teu cabotinismo expresso de forma pretensiosa e ofensiva a todos os que aqui comentam ao alegar que “os comentaristas mais lúcidos do blog(sic) já o abandonaram”. 

      Daí deriva uma dúvida: por que, então, ainda insistes em comentar num ambiente assim tão relativístico, amoral e anti-ético?

      Sei……Trata-se de “missão”. De converter os ímpios pecadores. Que assim seja per saecula saeculorum.Amen. 

       

       

       

        1. Muito obrigado pela

          Muito obrigado pela “aculturação”. Em tempo, alcance não tem cedilha. Mas não precisa agradecer de volta: entendo que a gentileza, assim como a ortografia, está definitivamente fora do seu alcance.

      1. JB Costa, nem deveria mais

        JB Costa, nem deveria mais perder tempo consigo. A falácia aqui é sua. Falar em “espécies distintas” dos processos é ocioso para não dizer ridículo. Ambos são processos similares sim senhor, envolvendo políticos e empresários, cujos crimes tinham um vínculo claro que foi estabelecido nas investigações. 

        No primeiro caso, a crítica não foi À FALTA DE ISONOMIA, e não exatamente pela desconcentração do processo. 

        Típica ladainha de enrolador, “Não foi exatamente isso, foi outra coisa”. Falácia pura: a pretensa “falta de isonomia” do caso, se verdadeira, decorreu EXATAMENTE da desconcentração do processo e não de outra coisa.

        Foi uma decisão claramente “política” e adredemente tomada para dar visibilidade e maior credibilidade ao STF.

        É sua opinião. A imensa maioria dos ministros do STF concluiu o oposto, que se tratou de decisão técnica fundamentada nos autos. Você pode estar certo e eles errados, mas é uma questão de opinião. Embasamento legal para a manutenção dos processos no STF havia, há e haverá no futuro em casos similares.

        Mas mesmo para um leigo fica difícil não apreender como de interesses outros e não o de fazer Justiça um Juiz singular:

        1) Ser o titular de uma Ação cujos atos delituosos se espargiram por diversas unidades da federação, ou seja, afeitas a outras jurisdições, a exemplo de Pernambuco e Rio de Janeiro.

        2) Nos seus propósitos originais, a Operação Lava a Jato, nada tinha a ver com propinas na Petrobras e que tais.

        Os “interesses outros” ficam a seu critério, pois você claramente já fez juizo de valor sobre o processo antes mesmo dele ser concluído e isso lhe tira completamente a objetividade no debate. Mas, de novo, isso não altera os fatos. Os delitos em questão guardam vínculo entre si, representados pela óbvia participação do doleiro Youssef como intermediário e interlocutor. Em havendo esse vínculo claro, há toda legitimidade para o juiz conduzir os processos de forma unificada, se entender que isso dá celeridade processual e facilita o trabalho de investigação. É uma decisão técnica dele, que pode ser questionada pela defesa e depois validada ou não pelo tribunal, mas não há nada de “político” nisso – pelo contrário, é o mais corriqueiro mundo afora em processos criminais. Vale dizer, esse agrupamento pode ser inclusive benéfico à defesa, pois de outro modo teria de aguardar não somente mais prazos para manifestação judicial, mas também o deslocamento de testemunhas e a produção de provas em outras regiões, com prejuízo ao tempo necessário para analisar as evidências e elaborar a argumentação dos seus clientes. No caso em concreto, onde vários réus tiveram prisão perventiva decretada, toda celeridade processual é bem vinda. Pelo menos no caso dos que se sabem inocentes, é claro. Para os demais, quanto mais idas e vindas da Justiça melhor.

        Repudio com todas ênfase o teu cabotinismo expresso de forma pretensiosa e ofensiva a todos os que aqui comentam ao alegar que “os comentaristas mais lúcidos do blog(sic) já o abandonaram”. 

        Se pretensão e ofensividade fossem de alguma forma combatidas neste blog, não sobraria um comentarista sequer. De modo que repudio com toda ênfase tua manifestação pretensiosa e ofensiva contra seus próprios colegas: eles tem todo direito de continuar a se manifestar como queiram. Mas é fato que os lúcidos já abandonaram o barco, por amor à própria sanidade.

        Daí deriva uma dúvida: por que, então, ainda insistes em comentar num ambiente assim tão relativístico, amoral e anti-ético?

        Simples: pra ter certeza de que estou do lado certo. Ao contrário da imensa maioria aqui, não comento em busca de estrelinhas nem perco meu tempo falando apenas com quem concorda comigo. E a verdade é que não comento em 99% dos tópicos aqui, pois não vale a pena. São geralmente artigos sem pé nem cabeça tentando provar por A+B que patrimonialismo é desenvolvimento, que déficit é superávit, que os fins sempre justificam os meios, etc etc. Somente quando vejo que a turma passa dos limites no ataque às instituições republicanas é que me insurjo, como é o caso agora. Mas quando entro num tópico pode ter certeza que falo um bocado. Não deixo falácia sem resposta.

        Sei……Trata-se de “missão”. De converter os ímpios pecadores. Que assim seja per saecula saeculorum.Amen.

        Certamente, é uma missão pra mim. E a cumpro com o maior dos prazeres. Ninguém precisa perder tempo respondendo meus comentários. Se o fazem, imagino que é porque alguns desses “ímpios pecadores” estão começando a sentir arrependimento. E o primeiro passo nesse processo é a negação, embora você ja esteja na fase de barganha da culpa (veja bem, o Brasil sempre foi assim..) Quando vocês chegarem na fase da aceitação estarão maduros o suficiente para travar um debate político sério. Abs.

        1. Bento,
          Sempre tratei, e

          Bento,

          Sempre tratei, e continuo tratando, com respeito aos que diverjem das opiniões e visões majoritárias aqui no Portal. Tanto por uma questão de urbanidade como avaliar salutar os contrapontos. Cito quatro comentaristas( sem desmerecer os demais)pela qualidades intelectivas, excelência nas argumentações e honestidade intelectual(esta, a meu ver, indispensável): tu, o André Araújo, o Jorge Rebolla e o Zé Bento. Não raro, concordo com alguns ponto de vista, merce da maioria das vezes discrepar.

          O que me incomoda, e muito, é a arrogância e o desrespeito aos demais comentaristas. Viés que ultimamente tens adotado. Expressões de autossuficiência tipo “os lúcidos já abandonaram o barco por amor a própria sanidade” de per si já desqualifica qualquer um para um embate de idéias. 

          Quer dizer que lucidez e sanidade é “propriedade”, só está ao alcance de quem corrobora e coonesta com as tuas opiniões? 

          Como arguir “estar do lado certo” num debate que envolve algo tão fluido e relativo como a Política? Como evocar falta de Moral e Ética para interlocutores que, mesmo que equivocados, apenas exercem um direito de apreenderem e defenderem pontos de vistas distintos dos nossos? Tua sensação de “estar no lado certo” é apenas isso: uma sensação. Não te dá o direito, insisto, de elucubrar um rosário de exortações cabotinistas. 

          Acredito que a maioria dos que aqui comentam são pessoas maduras, inteligentes e que só pretendem participar. Jamais iriam se quedar por “estrelinhas” ou elogios gratuitos. 

          Menos Bento, menos. 

           

           

          1. O que me incomoda, e muito, é

            O que me incomoda, e muito, é a arrogância e o desrespeito aos demais comentaristas. Viés que ultimamente tens adotado.

            Desculpe, perdi a paciência com bom mocismo. Já escrevi muito neste blog no passado mas é algo frustrante depois de passar 100 linhas fundamentando uma posição ter de aguentar o sujeito responder: seu babaca, seu tucano, seu sei lá o que. Então não perco mais meu tempo com isso. De resto, o Gunther e outros analistas aqui eram bem melhores e vazaram faz tempo. A Araujo acho que foi abduzido, não é ele que escreve mais.

            Quer dizer que lucidez e sanidade é “propriedade”, só está ao alcance de quem corrobora e coonesta com as tuas opiniões?

            Não, lucidez e sanidade são propriedades de quem tem o bom senso de pensar no objeto, na lógica e nas consequências do que defende antes de se manifestar, para não ser forçado a falar sozinho até ficar louco. Infelizmente pouquíssimas pessoas nas redes sociais atende a esses requisitos. E o problema não é só aqui. Deve haver um bom número de pessoas que concorda comigo no caso da Lava Jato, mas por motivações tortas e principalmente pelos meios errados de manifestar essa posição. Não faço a menor questão de me alinhar com essa turma pois lucidez e temperança com certeza não são seu forte. Eu sou um conservador: para mim os meios justificam os fins, de modo que jamais apoiarei uma causa só porque interessa aos meus amigos, nem atacarei outra porque os ameaça.

            Como arguir “estar do lado certo” num debate que envolve algo tão fluido e relativo como a Política? Como evocar falta de Moral e Ética para interlocutores que, mesmo que equivocados, apenas exercem um direito de apreenderem e defenderem pontos de vistas distintos dos nossos? Tua sensação de “estar no lado certo” é apenas isso: uma sensação. Não te dá o direito, insisto, de elucubrar um rosário de exortações cabotinistas. 

            Não estou discutindo política aqui, até porque seria perda de tempo. Política exige um nível de maturidade e honestidade intelectual que pouquíssimos comentaristas aqui possuem, e suspeito que estejam todos ocupados demais para participarem do debate. Estou discutindo fatos, regras, lógica e bom senso. Ser ético na minha opinião é simplesmente cumprir estes requisitos diante do fato concreto. O fato concreto é um bando de picaretas pegos com a mão na botija depois de desviarem centenas de milhões de reais de uma empresa estatal, infringindo uma série de regras legais. Se você quer discutir a finalidade dessa picaretagem, o valor desviado, os meios usados, seu início e sua abrangência, é uma discussão legítima, mas deve ser baseada em fatos e lógica. E acima de tudo, devemos ter o bom senso de jamais permitir que essas discussões secundárias sirvam para mascarar o fato concreto principal, que pode e deve ser combatido independente de qual seja a finalidade, os meios, o volume, a abrangência, etc etc. Se o sujeito não consegue entender isso, então não consegue conservar a ética pois lhe falta ou coerência (quando fato concreto similar acontecer envolvendo seus opositores ele mudará de posição), ou decência (ele não dá a mínima para os padrões exigidos para o debate honesto). Um debate jurídico honesto jamais questionaria a aplicabilidade da lei neste caso, mas sua eficácia para combater esse tipo de delito no futuro. Questionar a parcialidade dos agentes da lei é válido, desde que a punição à conduta irregular comprovada não seja questionada. Isso é debater conservando a ética, a coerência, o bom senso. Infelizmente nada disso se viu por aqui: pelo contrário, as argumentações dos advogados são tomadas como verdadeiras a priori e falhas anteriores da Justiça são usadas como justificava válida para inocentar os acusados. Isso é inadmissível na minha opinião, pelos motivos expostos.

            Acredito que a maioria dos que aqui comentam são pessoas maduras, inteligentes e que só pretendem participar. Jamais iriam se quedar por “estrelinhas” ou elogios gratuitos. 

            Menos, JB, menos. 

          2. Só para concluir.
            o Gunter

            Só para concluir.

            o Gunter Zibell não “saiu” do Portal. Aqui e ali ele desponta com um comentário. Também faz uso do blog “interno” para dispor suas idéias, opiniões e percepções. Decerto que ele é muito contestado em razão dos seus posicionamentos políticos, Mas ser contestado não implica que seja o “dono” da razão ou justificativa para eventualmente parar de comentar. 

            O que aceito discutir são os termos em que se dá o contraditório. Se por agressões pessoais ou imputações levianas, aí sim, não há concessões ou senões. Rusgas aqui e ali, em especial contra useiros e vezeiros trolls até se explica. Afinal, ninguém tem os nervos de aço. 

            E para “concluir a conclusão”: expor pontos de vista é muito diferente de IMPOR. 

            Um abraço e até outra oportunidade. 

             

    2. Bento ,parabéns pela aula de

      Bento ,parabéns pela aula de argumentação .

      Tenha piedade da “tchurma ” ,7 x 1 já está de bom tamanho .

    3. ?

      (…)

      Não por acaso, os comentaristas mais lúcidos do blog já o abandonaram faz tempo. (…).(grifo não original)

      Pergunta: e por qual razão você continua por aqui?

  7. Fora de Pauta? Acho que o lugar é aqui mesmo

    para anunciar o programa do PSDB para hoje á noite na televisão. O partido tem um histórico de destruição, corrupção, entreguismo e banditismo  que é verdadeiramente fantástico. É só juntar algumas dessas manchetes, e pronto, taí o programa do PSDB para o Brasil de hoje. Vade retro, satanás: PSDB nunca mais!

     

    Publicado em 19/05/2015 no Conversa Afiada

    As capas para lembrar
    o Governo (?) FHC

    Sugestão do amigo navegante José Carlos Galvão.

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    O Conversa Afiada reproduz post do site Plantão Brasil, com informações de publicação do C Af:

     

    32 capas de jornal que vão te lembrar do Brasil dos anos 90 e governo FHC

    Desemprego


     

    Privatização

    É como fizeram com a Vale do Rio Doce já faziam com a Petrobrás: encolhem a empresa para que ela desvalorize e seja mais fácil para vender barato.

    Qualidade de vida


     

    Escândalos


     

    FMI

    Além de tudo FHC quase acabou com o plano Real.

    Economia

      1. Pelos FATOS noticiados ou pelas origens?

        Eu diria que pelas origens são irremediavelmente confiáveis.

        Pois ao contrário de fazer companha contra o governo, davam apoio irrestrito a ele (FHC os chama de “amigos”).

        Apenas não conseguiam esconder (todos os) fatos.

        Vai Zanchetta, confia sim!

        Ou desminta, hehe…

         

  8.  
    Esta “Operação Vaza a

     

    Esta “Operação Vaza a Jato,” infelizmente, está corrompida e completamente comprometida do ponto de vista legal. Portanto, se o contingente de petistas enredados na patranha não superar a expectativa dos promotores, adeus babau. A Vaza a Jato vai vazar na pqp. E, restará tendo o mesmo destino da mensalão tucano, ou seja, uma caveta num socavão da casa de Noca.

    Porém, não é necessário que os paneleiros apoiadores e fans do doutor moro, fiquem melindrados. Não há risco dos promotores desse cinematográfico evento, virem a sofrer prejuizos em seus investimentos. Pois, como se pode verificar, a etapa mais importante do show, foi exitosamente contemplada com estrondoso sucesso. Tanto que, não será surpresa se a rede Globo renovar o contrato com o grupo para desenvolver novas empreitadas do género.

    Orlando

     

     

  9. Se …………..

    Alguém aquí destilou bilis para defender o indefensável.

    Eu até concordaria com alguns argumentos de certo elemento, mas vendo o partidarismo, a seletividade, a morosidade da justiça quando se  trata da corrupção de outros partidos, fico pasmo que alguém defenda estas manobras!!

    Podem ou não gostarem do PT, o que aliás têm todo o direito em se tratando de uma democracia, como  todo e qualquer cidadão. Até em se deixarem manipular, mas o que discordo,e veementemente, é querer manipular quando os fatos e atos, falam por sí!

    Que se investigue e prenda todos, sem exceção, depois de provada suas culpas, caso contrário, e é o que estamos presenciando, os que assim procecem e seus defensores, nada mais é que nosso repudio e indiferença!

    Nós e o Brasil, merecemos melhor sorte juridica !!!!!!!!!!!

  10. Da série: o choro é livre.

    Tribunal mantém juiz Moro exclusivo para ações da Lava Jato

    Medida foi decretada em uma etapa decisiva das ações contra empreiteiros acusados de formarem cartel para se apossar de contratos bilionários da Petrobrás

    23/05/15 às 09:25 – Atualizado às 15:14 Redação Bem Paraná com informações do EstadãoO Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF4) suspendeu por 90 dias a distribuição de novos processos para a 13.ª Vara Federal de Curitiba (PR), base da Operação Lava Jato. A medida, por resolução, foi decretada em uma etapa decisiva das ações contra empreiteiros acusados de formarem cartel para se apossar de contratos bilionários da Petrobrás. Os executivos foram presos por ordem do juiz Sérgio Moro em novembro de 2014 na Operação Juízo Final, sétima fase da Lava Jato, e são réus por corrupção ativa e lavagem de dinheiro. As sentenças de Moro estão próximas.

    É a segunda vez que o TRF4 deixa sob responsabilidade de Moro apenas as ações criminais da Lava Jato. A primeira ocorreu em fevereiro. O bloqueio não abrange as ações com relação à prevenção, conexão ou continência com outros processos da 13.ª Vara, assim como aqueles de sua competência exclusiva. “No que diz respeito à Operação Lava Jato, nada muda. Caso o Ministério Público Federal ofereça novas denúncias, por prevenção, as ações serão distribuídas para a 13.ª Vara. Assim acontecerá também em processos com situações semelhantes, não relacionados à referida operação ou ainda em matérias que são de competência exclusiva desta Vara, como tribunal do júri e solicitação de cooperação
    jurídica internacional”, destacou a diretora de secretaria Flavia Cecília Maceno Blanco.

    Segundo o tribunal, a determinação ocorreu devido ao “excessivo volume de trabalho dos dois magistrados federais, titular e substituto, e servidores federais nos últimos meses”. O TRF4 destaca que a resolução prorroga a anterior, quando a Corte suspendeu pela primeira vez a distribuição de processos para a 13.ª Vara Federal de Curitiba, em 11 de fevereiro de 2015.

    O Tribunal Regional Federal da 4ª Região suspendeu por 90 dias a distribuição de novos processos para a 13ª Vara Federal de Curitiba. Na Resolução 41 de 19 de maio de 2015 a suspensão não abrange os processos com relação à prevenção, conexão ou continência com outros processos da vara, assim como aqueles de competência exclusiva da 13ª VF.

    “No que diz respeito à Operação Lava Jato, nada muda. Caso o Ministério Público Federal ofereça novas denúncias, por prevenção, as ações serão distribuídas para a 13ª. Assim acontecerá também em processos com situações semelhantes, não relacionados à referida operação ou ainda em matérias que são de competência exclusiva desta Vara, como tribunal do júri e solicitação de cooperação jurídica internacional”, destacou a diretora de secretaria Flavia Cecília Maceno Blanco.

    A determinação aconteceu devido ao excessivo volume de trabalho dos dois magistrados federais (titular e substituto) e servidores federais nos últimos meses. Esta resolução apenas prorroga a anterior, quando o TRF4 suspendeu a distribuição de processos para a 13ª Vara Federal de Curitiba, em 11 de fevereiro de 2015.

     

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