80 tiros: 5 dias depois, Bolsonaro diz que “Exército não matou ninguém”

"O Exército é do povo e não pode acusar o povo de ser assassino, não. Houve um incidente, uma morte. Lamentamos a morte do cidadão trabalhador", afirmou o presidente

Jornal GGN – Cinco dias após a morte do músico Evaldo dos Santos Pereira, em Guadalupe, no Rio de Janeiro, o presidente Jair Bolsonaro decidiu romper o silêncio saindo em defesa da atuação do Exército. Segundo ele, o Exército “não matou ninguém” e os 80 tiros disparados contra Evaldo, que transportava a família para um chá de bebê, foi um “incidente” que está sendo apurado para se saber o que ocorreu “com clareza”.

“O Exército não matou ninguém, não. O Exército é do povo e não pode acusar o povo de ser assassino, não. Houve um incidente, uma morte. Lamentamos a morte do cidadão trabalhador, honesto, e está sendo apurada a responsabilidade. No Exército sempre existe um responsável, não existe essa de jogar para debaixo do tapete. Vai aparecer o responsável — afirmou Bolsonaro nesta sexta (12).

“Uma perícia já foi pedida para ter a certeza do que aconteceu naquele momento e o Exército, na pessoa de seu comandante, o ministro da Defesa, vai se pronunciar sobre esse assunto e se for o caso a gente se pronuncia também. Com os dados na mão, com os números na mão, nós vamos assumir a nossa responsabilidade e mostrar realmente o que aconteceu para a população brasileira”, acrescentou.

O ministro da Justiça Sergio Moro também se manifestou sobre o caso, mas antes de Bolsonaro. O ex-juiz da Lava Jato também declarou o assassinato como um incidente que “acontece” e afirmou que os responsáveis deverão ser punidos.

Redação

9 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. Bem vindo a ditadura.

    Agora ele não pode chamar Maduro de ditador, pois o exército dele mata trabalhador.

    A diferença é que ninguém até hoje mostrou um vídeo mostrando o exército venezuelano matando opositores, bem diferente do exército de Bolsonaro que fuliza trabalhador pai de família como se estivesse em um reality show

  2. Mais uma prova de que não cabe nada datado na cabeça deles, com começo e fim…
    no lugar da responsabilidade, bem que poderiam procurar a motivação

    é por isso e aquilo que sigo acreditando que eles migraram das celas de tortura para as execuções sumárias à vista de todos

  3. Bolsonaro tem razão.
    O exército não matou ninguém.
    Vivemos tempos de ódio extremo e o cidadão, revoltado com a família, suicidou-se com 80 tiros na frente de risonhos militares armados.
    Na verdade, foram 80 disparos acidentais, embora ele não estivesse armado, mas o fato de ele ter saido às ruas portando a sua perigosa coloração já denunciava o seu anseio de morte. Foi suicídio.

  4. o exercito nunca foi povo. É pau mandado de ricos desde a Guerra do Paraguai (nates era do imperador) e segue doutrina americana. Foi das primieras coisas q privatizaram. E faz todo o sentido, quem domina as armas é o dono da bola, escala os times e define quando vai haver jogo

  5. Esse sujeito chama de NINGUÉM um pai de família. É muita dezfarsatez! Mas espero que um dia essa família que está no poder seja alcançada pela verdadeira JUSTIÇA!!!

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador