
O Ocidente concordou com o pagamento anual de US$ 300 bilhões para o financiamento da redução de emissões e adaptação climática dos países em desenvolvimento a partir de 2035, apesar das críticas em torno do valor e do período em que o acordo foi feito.
Segundo a Euronews, a reta final da COP29, realizada em Baku (Azerbaijão), foi marcada por dias tumultuados onde a possibilidade de as negociações fracassarem pareceu próxima.
Na última sexta-feira (22), os países em desenvolvimento consideraram “uma piada” a oferta de US$ 250 bilhões a partir de 2035 feita pelos países industrializados ricos, incluindo a União Europeia, Japão e Estados Unidos.
O valor foi revisado para US$ 300 bilhões, mas o grupo de “países menos desenvolvidos” considerou o montante inaceitável antes mesmo que a Aliança dos Pequenos Estados Insulares (AOSIS) se juntasse a eles para abandonar o encontro – em um sinal de que a paciência estava se esgotando, embora não tivessem desistido totalmente das negociações financeiras.
O grupo G77+China, que compreende a maior parte da América Latina, África e Ásia, apontou um aceite de US$ 500 bilhões para a “nova meta quantificada coletiva” (NCQG) em substituição à atual meta de financiamento anual de US$ 100 bilhões, mas os países ricos não aceitaram.
As negociações prosseguiram a portas fechadas, e o martelo em torno da nova meta foi batido nas primeiras horas deste domingo – embora ambientalistas tenham considerado o valor destinado “um desastre”.

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