
Mesmo com o evento CRIA G20 agendado para iniciar a partir desta quinta-feira (14), no Rio de Janeiro, os dias anteriores foram marcados por outras manifestações pautadas pelos problemas socioambientais, que afetam a natureza do planeta, provocando o sofrimento de toda uma sociedade, chamando a atenção para as emergências climáticas e o combate à fome.
Em São Paulo, por exemplo, acontecerá a Coalizão pelo Clima de São Paulo, onde a condição atual do clima já ultrapassou o limite do aceitável. Movimentos sociais, ambientalistas, políticos, artistas, ativistas e comunicadores populares estarão presentes lutando pela mesma causa.
A marcha acontecerá no próximo sábado (16), a partir das 15h, no Museu de Arte de São Paulo – MASP (na avenida Paulista, 1578, metrô Trianon- Masp). A manifestação se dirigirá à Sena Madureira, onde a prefeitura está derrubando árvores centenárias e expulsando populações vulneráveis sem indenização suficiente para construir um túnel viário que privilegia automóveis.
O clima está mudando rapidamente e os gases de efeito estufa são os principais responsáveis pelo aumento da temperatura média no mundo, o que bagunça as estações do ano e altera o padrão das chuvas e das secas. Enfrentamos fortes secas em áreas que normalmente eram úmidas e enchentes em regiões onde quase nunca transbordaram, deixando muita gente desabrigada, prejudicando as plantações, aumentando o preço dos alimentos e ameaçando o abastecimento de água nas cidades.
No campo, o agronegócio e as queimadas ilegais destroem florestas e acabam com os animais, enquanto nas cidades, a construção civil corta as árvores, cobre os rios e impermeabiliza o solo.
Na Marcha pelo Clima, os participantes vão levantar várias bandeiras: o controle público sobre as terras e florestas; a reforma agrária com práticas agroecológicas como alternativa mais sustentável ao agronegócio; a luta contra o avanço sem controle das mineradoras e da especulação imobiliária; e a defesa dos territórios e direitos dos povos indígenas, das comunidades tradicionais e das populações mais pobres.
As diretrizes também incluem proibir atividades agropecuárias em áreas desmatadas ou queimadas ilegalmente, reduzir o consumo de produtos de origem animal e fortalecer os órgãos públicos de proteção ambiental.
Os manifestantes querem chamar a atenção para a crise ambiental que cresce no Brasil e denunciar quem está por trás da destruição, defendendo o decréscimo sustentável, já que vivemos em uma sociedade que acumula objetos, e esse consumo é incentivado pelo capitalismo, que prejudica diretamente o planeta.
O agronegócio, voltado para commodities de exportação, é um grande responsável pelo desmatamento e manipulação ambiental. Já uma agricultura familiar, que garante cerca de 70% dos alimentos consumidos no Brasil, é fundamental para a soberania alimentar do país, produzindo alimentos básicos como feijão, mandioca, frutas e hortaliças
Para exigir justiça climática no Brasil, junte-se à Marcha pelo Clima por um futuro onde todas as vidas na Terra sejam preservadas e respeitadas. O tempo de agir é agora, somos a última geração que ainda pode fazer algo e surtir efeito, em pouco tempo será inútil.
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