Sai o El Niño, chega a La Niña: o que esperar do clima no inverno?

Boletim do Inmet indica que fenômeno que provoca o aquecimento do Oceano Pacífico chegou ao fim, mas seca extrema persiste no Amazonas e Mato Grosso

Crédito: Arwuivo/ Agência Brasil

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) anunciou, na última quarta-feira (12), que o El Niño chegou ao fim. O fenômeno, que provoca o aquecimento do Oceano Pacífico e influencia a temperatura global, começou em junho do ano passado, mas as condições observadas na superfície do mar retornaram a um padrão típico. 

Graças à influência do El Niño, o país inteiro sofreu com o agravamento das secas. “Na região Norte, as áreas com seca aumentaram e a gravidade da seca passou de fraca a extrema em algumas áreas, enquanto que na região Sul, as áreas com seca moderada a extrema desapareceram gradualmente. Na região Nordeste ocorreram áreas com seca grave, que retrocederam a partir de março de 2024. De março para abril de 2024, o Monitor de Secas indicou redução da gravidade de seca em diversas áreas, como sudoeste do Amazonas, noroeste e norte de Mato Grosso, áreas do interior do Maranhão, Piauí, Ceará, Pernambuco e Alagoas, e sul da Bahia”, informou o boletim.

Em contrapartida, a região Sul sofreu com chuvas torrenciais e, consequentemente, inundações de excepcional magnitude em maio. No Sudeste foram registradas situações de estiagem na bacia do rio Doce.

Apesar do fim da influência do El Niño, o Inmet aponta que a seca extrema em áreas no interior do Amazonas e oeste de Mato Grosso persistem, assim como a seca grave em Roraima, interior do Amazonas, sul de Rondônia, norte e sul de Mato Grosso, e interior do Tocantins.

Inverno

Em setembro, no entanto, metereologistas apontam que há previsões para o início da La Niña, fenômeno que provoca o resfriamento da faixa Equatorial Central e Centro-Leste do Oceano Pacífico. 

Portanto, podemos esperar aumento de chuvas nas regiões Norte e Nordeste. Já o Centro-Sul deve apresentar chuvas mais irregulares, enquanto o tempo deve permanecer mais seco no Sul.

A La Niña favorece ainda a entrada de massa de ar frio em todo o território nacional, causando variações térmicas. 

O inverno deve apresentar uma temperatura mais equilibrada, sem extremos de frio ou de calor, porém com a tendência de temperaturas mais altas que o normal. Já as novas ondas de calor são esperadas apenas no final do inverno.

Confira o boletim na íntegra:

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