Saques da poupança bateram recorde em janeiro

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – Os saques da poupança superaram os depósitos em R$ 12,03 bilhões durante o mês de janeiro deste ano. É a maior retirada líquida mensal registrada na série histórica do Banco Central, iniciada em 1995. Em janeiro de 2015, também houve retirada líquida, mas o resultado negativo foi menor: R$ 5,52 bilhões.

No mês passado, os clientes bancários sacaram R$ 161,59 bilhões, enquanto os depósitos chegaram a R$ 149,56 bilhões. Os rendimentos da poupança ficaram em R$ 4,08 bilhões e o saldo total depositado nos bancos chegou a R$ 648,64 bilhões.

Em 2015, a poupança registrou a maior retirada líquida. O saldo negativo ficou em R$ 53,56 bilhões. O Banco Central não registrava retirada líquida anual desde 2005 (R$ 2,72 bilhões).

A retirada de recursos da caderneta de poupança ocorre em um momento de baixo nível de atividade, com a economia em um quadro recessivo, mas outros fatores tem influenciado a renda, como inflação elevada e o avanço dos juros, do desemprego, do endividamento e de tributos. Outro fator que tem influenciado a retirada de recursos da poupança é sua baixa rentabilidade frente a outras modalidades, uma vez que o rendimento dos fundos de renda fixa sobe junto com a Selic, e o rendimento das cadernetas limita-se a 6,17% ao ano mais a variação da Taxa Referencial (TR) nos cenários em que a taxa de juros fica acima de 8,5% ao ano.

Cálculos elaborados pela Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac) mostram que, com os juros básicos atualmente em 14,25% ao ano (o maior nível em nove anos), as aplicações em renda fixa, como os fundos de investimento, ganham mais atratividade e ganham da poupança na maioria das situações. A poupança continua atrativa somente para fundos com taxas de administração acima de 2,5% ao ano.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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