Agência Xeque: Coluna do Estadão não passa no teste de verossimilhança

O mais banal dos filtros, para apurar a veracidade de uma informação, é o chamado teste de verossimilhança. É o primeiro estágio. Se passar no teste, então vai se apurar se é verdadeira ou não.

A nota abaixo da Coluna do Estadão – “Fim do foro amplia no PT plano B para Lula” – não passa sequer nesse teste básico.
Diz ela:

“A decisão do STF de acabar com a prerrogativa de foro para congressistas ampliou as opções de “plano B” no PT caso o ex-presidente Lula seja impedido de disputar a eleição. Alvo da Lava Jato, a presidente nacional do partido, Gleisi Hoffmann, entrou na lista de cotados. Ela tem sinalizado que irá disputar vaga de deputada federal, mas, sem a garantia de que manterá seus casos no Supremo, pode acabar assumindo a vaga de candidata ao Planalto. Jaques Wagner, também investigado, planeja disputar o Senado e diz que não aceitará outra missão”.

 

Missão dada. Gleisi e Wagner seriam os únicos que, na avaliação de Lula, teriam coragem de assinar o indulto para livrá-lo da prisão e de rever a lei da delação premiada. Fernando Haddad não cumpriria tarefas como essas”.

É nota inverossímil, e sem sentido, supor que o critério, para a candidatura do PT, seja conceder ou não indulto a Lula. É evidente que, se qualquer candidato do PT for eleito, seu primeiro ato será assinar o indulto de Lula.

 

A notas, em questão, não conversou com Lula, nem com Gleise, Wagner ou Haddad, nem com quem conversou com eles sobre o tema, se é que esse debate algum dia existiu. É a chamada “nota do deadline”, ou seja, a que faltava para fechar a coluna no apuro do tempo.

Na continuação, provavelmente hoje de manhã, a própria nota se desmente:

“Me esqueçam. Jaques Wagner nega que tenha mudado seus planos por causa do fim do foro privilegiado. “Sou candidato ao Senado e já estou em campanha”, disse ele. Gleisi não retornou. Nesta segunda, a assessoria da presidente do PT disse que a nota “é fantasiosa” e enviou o comentário a seguir para a Coluna: “Nem a senadora Gleisi Hoffmann é candidata a vice-presidente nem discute qualquer alternativa à candidatura Lula, já definida pelo PT.” 

 

Luis Nassif

7 Comentários

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  1. São matérias como essa..

    São matérias como essa que fomentam o ódio contra o PT. 

    Mais um ponto para o fake news.

    …*sou Lula, Somos todos Lula*…

     

     

  2. São matérias como essa..

    São matérias como essa que fomentam o ódio contra o PT. 

    Mais um ponto para o fake news.

    …*sou Lula, Somos todos Lula*…

     

     

  3. Qual partido no mundo
    Qual partido no mundo aguentaria 13 anos de matérias mentirosas como essa.
    Apesar ser tudo, continua sendo o partido tem tem mais filiação e o preferido da população.

    O PSDB não aguenta uma semana de manterias VERDADEIRAS.

  4. Qualquer legislação que se
    Qualquer legislação que se crie contra fakenews será uma farsa, fakenews precede a internet e nunca foi coibido com a desculpa canalha de defesa da liberdade de imprensa. Leis que esse congresso espúrio aprove seram sempre na
    direção de amordaçar a mídia progressista alternativa.

  5. A Posição do PT

    A posição do PT é muito simples.

    Lula é o candidato.

    Se Lula não for o candidato, não o será por uma imposição externa. O partido não vai abrir mão do seu melhor candidato. A “Justiça” da direita que imponha isso como um fato consumado, e lide com as consequências.

    Discutir qualquer outro nome antes que isso aconteça é abrir a porta para a especulação de que o PT está arriando as calças e abrindo as pernas. Além de ser a senha para o início da perseguição midiático-policial da “Justiça” da direita contra qualquer nome que for especulado.

    Então essas conversas do Estadão são apenas a vontade do Estadão, combinada com a estupidez recorrente de atribuir as decisões políticas do PT a considerações sobre possíveis e impossíveis processos penais.

    ************************

    Tem um ossinho de galinha que é chamado de “jogador”. É isso aí abaixo:

     Osso Jogador

    O “jogo” em questão é o seguinte: cada jogado segura uma ponta do ossinho. Quando o ossinho quebrar, quem ficar com a parte maior ganha.

    O detalhe prático é o seguinte: quem puxar o ossinho sempre perde. A estratégia para ganhar é segurar firme quando o outro puxa.

    A questão da candidatura do PT é um pouco assim. Ciro Gomes está puxando o osso? Vai perder. Ontem a Manuela também deu uma puxada no osso, e ficou um pouco mais inviável. No fim, se e quando a Justiça de direita impedir a candidatura do Lula, será candidato quem não puxou o osso. E ganhará, por que, não tendo puxado o osso, não aparecerá para o eleitorado como alguém que esfaqueou pelas costas um homem injustamente preso pela Justiça de direita. Enquanto quem puxar o osso será marcado na testa, a ferro em brasa, como Judas.

    1. Sofrível
      Putz… Essa sua comparação das circunstâncias atuais com o “jogo” do ossinho de frango foi assaz sofrível… Não tinha nada um pouquinho melhor não ?!?! Fica parecendo que o PT está por cima se achando a “última bolacha do pacote”, enquanto, na realidade, é só uma carta fora do baralho diante do isolamento que se auto impôs com esta sandice de insistir numa candidatura Lula…

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