Por Rogério Correia
Tragédias em Minas fazem lembrar os crimes da Vale e mostram que Bolsonaro e Zema dizimaram as políticas ambientais
A situação no Estado se agrava, a tromba d’água e a rocha que despencou sobre turistas em Furnas chocou o mundo, e particularmente nas regiões das Minas a situação é preocupante.
Moradores de Ouro Preto e Mariana, que foram feridos do crime da Vale no rompimento da barragem da SAMARCO, relembram com apreensão do passado recente.
Congonhas, Barão de Cocais, Nova Lima, etc… enfim, por onde há barragens e mineração predatória, a situação é crítica.
BH corre o risco de desabastecimento, pois o Paraopeba saiu do leito e além das inundações no centro de Brumadinho e área rural, incluindo assentamento Pátria Livre do MST e aldeia Pataxó, leva consigo os rejeitos do rompimento.
A bacia das Velhas tem barragens de risco de rompimento elevado, como Capitão do Mato, Mina do Pau Branco, Cachoeirinha, Maravilha II e Dique Lisa que já se rompeu destruindo trechos da BR 040 e se atingiu as lagoas que fornecem água para RMBH, o prejuízo será incalculável.
Os relatórios das CPIs de Brumadinho na ALMG e Câmara de Deputados já alertavam para estes riscos, mas o lucro das mineradoras em conluio e omissão dos governos falam mais alto.
Legislações foram alteradas, determinando descomissionamento e impondo altas multas a quem não respeita as novas normas de segurança. Mas as políticas governamentais em curso têm o sentido oposto à nova legislação estadual e a recente lei nacional de segurança de barragens, que impõe multas de até 2 bilhões de reais.
A prioridade agora é fortalecer a solidariedade e as campanhas que têm sido desencadeadas pelas Pastorais da igreja, universidades, sindicatos e movimentos sociais. Mas vamos manter a fiscalização e a cobrança, compromisso expresso desde ou início de nosso mandato.
Rogério Correia é deputado federal pelo PT de Minas Gerais
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