
A presidência azerbaijana das negociações climáticas da COP29 estabeleceu um montante para o financiamento que os países em desenvolvimento podem esperar das nações ricas para financiar a transição para energia limpa e se adaptar às mudanças climáticas.
De acordo com o site Euronews, o novo texto (elaborado a portas fechadas) propõe um valor de US$ 250 bilhões para substituir até 2035 a contribuição anual de US$ 100 bilhões adiada em 2009.
O montante deve vir de diversas fontes, “públicas e privadas, bilaterais e multilaterais, incluindo fontes alternativas”, e incluiria o fornecimento de subsídios e investimento que possa ser mobilizado junto ao setor privado.
Contudo, o montante não agradou: segundo a diretora da Climate Action Network Europe, Chiara Martinelli, a meta em debate “não é sequer migalha de pão”, e que a falta de garantias de novas doações e responsabilização para poluidores históricos coloca o peso da responsabilidade em cima dos vulneráveis.
“No início da COP29, a UE disse que podemos contar com eles. Desde então, vimos apenas palavras e nenhuma ação”, afirmou Chiara, destacando que “os países ricos devem retornar à sala de negociação para intensificar, pagar e entregar financiamento climático real. Este texto é inaceitável (…)”.
Em meio a debates políticos e ministeriais em Baku, capital do Azerbaijão, os países em desenvolvimento (que a China se autoidentificou, embora a União Europeia e outros países afirmem que a base de doadores precisa aumentar) insistiram em uma meta de US$ 1,3 trilhão.
O valor proposto é reconhecido como “uma meta aspiracional”, pois “apela a todos os atores para que trabalhem juntos para permitir o aumento do financiamento para as Partes dos países em desenvolvimento para ação climática de todas as fontes públicas e privadas para pelo menos US$ 1,3 trilhão por ano até 2035”.

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