Gabeira, jornalismo e os Estudos sobre a Extrema-Direita e Fascismo no Brasil, por Francisco Carlos Teixeira da Silva

Falta informação ao Gabeira, aí ele desinforma a sociedade e trata os núcleos acadêmicos como descolados da realidade política e social.

Gabeira, jornalismo e os Estudos sobre a Extrema-Direita e Fascismo no Brasil

por Francisco Carlos Teixeira da Silva

O Gabeira continua a falar, num importante veículo de informações, a GloboNews, sobre pesquisas na universidade brasileira sem sequer perguntar aos institutos e agências de fomento interessadas sobre pesquisas e publicações brasileiras.

Ao contrário do que afirma o jornalista, os centros brasileiros de estudos de ciência política, história, sociologia política, defesa e assuntos militares, produzem, há um bom tempo, um significativo de trabalhos sobre a temática, com um número crescente de laboratórios de estudos sobre Terrorismo, Extrema Direita e Fascismos no Brasil, como na UFRJ, na UFS, na UPE, na UFJF, USP, entre outras.

O problema é o financiamento e, claro, a falta de conhecimento do próprio jornalismo brasileiro, quase sempre repetitivo quando trata do tema, incluindo o uso de paráfrases do tipo “populismo”, “radicalismo de direita” ou “ultra nacionalismo” entre outras denominações “cover”. Da mesma forma o CNPq e CAPES sob Temer e Bolsonaro cortaram todo o financiamento sobre o tema, incluindo a editoração.

Falta informação ao Gabeira, aí ele desinforma a sociedade e trata os núcleos acadêmicos, maltratados sob o bolsonarismo, como descolados da realidade política e social brasileira.

Francisco Carlos Teixeira da Silva – Professor Titular de História Moderna e Contemporânea/ UFRJ UFJF. Autor , entre outros, do “Novo Dicionário Crítico do Pensamento das Direitas ( Faperj, Rio de Janeiro, primeira edição 2001, segunda edição 2023).

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2 Comentários

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  1. Pode até falta conhecimento ao Gabeira, mas ele tem conhecimento de muitas coisas porém prefere ser um comentarista da Globonews do que uma pessoa comprometida com pensamentos mais nobres.
    Gabeira já tinha rasgado sua história quando resolveu cuspir no prato do movimento estudantil da ditadura. Mas a grande cuspida, ou vômito, foi quando votou em Bolsonaro e tentou argumentar a respeito.
    Portanto, está de mãos dadas (e bem dadas para não perder o emprego) aos colegas jornalistas liberóides, e defensores do Mercado, da emissora em que trabalha.

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