O JB voltou às bancas. E agora?

Ói eu aqui traveiz!

Enviado por Adir Tavares

do blog Colegunhas, uni-vos!

O JB voltou às bancas. E agora?

O Jornal do Brasil voltou a circular em bancas, algo que não acontecia desde 2010. Notícia que aquece o coração de muita gente (inclusive o meu), sensação que, porém, vem com uma pergunta: “vai dar certo?”.

Bem, depende do que se chama “dar certo”. Se assim se considerar, por exemplo, fazer concorrência a O Globo, não. A começar do fato de que é impresso nas oficinas e distribuído pelos caminhões do Infoglobo, observa-se, com clareza, que o “novo” Jornal do Brasil fará ainda menos sombra à folha dos Marinho do que aquele que deixou de circular há oito anos. Outro ponto é que Omar Resende Peres – o sublicenciado da marca, pois o licenciado continua sendo Nelson Tanure -, embora se apresente como “brizolista”, possui ótimas relações com os Marinho, tendo até sido concessionário da afiliada da Globo em Juiz de Fora.

Em termos de pluralidade, há possibilidade razoável de que haja maior diversidade de opiniões do que no Globo (algo que, vamos admitir, não é muito difícil), embora dentro de um espectro ideológico que poderíamos definir como de centro liberal, bem longe de qualquer radicalidade, concebendo-se este termo como combate sem tréguas a evidentes males do Brasil, como a desigualdade de renda e oportunidades. O fato de Resende Peres ter, além daquele bom trânsito com os Marinho, relações ao que parece mais do que cordiais com Nélson Tanure também concorre para que haja dúvidas a respeito da disposição do JB de ser um jornal realmente “independente de setores da economia” como afirma o editorial da sua edição de retorno.

Uma questão que tem chamado a atenção é a decisão de Omar Resende Peres de investir na venda em bancas, desdenhando até das assinaturas. É um plano de negócios estranho, mesmo partindo da ideia de que a gráfica e a distribuição são terceirizadas por um valor pequeno – afinal, deverá aproveitar a grande capacidade ociosa do Globo, que cometeu o incrível erro de fazer um enorme parque gráfico quando já estava claro que jornal impresso é coisa do passado, com sobrevida de não mais do que 15 anos. É certo que outro custo importante – o de mão de obra – também não será muito alto pela opção de investir em um grupo pequeno de veteranos há anos fora das redações. O salário de um profissional com este perfil tende a não ser tão alto quanto de um experiente, mas no auge de sua capacidade produtiva, embora mais elevado do que de um novato. Ainda assim, apoiar-se apenas na venda em banca, especialmente no momento econômico deprimido pelo que passa o Brasil e, mais ainda o Rio, é muito arriscado.

A idade média alta do grupo de jornalistas da nova redação também prejudica a perspectiva de que o jornal avance de forma consistente em plataformas digitais, algo fundamental para que se projete no futuro. Desse lado, o que me parece mais promissor é a JB-TV, que Omar Resende Peres menciona em sua entrevista à coluna “Mercado Aberto”, da Folha, citada no parágrafo acima. Tocada por jovens, a iniciativa pode ser a base para o futuro da marca, mas, infelizmente, segundo o próprio empresário, “não tem nada a ver com o jornal impresso”.

Enfim, embora saudando o retorno do JB às bancas, não tenho lá grandes esperanças de que o jornalismo a ser praticado pelo redivivo “diário da Condessa”, embora de bom nível, sirva para mais do que matar a nostalgia de gente já entrada em anos como eu.

 

Redação

14 Comentários

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  1. O “NOVO” (SQN) Jornal do Brasil

    Apesar de toda a expectativa do renascimento do Jornal do Brasil com uma proposta de renovar o modo de construir e fazer notícias, o reinício diz para que veio.

    Em que pese toda a esperança de alguns crédulos, o Jornal veio impregnado das mesmas indecências jornalísticas, pois que demonstra ser um mero repetidor dos outros jornalões, inclusive, por ter em seu conteúdo, material repassado por seus côngeneres. 

    Lí a reportagem que versava sobre o escândalo envolvendo Jaques Wagner e, “santa lava jato” (rogai por nós!), onde todo o meterial foi fornecido pelo “Estadão Conteúdo”, ou seja, tal como a maioria dos jornais diários no Brasil, de norte a sul, se reverbera o mesmo do mesmo. 

    Jornal do Brasil, o novo que envelheceu sem sequer chegar a adolescência. Um Policarpo Quaresma em tempos de Lavajatismo.  

  2. Mídia obsoleta

    O jornal impresso é uma mídia obsoleta, sobrevive apenas pela inércia de algumas instituições e o costume de algumas pessoas. Não acredito que tenha nenhum futuro. Os jovens não desenvovem o hábito de ler jornais impressos e em muito breve esse tipo de mídia deve desaparecer.

    Sinceramente eu acho que não vale a pena investir em uma tecnologia obsoleta, ainda mais quando as novas tecnologias são mais acessíveis que aquela que desaparece.

    Mas o retorno do Jornal do Brasil impresso serve para relembrar velhos e talvez melhores tempos.

  3. Estava empolgado com a volta
    Estava empolgado com a volta do jornal, mas quando soube que tem ligações com o sistema Globo de manipulação, fiquei com um pé atrás.

    Prefiro aguardar. Este ano, até às eleições vai ser quente, vamos ver qual será a postura do jornal.

    Se será mero repetidor do JN , o se vai afrontar os Marinhos.

    Vamos ver qual será a postura do JB com a lava Jato. E com o juiz redentor Moro.

    Tem vários assuntos polêmicos atuais que o jornal será obrigado a se manifestar. Só depois podemos formar opinião sobre o retorno do JB.

    Por enquanto é empolgação e nostalgia pelas lembranças do passado.

  4. Acabou a ai-que-mentira-que-lorota-boa virtual;o vácuo é que era

    Tenho uma outra visão completamente diversa da do respeitável articulista Adir Tavares

             Em menos de três horas, neste domingo, menos mesmo até, em pouco mais de uma hora heróica e veloz para a cultura brasileira,logo bem cedo de manhã ,todos os milhares e milhares de exemplares da primeira tiragem do Jornal do Brasil,em candente papel impresso, desapareceram das bancas de revistas do grande Rio de Janeiro, comprados avidamente por um público sedento de leitura no morno e vivo papel, cansado da doentia e desconfortabilíssima semi-leitura internética, rasa e volátil, sem profundezas. Desde este momento histórico inevitável, de conotações infalíveis, mundiais, uma grande mentira desaba,no interior de uma das mais importantes cidades do mundo,senão a culturalmente mais importante de todas, uma constructo ignóbil construída durante longos e famigerados anos,a de que a imprensa dos jornais de papel não tinha mais lugar no mundo da grande aranha pentagonal da rede invasiva e espiã , nos espionar e controlar tudo o que lemos,vemos e ouvimos,seu único motivo de existir.O que se demonstrou com o fato de hoje, esse fato magistral?, Demonstrou-se que esta primazia de mudança total para o virtual de quase tudo que era impresso era uma falsa e virtual, forçada, IMPOSTA eventualidade temporária na falta de verdadeiras e nobres, ousadas opções no campo do jornalismo impresso.Como somente existia até ontem uma imprensa fake no Brasil,principalmente no Rio,massacrado até a medula pelo jornal o Globo e em São Paulo também por outras nefandas e mentirosas entidades, ninguém mais se interessava em procurar por jornais impressos sem nenhum valor comunicativo ,sem nenhuma credibilidade informativa, cultural ou política, nas bancas de revistas .A natureza não suporta vácuo,e o vácuo cultural e informativo era total na cidade do Rio de Janeiro.A questão não é a qualidade do leitor, a questão é qualidade dos impressos, dos vetores, não dos receptivos leitores, a questão é a qualidade,a veracidade, a profundidade da mensagem, da informação, .A prova ai esta, toda a tiragem do numero de hoje de domingo do novo Jornal do Brasil foi esgotada em menos de uma hora.Não diziam que a tiragem dos jornais impressos, a demanda estava diminuindo até á inanição? Toda essa balela da morte da imprensa de papel foi criada pela direita, americana e brasileira pra se apoderar de toda a veiculação impressa e não deixar espaço pra mais ninguém,mantendo um monopólio,do mesmo modo que faz na mídia televisiva. E fazer de todos brinquedinhos,palhaços sem papel, com seus bloginhos cerceados pois que não permitem através de obscuros mecanismos eletrônicos que tenham longo alcance, o que é um sofisticado e novo tipo de censura,. mantendo-os longe de seu verdadeiro publico.E como os jornais do ponto de vista de cobertura literária,, artística, musical,teatral, de artes plásticas,cinematográfica são uma merda mesmo,propositalmente uma merda, aquele jornal impresso que vier com tudo, dando toda a informação disponível sobre o que de fato existe e que está ocultado por essa imprensa rastaquera ,essa televisão de baixíssimo nivel, vier dilatando e expondo,revelando tudo que está sistematicamente censurado em nossa imensa cultura,artes, literatura,musica em suas paginas impressas vai dar um show comercial de vendas extraordinário como o Jornal do Brasil demonstrou hoje ao mundo inteiro neste domingo maravilhoso para a cultura brasileira e mundial. JÁ JÁ vai surgir também, esperamos, um grande jornal diário IMPRESSO em São Paulo para reocupar o espaço invadido pela gasosa mentira dos fakes jornais.O segredo da falta de interesse e da queda das vendas dos jornais e das revistas em bancas só tem um único motivo, e isso vale para todo mundo, ningume se interessa por comprar jornais e revistas tão ruins, tão de baixa qualidade como os que estão aí.

     

  5. A era dos jornalões já era.
    Havia previsões de que antes de encerrar a década, talvez alguns antecipem ou já anteciparam, jornalões do centro do império encerrem edições impressas. Mas não deixa de ser uma boa campanha de marketing, uma forma de capturar para o portal antigos leitores nostálgicos do jornal. Nostalgia. Saudades, eu as tenho, dos tempos em que o JB era O Primeiro Jornal.  [video:https://youtu.be/GQs0NVuJGjQ%5D

  6. Sugestão de pauta: o calote e a impunidade

    Curioso ver o JB de volta sabendo que o licenciado, Nelson Tanure, até hoje não honrou dívidas contraídas sob a sua gestão em publicações como a antiga revista SET. As ações na Justiça começaram por volta de 2010. Conheço um jornalista que já ganhou em  todas as instâncias, mas até agora não viu o dinheiro e nem Tanure que faltou em  uma aduiência de conciliação. ATé quando o Brasil vai tolerar grandes  empresários caloteiros? Até quando o nosso dispendioso Judiciário vai continuar lerdo e omisso, acirrando a sensação de impunidade no Brasil? Dá uma boa pauta para o  novo JB.

  7. A Volta do Jornal do Brasil desmonta axioma-fake

    Acabou a ai-que-mentira-que-lorota-boa virtual;o vácuo é que era virtual

    Em menos de três horas, neste domingo, menos mesmo até, em pouco mais de uma hora heróica e veloz para a cultura brasileira,logo bem cedo de manhã ,todos os milhares e milhares de exemplares da primeira tiragem do Jornal do Brasil,em candente papel impresso, desapareceram das bancas de revistas do grande Rio de Janeiro, comprados avidamente por um público sedento de leitura no morno e vivo papel, cansado da doentia e desconfortabilíssima semi-leitura internética, rasa e volátil, sem profundezas. Desde este momento histórico inevitável, de conotações infalíveis, mundiais, uma grande mentira desaba,no interior de uma das mais importantes cidades do mundo,senão a culturalmente mais importante de todas, uma constructo ignóbil construída durante longos e famigerados anos,a de que a imprensa dos jornais de papel não tinha mais lugar no mundo da grande aranha pentagonal da rede invasiva e espiã , nos espionar e controlar tudo o que lemos,vemos e ouvimos,seu único motivo de existir.O que se demonstrou com o fato de hoje, esse fato magistral?, Demonstrou-se que esta primazia de mudança total para o virtual de quase tudo que era impresso era uma falsa e virtual, forçada, IMPOSTA eventualidade temporária na falta de verdadeiras e nobres, ousadas opções no campo do jornalismo impresso.Como somente existia até ontem uma imprensa fake no Brasil,principalmente no Rio,massacrado até a medula pelo jornal o Globo e em São Paulo também por outras nefandas e mentirosas entidades, ninguém mais se interessava em procurar por jornais impressos sem nenhum valor comunicativo ,sem nenhuma credibilidade informativa, cultural ou política, nas bancas de revistas .A natureza não suporta vácuo,e o vácuo cultural e informativo era total na cidade do Rio de Janeiro.A questão não é a qualidade do leitor, a questão é qualidade dos impressos, dos vetores, não dos receptivos leitores, a questão é a qualidade,a veracidade, a profundidade da mensagem, da informação, .A prova ai esta, toda a tiragem do numero de hoje de domingo do novo Jornal do Brasil foi esgotada em menos de uma hora.Não diziam que a tiragem dos jornais impressos, a demanda estava diminuindo até á inanição? Toda essa balela da morte da imprensa de papel foi criada pela direita, americana e brasileira pra se apoderar de toda a veiculação impressa e não deixar espaço pra mais ninguém,mantendo um monopólio,do mesmo modo que faz na mídia televisiva. E fazer de todos brinquedinhos,palhaços sem papel, com seus bloginhos cerceados pois que não permitem através de obscuros mecanismos eletrônicos que tenham longo alcance, o que é um sofisticado e novo tipo de censura,. mantendo-os longe de seu verdadeiro publico.E como os jornais do ponto de vista de cobertura literária,, artística, musical,teatral, de artes plásticas,cinematográfica são uma merda mesmo,propositalmente uma merda, aquele jornal impresso que vier com tudo, dando toda a informação disponível sobre o que de fato existe e que está ocultado por essa imprensa rastaquera ,essa televisão de baixíssimo nivel, vier dilatando e expondo,revelando tudo que está sistematicamente censurado em nossa imensa cultura,artes, literatura,musica em suas paginas impressas vai dar um show comercial de vendas extraordinário como o Jornal do Brasil demonstrou hoje ao mundo inteiro neste domingo maravilhoso para a cultura brasileira e mundial. JÁ JÁ vai surgir também, esperamos, um grande jornal diário IMPRESSO em São Paulo para reocupar o espaço invadido pela gasosa mentira dos fakes jornais.O segredo que esta por detrás pra queda de compradores de jornais impressos em todo o mundo é qua não vale a pena comprá-los porque eles estão muito ruins, não informam a verdade, não trazem arte, literatura, cultura, as verdadeiras discussões políticas,sociais, econômicas, filosóficas,as NOTICIAS REAIS, não mais jornais de verdade, sao jornais de mentira.Quem vai gastar dinheiro com não-jornais de papel?

  8. Omar Peres tem o hábito de

    Omar Peres tem o hábito de comprar entidades falidas. Só em Juiz de Fora, comprou o Faisão Dourado, um restaurante tradicional que ficava às moscas. Ficou assim por muito tempo até ser fechado defintivamente. Montou um jornal o “JF Hoje” que era distribuido gratuitamente. O maior sucesso de Omar era mesmo o “Blog do Omar Peres” (existe até hoje, mas está inativo). No blog, Omar atacava muito os tucanos e por sugestão minha passou a reverberar o Novo Jornal, de Marco Aurelio Carone (preso pela ditadura Neves em MG). O jornal JF Hoje e o blog do Omar duraram até a candidatura dele a deputado federal em 2010 (não se elegeu). 

  9. JORNAL DO BRASIL 2018 visual RETRÔ 1991

    Bem, compre hoje (28/02) o Jornal do Brasil e gostaria de dividir com vocês minha opinião do que vi. PRIMEIRAMENTE, me estranha o fato do retorno do Jornal do Brasil não ter sido acompanhado de uma reforma gráfica mínima. Quando você compara a última edição impressa de 2010 e a nova edição de 2018 é nítido que o jornal recuou uns 25 anos no tempo. Parece mais uma edição do início dos anos 90. Acredito que relançar o Jornal usando como base a última reforma gráfica tocada por Nelson Tanure em 2007 não seria de todo mal. Outro pornto ainda na parte gráfica, o Jornal do Brasil decepcionou pois não vi nele a chamada “infografia” ou “arte” somente um jornal com notícias não muito diferente de um jornal de interior.

    Vi muito espaço vazio no jornal. Outro ponto, o PREÇO. R$ 5,00 por uma edição de meio de semana não faz sentido. Em relação ao Jornal do Brasil está sendo produzido na gráfica do O GLOBO e sendo distribuído por eles mesmos, isso denota que esse “relançamento” tem um objetivo em comum. Eu tenho uma teoria pessoal que o O GLOBO precisava de um concorrente (Real ou fabricado) até mesmo para alavancar a vendagem do jornal dos marinhos. A falta de concorrencia também prejudica as vendagens e por 8 anos o O GLOBO estava sozinhono mercado. Pode ser que o JORNAL DO BRASIL seja aquela concorrência fabricada que ajude o O GLOBO a aumentar suas próprias vendagens usando como base uma pseudo-concorrencia.

     Outro ponto é que nesse ano eleitoral, com inúmeras correntes políticas querendo algo a mais para 2019, o Jornal do Brasil relançado pode ainda mover opinões de alguns grupos mais tradicionais. Até mesmo a opção de lançar um JORNAL RETRÔ ao invés de um jornal moderno visualmente pode ser uma estratégia frente a esses grupos. O conteúdo do jornal, ao ler, parece dialogar com os formadores de opinião, adultos de maior idade, maiores de 35-40 anos. Cabe lembrar que se o JORNAL DO BRASIL foi lançado para ser plataforma ideológica de algum grupo, não estará sendo diferente de inúmeros jornalecos de cidades do interior lançados nessa época a custa financeira de políticos, acabando logo após as eleições. O tempo dirá se essa volta é real ou com objetivo específico e vida curta.

    Terminando: FALTOU RELANÇAR UM JORNAL COM VISUAL 2018, PARECE QUE ESTOU LENDO UM JORNAL DE 1991!

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