O grande Zuenir torna-se um hater da Globo, por Luis Nassif

Nas redes sociais, um agente das batalhas opinativas são os haters, perfis com maior ou menor influência, incumbidos de estimular o senso comum nas discussões em curso. Isto é, transformar discussões em bate-bocas acessíveis ao universo das boiadas que seguem os condutores.

O diferencial da mídia seria ir além desse jogo de impressionismos, trazendo argumentos, ângulos novos, em uma direção ou outra, mas colocando-se acima desse populismo de Facebook.

O que está ocorrendo é o contrário, com colunistas assumindo o papel de haters de Internet, de chefes de torcidas tratando seus leitores como seguidores imbecis, sem discernimento.

Se alguém pretender analisar os efeitos do fenômeno dos haters na mídia, e a degradação do colunismo, o artigo de Zuenir Ventura no Globo de hoje é um clássico.

Zuenir analisa uma das mais relevantes sessões da história contemporânea do STF (Supremo Tribunal Federal), a que negou o habeas corpus a Lula.

O julgamento envolveu questões complexas, conceitos, lógica jurídica, os efeitos das pressões da mídia, as espertezas processuais, as tentativas de recorrer à erudição jurídica para defender pontos de vista políticos.

Foi uma sessão complexa, com críticas às manobras regimentais, discussões acerbas sobre o direito que tem o Supremo ou não de inventar leis, temas envolvendo a teoria do poder, o papel das instituições, o próprio conceito da democracia representativa.

O que faz nosso bravo hater?

O começo: a carteirada intelectual

“Foram quase 11 horas com apenas alguns intervalos, bem mais do que a peça de Ariane Mnouchkine “Rei do Camboja”, de oito horas, a que assisti em 1985 em Paris e que era o meu recorde de espectador. Só que o espetáculo do STF teve mais suspense, pois não se sabia o que iria acontecer com o protagonista”.

Legal. Quem assistiu Ariane Mnouchkine em 1985 em Paris, de fato, tem a métrica correta para analisar o STF em 2018 em Brasília.

A análise técnica do discurso de Gilmar, que é do outro time

“O número exótico foi apresentado por Gilmar Mendes, vindo especialmente de Lisboa, para onde voltou após votar. Deu um show de interpretação com sua retórica teatral de caras e bocas. Exaltou-se, responsabilizou os petistas pela atual intolerância e jogou pedras na Geni, que é a imprensa hoje.

Disse que nunca viu uma “mídia opressiva” como a de agora. Acusou o “Jornal Nacional” de “neopunitivismo” por querer “provar minha incoerência” , deu um esbarrão no GLOBO e fez pior com a “Folha de S.Paulo”, chamando-a de “mídia chantagista”. Queixou-se também dos que querem lhe dar lição sobre o sistema penitenciário. “É injusto ou indigno para comigo. Eu fui a Bangu e Pedrinhas, conheço esse sistema”. Ah, sim, e também votou, como esperado, a favor da concessão do habeas corpus”.

O, ah, sim!, é para explicar porque ele desancou caras e bocas de Gilmar e se eximiu de analisar o conteúdo. O “ah, sim!”, significa, ele votou a favor do HC, portanto seus argumentos não importam.

A análise percuciente do voto de Barroso, que é dos nossos

“O melhor momento foi proporcionado por Luís Roberto Barroso. Com um discurso claro, objetivo e convincente, ele deixou sem graça os que defendem o tal trânsito em julgado, ao exibir exemplos de condenados que, de recurso em recurso, passaram dez, 20 anos livres. Como “impactos devastadoramente negativos” de uma decisão proibindo a prisão após condenação em segunda instância, ele citou a impunidade de quem tem bons advogados e o descrédito do sistema penal. “Condenou-se a advocacia criminal ao papel de interpor recurso incabível atrás de recurso incabível para impedir a conclusão do processo e gerar artificialmente prescrições”.

Há uma imensa discussão sobre temas complexos, como a presunção da inocência, o significado do transitado em julgado, à luz das cláusulas pétreas. Mas nosso hater sintetizou tudo nessa frase magistral: “deixou sem graça os que defendem o tal trânsito em julgado”.  Melhor que isso, só outro jurista percuciente, Rui Castro, supondo que a expressão “freio e contrapesos” foi criada por algum engenheiro contemporâneo.

Curvou-se à erudição sábia de Rosa Weber

“Rosa Weber foi a quinta a votar, cercada da maior expectativa. Era aguardada como fiel da balança. Por cerca de uma hora fez uma apresentação técnica, hermética, coerente, sem concessões, de sua justificativa. Ela se baseou no “princípio da colegialidade”, que faz “as vozes da individualidade cederem em favor de uma voz institucional”.

Nem indague de Zuenir o que vem a ser o “princípio da colegialidade”, porque ele veio para sentir, não para entender. Um dos discursos mais atrapalhados dos últimos anos, sendo ironizado por juristas de todas as linhas, transforma-se, na opinião abalizada do nosso bacharel, em “apresentação técnica, hermética e coerente”. Vai para o trono ou não vai?

Transformou em machismo as críticas ao comportamento das Ministras mulheres.

“Por fim, é triste lamentar o comportamento de Marco Aurélio (ajudado por Levandowski), que, inconformado com a derrota, foi deselegante e descortês com Cármen Lúcia e Rosa Weber, interrompendo-as enquanto falavam, lançando farpas e distribuindo ressentimentos e queixumes.

Marco Aurélio perdeu uma boa oportunidade de se mostrar um cavalheiro com duas das mais brilhantes e serenas representantes do empoderamento feminino na Justiça”.

Deve ser a síndrome de Estocolmo. Mas causa espécie assistir dois jornalistas experientes e com história – como Zuenir e Ascânio Seleme – aceitarem o papel de haters de rede social, em um momento em que a mídia diz se diferenciar da superficialidade das redes sociais.

 

Luis Nassif

45 Comentários

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  1. O Zuenir é velho…

    Deve estar com saudades de tempos mais notórios para ele e tenta uma chepa.

    Ainda por cima sente que a onda é esta e não tem mais perigo.

    Um lado venceu e outro perdeu.

    Não tem mais risco de acontecer um imprevisto e ele ser cobrado.

    Gente oportunista é assim. Mas pode chamar de covarde também. Afinal há outros haters bem mais precoces.

    Estes, pelo menos, se arriscaram em um momento em não havia definição.

    É como num lichamento, o Zuenir é aquele que vai bater quando a vítima está no chão, desacordada. Antes, tem medo.

    Imagino quantas descobertas o nosso Nassif não está fazendo em relação a muitas pessoas…

     

    OBS

            A DIREITA ESTÁ COM QUASE TODAS AS PEÇAS NO LUGAR.

            MAS ESTÁ FALTANDO UM MOMENTO REICHSTAG.

           

  2. Bilhete azul

    O PIG está encolhendo e eles temem perder a boquinha. Nenhum deles tem um pé de meia para garantir a velhice ( refiro-me à do corpo). É só isso.

  3. Ali pelo auge do “mensalão”,
    Ali pelo auge do “mensalão”, Zuenir Ventura veio a Juiz de Fora palestrar no Espaço Mascarenhas, centro cultural da cidade. Eu estava presente. Lá pelas tantas, a plateia podia lançar perguntas. Uma moça, com ar carregado, perguntou algo como: “E o Brasil hoje, Zuenir? Há esperança?”.Na resposta, Zuenir desandou a meter o pau na política do governo; no PT etc. Traçou um cenário turvo do Brasil exatamente da mesma forma que a mídia fazia na época. Pessoalmente falando, foi um choque. Um choque da dimensão daquele quando eu soube que meu conterrâneo Rubem Fonseca (muito amigo de Zuenir) teria sido ghost writer de Golbery. Só ali, naquela noite no Espaço Mascarenhas, caiu a minha ficha do enorme poder persuasivo da mídia. Ou seja: se alguém como Zuenir dobrava-se, sem um senso crítico, à opinião publicada, imagine os não intelectualizados. Ali mesmo desembarquei de Zuenir. Bom, ao menos Zuenir estava se cacifando pra virar importal nessa ABL. 

  4. Zuenir Ventura é apenas um diligente funcionário agradando os se

    Zuenir Ventura é apenas um diligente funcionário agradando os seus patrões. Ele só está tentado manter o seu emprego numa corporação de mídia como a globo que oferece todo o conforto que precisa para ser feliz. Às favas com os escrúpulos…

  5. O Grande Zuenir

    Zuenir Ventura é o que sempre foi: o cara “bonzinho” que agrada setores à esquerda e faz o trabalho da direita. Há vários articulistas desse gênero na mídia. Agradam à classe média com a sua “ponderação”. Fernando Gabeira e Hélio Schwartsman, por exemplo, são parte do time.

    Ele é o “comentarista” que convém ao baronato da mídia. Faz críticas suaves e fornece a tintura progressista ao jornal que serve. Como notou o colunista, seus artigos são repletos de platitudes, que soam como análises fundamentadas.

    Sem nunca ter feito literatura (só jornalismo), conseguiu entrar para a Academia Brasileira de Letras. Corajoso, o “mineirim bonzim” segue o seu caminho, de onde não arredará enquanto a situação não mudar. 

  6. Na carta aberta que Marcia

    Na carta aberta que Marcia Tiburi dirigiu ao ministro Marco Aurélio Mello ela diz que “coragem é um fato esquecido em tempos de espetacularização autoritária”. Como o proprio Nassif observou ao analisar Barroso, Carmén e outros covardes do STF existem pessoas que vagam conforme a manada. É o momento em que os covardes como Zuenir se desnudam.

    Zuenir não é grande, é oportunista. No passado, apenas surfou com a onda que o poder da mídia levantava naquele momento de saturação do governo militar. Quem é humanista e defende principios legais e democráticos não muda de lado. Várias figuras públicas tem se revelado neste momento, Reinaldo Azevedo é um dos casos positivos e da coragem citada por Marcia Tiburi. Suas diferenças ideológicas não o impedem de defender a legalidade que se chocam com o desejo do seu público leitor sedento de injustiças.

    Ciro Gomes ontem disse que não foi ao encontro do Lula porque “não é um puxadinho do PT”. Só que o apoio ao Lula não era político, era humanitário e Ciro, sim, é que se aproveitou para fazer política e se aproximar dos conservadores batendo mais uma vez no Lula e no PT. Outro que encontrou a senha para sair na grande imprensa falando mal do Lula e do PT é o sociologo Wanderlei Guilherme dos Santos que emplacou o artigo “Lula perdeu. E agora PT?” no Valor Econômico dos Marinhos hoje. Paulo Henrique Amorim que militou na Globo e está acomodado na Record do Bispo Macedo é outro que começa a balançar em favor da onda contra o Lula, que chamou de Jânio hoje.

    Enfim é nas crises que conhecemos a coragem, o caráter e a convicção das  pessoas. 

    1. Esses últimos querem emplacar
      Esses últimos querem emplacar o amigaço dos coronéis cearenses, tucano enrustido, só que esse é tão carne de pescoço que se enrola sozinho.

    1. Eu já sabia. Fiz parte da

      Eu já sabia. Fiz parte da fundação do sindicato dos servidores públicos da minha cidade ( sai do serviço público em 96) e no primeiro mandato reivindicamos e conseguimos equipamento de segurança  no trabalho ( no serviço de coleta de lixo, por exemplo, os lixeiros na época não usavam uniforme adequado o que levou a morte por atropelamento de um deles e ferramentas eram transportadas junto com os trabalhadores o que causou a morte e mutilação de vários funcionários num acidente de trânsito com a Kombi que os transportava)  convênio médico, e cesta básica.

      Se demonizou os sindicatos nesses anos todos mas a segurança no ambiente de trabalho nas empresas se deve muito a fiscalização e reivindicação dos sindicatos.

    2. O Pato Amarelo CBF

      Uma pena, pela limitação, jamais chegará a saber pra que serve o adestrado pato amarelo CBF, nem mesmo olhando no espelho.

  7. Estou indo queimar 1968

    Estou indo queimar, agora mesmo, o livro de Z. (des)Ventura “1968  – O ano que não terminou”, que me foi indicado até na Faculdade de História da USP pela professora de História Contemporânia, e que ainda não tinha lido, e nem vou ler jamais pois não tenho tempo a perder com o conteúdo que sai da cabeça de uma pessoa como essa. 

  8. Estou indo queimar 1968

    Estou indo queimar, agora mesmo, o livro de Z. (des)Ventura “1968  – O ano que não terminou”, que me foi indicado até na Faculdade de História da USP pela professora de História Contemporânia, e que ainda não tinha lido, e nem vou ler jamais pois não tenho tempo a perder com o conteúdo que sai da cabeça de uma pessoa como essa. 

    1. Não queime use no pe da mesa bamba

      “Queimar” livro não aprovaria, porque relembraria um momento sombrio da historia da humanidade,  que esta tristemente voltando agora entre nos. Mas  voce ja deveria ter colocado essa obra no fundo da estante ou usa-la no pe de alguma mesa desequilibrada.

      O Brasil esta passando por tristes momentos, mas, ao menos, certas verdades estão aparecendo. Uma delas é a descoberta da mediocridade de certos !intelectuais” que surgiram nos mediocres anos da ditadura.

      Trata-se da esquerda festiva.Tais personalidades são tão de esquerda quando a Marta Suplicy ou o Caetano Veloso. 

      Seus conceitos não resistem ao menor olhar atento.

      O tal ano de 1968″ tera ainda que ser comprendido apos uma reflexão bem mais profunda. Tem algo parecido com as tais manifestações de “junho de 1913” ou com as tais “primaveras”, ou melhor, com o aproveitamento politico da esperança comum aos jovens.

      O resultado na França, por exemplo, foi catastrofico, derrubaram o governo e o entregaram para a direita, que destruiu o pais. Os tais “lideres de 68” são hoje gordos e engravatados dirigentes de grandes multinacionais.

      Nunca me enganei com esse tipo de intelectual do oba oba de Ipanema.

        1. O senhor não errou

          Não, sr. antonio rodrigues, o senhor não errou. As manifestações foram em 2013, é fato, mas tiveram o condão de fazer o Brasil recuar até o ano de 1913. 

          Depois do golpe, o nosso país retrocedeu. Estamos vivendo agora o início do século XX. 

          Só está faltando o Ministro da Defesa dizer 
           

          ”Não vos deixeis intoxicar, sejam quais forem os insidiosos argumentos, com o vírus da revolta que é o gérmen da anarquia”. 

          (Ordem do dia do General João Gomes Ribeiro Filho, em 11 de abril de 1935, que eu reproduzi de cabeça, não necessariamente com as mesmas palavras, mas procurando usar as de que me lembro). 

           

           

           

  9. Estou indo queimar 1968

    Estou indo queimar, agora mesmo, o livro de Z. (des)Ventura “1968  – O ano que não terminou”, que eu havia ganhado e ainda não tinha lido, e, agora, não vou ler mais, pois não tenho tempo a perder com as ideias e análises de uma pessoa que se revelou ter um pensamento tão desprovido de bom senso. 

    1. Comprei o 1968 original, quando foi lançado

      E comprei os dois volumes quando dos 40 anos, edição de luxo, de 2008. Além desses, ainda Cidade Partida, Mal Secreto/Inveja (título que inspirou o Barroso, o Iluminista de lupanar, no monólogo Gilmar, Pessoa Horrível), Chico Mendes, crime e castigo. Vou resolver o que fazer com isso. 

      1. Não fiquem chateados não. Eu

        Não fiquem chateados não. Eu li e tenho livros do Cony se fazendo de herói. Depois arrancou um dinheirão do Estado se fazendo de perseguido e todo estropiado antes de morrer surfava nas ondas a favor do golpe. A imprensa e seu luminares me enganaram um bom tempo.

        O livro do Zuenir eu li emprestado de alguém que não me lembro. Ainda bem.

  10. Sobram poucos
    Quando jovem eu tinha uma lista de pessoas que admirava. Agora tenho uma lista de decepções. Algumas migraram da primeira para a segunda lista. E a segunda não para de crescer…Tristes tempos.

  11. Sugestão ao Nassif: criar uma seção “Respondendo ao watsapp”

    Mais uma vez as listas de watsapp são inundadas por asneiras escritas pela direita burra brasileira.

    Textões mal escritos, trazendo um monte de imbecilidades de quem começou a acompanhar polítiica após julho de 2013.

    É pouco provável que alguém de esquerda, a essa hora do campeonato,  seja estúpido o suficiente para entrar em discussões políticas proto-fascistas com parentes e amigos abduzidos por grupos conservadores.

    Por isso eu acho que seria útil criar um local para desmentir esses textos e criar respostas padrões para copiar e colar e enviar para os idiotas sem precisar entrar na briga de lama. Os próprios usuários do blog poderiam fazer isso com facilidade.

    A última que recebi foi “Como não passar vergonha ao criticar a Lava-JAto”… tentava defender Sergio Moro e tirar sua responsabilidade sobre o partidarismo total da Lava-Jato…. como se o fato de Aécio ter foro privilegiado fosse motivo suficiente para que nada fosse feito contra ele… e também mente ao dizer que sua irmã foi investigada e presa… quando na realidade ela foi pega em flagrante crime envolvendo a JBS, assim como Aécio… não delatada na Lava-Jato.

    Está seção poderia substituir ou acompanhar o “Fora de Pauta” que parece ser pouco usado.

  12. Já que o assunto do Zuenir

    Já que o assunto do Zuenir foi o tribunal de esceção consolidado, a partir de hoje sempre que citar o tal tribunal sera assim: STF e TUDO. O TUDO tem muito mais força, sombria, mas tem

  13. Zuenir
    Todos sabemos que, ao permitir 5 minutos de silêncio a uma pessoa, ela poderá conseguir alguma justificativa para qq coisa, por mais absurda que seja.Naquela sessão, midiática mas nunca a mais importante, errou Gilmar ao dizer que a violencia iniciou com o PT. Só enganará a quem só assiste a Globo e ao BBB. Até as calçadas de Copacabana sabem que a semente da violência começou com o Aécio derrotado pela Dilma.Vestiu a roupa de Hater, contratou “movimentos” baseados em gente comissionada de gabinetes de políticos e colocou a boiada na rua. Depois perdeu o controle.
    Zuenir no papel de hater é gargalhavel pois não passou pela sua cabeça que gente informada também poderá ler seus escritos.

  14. Sionista adora a repressão

    É nos períodos de repressão que eles se dão bem, se vitimizam, para faturar o futuro.

    Só se engana com essa turma, a do chororô dos judeus, quem quer.

  15. Perdi qualquer respeito por
    Perdi qualquer respeito por ele no dia em que escreveu que se arrependia de não ter publicado os boatos que na época circundaram o suicídio do escritor Pedro Nava. Parece que esse foi o seu último suspiro de dignidade. Desde então ele só foi ladeira abaixo.

  16. O Apequenamento das mentes.

    Zuenir o escritor de 68,  tem a mesma sina de Cony ou de Goulart. Goulart o Fernando foi o poeta que fez talvez a mais linda poesia sobre o trabalhador, cantada não menos por um grande compositor e cantor, Fagner. Todos em comum  transformistas ou quem sabe saudosistas de si mesmo, que resolveram com a idade sair do armário. Goulart transformou seus sentimentos pelos trabalhadores em ódio contra Lula. Morreu afogado na fumaça do cigarro e tendo ao lado Freire aquele que nada sabe de Lavoura , nem mesmo a Arcaica e  que atacou a Nassar. Um troglodita tão educado quanto o diplomático Aloisio o embaixador do governo mais entreguista que já tivemos.  ( Triste sina do partidão)

    Mas  Zuenir com suas crônicas e críticas similares a de Cony já demonstravam o que mostra esta. Um homem que diante de um fato de tal magnitude ficou apenas nas formas.  De um julgamento que vai marcar a história do país ele tirou apenas elogios a Barroso, à erudição incoerente e inconsistente, e ilógica de Weber e obviamente atacou os Mello e Lewandowsiki. Mas, em tudo, se pode observar a superficialidade de alguém que em nenhum momento se deu conta do que se passava ali. A falta  de vigilância ética e moral deste senhor, o fez sequer mencionar o que estava em jogo, os  direitos do cidadão e o respeito a  clausulas pétreas da constituição. Definitivamente ele ligou a televisão pensando que era uma peça em Paris.

    Em nenhum momento Zuenir sequer questionou ou se questionou a respeito da injustiça da condenação de Lula. E não falo da injustiça por causa do presidente Lula, mas sim porque todos que sabem ler e que são honestos sabem que este processo do triplex de propriedade conhecida e reconhecida em cartório, e do terreno jamais comprado e jamais doado ao Instituto Lula, é resultado apenas do emponderamento de grupos, que defendem seus próprios poderes e interesses. Tudo  faz parte da afirmação de  um Juiz  que até o final, viola leis e faz questão de dizer que o faz porque pode. Zuenir deve estar em Paris ou alhures, pois deixou de ser escritor, ou cronista, a realidade já não lhe toca mais. A irresponsabilidade destes juizes, jogando o pais numa convulsão social , não foi objeto de Zuenir. Zuenir não vê mais o desemprego, não vê mais a opressão e aliás acho que perdeu tudo, pois seu  texto está mal escrito não condiz com a realidade e é mal intencionado. Parece uma caneta de aluguel.

    1. É um insulto aos que

      É um insulto aos que resistiram à liquidação do PCB (como Horácio Macedo, Ivan Duarte, Ana Montenegro) pela camarilha vira-casacas liderada pelo Roberto Freire e iniciaram a reconstrução revolucionária falar em “triste sina do Partidão”. O Partidão não é a pocilga de renegados do PPS! O Partidão está vivo!

      https://www.youtube.com/watch?v=u914BLmFHeg&t=98s

       

  17. Zuenir Ventura é um talento

    Zuenir Ventura é um talento literário desperdiçado com abobrinhas reacionárias graúdas. Se, para ele, 1968 ainda não acabou, 2018 ainda nem começou. Acorda, Zuenir.

  18. Este Zuenir é a prova cabal

    Este Zuenir é a prova cabal daquilo que o dinheiro pode fazer com pessoas de caráter fraco.

    Consegue até acabar com a vergonha na cara!

  19. Luta que Segue…
    Nassif, pelo que leio, escuto e observo, é chegada a hora de uma revisão histórica, pois não podemos mais continuar tratando a SS nazista como sinônimo de crueldade, sadismo genocida, corrupção e arrogância oportunista, uma vez que os membros dessa guarda pessoal de Adolf Hitler apenas cumpriam sua obrigação. Da mesma forma, os mafiosos eram apenas operários da Cosa Mostra e os gangsters mero empregados das gangues. Só assim, promovendo essa justiça histórica que há de inocentar meio mundo e transformar a idade média em sinônimo de civilização ou humanitarismo, poderemos salvaguardar a honra e a dignidade desses nossos coleguinhas que são vaiados e xingados por exercerem o papel de coadjuvantes de um patronato golpista e anti-social. Em nome da liberdade de imprensa, esses profissionais não devem ser impedidos de coletar a matéria-prima de seus ataques virulentos aos inimigos de seus patrões, razão pela qual devemos apagar de nossa memória os tempos em que esses mesmos patrões se manifestavam via editoriais escritos por profissionais que faziam questão de permanecerem anônimos, uma vez que seus escritos eram a opinião dos veículos de comunicação em que trabalhavam, e não a deles. Essa separação entre opinião patronal e o jornalismo profissional foi favorecida, é verdade, por um AI5 que entronizou censores militares nas redações, incumbidos de proibir matérias ofensivas ao regime militar, ou seja, tudo que contrariasse os hinos (“este é um país que vai pra frente…”), slogans (“Brasil, Ame-o ou Deixe-o”, em que o deixar podia significar em decúbito dorsal ou óbito coercitivo, como se diz agora) e palavras de ordem que determinavam que tudo estava ótimo-excelente-melhorando sempre, como se usa agora em relação à situação econômico-social pós-golpe. Conheci alguns desses censores e até descobri que bastava mencionar ou entrevistar alguma alta patente para o conteúdo – que sem isso seria podado – ser liberado e posso dizer que não professavam o ódio como meio de vida, como nossos haters hodiernos, da mesma maneira como não me lembro de editoriais tão sinistros quanto muitas das “reportagens” sobre o Lulopetismo. Muito embora não houvesse matérias sobre as torturas do Dói-Codi-Deops (e alguns setoristas desses órgãos até se tornaram nome de avenidas em retribuição ao silêncio), os jornalistas cumpriam seu ofício sem precisar mentir, adulterar os fatos ou inventar e dar verossimilhança à irrealidade, pois nesse caso tínhamos um sindicato a quem recorrer (o mesmo que denunciou que o “suicídio” do colega Vlado Herzog havia sido um assassinato), além do “Unidade”,”O Pasquim” e tantos outros meios alternativos aonde desabafar – sobretudo a música de Chico, Gil e tantos outros artistas da resistência que jamais se vergaram – além da coluna-página de LN em shopping-news e outros veículos que nos brindaram com esse poçocaldense da porra! Com o avanço da internet e o fim dos anúncios classificados, porém, o jornalismo marrom, que era a marca de órgãos desprezados por todos como o Globo, FT e a própria FSP que cedia sua frota aos órgãos repressores, começou a prosperar; coleguinhas que já faziam o jogo de políticos e empresários bandidos mas tinham vergonha (e assinavam com as iniciais, como ATC, que depois ingressou na magistratura via o quinto constitucional e virou desembargador e secretário de justiça tucano, amante dos golpistas de 64 e de agora) perderam a vergonha. Como FHC – “esqueçam o que escrevi” – se tornaram amnésicos ou anencéfalos, mas continuam espertos. Querem que dissociemos o banditismo que professam e praticam de suas pessoas e reputações, rotulando de “inimigos da liberdade de expressão” todos os que o associam à opressão e arbítrio; querem a impunidade tucana e, quem sabe, uma parte dos bens públicos por esta subtraída. Confundem “cargo de confiança” com “cargo de carnificina” e como cúmplices de carniceiros à soldo desse “mercado” corrupto e corruptor, exigem respeito, uma vez que se não escrevessem ou falassem o que escrevem e falam não ganhariam que recebem ou teriam direito a indenizações milionárias como WWaack. Se liberdade de expressão significar tolerância com a perseguição que fazem contra os quatro pês (pobre,preto, puta e petista), vamos ter de fazer essa revisão histórica mencionada acima. Ou, como lembrou o primeiro comentarista, aguardar o incêndio do Reischtag e o decreto suspendendo os direitos humanos da constituição de 19 da República de Weimar, sob o amparo da SS/Schutzstaffel, hoje PF/Lava Jato à serviço do 2º Reich, já que o primeiro reinado foi o de 64. Novos Hitlers, nazifascistas, não faltarão, com o apoio desses haters auto-proclamados amorosos adeptos do cyber-bullyng que nos aporrinha a todos. Luta que segue.

  20. Lição para a partir de hoje:

    Lição para a partir de hoje: “Não queira ser bom em terras ásperas, o tomarão por fraco.”

    #voto13 *

     

    * se houver eleições, obviamente, pois, a prisão do Lula, em si, não dá acesso a nenhum dos energúmenos fascistas, mesmo que alguns puteiros tenham dado cerveja e posto as fotografias (bota ironia nisso) do desMoronado e da dona carmencita a “engalanar” a putaria.

  21. A protelação de processos vem de onde mesmo?

    Pelo pouco que sei de direito, por mais recursos que usem os advogados, eles têm sempre prazos bem estreitos para cada um deles. Um advogado não pode protelar o recurso além do prazo, pois, perdido o prazo, perde o direito ao recurso. Então, de de onde vem mesmo a protelação de processos?

    Quem consegue protelar um processo? Em primeiro lugar, a polícia, se fizer corpo mole. Depois, promotores e procuradores, se não fizerm o processo andar. Por fim, juízes que aceitam recursos e não os julgam, sentando em cima de processos e impedindo que sejam julgados, muitas vezes até prescreverem.

    Nassif mesmo já analisou outros dois exemplos, o jogo de vai e vem entre Janot e Gilmar Mendes de um dos vários processos contra Aécio Neves, mas sem que Janot se preocupasse em ouvir a principal testemunha, o diretor de Furnas que assinou um documento com os nomes e valores que teriam sidos desviados da estatal para financiar as campanhas de Serra contra Lula, de Aécio, dezenas de outros tucanos e políticos de outros partidos, incluindo Eduardo Cunha e Bolsonaro (nenhum do PT).

    Há ainda o caso do processo sobre auxílio moradia aos juízes, que os juízes da Lava Jato já declararam ter caráter salarial (compensação à falta de aumento), que está há anos parado. Outro caso famoso foi o do bloqueio de Gilmar Mendes ao julgamento da proibição de financiamento eleitoral por empresas.

    Para não ficar só no STF, temos o caso Marka-FonteCindam, envolvendo favorecimento do Banco Central aos dois bancos no governo Fernando Henrique Cardoso (crise cambial de 1999), com prejuízo estimado de US$ 1,5 bilhão aos cofres públicos. O processo dormiu numa gaveta da STJ desde 2005 até o final de 2016, quando uma juíza da 6ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro fez um mutirão e descobriu a falta de qualquer movimento no processo desde 2005 e o caso estava prescrito. Ficaram livres o presidente e diretores do Banco Central de FHC.

    Lembro de um caso clássico, dos fuscas que Maluf deu para jogadores da copa, com dinheiro de impostos. O processo já estava encerrado, sem mais qualquer recurso cabível e os advogados conseguiram adiar o encerramentodiscutindo centavos do cálculo de atualização do valor a ser restituído. O juiz foi implacável, não aceitou os seguidos cálculos da defesa e… assim conseguiu fazer prescrever o processo, impedindo que Maluf se tornasse inelegível. Se aceitasse os cálculos da defesa, esta não teria mais contra o que recorrer, o Estado perderia alguns centavos, ou mais que isso, mas seria ressarcido e Maluf se tornaria inelegível, que é a principal pena a ser aplicada a quem desvia dinheiro público.

    Outro é o do mensalão mineiro. Azeredo renunciou, o tribunal superior poderia dar seguimento ao processo, mas se curvou à chicana e enviou o processo, já praticamente encerrado, para a 1a. instância, o que garantiu a prescrição daqui a alguns meses, sem punição. Uso o termo chicana, porque, se bem me lembro, foi usado pelo ministro Joaquim Barbosa quando um ex-governador, então senador, tentou a mesma manobra da renúncia para devolver o processo à 1a. instância. Barbosa recusou e manteve o processo no STF, com a consequente condenação.

    Mas os honradíssimos juízes que são contra a impunidade se preocupam… com o direito de defesa, já que a Constituição constitui um empecilho a seu trabalho, como declarou Moro no Roda Viva. Bom, se um juiz não aceita trabalhar sob as leis vigentes, é muito fácil: peça demissão e vá vender carros usados, já que charme é um requisito básico de bons vendedores.

  22. O ódio nosso de cada dia

    Quando dizem que o PT, mais propriamente o Lula, dividiu o país e estabeleceu o ódio como elemento químico da atmosfera que respiramos, ai nos deparamos e lemos esses artigos em jornais, sim ingenuamente somos envenenados todos os dias, gota a gota. 

    Quanta manipulação, quanta canalhice e quantos penas canalhas!

    Um dia isso tem que ser cobrado e os responsaveis (em todos os níveis) pagarem.  

  23. Mas não é isso que você, Nassif, tem feito?

    Cara, sinceramente, eu não te entendo. Passas o tempo todo fazendo o que o Zuenir fez, e agora usa o blog para criticá-lo?

    Nassif, insisto, seja coerente, por favor!

  24. Zuenir Ventura

    Na edição de hoje, 06/05/2018  em sua coluna do Globo elogia Temer e critica Boulos.

    Vide abaixo:

    Justiça seja feita. Mesmo sabendo, ou prevendo, que seria hostilizado, Temer, estando em SP, enfrentou o risco e não deixou de levar seu apoio às famílias das vítimas do desabamento do edifício Wilton Paes de Almeida, onde só não foi agredido fisicamente porque saiu às pressas, escoltado por seguranças.

    Pode-se alegar que foi um gesto político. Provavelmente sim, porém melhor do que, por exemplo, o do pré-candidato do PSOL à Presidência da República, Guilherme Boulos, que se omitiu, preferindo permanecer em Curitiba para as manifestações em defesa de Lula.

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