Criticado por parcialidade, Otávio Frias chama jornalista britânica de petista

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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https://www.youtube.com/watch?v=usPgv2M4ZlE&feature=share width:700 height:360

Jornal GGN – Otávio Frias Filho, da Folha de S. Paulo, disparou críticas pessoais a uma jornalista britânica, durante uma conferência internacional que discutia mídia e crise política no Brasil, após receber críticas pela cobertura dos fatos relacionados ao impeachment e à Lava Jato.

Visivelmente irritado, Frias criticou a organização do evento. “Foram convidados dois jornalistas e uma terceira pessoa que tem uma visão que corresponde à militância do PT. Sinto falta de uma quarta pessoa na mesa que representasse a militância do PSDB. Eu infelizmente não farei esse papel porque fui educado numa escola de Jornalismo, segundo a qual o jornalismo tem que criticar todas as formas de poder”, disparou.

Ele disse ainda que, pessoalmente, é contrário ao processo de impeachment. “Acho que o motivo era fraco, não era forte o suficiente para justiticar o traumatismo tamanho do afastamento da presidente. E acho que o povo tem que aprender a arcar com as consequências de suas decisões eleitorais”. 

Fria também defendeu que a mídia continue concentrada nas mãos de poucas famílias. “As melhores publicações jornalisticas do mundo são familiares, porque elas assumem compromissos que são resgatados ao longo do tempo”, argumentou. Por fim, disse que a mídia não manipula ninguém. “As pessoas não são imbecis.”

Sugerido por Romério Rômulo

Do Jornalistas Livres

Sue Branford foi convidada a participar de um painel sobre Mídia, Percepção e a Consolidação da Democracia Brasileira na Brazil Forum, conferência de um dia para discutir temas ligados à atual crise política brasileira, e dividiu a mesa com Otávio Frias Filho, do grupo Folha e Silvia Salek, da BBC Brasil em Londres.

Em sua fala, Sue fez duras críticas à grande mídia do Brasil, citando a concentração de propriedade da mídia nas mãos de poucas famílias, todas bastante conservadoras, e a manipulação de notícias por esses veículos, seja por dar maior ênfase a algumas notícias, por omitir outras notícias e por editar e fazer coberturas de forma a distorcer a realidade.

Durante sua apresentação ela usou dados de um relatório do Repórteres Sem Fronteiras sobre a mídia no Brasil e citou outras organizações e analistas que estudam o tema. Ela também relatou fatos que ela lembra de quando esteve no Brasil, como a notória edição do debate entre os candidatos à presidência em 1989, Lula e Collor, na véspera da eleição, feito pela Rede Globo, mostrando os piores momentos de Lula e os melhores de Collor.

Ao terminar sua fala, quando foi bastante aplaudida, o mediador do debate concedeu direito de resposta a Otávio Frias, pois a Folha havia sido citada.

Otávio então partiu para um ataque pessoal contra a conceituada jornalista inglesa.

Ele a descreditou como jornalista dizendo que ela agia como a militância do PT e que sentia falta na mesa de alguém da militância do PSDB, papel que ele não poderia fazer pois vinha de uma escola de jornalismo onde o jornalista deve “ser crítico a todas as fontes de poder, cabe ao jornalista se desengajar, se distanciar, e adotar uma visão de crítica erga omnes” (em relação a todos).

Sue Branford já morou no Brasil em duas ocasiões, quando foi correspondente da BBC, do Guardian, do Financial Times e do Times, e foi analista da BBC para a América Latina durante dez anos. Atualmente é editora do Latin America Bureau (LAB), agência de notícias independente sobre a América Latina.

O Brazil Forum foi uma conferência de dois dias que aconteceu em 17 e 18 de junho e propunha um debate sobre a atual crise política do Brasil. O evento foi organizado por estudantes brasileiros de várias universidades britânicas e contou com a participação de dezenas de especialistas e acadêmicos de várias áreas, entre eles o ex-ministro Celso Amorim, o ministro do STF Luis Roberto Barroso e o procurador do MPF Deltan Dallagnol.

Mais informações sobre o evento podem ser encontradas no link http://brazilforum.co.uk/index.php/speakers/
O site oficial do LAB está em www.lab.org.br e sua página do facebook em https://www.facebook.com/latinamericabureau

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

41 Comentários

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  1. Isento?

    Mais de 70% da mídia no Brasil pertence a 6 famílias e esse sujeito vem contestar o incontestável!

    Tá bom, o Otávio Frias Filho se acha politicamente “isento” e acha que o seu jornal é “isento”… E eu só acho que ele é mentiroso!

    Um abraço.

  2. Caro Nassif
    A casa grande é

    Caro Nassif

    A casa grande é fissurada no PT.

    É só ver como os trolls argumentam, em nada diferem dos seus donos.

    É petralha daqui, é petralha de lá, é mortadela, Lula, Lulinha, aparelhado isso, aquilo; prende  e arrebenta, no caso do PT, não precisa de provas, pedaladas etc etc etc…

    Saudações

     

     

  3. Fala mestre Lalo
      

    Laurindo Lalo Leal Filho – 3 h · 

    Otavinho da Folha chama de petista a jornalista britânica Sue Bradford em debate realizado em Londres. Reclama também da organização do evento por não ter convidado alguém do PSDB para a mesa. Não entendi. O que ele fazia ali?

     

  4.  “…e que sentia falta na

     “…e que sentia falta na mesa de alguém da militância do PSDB, papel que…”

    …poderia ser exercido por ele mesmo ou por sua coleguinha Judith Brito. OFF é um cara de pau de reputação internacional.

    Até agora o único ganho dessa sandice toda é a total perda de credibilidade da imprensa brasileira perante ao mundo. Não conseguem tirar onda em lugar nenhum. Talvez, quem sabe, em algum congresso “jornalístico” na Coreia do Norte, poderiam ter boa receptividade. Certamente, seriam ovacionados. 

     

    1. o que mais aproveitei do post

      o comportamento do dono da FSP não é surpresa. Nunca achei que fosse capaz de receber uma crítica. Mas o melhor de tudo é o acrônimo OFF que lhe atribuiu o comentário. Realmente “off” é uma característica essencial do jornal dele. Nenhum dos atuais empregados tem caráter para permitir ao leitor entender a origem dos fatos que apresentam. O “off” é a maior das covardias nos jornalistas, empregados e ex-empregados.

      Permite salvo conduto a quem não tem responsabilidade para tratar com informação protegida por sigilo. O jornalista deveria deixar de ser preguiçoso e usar o que colheu em “off” para se orientar e buscar fatos narráveis e atribuíveis a sujeitos reais. E não simplesmente publicar e deixar pro leitor fazer o trabalho de investigação que deveria ser dele.

  5. Emparedaram o Frias em Londres, deu dó…
    Com patrões como este a imprensa brasileira já era mesmo.
    Não sabe falar, argumenta como uma criancinha de dois aninhos que deixou a chupetinha cair da boca.
    Meu, honre as calças que usa, assuma o que faz, defenda com corangem o que diz, mesmo que seja as asneiras que seu jornal publica.

  6. Frias – uma mente deformada para acreditar nas mentiras que diz

    Frias – uma mente deformada para acreditar nas mentiras que diz

    Sendo sustentáculo bem remunerado de nada menos de 22 anos de poder do PSDB sobre o Tucanistão, só mesmo uma mente deformada como a do Otávio Frias para dizer, na cara de pau, que foi “educado numa escola de Jornalismo, segundo a qual o jornalismo tem que criticar todas as formas de poder”. Sem contar que não só apoiou o poder da ditadura, como foi capaz da canalhice jornalística de chamá-la de ditabranda. E que, na atualidade, não só foi uma das principais armas do golpe em andamento no país, como sustenta o Temerrato – o Governo dos Bandidos. Otávio Frias – taí um psicopata.

  7. a mídia familiar manipula a informação

    É simples, realmente muitas pessoas não são imbecis, por isso essa mídia FAMILIAR E PORCA manipula a informação.  

  8. Tinha um do psdb sim,

    Tinha um do psdb sim, enrustido mas tinha, isso mostra a midia nacional foi pro sacom puxa saco e lambe botas dos interesses estrangeriso, quando vai pra lá ainda passa vergonha, logo somem na lata do lixo que é o lugar da tragica midia naciona quadrilheira e bandida.

  9. Parecia que o Frias estava

    Parecia que o Frias estava sentado num formigueiro, enquanto a jornalista falava. Dava a impressão que ele ia tomar o microfone dela ou abandonaria o local. 

  10. Feche a boca.

     Frias. Ou entra mosquito nela. O sr. já fala diariamente pelo seu jornal. A coisa foi tão “arreganhada ou escancarada”, que até os gringos perceberam, não só os ptralhas. Basta ter 1 neurônio.

     

  11. Ele criticou Lula , por nao

    Ele criticou Lula , por nao falar ingles, porque nao respondeu em ingles ?

    Nao tinha resposta  ´´melhor´´  do que acusar a interlocutora de petista ?

    Fatos como esse so confirmam que a classe dominante que vive no Brasil nada tem de elite 

  12. Otavio Frias Filho:
    Voce

    Otavio Frias Filho:

    Voce pediu que Dilma renunciasse.  Então, não venha com este argumento de que foi contra o golpe !

    1. Como todo canalha covarde não

      Como todo canalha covarde não assume o que faz.

      Que coisa feia! Num evento internacional acusa uma repórter de ser petista.

      Tal qual os alienados de direita que vomitam o mesmo “argumento”  quando encontra a diversidade de opinião.

      Ele apenas assinou embaixo de tudo que a jornalista afirmou.

      Engracado foi ele não falar em inglês…

  13. só podia ser um

    só podia ser um bbkkk(bronco,boçal e ku kluxklan) da falha de sp.eles estão com o Golpe!

  14. Senhor de engenho midiático
    O proprietário da Folha se fez de desentendido ou ao contrário do que diz acha as pessoas realmente imbecis.
    Simulou que a crítica da jornalista britânica era quanto ao fato da propriedade dos órgãos de informação ser familiar, fato irrelevante, quando a crítica era claramente quanto ao fato da propriedade da grande mídia estar CONCENTRADA EM ALGUMAS POUCAS famílias, caracterizando um autêntico CARTEL ou OLIGOPÓLIO de aí sim, MEIA DÚZIA de famílias que controla a informação.
    E é muita cara de pau alegar que um bombardeio noite e dia de informação manipulada e dirigida terá pouca ou nenhuma influência na opinião da população, ainda mais em um país pobre com população pouco instruída e com acesso restrito a fontes independentes e a cultura.
    Para quem esperava mais, provou esse senhor que nao passa de um coronel da informação corporativa.

  15. Ele claramente tentou

    Ele claramente tentou tergiversar.

    Ao tentar desqualificar de modo pessoal a crítica feita pela jornalista sobre a concentração da mídia brasileira, ele tentou trazer o foco para o fato da mída ser familiar. Sim, isso também, no nosso caso, é um ponto crítico, mas esse é um dos menores problemas, o problema muito maior é a gritante concentração dessa mesma mídia nas mãos de uma meia dúzia de famílias ultra conservadoras e que deixam seus interesses comerciais/financeiros sobrepujarem a isenção que o jornalismo de verdade deve ter. Ainda que eventualmente possam ter a liberdade de assumirem suas posições ideológicas. 

  16. As pessoas são imbecis, sim!
    Senão, não haveria campanha midiática que fizesse alguém de bom senso trocar um copo de suco de laranja por uma garrafa de Coca-Cola!
    E, nessa praia, prefiro me ligar nos ensinamentos de Goebbels ao invés de entrar nesta Fria idéia de jerico
    !

  17. Desânimo

    Um retrato da plutocracia brasileira.

    Bastou sair de São Paulo para expor toda idiotia.

    Agora, junte todo esse povo num próposito de poder.

    É o retrato do Temer num governo usurpado.

    Como se não bastasse você lê a indagação do todo poderoso ministro do STF, Celso de Melo: “Mas o mandado de busca e aprensão só apreendeu objetos e provas contra Paulo Bernardo?”

    E você imagina a conclusão: “Ah! Então, pode!”

    Foda-se a Constituição. Foda-se o Direito. Foda-se o povo. Aqui quem manda é o poder de quem o usurpou.

     

     

     

     

  18. Outro  um cretino da nossa

    Outro  um cretino da nossa grande mídia  disse que o New York Times é petista. Eles estão perdendo as estribeiras. Perderam também o senso de ridículo.

  19. Esse Frias é um cínico.
    Tenho

    Esse Frias é um cínico.

    Tenho devidamente registrada uma análise do Edital da Folha de 15/02/2016, cujo texto induz o leitor a concluir exatamente o oposto do que o título sugere.

    Link para edital da Folha de 15/02/2016: http://www.brasil247.com/pt/247/midiatech/216992/Folha-PSDB-n%C3%A3o-se-qualifica-como-op%C3%A7%C3%A3o-razo%C3%A1vel-de-poder.htm

    Análise sobre o conteúdo do edital:

    O título “PSDB NÃO SE QUALIFICA COMO OPÇÃO RAZOÁVEL DE PODER” não passa de uma isca para atrair leitores pelo inusitado do título. Após morderem a isca, os leitores são envolvidos por falácias, técnicas de lavagem cerebral e mensagens subliminares inseridas em cada parágrafo, que fazem o leitor incauto chegar justamente à conclusão oposta.

     Analisemos os parágrafos, na sequência em que aparecem no texto:  

     “Ninguém há de negar, na mentalidade de seus principais líderes, o gosto pelo realismo administrativo, pela sensatez política, pelo meio-termo ideológico”.

    É sobre os líderes do PSDB que eles estão falando! A expressão “ninguém há de negar” é uma falácia que induz os leitores a acreditarem que o que vai ser dito a seguir é uma verdade absoluta. Eu pergunto: sensatez política, realismo administrativo e meio-termo ideológico são adjetivos que se aplicam a Aécio, FHC, Serra, Alckmin ou ao próprio PSDB?

    “o eleitorado de oposição tende, cada vez mais, a atitudes extremas: a bandeira do impeachment possui, na militância tucana, um prestígio que seus líderes não estão propriamente felizes em compartilhar.”

    Ora essa, foram justamente Aécio e FHC que levantaram a bandeira do impeachment. É uma tremenda mentira dizer que os líderes do PSDB não estão propriamente felizes em compartilhar essa bandeira.

    “os sucessivos escândalos envolvendo o PT acendem a indignação e a incredulidade da opinião pública, o mundo apartidário da economia e do Orçamento continua a dar seus próprios sinais de alarme.”

    Inserida em um texto que supostamente critica a irresponsabilidade do PSDB, é enfiada uma frase que detona o PT e induz o leitor acreditar que os problemas que o Brasil enfrenta são culpa exclusiva do PT e que a indignação do povo é dirigida apenas a este partido.

    “O peessedebista diz-se pronto a admitir erros cometidos no ano passado. Entre outros, decerto pensa na votação pela derrubada do fator previdenciário, uma iniciativa criada no governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB)”.

    Frase duplamente afirmativa para favorecer o PSDB. O partido admite seus erros (quanta nobreza). De quebra, o termo “iniciativa criada do governo FHC” fixa a ideia de competência daquele governo.

    “De fato o PSDB tem investido menos na coerência doutrinária do que no esforço de inviabilizar a administração petista. Por gigantescos que tenham sido os erros de Dilma, qualquer tentativa de corrigi-los deve ser vista com bons olhos”.

    A frase que cita a conduta irresponsável do PSDB é dita de forma invertida, de forma a associar “coerência doutrinária” ao PSDB e reduzir o impacto de sua ação negativa, ou até fazê-la passar despercebida (existe uma falácia específica para esse tipo de formação na frase). Em seguida, vem uma frase dando ênfase aos erros do governo Dilma (GIGANTESCOS) e colocando o PSDB como redentor (sua atitude deve ser vista com bons olhos). Ou seja, o PSDB saiu da posição de causador do problema e passou a ter o mérito por tentar solucioná-lo.

    “Derrubar o seu governo –uma possibilidade que depende de novas revelações e reforço nos escândalos– é menos importante, no momento, do que enfrentar a crise que Dilma criou”.

    Mais uma vez reforça-se a crença de que a crise foi criada por Dilma e que derrubar o governo continua sendo importante, embora menos importante do que enfrentar a crise (quanta nobreza). Fixa-se desde já a falácia de que se as coisas melhorarem é porque o PSDB passou a enfrentar a crise.

    “Um PSDB sectário e irracional, como o que se tem visto nas últimas decisões parlamentares, pode atender à ira de seus militantes”.

    É MUITA HIPOCRISIA. Mais uma vez, toda a culpa pelo mal que a conduta irresponsável do PSDB causou ao país saiu das costas dos políticos do partido, pois supostamente só o fizeram para atender seus militantes.

    “Um PSDB sectário e irracional… Não se qualifica, todavia, como opção razoável de poder”.

    A frase que serviu de título ao Editorial não se aplica ao texto, apenas a esse parágrafo. Todo o texto tem por objetivo induzir o leitor à ideia oposta: o PSDB é a melhor opção para assumir o pode.

    “A mentira, na política, pode ter rápido sucesso. Nada mais equivocado, a longo prazo, do que um partido aparentar o que não é”. é.   

    Essa frase pretende incutir no leitor a ideia de que quem mente são os políticos do PT. Na realidade, aplica-se 100% à própria Folha, que se pretende um veículo imparcial, mas além de partidário, usa falácias e técnicas de lavagem cerebral para enganar seus leitores. Atitude criminosa, principalmente no jornalismo, embora dificílimo de provar.

    O título aparenta ser uma crítica ao PSDB, mas na verdade é uma louvação ao PSDB e uma crítica feroz ao PT.

     

     

  20. No surprises

    Ninguém acha que Otavinho seria capaz de outra fala que não essa: quem não execra o PT – e exclusivamente o PT – é porque é petista.

    Fora o blá, blá, blá… a jornalista estrangeira não criticou o papel da imprensa brasileira por serem firmas familiares e sim por cartelizarem-se, por combinarem entre si, ainda que tacitamente, uma única narrativa. Da mesma forma, tentar escapulir das suas responsabilidade dizendo que o leitor não é acrítico e que sabe defender-se de viés ideológico não tem o menor sentido: tanto faz se o leitor é crítico ou se é um maria-vai-com-as-outras, o que se discute é o papel do jornal. Essa é a responsabilidade desse jornal, evitar a manipulação. Se o leitor se deixa manipular ou não, essa é a responsabilidade do leitor. Cada um tem responsabilidade pelo que faz.

    Essa Folha é de uma pobreza triste…

  21. Um Frias agitado …

    No sei se todos perceberam, mas o Otavinho estava muito inquieto na sua cadeira durante toda a exposicao da Sue Brandford.

    Ou tinha um prego no assento ou ele estava com uma abcesso la’ embaixo …

    Ou ainda, a sua linguagem corporal, ao contrario de sua fala, demonstra o incomodo daquelas palavras calando fundo dentro dele. Isso e’ sentir o golpe e passar um recibo psicologico.

    Melhor ainda e’ confessar essa dissonancia ao dizer que pessoalmente foi (?) contrario ao impeachment, mas seu jornal pediu em editorial a renuncia da presidente Dilma. Nao e’ o espaco do editorial a voz do dono (no exterior seria chamado de publisher)?

    Realmente o povo nao e’ estupido. Basta ver a circulacao do seu jornal nos ultimos 15 anos.

    inte’,

     

    Onkoto

  22. Mais do mesmo

    A Esquerda nasceu, na Assembléia Nacional, por seu estilo barulhento, mal-educado. Os girondinos diziam que era impossível ficar próximo dos jacobinos que falavam muito, gritavam, mentiam, ofendiam, eram extremamente mal-educados e brigavam muito entre si, por isso acabaram se isolando num canto, nas cadeiras a direita do Rei, uma vez que os mal-educados chegavam sempre em bando e se aglutinavam nas cadeiras da extrema-esqueda. No centro sentavam os montanheses, os moderados que no final das contas eram aqueles que produziam alguma coisa de útil.

    Este vídeo demonstra que depois de mais de 2 séculos não mudou muita coisa no comportamento humano que a cabou separando esquerdistas de direitistas.

    A militante da esquerda falou por mais de 20 minutos, torceu, distorceu, mentiu, citou fatos falsos,citou fontes extremamente duvidosas e parciais, omitiu fatos, arrancou aplausos da platéia e, em apenas tres minutinhos o Frias a recolocou em seu devido lugar, educada e elegantemente.

    Como o Frias não quis rebater as mentiras dela, até por respeito a audiência, que não estava ali para ver um debate se transformar em discussão, cito-os eu, apenas os tres mais importantes :

    a) para dar ares de tragédia a seu discurso ( a esquerda adora isso ) ela diz que Lula foi levado algemadp para depor. Mentira.

    b) diz ela que quando Temer assumiu o governo em 18 de abril a Folha escondeu por 20 dias que os Ministros de Temer eram investigados. Aqui temos uma mentira bem planejada. Primeiro que Temer só assumiu em 12 de maio, ou seja, mais de 20 dias depois de 18 de abril e segundo que, mesmo quando ainda se supunha nomes para o Ministério, a Folha já alertava que alguns deles estavam sendo investigados. No dia 12 mesmo, quando tomaram posse, a Folha fez uma matério com o perfil de todos, um a um, onde dizia quais eram investigados, onde e porque.

    c) ela diz que no dia 20 de abril a Janaína paschoal teria admitido que recebeu os 45 mil dos PSDB e que no dia seguinte a Folha omitiu o fato. Mais uma mentira planejada como a outra, para que os incautos que fossem procurar no dia 21 de abril alguma notícia na Folha realmente não a encontrassem, o que validaria a estória montada. Só que não. A Comissão do Impeachmnet no Senado só foi formada em 25 de abril, numa segunda-feira mais de uma semana depois da votação na Câmara que ocorreu no domingo 17 de Abril. Ou seja, Janaína não poderia ter falado à comissão do Senado no dia 20 de abril. Na verdade ela falou no dia 28 de abril, e no mesmo dia a Folha relatou a admissão dela de que recebeu os 45 mil do PSDB.

    E apenas para arrematar, a militante obviamente omite, por exemplo, que a Folha divulgou os áudios das conversas gravadas por Sérgio Machado que derrubaram Ministros de Temer e cologaram o governo interino em péssima situação e deram um discurso pronto para Dilma e sua defesa no Senado. Óbvio, uma vez que tal fato inviabilizaria todo o resto do seu discurso pronto, que apenas busca fatos aqui ou ali, e quando não os encontra os inventa ou distorce, para defender uma “ideia” já pronta.

    Parabéns, Frias. Mandou bem.

     

     

    1. Cidadinho atacando novamente

      Primeiro, o mentiroso distorcionador de fatos maior do pedaço é você, ô Cidadinho que não ousa mostrar seu nome. Como sempre, fazendo o que sabe fazer melhor: lamber as botas da plutocracia, querendo dar a impressão que está defendendo o “povo”, citando informações da Wikipedia (distorcidas através do filtro de algum direitista tipo Olavo de Carvalho) para dar um infame verniz “cultural” ao próprio comentário. Ou pra você parlamento bom é aquele em que ninguém pode reclamar, Cidadinho? Ainda bem que você não engana mais ninguém aqui, Cidadinho, ou melhor, Bessa, ou melhor, J. C. Brandes.

      De resto, deve estar feliz da vida porque deve ter encontrado uma belíssima teta para se encostar. Só pode ser isso. Não é o que vocês falavam de nós, que defendemos o direito do governo Dilma ir até o fim?

      Abra o jogo logo, você está feliz da vida com o temer porque está levando algum. Ou ainda pode ser porque você tem seus verdadeiros dólares numa offshore lá fora num paraíso fiscal qualquer, para onde você vai se mandar pra ficar rindo a gente se ferrar na sua praia particular. É isso né?

      Porque se não for nenhuma das alternativas, ou sua ingenuidade e/ou sua má fé são infinitas. Espero que gente como você perca tudo o que acha que conquistou, ao final desse imbróglio todo.

    2. Menos, do mesmo…

      Cidadão: sinto que é antenado na história. Em rápidas pinceladas, traçou brevíssimo esboço da Revolução Francesa, mesmo que um tanto parcial e faccioso. Mas, pulemos este particular, que o papo é outro.

      Sobre Lula, tirando as “algemas”, é mentira o fato? Iam ou não leva-lo em cana, para o Verdugo de Curitiba? O jatinho da PF estava ou não prontinho, em Congonhas?

      Otavinho só não falou por tempo igual ou superior porque acovardou-se e fugiu da raia. Parecia Ronaldo antes do jogo contra a França. Amarelou, que não contava com o perrengue que lhe traziam. Foi a um “debate” sem estar preparado. Acho que pensou estar no Brasil onde, junto com os demais da grande mídia, mentem e distorcem a realidade, sempre calcado na impunidade que a Justiça tupiniquim lhes outorga. E sem essa de que “educada e elegantemente” repudiou a fala de Sue Branford. Ele ficou como barata tonta, depois de ser atingida por jato de inseticida. Você, penso, não assistiu o debate. Ou, se assistiu, age com pena mercenária, na defesa dele e do seu jornal.

      E sobre a início da interinidade do inelegível do Jaburu, no dia 12, a Folha dava uma versão romanceada dele e de sua trupe. Parecia que falava do pessoal de Robim Hood, de anti- heróis da história. Pitoresca a notícia.

      De Janaina, pule as datas. O foco é recebeu ou não os 45 mangos do PSDB para o “parecer”?

      E não tome essa manifestação como defesa do quase deposto governo. É, antes de tudo, uma atitude contra essa grande mídia, nojenta e golpista. Mentirosa e safada, cujas famílias detentoras do domínio só pensam no lucro. E que estão (ou estavam) desesperados por dinheiro público que lhes sejam “emprestado” a fundo perdido. Sobre essa de “derrubada” dos ministros ladrões do atual governo, conta outra. As notícias das gravações foram filtradas, inclusive de forma a respingar no governo afastado. Porque, se assim o fosse, o próprio (e inelegível) interino já estaria em cana.

    3. Transcrevo a seguir

      Transcrevo a seguir brilhantes análise de Paulo Nogueira, do DCM, sobre esse episódio. Como jornalista imparcial e bem informado que é, ele desconstrói todas as mentiras e falácias ditas pelo Frias. Demonstre que o que Paulo Nogueira diz é mentira, se for capaz. 

      “E eis que vejo Otávio Frias Filho num ambiente desfavorável, graças a um vídeo do Cafezinho.

      Frias está em Londres, num seminário que discute a mídia e a democracia no Brasil.

      São trinta minutos de vídeo. Nos primeiros quinze, ele ouve um diagnóstico devastador — e preciso — de uma jornalista britânica especializada em América Latina, Sue Branford.

      Não houve surpresa no que ela disse. A novidade foi ver Frias ouvir tudo aquilo sem filtros.

      Sue disse o básico: que a concentração da propriedade da mídia em três ou quatro famílias no Brasil é uma desgraça para a democracia.

      Que os donos das empresas jornalísticas, “altamente conservadores”, manipulam seus leitores, ouvintes e espectadores.

      Só faltou ela usar a palavra consagrada por Paulo Henrique Amorim para designar a mídia nacional: PIG. Mas o sentido do que ela disse, com acurácia e com calma, foi exatamente este.

      Frias aguentou estoicamente a pancadaria. Aparentemente. Porque, assim que lhe foi dada a palavra, mostrou raiva e um certo vitimismo.

      Acusou os organizadores de não terem montado uma mesa plural. Queria alguém que representasse o PSDB na mesa. Porque Sue soava como alguém da “militância petista”.

      Ora, ora, ora.

      É um reducionismo patético que faz parte da defesa automática dos proprietários da imprensa. Todas as críticas que os progressistas façam à mídia são imediatamente catalogadas como de origem petista.

      Os Marinhos e seus fâmulos colunistas fazem sempre isso. É uma forma canhestra, e nada convincente, de se defenderem. Frias fez, em Londres, exatamente o mesmo.

      Eu, por exemplo. Não sou petista. Jamais tive vínculo nenhum com o PT. E entendo que Sue Branford estava 100% correta.

      Frias alegou o “pluralismo” da Folha. Citou alguns colunistas de esquerda, como se isso provasse alguma coisa.

      Não prova. Não apenas porque os colunistas de direita da Folha são em número muito maior mas sobretudo porque a tendenciosidade de um jornal não se mede nos colunistas e sim nas manchetes, nas reportagens, no espaço que você dá a um assunto ou outro.

      A rigor, os colunistas progressistas da Folha servem simplesmente para o jornal alimentar a propaganda antiga de pluralismo, de não ter o “rabo preso com ninguém”.

      Frias defendeu também as famílias da mídia. Fez o elogio, na verdade o autoelogio, das empresas familiares. Elas são mais comprometidas com certos valores que as demais empresas, afirmou. E citou o New York Times, um jornal de propriedade familiar.

      É o chamado sofisma. Primeiro, quais são os valores defendidos pelos Marinhos, ou Frias, ou Civitas? O que existe de edificante no que eles pregam e publicam? Basta ver a monumental desigualdade social brasileira para ver que eles defendem principalmente os seus próprios interesses. Não à toa, num país miserável, os donos da mídia são bilionários.

      Mas existe ainda um ponto vital nisso. Quais as barreiras que as famílias da imprensa enfrentam no Brasil para impor sua agenda?

      Não existem. Na Inglaterra de Murdoch ou nos Estados Unidos do NY Times, publicação nenhuma pode fazer impunemente o que os jornais e revistas fazem no Brasil.

      A Justiça fiscaliza, por exemplo. A Rolling Stone enfrenta a perspectiva de uma indenização de cerca de 100 milhões reais por haver publicado uma reportagem cheia de erros sobre um estupro numa universidade americana.

      No Brasil, a Veja deu às vésperas das eleições de 2014 uma capa que afirmava que Lula e Dilma sabiam de tudo sobre o petrolão, com base numa alegada delação de Youssef.

      Vieram depois os termos exatos da delação. Youssef simplesmente jamais disse o que a Veja disse que ele disse. Algum delegado da PF vazou uma mentira conveniente à Veja.

      O que aconteceu com a Veja? Nada. Continuou a fazer, impunemente, o que mais faz: publicar mentiras.

      Em vez de fiscalizar a mídia, a Justiça brasileira confraterniza com ela. São chocantes, para quem conhece sociedades avançadas, as fotos de donos de jornais e revistas abraçados a magistrados da Suprema Corte.

      Em suma: invocar o NY Times para legitimar a concentração da mídia no Brasil em três ou quatro famílias é uma falácia.

      Frias terminou sua intervenção citando uma alegada contradição no discurso dos críticos da mídia. Ou ela está decadente diante do avanço da internet, afirmou, ou é poderosa a ponto de promover um golpe. “Não dá para ser as duas coisas”, disse.

      Dá.

      As grandes empresas de mídia são, sim, decadentes. Num espaço médio de anos, estarão mortas ou rastejando, tragadas pela internet.

      Mas, mesmo declinantes, conservam ainda o poder de influenciar a parcela mais conservadora e antigital da sociedade — na qual se incluem os políticos e os magistrados.

      Os jovens ignoram o Jornal Nacional, mas os velhos políticos tremem de medo à ideia de serem alvo de uma matéria negativa.

      Em suma: Frias foi derrotado por nocaute, em Londres, pela britânica Sue Branfo”.

  23. Otávio diz que a Folha é

    Otávio diz que a Folha é imparcial. Se ele sabe que está mentindo ele é um golpista sujo e cínico. Se não sabe que está mentindo e acredita realmente no que diz, ele é um psicopata. Em qualquer hipótese este cara não vale nada.

  24. Eu passaria a respeitar o Sr.

    Eu passaria a respeitar o Sr. Frias se ele assumisse de fato a posição  política do grupo Folha, parcial e politicamente alinhada ao golpe.Seria legítimo e honesto da parte dele.Mas falar em isenção  depois do que temos visto nos últicos  dias……Por que não  crítica o ataque golpista a EBC, por exemplo ? Ser cotra o golpe, ser a favor da Democracia, do Estado de Direito, não significa ser petista. Embora os erros, sabemos ser a desconstrução  midiática e judicial do PT muito  mais em função dos seus acertos…..De arrastão,  querem toda esquerda  de joelhos !

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