
Texto atualizado às 18h46 para acréscimo de informação
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), derrubou o sigilo no relatório da Polícia Federal preparado a partir do telefone do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
A decisão foi tomada devido a “divulgação parcial de vários trechos” por veículos de imprensa durante essa sexta-feira (16/06).
Ao mesmo tempo, Moraes pediu ao diretor-geral da PF que fosse instaurado procedimento para investigar o vazamento de tais dados.
As mensagens do ex-ajudante de ordens mostravam uma espécie de “roteiro” para um golpe de Estado, que incluía a nomeação de interventor para restaurar “ordem constitucional” e o afastamento dos ministros Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia e Ricardo Lewandowski.
“O investigado compilou estudos que tratam da atuação das Forças Armadas para Garantia dos Poderes Constitucionais e GLO. Os documentos tratam da possibilidade do emprego das Forças Armadas, em caráter excepcional, destinado a assegurar o funcionamento independente e harmônico dos Poderes da União, por meio de determinação do Presidente da República”, diz o relatório.
Além disso, foram encontradas mensagens em que o coronel Jean Lawand incentivava a realização de um golpe, pedindo a Cid que convencesse Bolsonaro a ordenar intervenção militar após a derrota para Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Os documentos também mostram uma conversa entre Mauro Cid e o coronel do Exército Jean Lawand, no dia 1° de dezembro do ano passado.
“Cidão, pelo amor de Deus, faz alguma coisa. Convence ele a fazer. Ele não pode recuar agora. Ele não tem nada a perder. Ele vai ser preso. O presidente [Bolsonaro] vai ser preso, E, pior, na Papuda”, escreveu Lawand.
Em seguida, Cid respondeu: “Mas, o PR não pode dar uma ordem se ele não confia no ACE [Alto Comando do Exército]”.
Com CNN Brasil e Agência Brasil

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