O Mercado de Notícias, por Marcelo Coelho

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
[email protected]

Da Folha de S. Paulo

O Mercado de Notícias

Por Marcelo Coelho

Sou naturalmente suspeito para comentar “O Mercado de Notícias”, documentário de Jorge Furtado sobre os problemas da imprensa brasileira.

Fiquei bastante embaraçado com uma das principais “descobertas” do filme: uma matéria escandalosamente errada que saiu na “Folha” há anos, apontando a existência de um quadro de Picasso na parede de um corredor burocrático do INSS.

Não era um Picasso autêntico, evidentemente, e a ideia da notícia –mostrar o descaso do poder público com o próprio patrimônio—caía por terra.

Não me lembro de ter visto a reportagem, que saiu com foto e tudo. O suposto quadro de Picasso era a reprodução de uma obra razoavelmente famosa, de um museu em Nova York, e quero imaginar que eu teria reconhecido o engano. Só agora, passados anos da notícia, saiu na “Folha” um “erramos” sobre o caso.

É um dos momentos mais interessantes do filme, ainda que incômodos para quem é da Folha.
Mas “O Mercado de Notícias” (veja horários no Guia da Folha) não se dedica muito ao divertido recenseamento dos deslizes jornalísticos. O principal do filme –e aqui surge um segundo motivo para minha suspeição ao comentá-lo—está numa série de entrevistas com jornalistas, seja os da grande imprensa (Fernando Rodrigues, Renata Lo Prete, Cristiana Lôbo), seja os que a criticam (Mino Carta, Luis Nassif, Raimundo Pereira).

Para quem é jornalista, muitos dos temas abordados nessas entrevistas trazem pouca novidade. “Existe imparcialidade?” “Existe liberdade de expressão nos grandes jornais?” “Os interesses econômicos prevalecem sobre a verdade?” “O que é verdade?”

Há opiniões radicais, e outras menos, sobre isso. Talvez para o público mais amplo seja interessante ouvir tantos jornalistas expondo seus pontos de vista. De minha parte, acho que tudo termina abstrato demais, com frases que tendem à exposição de princípios ou de julgamentos já consolidados.

Talvez sabendo desse risco, Jorge Furtado entremeia os depoimentos com cenas da montagem de uma peça, intitulada justamente “O Mercado de Notícias”, escrita por Ben Jonson (1572-1637). É outra descoberta muito boa do diretor –além do caso Picasso. A comédia mostra um jovem perdulário que se envolve na empreitada de comprar e vender “notícias”, (“novidades”?) numa época anterior à da consolidação dos jornais tais como os entendemos hoje.

Vendo a peça e pensando nos jornais de hoje, pode-se sempre traçar aquele gênero de paralelos que leva uma pessoa a dizer: “puxa, já naquela época, hein!” Mas a aproximação não é das mais esclarecedoras, e novamente escapamos do concreto, do real, para um plano de julgamentos mais ou menos fáceis.

Como a perspectiva adotada é sempre a da generalidade, é um alívio quando se vê Luis Nassif, por exemplo, apontar um caso específico de miopia jornalística. Ele se refere à excessiva atenção dos jornais com respeito às oscilações do mercado financeiro, e de que modo se deu pouca importância a uma queda violentíssima na venda de máquinas agrícolas, em 2008 se não me engano.

Mais exemplos como esse enriqueceriam o filme de Furtado.

Sem dúvida, o grande exemplo, que “O Mercado de Notícias” recalcou, não é o das máquinas agrícolas. Metade dos entrevistados, mais ou menos, considera que os jornais perseguem o governo do PT, e teria longas considerações a fazer sobre o caso do mensalão.

Imagino que um filme sobre “os problemas da imprensa” sequer teria sido feito nos tempos de Fernando Henrique, quando choviam denúncias contra os tucanos.

A vontade implícita deste documentário é colocar em questão uma imprensa que foi duríssima contra Lula. Por que não falar disso de uma vez? Curiosamente, o tema do mensalão foi recalcado, abafado, suprimido (auto-censurado?) em “O Mercado de Notícias”. Por esse cuidado do diretor, que talvez tenha querido parecer “apartidário e independente”, o filme me pareceu ficar girando na periferia de seu assunto real.

Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

13 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. não vi ainda o filme, só a

    não vi ainda o filme, só a peça e as principais entrevistas no site do autor. mas gostei muito do que vi e li.

    como o cineasta, ben jonson e boa parte dos entrevistados são muito repeitados, o filme já faz parte da história brasileira, mesmo que os da grande mídia golpista não admita.  

    portanto, faz parte da memória sobre esses tempos obscuros e traumáticos desse mercado de notícias.

    dominado  e apropriado por interesses financeiros e economicos provindos de oligopólios desse setor no mundo.

    originários do poder centralizador de poucas empresas monopolistas radicadas nos eua e assemelhados.

  2. Seria inacreditável, se eu não o tivesse lido.

    O cara escreveu, foi, veio, voltou e acabou falando do tal de mensalão. Eles não se aguentam e têm sempre de trazer o assunto à baila.O que ele queria? Que o Jorge Furtado desse corda para esses cínicos que transformaram a AP 470 em um circo?

  3. Pisando em ovos

    “Por esse cuidado do diretor, que talvez tenha querido parecer “apartidário e independente”, o filme me pareceu ficar girando na periferia de seu assunto real.”

    Não falou do mensalão, nem da bobina do Molina e incluiu a bolinha de papel entre as barrigas como o falso Picasso. A bolinha de papel não foi nada falsa, foi um golpe verdadeiro.

    Mesmo assim o filme é muito bom.

    Ao mesmo tempo contra e a favor de Furtado há que se registrar que é funcionário da Globo e que a produção teve a colaboração de Ali Kamel.

    Não deve ter sido nada fácil pra ele pisar em tantos ovos ao mesmo tempo.

  4. O jornal não vai morrer(do PIG) amém.

    Jornais não devem virar empresa de tecnologia, diz líder global da TBWA

    http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2014/08/1502069-jornais-nao-devem-virar-empresa-de-tecnologia-diz-lider-global-da-tbwa.shtml

    FOLHA

    “Embora a tecnologia seja central para a indústria da comunicação, as empresas jornalísticas não devem se tornar empresas de tecnologia. Essa é a opinião do publicitário francês e presidente do conselho de administração do grupo TBWA, Jean-Marie Dru.

    Palestrante da abertura da 10ª edição do Congresso Brasileiro de Jornais nesta segunda-feira (18), Dru afirma que embora não haja mais separação entre analógico e digital, os jornais não podem esquecer que o seu principal valor está no conteúdo, no editorial, na capacidade de contar histórias.”

  5. No final, bem no final, citou o caso

    que dá orgasmos ao patrão. O contra-cheque de agosto está seguro.

    Mais uma razão para eu ter parado de ler aquele pasquim lá por 1991.

    1. Talvez devesse fazer parte do documentário o que diz a AP 470

       

      Lionel Rupaud (sexta-feira, 22/08/2014 às 19:51),

      Não assisti ao documentário. Gostava das intervenções de Jorge Furtado aqui no blog de Luis Nassif. Um documentário sobre a atividade empresarial de comunicação feito por alguém como Jorge Furtado é do meu interesse, embora eu não seja um admirador da profissão do jornalismo.

      Avalio que quanto mais capaz for a redação de um jornalista mais ele atrai leitores ou ouvintes ou telespectadores, mas não creio que as qualidades da redação estejam plenamente vinculadas com a lógica e o conteúdo. As qualidades da redação são instrumentos de confirmação da ideologia do jornalista. E ao leitor ou ouvinte ou telespectador não restará alternativa a não ser se apegar cada vez mais a este jornalista, pois é fundamental para entender uma notícia conhecer a ideologia da mensagem ou do mensageiro. E para conhecer a ideologia é preciso de um longo período de aprendizado.

      Como as estrelas para Olavo Bilac, é necessário ter um Andre Araujo ou Motta Araujo por longa companhia na jornada para o mais bem entender. Há bom tempo eu tinha o Andre Araujo por um sujeito de direita, extremamente preconceituoso, mas que eu admirava já antes até por livros que eu havia lido dele e sem precisar mencionar vários outros atributos de qualidade que ele possui, e de repente eu o sei pego na Wikileaks em companhia de José Dirceu em tratativas na embaixada americana. Sem este longo aprendizado que me permite conhecer cada vez mais Andre Motta Araujo, um comentário que ele faz não é apreendido por quem o lê ou o ouve, vendo-o ou não, com o mesmo conteúdo e objetivo que Andre Motta Araujo tinha quando o emitiu ou não é aprendido o interesse que está latente no conteúdo.

      Sobre o Andre Araujo pego no Wikileaks eu reproduzo a seguir o comentário de Leandro C. enviado na terça-feira, 01/07/2014 às 15:01, junto ao post “Como Lula aproximou-se dos Estados Unidos” de terça-feira, 01/07/2014 às 06:00, e de autoria de Luis Nassif. Com o título “Motta tem bastante conhecimento desse caso” Leandro C. diz no comentário dele o seguinte:

      “Se alguém tem dúvidas sobre o assunto e da influência de um nobre colega do blog, segue link:

      https://wikileaks.org/cable/2004/03/04SAOPAULO493.html

      E o endereço do post “Como Lula aproximou-se dos Estados Unidos” é o que se segue:

      http://72.55.165.238/noticia/como-lula-aproximou-se-dos-estados-unidos

      E a minha resistência com o jornalismo não se reduz ao fato de que a sedução da notícia que o jornalismo é capaz de produzir não necessariamente indica a qualidade da notícia. Muito mais ainda, vejo também o jornalismo como prisioneiro do sistema. Não há como ter uma empresa jornalista sem que ela vise o lucro, a menos que seja uma empresa atomizada. Alguém fazendo jornalismo para ter seu ganha pão sem nenhum interesse em expandir o negócio. Ele não pode, entretanto, competir com uma grande empresa com todo a infraestrutura e os recursos necessários para reproduzir e difundir a notícia a ser vendida. Na grande mídia a mesma notícia seduz muito mais.

      Gosto de Marcelo Coelho de longa data. E há oito anos ele retificou a minha memória. Guardava desde longa data a memória de uma dessas mesas redondas de discussões políticas. Repeti inúmeras vezes a história que eu tinha guardado na memória por longo tempo. Contava eu então quando tinha que discuti em uma mesa de bar sobre Fernando Henrique Cardoso que eu nunca gostara dele por não ver nada de interessante nos textos dele. Os textos dele no jornal Movimento pareciam ir muito em direção ao que eu considerava equivocado e que era a idéia de consenso, união geral, pacto da nação que salvo situações bem esclarecidas parecem-me mais uma visão fascista da política. Além disso eu lembrava que uma vez eu vira Fernando Henrique Cardoso discutindo política em uma dessas mesas redondas e que em dado momento ele entrara em discussão com quem eu dizia que era o Fausto Wolf. Em determinado momento, depois de ter questionado umas duas vezes o Fausto Wolf, Fernando Henrique Cardoso acrescenta, não vamos discutir sociologia que eu ponho você de cabeça para baixo. Eu gostava dos textos de Fausto Wolf no Pasquim e a declaração de Fernando Henrique Cardoso me chocou. Chocou-me não só por ser de alguém que eu considerava de esquerda e que eu imaginava que por ser de esquerda deveria ser despido da vaidosa sapiência arrogante, como também porque o Fausto Wolf com os quase dois metros de altura e uns bem cem quilos tornaria impossível a façanha a que Fernando Henrique Cardoso se dispunha a fazer.

      Marcelo Coelho retificou a minha memória em uma crônica escrita quase trinta anos depois. Em 05/04/2006, na Folha de São Paulo , no caderno Ilustrada ele publicou a crônica “A estranha sina dos vices”. De lá transcrevo a seguinte passagem:

      – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – –

      “Lembro-me de um debate transmitido pela rede Bandeirantes em 1978, quando Lembo e Fernando Henrique Cardoso eram candidatos ao Senado. Lembo sustentava civilizadamente o regime militar, coisa impossível de ser feita. Fernando Henrique estalava de auto-suficiência sociológica.

       Lembo resolveu citar o cientista político Samuel Huntington, hoje famoso pela teoria do “Choque das Civilizações”. Já nessa época, Huntington era um teórico dos mais contestáveis: via nos governos autoritários da América Latina um fator de modernização. Fernando Henrique descartou num safanão verbal a aventura teórica de Cláudio Lembo.

       “Huntington justifica a ditadura”, disse Fernando Henrique. Sempre disposto a assentir, Lembo esboçou uma resposta. “Justifica, mas…” Foi interrompido pelo príncipe dos sociólogos. Cito sem exatidão, mas foi algo assim. “Pode parar, porque desse assunto eu entendo mais do que você.” Lembo recolheu-se à sua insignificância. Eleitor de Fernando Henrique na época, fiquei entre o embaraço e o alívio; mas, sem dúvida, naquele momento, era Fernando Henrique o representante do autoritarismo no debate.

      – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – –

      O endereço da crônica dele “A estranha sina dos vices” é o que se segue:

      http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrad/fq0504200615.htm

      Duas surpresas. Eu sempre acreditei e ainda acredito que o debate ocorrera em 1982 e não em 1978, como dissera Marcelo Coelho. Só que creio que ele se tornou fonte mais confiável por ter corretamente mencionado que o interlocutor de Fenando Henrique Cardoso era o Claudio Lembo tão alto como Fausto Wolf, mas bem mais magro e, portanto, tornando mais factível a façanha de Fernando Henrique Cardoso em colocar o seu interlocutor no debate ou na mesa redonda de cabeça para baixo.

      Em janeiro de 2009 eu vi um post no antigo blog de Pedro Doria em que ele falava sobre a morte de Samuel Huntington. Fui lá e contei toda a passagem. Lembro ainda que eu sempre que contava esta história não conseguia utilizar o termo justifica que Fernando Henrique Cardoso usou para acusar Samuel Huntington. Usava às vezes o termo confirma, mas não me sentia à vontade. De todo modo, sempre que eu lembrava da história eu buscava um termo diferente que representasse o que representou no época: o uso de uma expressão acadêmica para dizer que Samuel Huntington fizera uma descrição favorável ao golpe de 64.

      A informação de que ele, Marcelo Coelho, um dos grandes jornalistas brasileiros, desconhecia a peça de Bem Jonson (1572-1637) “O mercado de notícias” é relevante para avaliar a própria competência de Marcelo Coelho e talvez também do ensino de jornalismo no Brasil, embora ele não tenha o diploma de jornalismo, mas leciona jornalismo cultural nas Faculdades Cásper Líbero desde 1994.

      Agora, acho que a crítica dele está certa. E o pior Jorge Furtado poderia utilizar o documentário para contar outra história muito mais importante do que todas que ele deve ter apresentado. Bastava para isso que ele tivesse colocado um minuto do filme com a exposição que o ministro Enrico Ricardo Lewandowski fez em 20/09/2012, na Ação Penal 470. Bastaria mostrar então qualquer um minuto após os dois minutos do filme até os quinze minutos de quase uma hora disponível no Youtube no seguinte endereço:

      https://www.youtube.com/watch?v=m6uyOzTG2T8

      Para mim ainda há recuperação para o documentário de Jorge Furtado. Ele pode acrescentar mais dez minutos de filmagem em que haveria mais o seguinte esboço de roteiro para o epílogo do documentário. Ele diria que todo o documentário na verdade era sobre o Mensalão. Mensalão que pela leitura da grande mídia apareceria como comprovado na sentença da Ação Penal 470 no STF. E diria também que o uso do nome de Mensalão em lugar de Ação Penal 470 persistiu mesmo após o término do julgamento da Ação 470, em que, pelo teor das sentenças, não mais existiria Mensalão uma vez que este era suposto como significando o recebimento de propina para votar favoravelmente ao governo, mas ninguém foi condenado pela pratica ou omissão do voto. E então ele entraria com um a dois minutos da fala do ministro Enrico Ricardo Lewandowski na exposição que ele faz como revisor em 20/09/2012 e que pode ser vista no link indicado acima.

      E o mais interessante, prosseguiria Jorge Furtado na exposição do roteiro final do acréscimo ao documentário dele “O Mercado de Notícias”, é que um filme que era para mostrar como a grande mídia desinforma e o exemplo máximo dessa desinformação consistia do Mensalão, fora entendido como não tendo abordado o tema do Mensalão em crônica de grande jornalista da grande mídia. E ai ele trazia o texto de Marcelo Coelho para compor o documentário. E acrescentaria que não houve má-fé de Marcelo Coelho ao comentar o documentário tecendo crítica pela omissão da referência do Mensalão. Na verdade, o Marcelo Coelho também se deixou guiar pelo que disse a grande imprensa sobre o julgamento da Ação Penal 470 e aprendera uma realidade totalmente desvirtuada do que acontecera.

      A falta de entendimento sobre o que ocorrera no julgamento da Ação Penal 470 é tamanha que mesmo entre a esquerda, eu não me lembro de ninguém que eu tenha convencido do que eu disse acima, embora eu tenha insistido com esse entendimento desde que aqui no blog de Luis Nassif, o comentarista João Vergilio Galerani Cuter, que às vezes assina Jotavê e às vezes, JV, fez o relato do que o ministro Enrique Ricardo Lewandowski dissera na exposição dele na tarde do dia 20/09/2014, e depois que eu pude assistir o vídeo para aceitar como correto o que João Vergilio Galerani Cuter dissera.

      Como exemplos recentes desse meu esforço na tentativa de convencimento sobre o que foi decidido na Ação Penal 470, aqui no blog de Luis Nassif, eu menciono primeiro o comentário para Diogo Costa no post “A vitória de Lewandowski na AP 470” de sexta-feira, 30/05/2014 às 14:32, e de autoria dele em que ele faz uma boa introdução à reportagem que ele transcreve intitulada “Lewandowski foi quem liderou o julgamento do mensalão” de quarta-feira, 30/04/2014, saída às 08:02h no site da Conjur e de autoria Marcos de Vasconcellos. O endereço do post “A vitória de Lewandowski na AP 470” é:

      https://jornalggn.com.br/noticia/a-vitoria-de-lewandowski-na-ap-470

      A segunda tentativa de convencimento foi junto ao post “JB afundou ao cavalgar no tigre da mídia e cresceu ao desmontar do Tribunal” de sexta-feira, 30/05/2014 às 12:12, e oriundo de post publicado no blog de Fabio de Oliveira Ribeiro, advogado com posts frequentes aqui no blog de Luis Nassif. Fiz dois comentários para Fabio de Oliveira Ribeiro, embora constem três porque um saiu repetido. Ele também não se deu por convencido. O endereço do post “JB afundou ao cavalgar no tigre da mídia e cresceu ao desmontar do Tribunal” é:

      https://jornalggn.com.br/blog/fabio-de-oliveira-ribeiro/jb-afundou-ao-cavalgar-no-tigre-da-midia-e-cresceu-ao-desmontar-do-tribunal

      Uma terceira tentativa de convencimento foi feita com J. Roberto Militão, como se pode ver nos três comentários que eu enviei para ele junto ao post “A questão da escolha de Barbosa, por J. Roberto Militão” de quinta-feira, 19/06/2014 às 11:10, originado de comentário dele e que pode ser visto no seguinte endereço:

      https://jornalggn.com.br/noticia/a-questao-da-escolha-de-barbosa-por-j-roberto-militao

      Também eu não consegui convencer J. Roberto Militão.

      E por fim menciono o post “As motivações não tão secretas da aposentadoria de Barbosa” de terça-feira, 05/08/2014 às 14:41, contendo o artigo “As motivações não tão secretas da aposentadoria de Joaquim Barbosa” de autoria de Marcio Chaer e que saíra no Conjur. O endereço do post “As motivações não tão secretas da aposentadoria de Barbosa” é:

      https://jornalggn.com.br/noticia/as-motivacoes-nao-tao-secretas-da-aposentadoria-de-barbosa

      Lá no post eu enviei dois comentários para junto do comentário de IV AVATAR enviado terça-feira, 12/08/2014 às 03:02. Não creio nem mesmo que ele tenha lido. Vale, entretanto, retificar o que eu disse acima de que não conseguira convencer ninguém do que realmente ocorrera no julgamento da Ação Penal 470, e que pode ser entendido como a transformação do crime de caixa dois em crime de corrupção passiva ou ativa quando o funcionário público detem uma gama muito grande de poderes. Recentemente vi efeitos dos meus comentários. Nesse sentido vale reproduzir uma resposta dada por comentarista que desconheço denominada Mariana B, em comentário que ela enviara sábado, 16/08/2014 às 10:43, junto ao meu de quarta-feira, 13/08/2014 às 21:02. Diz ela comentando o que eu dissera:

      – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – –

      “Ponderações relevantes.

      Agradeço a contribuição Sr. Clever, tive a oportunidade de ler o inteiro teor do acórdão da AP 470 e confesso que cega pelas paixões ideológicas não dei a devida importância ao que foi exposto por Jotavê no post:

      Lewandowski expõe hipocrisia dos “garantistas” do STF

      “Se Fulano recebeu dinheiro indevido e existe a perspectiva (por abstrata que seja) de um favorecimento em função do cargo que ocupa, então Fulano corrompeu-se, e ponto final.””

      – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – –

      O comentário dela deu-me ímpetos de iniciar uma jornada de convencimento. Bem, os ímpetos desvaneceram. Talvez eu tenha recordado de uma tirinha de Charles Brown em que Linus levanta de manhã e ao chegar no quintal verifica que ele está coberto de neve e começa a construir pequenos soldados de neve. Depois de construídos alguns, ele vai até um degrau mais alto da escada no fundo da casa e em uma pose de Napoleão diz lá do alto: “hoje o fundo do quintal, amanhã o mundo”. Logo em seguida aparece o sol e derrete os soldados de neve.

      Clever Mendes de Oliveira

      BH, 25/08/2014

  6. Nesse mato tem coelho!

    “Sou naturalmente suspeito para comentar “O Mercado de Notícias”, documentário de Jorge Furtado sobre os problemas da imprensa brasileira.” Verdade, Coelho.

    E há muitos outros bons motivos para se ver um bom filme sobre um tema tabu.

  7. mais um vejgo na imp(r)ensa

    taí um que, sempre, e há tempo demasiado, não adianta ‘bulhufas’ c/ o que escreve.

    sempre me impressiona esse respeito por ele, como um tipo daqueles carinhos bem locais, ‘por mais um dos belos frutos dessa nossa usp tão querida’.

    é super-paulistano isso.

    e é interessantíssimo ver como ele vai, cuidadosamente, ‘envejgando’ cada assunto que toca.

    (ele é o zoidireito e o bucci é o zoixquerdo, e eis que os 2 sempre que se acaba pro mesmo lado)

    é um tipo de mecanica ocular (invencívelmente paulistana, talvez):

    – começa se ‘apresentando isento’

    – desenvolve ‘fazendo um balanço’ da ‘zezperiencia’

    – pq é uma ‘abortagem intelectual e izenta’, afinal,

    – e descamba em conclusão de bolso de colete (pq cara elegante sempre usa colete, sacumé?,

    – cujo qual é igual, afinal, ao do patrol, petrol, patrão…)

     

    machadão se divertiria ‘à socapa’ c/ tais tipos.

  8. Mentiras e blindagens

    O filme tinha que falar mais do mensalão? Precisava mesmo? O mensalão saiu todos os dias, todas as horas, em todos os jornais, TVs, rádios…  o Marcelo Coelho parece viver num mundo do “Faz de conta”… é muita cara de pau.

  9. O filme,  excelente,   matou

    O filme,  excelente,   matou  vários  coelhos  com  uma  só  cajadada ;  a   Verdade. O  que  incomoda  a  alguns…

  10. Dois posts mais recentes e um anterior todos pertinentes a este

     

    Luis Nassif,

    Um pouco fora da época, mas volto a este post “O Mercado de Notícias, por Marcelo Coelho” de sexta-feira, 22/08/2014 às 16:56, tendo em vista dois posts recentes que o tornam mais atual, e em virtude de um post um pouco mais antigo e que aqui é bastante pertinente. Trata-se do post “O jornalismo brasileiro no documentário de Jorge Furtado” de domingo, 06/07/2014 às 12:41, aqui no seu blog e, portanto, saíra um mês antes deste post “O Mercado de Notícias, por Marcelo Coelho”. O post “O jornalismo brasileiro no documentário de Jorge Furtado”  pode ser visto no seguinte endereço:

    https://jornalggn.com.br/noticia/o-jornalismo-brasileiro-no-documentario-de-jorge-furtado

    O grande interesse deste post “O jornalismo brasileiro no documentário de Jorge Furtado” reside em quatro vídeos que são disponibilizados com a entrevista completa para compor o documentário de autoria de Jorge Furtado. Os quatro vídeos foram realizados com Jânio de Freitas, com Renata Lo Prete, com José Roberto de Toledo e com Luis Nassif. Parece que existia um quinto vídeo, mas ele teria sido retirado da internet.

    E os dois posts mais recentes que faço menção aqui são, primeiro, o post “O mercado de filmes, por Leão Serva” de quarta-feira, 24/12/2014 às 15:00, e consistindo da resenha do documentário de autoria de Jorge Furtado intitulado “O mercado de notícias” e que Leão Serva publicou no Observatório da Imprensa. Antes lembro que a resenha “O mercado de filmes” de Leão Serva fora publicada no site do Observatório da Imprensa na edição 828 de terça-feira, 09/12/2014. Sendo que lá no Observatório da Imprensa há a informação de que o texto da resenha de Leão Serva fora tirado da Revista de Jornalismo ESPM nº 11 (outubro, novembro e dezembro de 2014). O endereço do post “O mercado de filmes, por Leão Serva” é:

    https://jornalggn.com.br/noticia/o-mercado-de-filmes-por-leao-serva

    E o segundo post intitula-se “Jorge Furtado responde a resenha “O Mercado de Filmes”” de quinta-feira, 25/12/2014 às 15:00, e que consiste na resposta que Jorge Furtado dá para a resenha de Leão Serva ao documentário de Jorge Furtado “O mercado de notícias”. O endereço do post “Jorge Furtado responde a resenha “O Mercado de Filmes”” é:

    https://jornalggn.com.br/noticia/jorge-furtado-responde-a-resenha-o-mercado-de-filmes

    Penso que os três posts indicados aqui ajudam a mais bem compreender o documentário de Jorge Furtado. Além disso junto ao post “Jorge Furtado responde a resenha “O Mercado de Filmes””, eu deixei alguns comentários que disponibilizam links de outros posts que também são úteis para a compreensão do trabalho da grande mídia e a submissão da notícia aos interesses empresariais e que é a matéria a qual Jorge Furtado realizou o documentário dele.

    Clever Mendes de Oliveira

    BH, 28/12/2014

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador