Afinal, a política da Israel aplicada em Gaza tem semelhança com o nazismo? Durante 3 meses, o jornalista Luiz Cláudio Cunha – repórter que ajudou a desvendar a Operação Condor na América do Sul.
Seu trabalho permite uma comparação assustadora entre o premiê sionista Netanyahu e o general nazista Jurgen Stroop que comandou a chacina em Varsóvia.
O trabalho, de 20 mil palavras, tem o título “Varsóvia e Gaza: dois guetos e o mesmo nazismo” e saiu originalmente na Editora Unisinos.
Na abertura, Cunha já extravasa sua indignação com ambos os genocídios:
“O judeu assassinado e o judeu assassino. Oitenta anos separam essa brutal metamorfose de um povo perseguido em 1943 pela barbárie nazista na Polônia e convertido, em 2023, em um Estado vingativo que bombardeia impiedosamente hospitais, escolas, ambulâncias, mesquitas, mulheres, crianças e dois milhões de civis inocentes no enclave palestino de Gaza”.
“A dramática inversão de papéis dos judeus atacados no Gueto de Varsóvia para os judeus atacantes no Gueto de Gaza – a inacreditável degeneração do judeu perseguido para o papel de judeu perseguidor – marca talvez o pior retrocesso moral e ético dos princípios civilizatórios de um povo no curto espaço das últimas oito décadas da Humanidade.”
Cunha reconhece a brutalidade do ataque do Hamas a civis israelenses.
“Foi o maior atentado terrorista no mundo desde o 11 de setembro de 2001, quando 19 membros da Al-Qaeda de Bin Laden sequestraram quatro aviões comerciais nos Estados Unidos – atingindo entre eles as torres gêmeas de 110 andares do World Trade Center, em Nova Iorque”
A reação judaica desonrou a tradição humanista dos judeus:
“Líderes notórios máximos de Israel, incluindo generais, jornalistas, celebridades e destaques das redes sociais, se lambuzaram na defesa da punição coletiva em massa. Um constrangedor surto de desmemória para um povo que sempre lembra ao mundo a brutalidade de que foi vítima na barbárie do Holocausto nazista”
Cunha lembra as declarações de Netanyahu prometendo transformar Gaza em ilha deserta; e do major-general Yoav Galant, Ministro da Defesa d Israel, afirmando que lutavam contra “animais humanos”.
Segue-se um festival horrendo de racismo, de pregação do genocídio por parte de figuras ilustres de Israel. O ápice foram as declarações do general Giora Eiland, 71 anos, um dos militares mais influentes do país:
“Israel deve criar um desastre humanitário sem precedentes em Gaza. Somente a mobilização de dezenas de milhares e o clamor da comunidade internacional criarão a alavanca para que Gaza fique sem o Hamas ou sem pessoas. Estamos em uma guerra existencial”.
A caçada de Israel aos “terroristas”: as tropas de Benjamin Netanyahu no combate implacável ao inimigo…
Mas o personagem similar a Netanyhau, segundo Cunha, é o tenente-general da SS nazista, Jurgen Stroop que, aos 47 anos, seguindo ordens expressas de Hitler, exterminou em 1943 o que restava do gueto de Varsóvia e seus 400 mil habitantes.
Conta Cunha que os 350 mil judeus eram um terço da população de Varsóvia antes da Segunda Guerra Mundial. Era a segunda maior cidade judaica do mundo, só ficando atrás de Nova York. Os judeus foram confinados num gueto espremido de 3 km2, o correspondente a apenas 2,4% da área de Varsóvia.
Em 16 de novembro de 1940, os nazistas obrigaram os judeus a construir um muro de tijolos de três metros de altura, cercando o gueto. “Não era tão imponente quanto o muro que Netanyahu mandou fazer para cercar Gaza, um colosso de conreto de 65 km de extensão, torres de vigilância, alta tecnologia, seis metros de altura e vinte metros abaixo do solo”.
Os judeus de Varsóvia tinham uma ração diária de 184 calorias, o erquivalente a um único ovo cozido; “A maior diferença do gueto de Varsóvia sobre Gaza é que, na Polônia, os judeus não engoliam a ração indigesta de 42 bombas por hora e a rotina de até 200 rasantes diários da Força Aérea que o judeu Netanyahu vomita sobre os palestinos em Gaza”.
Aqui, a íntegra do trabalho de Luiz Cláudio Cunha.
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As semelhanças são gritantes, a diferença é que ela é registrada aos olhos do mundo.
Hoje nós sabemos porque as nações não pararam Hitler.
Luiz Cláudio Cunha, como sempre, essencial.
israhell é muito pior que os nazistas.
Prezado, nada pode ser pior do si próprio. Não há diferença essencial entre os nazistas alemães e os nazistas israelenses. O que os difere não é a essência de seu pensamento racista e desumano, mas tão somente o alvo a que dirigem esse pensamento.
Uma das maiores e mais indecentes injustiças da propaganda política ocidental e sionista é a de que os judeus foram as maiores vítimas do holocausto. MENTIRA! Pelo menos DOZE MILHÕES DE ESLAVOS (russos, ucranianos, poloneses, tchecos, etc) foram massacrados pela brutalidade nazista, a imensa maioria sem sequer ter tido a falsa esperança de ser enfiado em um trem de carga sob falsos pretextos. A maioria foi dizimada em suas casas, em seus campos, em suas aldeias queimadas inteiras, com todos dentro. Mas os sionistas, essas prostitutas do holocausto, defecando na dor e no horror tanto dos eslavos quanto dos judeus trucidados, criaram o mito do holocausto só dos judeus. Nem deficientes físicos e mentais, gays, comunistas, sindicalistas, professores, ciganos e tantas outras categorias de pessoas que foram destruídas no verdadeiro holocausto importaram ou importam para os sionistas, porque pra eles, nazistas em sua essência racista e supremacista, todo o resto é a mesma coisa: dejetos, bosta, “animais humanos”.
As únicas diferenças entre os guetos de Varsóvia e de Gaza, são que o extermínio de hoje, perpetrado pelo governo de Israel, com anuência dos USA, as imagens são dadas em tempo real e com abrangência mundial, além de existir um gigantesco lobby de Israel, aliciando praticamente toda a mídia corporativa ocidental.
Paulo Nogueira, não só com a anuência dos eua, mas principalmente com as armas. Isso tudo com a complacência das redes globos e estadões aqui do Brasil. Nao tem vergonha nem pudor na cara
O artigo ignora situações totalmente diferentes, e desenvolve analogias que não se sustentam se as diferenças iniciais fossem levadas em consideração. A ver: A alternativa aos lutadores do gueto de Varsóvia era a morte programada nos formos crematórios, os lutadores do gueto de Varsóvia não ameaçavam os habitantes externos com a sua aniquilação, nem avançaram nos habitantes exteriores para matar,estuprar, torturar e raptar 1.500 pessoas, num único dia, nem enviaram 15.000 foguetes sobre a população externa, ameaçando centenas milhares de pessoas, nem tinha 30.000 homens fortemente armados e preparados para uma tática de guerra urbana. A comparação é no mínimo facciosa e irresponsável, pretende somente incriminar um lado, propositalmente, esquecendo que o que há em Gaza é uma guerra, com táticas diferenciadas, uma parte com um exército regular e a outra com um grupo armado que se utiliza do refúgio urbano e d da população civil para camuflar as suas operações. O gueto de Varsóvia foi um último ato de rebeldia frente a morte programada. Em Gaza é numa guerra. A guerra é o cume da estupidez humana,mas ela afeta os dois lados
Em Gaza há uma guerra…cobardes armados até os dentes massacrando crianças. O cume da estupidez humana é a coragem de mandar um comentário assim
Vc é intelectualmente desonesto.
O hamas prega o fin de Israel, não do povo judeu. Tá tô que antes de Nakba judeus e Árabes sempre conviveram pacificamente na Palestina.
Ja Israel, além de não permitir a existência de um estado Palestino, auta ativamente para o fim dos palestinos, por isso se apossa de todo território palestino, assim como aconteceu com Gaza, fazendo o mesmo com a Cisjordânia, onde inclusive não existe Hamas…
Não.
A verdadeira diferença é que os palestinos estão acostumados a serem esmagados, chacinados e desalojados de suas terras ancestrais, impunemente,desde 1947, pelos sionistas judeus. Já estamos fartos de presenciar essa nojenta barbaridade.
Era melhor o Sr. ter ficado calado…
Diferenças iniciais: primeiro aparece Israel para expulsar, roubar o território e massacrar impiedosamente o povo palestino que lá vivia. Depois, em decorrência, surge o Hamas… e a(s) guerra(s).
O mundo assiste em tempo real o maior genocídio contra um povo e somente o presidente Lula, que nos orgulha, tem coragem de denunciar.
Estamos com você presidente Lula. Continue denunciando ao mundo o genocídio praticado pelo governo de Netanyahu, o Hitler da modernidade.
Que bom! Ótimo e necessário trabalho. Registro histórico imprescindível para estudos recentes e futuros só b re a capacidade de b barbárie que o ser humano se permite chegar. Nas palavras do general israelense, este sim se comporta como “animal humano”
Como posso acessar o texto integral do jornalista Luís Carlos Cunha: Varsóvia e Gaza?
Josué, capítulo 6. Isso vem de longe.