57 gravações de Tico Tico no Fubá, uma das músicas brasileiras do século 20

Aí vão 57 gravações de uma das músicas brasileiras do século 20, Tico Tico no Fubá, de Zequinha de Abreu.

Sugiro começar pelos clássicos: Carmen Miranda (com um sincopado imbatível), a organista Ethel Smith e as Andrews Sisters.

Depois, correr por algumas gravações clássicas. A gravação de Sinuca, no acordeon, é um clássico do clássico. Mas chamo a atenção, também, para o piano do Maestro Gaó, para Pixinguinha e Benedito Lacerda e Altamiro Carrilho.

Interessante analisar o jazz latino de Paquito de Rivera, com uma gravação embaladíssima, mas inspirada no argentino-brasileiro Oscar Aleman.

Entre as orquestras, além do rococó de Ray Coniff, a marcha rancho da Orquestra Tabajara.

Entre os solistas estrangeiros, imperdíveis são o violoncelo de Yue Tang e as incríveis irmãs Camille e Julie Berthollet, em arranjo provavelmente inspirado em Daniel Barenboim.

Aliás, não consegui localizar várias apresentações de orquestras internacionais, todas elas ancoradas no arranjo campeão de Barenboim, que transformou o Tico Tico em sua peça de bis.

Há também um cardápio campeão de grandes interpretações femininas. Lecy Brandão, Roberta Sá, Ná Ozetti e a interpretação campeoníssima de Cláudya, com Zimbo Trio.

Para quem gosta de vocais, além das Andres Sisters, os grupos Ordinarius, Grupo Chorus e Vesper Vocal.

Entre as estrelas internacionais, uma gravação da trágica Dalida, cantora belíssima e de vida trágica. Vale a pena encontrar o vídeo dela no Youtube. E também uma interpretação curiosíssima de Lina Nyberg.

 

 

Luis Nassif

5 Comentários

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  1. Não estou acreditando que

    Não estou acreditando que deixou-se para trás, como coisa de somenos importância, uma das maiores cantoras de rádio, que foi, pra mim, quem melhor cantou esse chorinho, por ser de família de pessoas que falavam muito rápido, daí a não-dificuldade em ser ligeira também , excepcional ao interpretar o Tico-Tico. Refiro-me a Ademilde Fonseca.

    Quando criança morava em Natal, a duas casas da irmã de Ademilde em Natal. A família era do Interior, mas viviam na capital do RN. Era comum as estrelas da música brasileira, como Ângela Maria, as Batistas, Hebe Camargo e outras, como a própria Ademilde, virem a Natal, para se hospedarem na casa de Dona Climene, irmã de Ademilde. Elas se preparavam para cantar na rádio mais importante, rádio Poti. 

    Ademilde foi uma cantora extraordinária. Faleceu em 2012, aos 91 anos, deixando apenas uma filha, Eimar. 

    De volta a Natal, após décadas vivendo no RJ e Brasilia, estava aqui quando soube da morte da Cantora. Fiquei o dia todo e a semana inteira esperando ver alguma homenagem a ela, que era filha da Terra, e deveria ser homenageada, ao menos nesse dia. Porém, o pouco que se divulgou dela foi nos canais fechados.

    Aqui no RN se eu perguntar se já ouviram esse chorinho, a resposta é sim. Todavia, se pergunto quem foi Ademilde Fonseca, pelo menos, nesses quase 10 anos que estou aqui, ninguém sabe quem era. A própria imprensa não se mexe para valorizar a arte e a cultura do povo. Nesse sentido, aqui no NE parece que todos são assim, com exceção dos baianos e dos cearenses, onde um puxa o outro, e todos, juntos, tem espaço na mídia nacional. Isso é uma marca muito negativa do nosso povo. 

     

     

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