A vitória civilizatória na Cracolândia

No combate ao vício das drogas, há o tratamento compulsório, higienista, de prender e segregar os viciados; e o tratamento humanizado, chamado de “redução de danos”. Em vez de cortar imediatamente e compulsoriamente a droga, sujeitando o viciado a crises de abstinência – que quase sempre os traz de volta ao vício -, monta-se um tratamento gradativo, de redução gradual do consumo enquanto se trabalham o ambiente em que ele se encontra, as relações sociais e familiares, devolvendo-lhe a auto-estima..

No auge da onda ultraconservadora da mídia, o portal da revista Veja criminalizou os estudos de uma professora da USP, quase septuagenária, que orientava uma tese de doutorado sobre redução de danos. O tema mereceu repercussão no Jornal Nacional.

Não fosse a defesa enfática dos estudos pela FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) a carreira de ambas teria sido liquidada pelo sensacionalismo e haveria atrasos de décadas nos programas de combate ao vício.

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Nos anos seguintes, consolidou-se no centro de São Paulo o território livre da Cracolândia. Foram feitas duas tentativas coercitivas do governo do Estado, para acabar com o gueto. Os viciados apenas trocaram de local, espalhando-se por bairros próximos ao centro. Depois, voltaram para o lugar de origem.

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Foi essa sucessão de fracassos que levou o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, a buscar formas alternativas.

Em relação ao tratamento de viciados, a Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) divide-se em duas alas: a da internação compulsória, e outra de tratamento humanizado.

Reuniões com especialistas, como Dartiu Silveira, e a ousadia da Secretaria de Assistência Social, Luciana Temer, animaram Haddad a trilhar o caminho civilizatório, lançando a Operação Braços Abertos.

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A lógica do novo modelo é que o ambiente modela as pessoas. Ou seja, mantidos na Cracolândia, não haveria nenhuma possibilidade dos viciados se libertarem do vício. Colocados em locais dignos, com parte da dignidade recuperada, emergiriam outras pessoas

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Em um primeiro momento, espontaneamente os viciados saíram das ruas para hotéis, banharam-se, vestiram roupas limpas.

Uma ação conjunta das Secretarias de Assistência Social, da Segurança Urbana, e da Coordenação de Subprefeituras, mais a de Trabalho e de Saúde – em parceria com o governo do estado – criou a rede que será a base da reciclagem dos viciados.

Foram atendidos pelo serviços de saúde, para uma primeira checagem e ganharam empregos temporários no sistema de varrição da cidade, quatro horas de trabalho a R$ 15,00 por dia.

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Todos os passos do programa foram negociados diretamente com eles, inclusive a promessa de não mais voltarem para o local. Para tanto, Haddad abriu as portas da Prefeitura, expôs a proposta, ouviu as ponderações. De uma viciada ouviu a promessa: “Se eu largar o vício o senhor me garante emprego com carteira assinada?”.

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E o centro da cidade amanheceu em paz. No dia seguinte, jornalistas incrédulos testemunharam viciados ajudando a limpar a cidade. Despidos dos andrajos e da sujeira, um deles foi reconhecido por um colega que fez doutorado com ele em Portugal; outro foi localizado pela família, que o reconheceu em um programa de televisão.

Que o caminho aberto seja trilhado por outros prefeitos de boa vontade.

Luis Nassif

153 Comentários

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  1. Chorei

    Confesso que,ao ver na TV aquelas criaturas dizendo-se orgulhosas pelo uniforme que usavam e animados com a nova possível condição de vida, as lágrimas de emoção chegaram sem pedir licença. 

  2. Simplesmente lindo

    Em 2013 o Padilha me fez chorar quando na chegada do cubanos e sua humanidade  exposta naquela corredor polonês horroroso dos médicos em fortaleza em vaia. A humilhação sendo respondida com bondade.

     -Sou escravo sim, dos doentes.

     Nesse 2014 é o ano do Haddad  me fez chorar e seu gesto de amor com o próximo não tem preço

    – Cada táuba que caia não doía no coração

    http://linkis.com/www.brasil247.com/pt/55aF2

  3. Mais uma bola dentro.
    Basta

    Mais uma bola dentro.

    Basta lembrar a diferença nos nomes das operações na Cracolândia: “Operação Braços Abertos” vs “Operação Sufoco” (aquela lambança do Alckimin temendo este plano do Governo Federal).

  4. A existência da auto-estima é

    A existência da auto-estima é o fundamento da estabilidade dos seres humanos.

    Num ambente e clima de injustiça social histórica e crescente, o desvio é para os vícios.

    Salve prefeito Haddad. Meus respeitos. 

  5. Emoção dupla

    Sei que não estou no post certo, mas, acho interessante comentar que, nestes últimos dias, tenho ouvido de amigos e visto também na TV, depoimentos emocionados de pessoas humildes em relação ao atendimento e à qualidade humana dos médicos cubanos.

    Lamento apenas a oportunidade ímpar que os médicos brasileiros tiveram para ficar calados e, eventualmente, ter-se somado a esta onda nova de medicina que está tomando conta do interior do Brasil.

  6. Barato???

    Parabéns Haddad. 

    Se funcionar, vai ser o programa mais barato do mundo para o controle do uso das drogas.

    O mérito é seu, porque quem é o prefeito é você, que tomou a decisão e colocou a cara para bater. Vontade de mudar meu domicílio para a capital só para votar em vc na próxima eleição.

      1. Tabu

        E será mais um tabu quebrado pelo Lula, colocar um paulista nato novamente como Presidente eleito após quase um século (o último foi Washington Luís, em 1926, ao que eu lembre).

    1. Tirando intencionalmente do contexto

      sua expressão “programa mais barato do mundo “:

      pode-se dizer quase o mesmo do programa Haddadiano de mobilidade, ao aumentar o tamanho das faixas exclusivas para ônibus: bastou um balde de tinta e um talão de multas na mão da pessoa certa, e a velocidade média do transporte público aumentou bastante (acho que foi uns 50%, salvo engano). 

      Esse aumento de velocidade para os ônibus também provoca um aumento da rentabilidade das frotas de ônibus para o seu dono, pois fazendo mais viagens, a despesa com a depreciação dos mesmos (que costuma ser calculada pelo calendário e não pela quilometragem) pode ser diluída em mais viagens, isto é, mais passagens compradas. 

      Isso os tais astrólogos econômicos que infestam a imprensa e os bancos ainda não se deram conta. 

  7. Belo exemplo de política

    Belo exemplo de política pública: Haddad ouviu primeiro os especialistas da área, depois dialogou com os afetados/agraciados, e aí sim pôde colocar em prática tudo, sem demagogia, sem pensar exclusivamente no efeito eleitoral de tal ou qual medida.

    Para quem viveu o descalabro dos anos Serra/Kassab, Haddad parece muito bem ter uma firmeza de propósito, ter agregado em torno de si um pessoal que sabe quais os problemas de SP e que desenham pelo menos um esboço de suas possíveis soluções.

    Que continue assim nos próximos 3 anos, não coloque seu governo no piloto automático para agradar a mídia, e faça o que acha que tem que ser feito, honrando os compromissos que fez com o eleitor em 2012, que são vários.

  8. Deus do ceú (e não sou nada religioso)

    quando li:

    ” De uma viciada ouviu a promessa: “Se eu largar o vício o senhor me garante emprego com carteira assinada?”.

    Percebi o crime ético que é abandonar o ser humano em perdição. Temos tantas religiões no Brasil, e pelo visto nenhuma se aproximou dessas pessoas em perdição.

    P.S. E me lembrei dos textos dos gurus do aliançaliberal e adivinham o que pensei (a boa educação me impedem de publica-lo)?

    1. Ai que muitos se enganam

      Ai que muitos se enganam existe sim muitas religiões que encaminham missionários para ajudar sim essas pessoas, existe um programa da igreja batista que já até apareceu na televisão chamado Cristolândia, não critique nem julgue antes de realmente ver o que é feito lá, criticar é muito fácil, mas e ai? vc fez alguma coisa pra ajudar essas pessoas que vc julga que estão na perdição, olhe para si será que ele são mais pecadores do que nós!

  9. Haddad mostrou como se faz e

    Haddad mostrou como se faz um trabalho de resgate humanitário honesto, limpo e civilizado. Mas eu vi uma expressão de espanto e discreta insatisfação estampada nos rostos de alguns telejornalistas. Ao que parece eles preferiam noticiar as desastradas e violentas ações da PM de Alckimin nos mesmos locais.

     

    Há algumas semanas, a propósito de uma briga de torcedores num estádio, um renomado jornalista do Gazeta Esportiva discordou das soluções propostas. Ele disse calmamente “eu prefiro ver a PM descendo porrada nestes animais” (fato que me obrigou a enviar-lhe imediatamente um twitter bastante desagradável). A verdade porém é que aquele jornalista esportivo expressou uma opinião bastante difundida entre os agentes jornalísticos da barbárie que posam de arautos da civilização ocidental. Quantos são os telejornalistas que diriam  “eu prefiro ver a PM descendo porrada nestes animais”  em relação aos viciados em crack? 

     

     

      

  10. Façamos justiça.

    Prezados e prezadas,

    A ação (simples, eu reafirmo) do prefeito Haddad proporcionou um momento raro.

    Com raras exceções (sempre as há), a cobertura da mídia tem sido extremamente favorável e humanizada. Não temos a garantia que permanecerá assim, mas de todo modo, é um alento.

    Mais uma vez é preciso sempre lembrar: não se avalia uma medida destas por critérios numéricos.

    É nossa obrigação valorizar cada recomeço, cada tentativa destas pessoas, e não realçar suas recaídas.

  11. Realidade e utopia

    Alguém aí passou pela cracolândia nos últimos dois dias? Se alguém não notou: os barracos foram desmontados mas os nóias ainda estão lá fumando e cheirando.

    Não existe contraste entre internação compulsória x tratamento humanizado. Isso é coisa de drogado light que só entende de larica e não sabe o que significa não ser dono de sua vontade. Quem é escravo da droga tem, sim, que ser internado. As crises de abstinência são parte do pacote. Quem a elas sobrevive (não são muitos) tem boa chance de largar a droga. Já o “tratamento humanizado” do tipo proposto é só um paliativo que serve para TENTAR tornar os usuários “hardcore” em drogados light. Francamente: duvido que diminuirá o consumo das drogas e acho que tornará nosso centro uma Meca de drogados de outras bandas.

    E LN, por favor: onde voce viu “promessa” naquela pergunta?

    1. Profissional ou leigo?

      Esas é sua avaliação como profissional da área ou sua opinião como leigo?

       

      Tá parecendo a segunda, mas fico interssado em ver o embasamento técnico das suas afirmações.

      1. Especialista em rolezinho da cracolândia?

        Não preciso ser especialista para ver o que ocorre na cracolândia.

        Já sobre a falsa dicotomia posso, sim, dar meus pitacos. Conheço tanto o prédio do cruzamento entre as Ruas Loefgren com a Napoleão de Barros como as várias “casinhas” da Rua Napoleão de Barros e adjacências e muitos “caboclos” que lá trabalham. Existe muito respeito entre os Drs. Laranjeira e Silveira. Alguem aí leu com atenção as matérias que os contrapõem em relação às internações voluntárias como “contra” e “a favor”? Alguem percebeu que o título e o conteúdo não batem? Ou que as edições destas matérias foram porcas?

        Acho que reduzir o debate sobre os nóias da cracolândia numa discussão político-militante é um desserviço que estão fazendo com aqueles miseráveis. Nunca vi um programa que começou 2 dias atrás ser “um sucesso” como se anuncia com tanto estardalhaço. Por enquanto o único “programa” que vi foi a desmontagem das cabaninhas de papelão da região. As pedras e os saquinhos plásticos com cola continuam a “rolar”, como nas semanas, meses, anos e décadas passadas.

    2. Menor dano, sempre.

      Prezado NNN,

      Não podemos desprezar o conhecimento empírico de ninguém. Suas observações fazem sentido para você, e talvez para outros que compartilhem sua visão de mundo.

      Devemos respeitar isto.

      Mas tudo o que é dito sem provas pode ser rebatido sem elas.

      Então, conhecimento empírico por conhecimento empírico, vamos ao meu chute:

      Primeiro é preciso você entender que não uma lógica única a ser adotada com tratamento de adictos, pos vários motivos:

      a) há níveis diferentes de comprometimento individual, ou seja, cada um desenvolve características específicas de adicção, embora a TV e o senso comum (como o seu) procurem tabelar tudo “por baixo”;

      b) há reações distintas a cada forma de abordagem;

      c) há evoluções diferentes de cada pessoa a cada tratamento, dentre tantas outras especificidades.

      O tratamento da adicção não pode tratar o abuso de drogas como causa, mas sim como efeito de um desajuste psicossocial e psquiátrico que antecede a decisão de usar ou não drogas.

      Sendo assim, há casos para intervenção clínica ambulatorial e medicamentos, grupos de terapia, internação, ou um pouco de cada, de acordo com a evolução clínica. 

      Há casos (a maioria) onde a menor intervenção possível acaba por trazer resultados melhores.

      O adicto é, via de regra, alguém que manipula a si mesmo na busca por uma justificativa permanente para ter acesso ao seu objeto de adição (droga), mesmo sabendo dos prejuízos que esta escolha lhe traz quando está em abstinência.

      Este é um processo neuroquímico, mas acima de tudo psicossocial e cultural. 

      Ou seja, não serão chavões que darão conta da complexidade deste problema.

      Quando busca a droga para ajustar seu desconforto, a pessoa está se automedicando no mercado clandestino farmacológico, enquanto relações estáveis médico-paciente, com questões de classe (e dinheiro) envolvidos, pode garantir a adição a ansiolíticos, por exemplo, sem a degradação visível das ruas, mas que como fenômeno são a mesma coisa, manifestando-se por meios diferentes: uma pedra de crack custa 2 ou 5 reais, e uma receita para compra de medicamento controlado custa uma consulta de 200 ou 300 reais em algum endereço nobre de SP.

      Não é à toa que o mercado de drogas relacionadas aos distúrbios de sono e comportamento e o mercado de drogas cresçam “cabeça-a-cabeça”.

      Sendo assim, a lógica correta deste programa do governo municipal de SP reside, como você bem diagnosticou em trazer não-pessoas  para o estado de pessoas, na sua linguagem, “drogados hardcore” para “drogados light”, porque isto faz toda a diferença para estas pessoas e para tantas outras do seu entorno.

      É uma abordagem que busca o menor dano, que terapeuticamente se revela muito mais eficiente que a internação, salvo casos raros onde a manutenção do direito ambulatório do paciente ameaça a si mesmo e a terceiros.

      Enfim, o que a prefeitura busca é recuperar a humanidade destas pessoas, não importando se vão usar drogas ou não, porque este é um segundo momento da abordagem.

      Até porque não nos importa se você toma vinho todos dias em sua casa ou com amigos, desde que isto não se transforme em um problema social para você e para os outros que te cercam.

      Então por que deveríamos tentar dizer o que estas pessoas têm que fazer, se estiverm trabalhando, morando, e recuperando sua condição humana?

      Perdoe minha intromissão.

      Saudações.

      1. Mesma página

        Obelix, estamos na mesma página sobre o assunto: não há preto/branco e, sim, vários tons de cinza. Só que não consigo desenvolver estes detalhes num espaço pequeno. Só acrescento que todas as terapias devem ser realizadas em situações muito controladas, o que não sabemos se está sendo ou será feito. A julgar pelo estardalhaço, creio que não será feito, pois não dá “Ibope”. Tambem discordo aqui:

        “É uma abordagem que busca o menor dano, que terapeuticamente se revela muito mais eficiente que a internação, salvo casos raros onde a manutenção do direito ambulatório do paciente ameaça a si mesmo e a terceiros.”

        Acho que não dá para falar em maior ou menor eficiência, pois:

        1 – os objetivos das “duas” (são mais) terapias são diferentes: reduzir danos é uma coisa, desintoxicar e trazer um zumbi de volta a consciência é outra;

        2 – os usuários que não passam o dia “apagados” pela droga são a maioria: se há uma “maior” eficiência de uma em relação a outra (novamente, se houvesse somente as duas terapias…), me parece que isto só ocorre em números absolutos.

        Portanto, se temos mesmo que ser maniqueístas, façamos isso comparando bananas com bananas. Mas como o discurso político-militante só permite preto e branco pois é mais fácil para o “Hommer” entender…

        Mas o ponto que me incomoda é este: por que um programa que mal começou já é tratado como um sucesso retumbante? Para torná-lo vitrine político-eleitoral? Para criticar a “mídia marvada, capitalista e deformadora de opinião”? Para esculhambar este ou aquele alcaide / governador / presidente? Poderíamos esperar alguns resultados antes disso, mas acho que a agenda de “polimento de imagem” do alcaide de turno é mais urgente. Acho isso um desrespeito, tanto com os viciados como com a população de Sampa.

        1. Tons de primavera..

          Caro amigo, vou começar a responder você pelo final:

          Não compartilhamos a visão cinza do problema. Meu espectro de cores é mais alegre, dentro das perspectivas lançadas pelo prefeito Haddad.

          Não são o sucesso ou fracasso que medem as questões que envolvem tratamento de adictos (seja de qualquer droga, legal ou não).

          O que está em jogo, e que vem despertando o apoio de todos, inclusive da mídia, é a “ousadia” de propor algo simples e que historicamente era reivindicado, a (re)humanização destas pessoas.

          Até porque, a ideia de “fracasso ou sucesso terapêutico” neste campo é extremamente relativa.

          Veja que sequer se fala (ainda) em tratamento.

          É esta a novidade, que nem deveria ser novidade, mas no Brasil de de suas hipocrisias, ainda é.

          Sua compreensão eu respeito, mas não concordo quando fala de discurso militante. O que há é um discurso político, porque ao longo de toda História este foi um tema submetido a política, escolhas de classe e toda sorte de manipulações em nome de interesses outros que não o ser humano.

          Agora vamos ao seu comentário:

          (…)
          Acho que não dá para falar em maior ou menor eficiência, pois:

          1 – os objetivos das “duas” (são mais) terapias são diferentes: reduzir danos é uma coisa, desintoxicar e trazer um zumbi de volta a consciência é outra;

          Comentário: São etapas distintas e abordagens terapêuticas distintas, é verdade, mas que se complementam em um só objetivo: recuperação, ainda que parcial. Neste sentido, não há como diferenciar desintoxicação e menor dano, porque todas as duas visam diminuir o estrago, seja no longo ou no curto prazo, dependendo da indicação.

          2 – os usuários que não passam o dia “apagados” pela droga são a maioria: se há uma “maior” eficiência de uma em relação a outra (novamente, se houvesse somente as duas terapias…), me parece que isto só ocorre em números absolutos.

          Comentário: Aqui não há como debater, é tanto chute como se eu afirmasse o contrário. Mas veja que o debate aqui não é o tratamento, mas o processo de (re)humanização que possibilita a abordagem posterior, aí sim, o terapêutica.

          Portanto, se temos mesmo que ser maniqueístas, façamos isso comparando bananas com bananas. Mas como o discurso político-militante só permite preto e branco pois é mais fácil para o “Hommer” entender…

          Comentário: É melhor um discurso político-militante que um discurso anti-política. Principalmente o que vem carregado de julgamento preconceituoso sobre o nível de capacidade cognitiva das pessoas, que acaba por dizer tolices.

          Ademais, se fosse o caso, um discurso “militante” seria justamente mais difícil para se interferir na esfera que você chama de “hommer”. Mas não há esta esfera, e nem um “discurso militante”. Há um discurso político que é apreendido por diversas pessoas de diversas formas. É preciso humildade (e sabedoria) para entender isto.

          Mas o ponto que me incomoda é este: por que um programa que mal começou já é tratado como um sucesso retumbante? Para torná-lo vitrine político-eleitoral? Para criticar a “mídia marvada, capitalista e deformadora de opinião”? Para esculhambar este ou aquele alcaide / governador / presidente? Poderíamos esperar alguns resultados antes disso, mas acho que a agenda de “polimento de imagem” do alcaide de turno é mais urgente. Acho isso um desrespeito, tanto com os viciados como com a população de Sampa.

          Comentário: Já lhe respondi lá em cima, mas acrescento: é horrível esta tentativa de demarcar campo político contrabandeando esta “suposta preocupação”, que mais parece uma defesa prévia por aqueles que nunca ousaram uma coisa tão simples.

          Não há sucesso retumbante, não há fracasso rimbombante. Há uma política de ESTADO, voltada às pessoas, sujeitas às críticas, acertos, elogios, correções, mas com a virtude inegociável de ter ousado, de ter proposto aquilo que quem antes podia não fez, ou pior, como você lembrou: quando fez, fez errado.

          Mas isto não é problema para a Democracia, aliás, isto é a disputa política por excelência dentro dos limites dela.

    3. Utopia e realidade

      A vontade é coisa que dá e passa para uns e para outros não, Ela fica latente, volta uns dias depois quem sabe? Ou não. Pode ser que precise ficar internado, ou não. A experiencia real não permite aquela que sonhamos talvez porque não nos permitimos sonhar. Um almoço pode ser um paliativo para a fome e ela só precisa de paliativo nesse momento, ou não? Diminuir em matemático significa subtrair e essa subtração pode grande ou pequena, ou mais ou menos. Pode ser feita de imediato ou demorar um pouco mais. Pode iniciar e cabar. Pode continuar lenta ou em grás variados. Com muita certeza a vida fica fácil aqui e lá nas bandas da MECA. Meleca, isso tudo grudado no meu pensamento que insiste em ponderar os vários pesos e medidads que fazem da utopia uma coisa um pouco mais light.

  12. jargao; NAO TEM DIFERENCA DO

    jargao; NAO TEM DIFERENCA DO PT COM PSDB???!?!?

    so nao ve quem nao quer, diferenca e grande, é no tratamento do ser humano, do mais pobre,,,,

    psdb ve pobre como inimigo de classe, como semi  escrevo, subgente,,,,,

     

  13. tratamento humanizado aos drogadictos

    A política publica de prefeito Hadadd (PT-SP) de humanizar as relações entre os viciados em drogas  e a sociedade advém na nova concepção de política – o ser humano é o centro da ação política. O coordenador do Programa Recomeço, do Estado de SP, não acredita no êxito do programa do governo municipal do PT. As experiências realizadas até agora pelo governo do Estado nao deram certo. A diferença é o tratamento humano do programa. É necessário no acompanhamento dos usuários de drogas que assumiram o projeto.

  14. Fiquei feliz e emocionada com

    Fiquei feliz e emocionada com a atitude de Haddad.

    Esse fato traz esperança de um futuro melhor.

    Peço a Deus que continue iluminando Haddad e toda a equipe que participa desse projeto maravilhoso para que dê supercerto, recuperando os doentes do vicio e, que estes, uma vez curados, ajudem outros que estejam nesse triste caminho do vicio.

    Parabéns a Haddad

  15. É a politica sendo usada em

    É a politica sendo usada em benefício do povo e para o povo. Como sempre deveria ser utilizada.

    E é essa política em benefício do povo que é sempre muito combatida pelas nossas elites.

  16. Remoção dos dependentes químicos da cracolândia.
    A iniciativa do prefeito Fernando Haddad ao promover a remoção dos dependentes químicos da cracolândia, além de dá vida nova à região, poderá com essa ação, promover, juntamente com a família, o resgate social daquele que a perdeu nas aventuras da vida.

    Obs: Espero que essa iniciativa se espalhe pelo Brasil,oferecendo diginidade a milhares de dependentes químicos.

  17. A questao da droga é um dos

    A questao da droga é um dos maiores desafios da sociedade moderna. As drogas vem destruindo muitos jovens que sem perspectivas não conseguem viver sem elas. A iniciativa é muito boa, agora vamos acompanhar, pois o desafio é grande e vai exigir persistencia e muito trabalho da prefeitura. O primeiro passo foi dado.

  18. Alguns acham que é dar milho para bode

    Alguns acham que é dar milho para bode, mas eu não. Apoio a ação da prefeitura daí e gostaria que a de minha cidade fizesse o mesmo, ainda mais que aqui são pucos e de solução mais fácil e rápida.

    Para os que acham uma bobagem, viram a ação da Holanda para combater o vício do álcool? Muito parecido com esta da prefeitura de São Paulo, só que eles acrescentam nos benefícios inclusive bebidas alcóolicas (parece-me que era cerveja) e meio maço de cigarros por dia.

    A idéia é a mesma, enquanto trabalham ganham um mínimo de dignidade e neste período não consomem a droga (no caso álcool). É a idéia de REDUÇÃO DE DANOS.

    Parabéns ao Haddad.

  19. Vamos esperar

    Acho um pouco precipitado, dizer que é um sucesso, como podemos saber se funcionara, o sistema entrou esta semana. 

    Toda alternativa é valida, me estranha seu otimismo referente a este assunto, pois a cracolandia existe pela droga sim, mais também por outras questões sociais que acaba  nos cachimbos de CRAK. 

    Tenho muito pé atras sobre este assunto, vamos aguardar , 

    Povo este ano é de eleição mesmo não sendo a elição para prefeito, fico com o pé muito atras, tomara que de certo.

    Baterei palma, mais até o momento é um projeto. 

    1. Quem desconfia dos bons, vive no Mal, entre os maus.

      Sidnei, ninguém está dizendo que a iniciativa do prefeito Haddad é um sucesso. O que se pode dizer é que começou muito bem e tudo que começa bem tem tudo para terminar bem. Desconfio da sinceridade do seu pessimismo. A iniciativa do prefeito deve ser aplaudida, mas também acompanhada pelos homens de bem da cidade, o que não inclui certa cepa de jornalistas das redes de TV, alguns comentaristas assalariados de blogs e dos grandes jornais e revistas de São Paulo.

    2. Era projeto

      Não, Sidney. 

      A prefeitura já partiu para a ação. Logo, não é mais projeto. 

      Projeto vem de projectum, um verbo em latim que quer dizer: “antes de uma ação”.

      Você está parecendo com aqueles pessimistas que diziam que a televisão não iria funcionar pois rádio é bem melhor, afinal, para que ficar olhando para um rádio com imagem???? Basta ouvir. Pensando bem, televisão não vai funcionar!

       

    3. Fico irritado com essa

      Fico irritado com essa história de “ano de eleição”.

      Quando não é ano de eleição é ano pré-eleitoral. Principalmente se misturar as eleições locais (para prefeito) com as nacionais. Aí ninguém pode fazer nada então porque ou é eleitoral ou pré-eleitoral.

      O importante é observar se a ação do poder público tem resultado prático ou se é apenas fachada, sem resultados concretos. Também é necessário analisar se é uma poolítica que permeou toda a administração do governante (seja prefeito, governador ou presidente) ou se é uma guinada feita no final do mandato apenas para influir nas eleições, não tendo sido alvo de atenção durante todo o mandato, ou até sendo contrária ao que se fez ao longo do mandato.

      Enfim, a questão não é ser ano eleitoral ou não, mas se é uma política de governo ou uma ação isolada no apagar das luzes, que contraste com tudo que se fez ao longo do mandato.

      Um grande exemplo da segunda situação (ação isolada no apagar das luzes) estão a Bolsa Escola, Bolsa Alimentação e Auxílio-Gás instituidos pelo FHC no apagar das luzes de seu segundo mandato, sendo que durante os sete anos anteriores ele não apenas relegou as questões sociais ao descaso como defendia posições contrárias a programas sociais (tentando justificar o descaso). Não por acaso além desse padrão de comportamento que indica uma fachada visando as eleições, temos o fato de que essas iniciativas [muito] tardias do FHC não tinham os recursos necessários para fazer a diferença, atendendo um pequeno número de famílias. Isso sim é ação eleitoreira.

  20. Emocionante

    Vi uma reportagem na Globo News. Só de ver a alegria do rapaz, falando que recebeu os parabéns do dono do bar que lhe ofereceu um copo de café e dizendo que não se sentia mais invisível, já ganhei o dia.

  21. A tentativa de reintegração

    A tentativa de reintegração social é a melor estratégia na recuperação de usuários de crack. É certo que o programa é recente, mas aponta na direção correta e torço para que dê bons resultados.

  22. A vida de todo mundo é

    A vida de todo mundo é constituída de erros e acertos. Pra quem viu o que fizeram com o pessoal da Cracolândia na outra gestão da prefeitura paulista, todos somos de acordo que aquilo lá foi um apartheid. Enxotaram os miseráveis, consumiram seus pertences com fogo, visando projetos arquitetônicos servíveis às elites, e sequer se preocuparam com o destino desses viciados. Nadica fizeram em favor deles, e, a bem da verdade, não favoreceram a Cidade de SP, se os usuários apenas mudaram de local, sguidos pelos traficantes. Então, ainda que fiquemos com o pé atrás, como coloca algum comentarista, pelo menos não se está cometendo aquele erro grave anterior. Num caso tão delicado como esse, é preciso começar com uma ação qualquer. Foi o que fez o Prefeito agora. Se naquele universo imenso forem salvos da droga 10% já se pode cantar alguma vitória. Eu penso que um percentual há de ser salvo; creio nisso.

    Agora, se a questão envolve também os traficantes, seria o caso de se seguir um pouco a Holanda. Lá, conforme sabemos, o governo dá uma cervejinha e uma porção de maconha, Sem dúvida, a situação é outra muito mais fácil de ser resolvida, já que o crak é considerado a droga mais devastadora. 

    Com certeza esse primeiro passo dado por Hadad vai ser repercutido pelo PIG como campanha e o escambau, mas se der certo, ao menos em parte, ele terá seu nome na história por ele.

  23. SERÁ ?

    EU TORÇO PARA QUE DÊ RESULTADO , MAS NÃO ACREDITO QUE UMA PESSOA DOENTE POSSA RENDER O ESPERADO . DEVERIAM SER TRATADOS PARA DEPOIS COMEÇAREM A EXUCUTAR UM TRABALHO FÍSICO . AINDA É CEDO PARA CANTAR VITÓRIA .

  24. Faltou citar o terceiro tipo

    Faltou citar o terceiro tipo de tratamento que é a lavagem celebral promovida por igrejas… e que parece ser a opção do Governo Federal.

    1. Mas esse se inclui nas

      Mas esse se inclui nas internações compulsórias; a lavagem cerebral é um “plus”. De fato, uma péssima decisão do governo federal.

      1. Ninguém é “internado

        Ninguém é “internado compulsoriamente” em igrejas. Para os viciados que estão lá, a ajuda dessas igrejas pode ser, sim, muito positiva. Um pouco menos de preconceito anti-religioso seria bom.

        Ou será que a Cracolândia é um ambiente mais propício para se largar o vício do que uma dessas comunidades que as igrejas montam?

  25. Competência e criatividade: caminho seguro para o ostracismo.

    Haddad, nesse primeiro ano de sua administração, demonstra que será um dos mais capazes e eficientes prefeitos que já passaram pela paulicéia. 

    Verdade que a sucessão de ademares, cerras, malufs, jânios, kassabs, goldmans e outros desastres administrativos não são parâmetros para valorizar o feito. Mas Marta Suplicy e Luisa Erundina são. E muito.

    Continuar demonstrando competência, originalidade, disposição, honestidade, empenho e criatividade para enfrentar a sucessiva e infindável gama de problemas que a cidade apresenta e renova, Haddad, assim como Erundina e Marta tem tudo para… nunca mais se eleger pra nada, aqui no Estado ou na capital. Caminhar na contra mão da lógica é quase tradição na desvairada. 

  26. Bom, acho que se pode ser a

    Bom, acho que se pode ser a favor ou contra a redução de danos ou internação compulsória ou qualquer outra alternativa, se houver. Mas o adjetivo “civilizatório”, fora a conotação positiva, por que se aplica a uma medida e não à(s) outra(s)?

    Agora é preciso esperar para ver se a medida terá um efeito de longo prazo ou apenas o impacto inicial, midiático. Se vai ser um “casamento longo e feliz” ou uma “paixão de verão”. 

  27. DROGAS x COMIDA

    A maioria dos viciados usam a droga pra tapear a fome. Certo???

    Porque entäo näo alimenta-los??

    Sugiro, além do já bem sucedido resgate da cidadania, farta alimentacäo que poderia ser doada a esse projeto pelo comércio adjacentes incluindo as goloseimas, é claro!!!

     

    1. Será

      Siloé,

      creio que não é bem isto. Eles economizam na comida para comprar a droga. Se realmente existe a dependência química, a fome vira um detalhe.

       

  28. Não contem isso pro MP, senão

    Não contem isso pro MP, senão vai dizer que 15 por dia dá um salário menor que o mínimo (considerando 20 dias úteis) e vai entrar com uma ação no STF que vai barrar o programa.

    Não contem isso pro SKAF que vai bradar que o governo está usando dinehiro do contribuinte pra bancar o vício, vai entrar com uma ação no STJ que vai barrar o programa

    Não contem isso pros tucanos, que vão dizer que o programa  é eleitoreiro e vão entrar com uma ação no STF que vai barrar o programa

    Não contem isso pro PPS, que vão dizer que o gasto deste programa é improbidade administrativa e vão entrar com uma ação no STJ que vai barrar o programa

    1. Não contem isso aos tucano,

      Não contem isso aos tucano, pois vão taxar de “Bolsa crack”, e demonizá-lo na mídia corporativa até que alguém entre no STF para barrar o programa.

  29. Assim se faz a diferença. Um

    Assim se faz a diferença. Um prefeito eleito contra todos de um governo vencido e verdadeiramente corrupto, devidamente comprovado ao longos dos últimos anos na prefeitura de S.Paulo. Fica a indagação, será que os PAULISTANOS não enxergam isso? Será que o poder dos votos desses privilegiados continuarão a dar as cartas para a tal da massa cheirosa? Enfim, somente um governo como o PT tem a.coragem de ir as ruas e ao povo indistintamente, mesmo daqueles que não se dependeu para elege-lo.. Assim, todos sairão privilegiados e com a satisfação de que se resolverá um grave problema social e de saúde. Nota-se a verdadeira vontade de resolver e não de reprimir a base de porrada. 

  30. comentario

    Com bastante dinheiro, de terceiros porque alguém (nós) estamos pagando a conta é fácil! Poderíamos manda-los em férias para o Caribe. O resultado seria melhor ainda. Vcs acham realmente, que gostamos de ser feito de otários? 

    1. A unica solução para voces

      A unica solução para voces deixarem de “ser feitos de otários” é a volta da ditadura. O avanço da democracia tem esse resultado, os governantes passam a governar para quem precisa do governo. E estes votam nos governantes que privilegiam os de baixo.

      Outra alternativa, na falta dos milicos que agoram trocaram a farda pelo pijama, é chamar o Barbosão. Quem sabe ele não solta uma liminar proibindo o programa.

      PS: Porque voce acha que a prefeitura está dando o seu dinheirinho para a “gentalha”? Eles estão trabalhando, não dá nem para chamar de bolsa-esmola, ou vagabundagem. Quem sabe eles não estão recolhendo a guimba de cigarro que voce joga no chão. Limpando a cidade que voce suja

    2. JB

      Quem te faz de otário é o JB, que vai pra europa de férias ganhando um “por fora”, gasta 90 mil na reforma de um banheiro, compra um apartamento em miami por 10 dolares, espanca a mulher, etc, etc, etc  e você otario aplaude

  31. Bora lá!

    Essa batalha é difícil e longa, mas está, enfim, sendo travada de uma maneira correta, boa, humana, e terá frutos, sim. Não é (bem quie poderia ser) milagrosa, mas ajudará muitas pessoas.
    Força!

  32. Haddad corre contra o tempo,

    Haddad corre contra o tempo, tentando governar e implementar ações sociais enquanto o presidente do STF está de férias…

  33. Emocionante! Tomara que o

    Emocionante! Tomara que o Padilha se junte ao Haddad e Tarso, os mais competentes administradores público do Brasil.

  34. Cracolândia

    Com todo o respeito, Nassif, voce presta um deserviço a sociedade paulistana.

    Nesta toada onde vamos arranjar dinheiro para solucionar todos os problemas sememlhantes da cidade?

    O importante seria voce fazer uma análise do que será o impacto disto sem uma real politica de crescimento do pais e da renda percapta. É impossível estas politicas sem muito dinheiro, ou vamos continuar tirando de coisas básicas, saneamento, enchentes, infra estrutura em geral. São Paulo para continuar vivendo exige grandes obras viárias, onde estão? Qual é o plano?

    Fazer uma ou outra ação social é fácil, muito fácil, qualquer um consegue.

    E agora, viciados tem em todas as cidades agora. Quantos virão para São Paulo agora, pelo tratamento SOCIAL que o Hadad esta dando.

    O PT esta fazem mais de 10 anos no poder. Qual plano Federal real e efetivo que existe para combater o trafico de drogas. Caso o Hadad não saiba craque é derivado de cocaína. Incrível não. Evo Morales o grande aliado do PT inunda o Brasil de cocaina e craque e o que fazemos? Absolutamente nada para combater Evo Moralez e a produção.

    Pior vem via Paraguai e Venezuela e Fracs e que fazemos em politica externa abraçamos e apoiamos todos, estranho não?

    Deixamos o tráfico de armas ao Deus dara, cade plano do nosso glorioso ministro da Justiça? Desculpem, esqueci ele não tem tempo, a prioridade é criar dossies falsos e pressionar com qualquer estratégia a oposição e mesmo a situação nos estados em que não apoia o PT por algum motivo.

    Isto é ministro da Justiça, drogas e armas é assunto dele e o que ele faz? NADA.

    Como sempre vai sobrar pros contribuintes, preparem-se.

    Aliás corredor de onibus já resultou em recorde de multas da CET, pra arrecadar mais. Inspeção veicular, alqguém dúvida que é para arrecadar mais pro caixa? Vide o IPTU o que tentou fazer.

    Aliás é sempre assim quando o PT por erro da população assume a prefeitura de SP só vem mais impostos, depois deixam a prefeitura um caós, cheia de cumpanheiros, fora os estragos. Exemplo, Marta Suplicy, no meio de um escandalo enorme nos ultimos dias de governo refez a licitação do lixo por 20 anos, incrivel. Teve que ser cancelada pois o custo era enorme o maior do Brasil por tonelada. Porque será???

    Nassif esclareça o povo,  custo que pagaremos e o fluxo de viciados para SP será altissimo.

    1. Prezado, um mínimo de bom

      Prezado, um mínimo de bom senso: R$ 15,00 por dia vai atrair viciados de todo o Brasil? Que atraiam. Se R$ 15,00 por dia resolvesse o problema do crack, o país estaria salvo.

    2. Como assim????

      É impressão minha ou em sua postagem eu notei xenobfobia, medo de algo que nem aconteceu, insensibilidade e excesso de revista Veja com FSP?

      Pela primeira vez algo de efetivo está sendo feito para sanar este problema. Pense de forma escalar, a prefeitura está tentando minimizar pela ação humanitária a vida daquelas pessoas que são escravas do vício há décadas.
      Outra coisa,a cracolándia é “cria” dos governos estaduais e fedarais das décadas de 90 que fizeram vista grossa a um problema germinado nessa época e que tomou uma proporção expressa nestes perambulam pelo centro com os dedos queimados.

      E o custo vai ser muito pouco comparado com o retorno humano da ação.

      (Fico preocupado o a onda “nonsense” que se espalhou no espirito das pessoas)

      1. Comentário ridículo do Odilon

        Pois é, Fernando Manoel, eu também me preocupo com a onda “nonsense”, como você falou, que alguns veículos de mídia estão inoculando no cérebro de algumas pessoas, com essa obsessão de fazer oposição política aos governos petistas.

        Odilon fala que é fácil fazer política social! Não é, e anos de governos do PSDB e assemelhados estão aí para desmentir.

        Odilon fala que tudo se resume aos recursos que se gasta. Bom, esse exagero o próprio Nassif já se encarregou de chamar ao mínimo do bom senso.

        Realmente, algumas pessoas estão perdendo o senso do ridículo.

        1. Continuo contra a forma, pois

          Continuo contra a forma, pois é eleitoreira. Acabou a eleição de 2014, acabou tudo, corredor acabou com o transito, taxis fora do corredor acabou com a unica forma de alguem se deslocar rapido para uma reunião.

          Continuo contra a forma de escorchar impostos e continuar com a incopetencia, pago um IPTU de R$900,00 por mes em um comercio onde gero 50 empregos. O dobro do que devia devido a uma lei da Marta que dobrou os iptus comerciais sendo que a area e uso de solo é a mesma. A troco de qual retorno? Nenhum.

          Ruas esburacadas na porta, asslatos na frente, tenho que pagar 3 seguranças, motoristas passando acima do limite e batendo em carros de clientes, imploramos lombadas e nada, e por ai vai.

          Não tem nada de Xenofobia. Só sou contra comunistas, sou a favor do trabalho decente e imposto justo. O problema do comunismo é que um dia o dinheiro dos outros acaba, só isto. O meu já esta acabando…

          1. Piorou…

            Rapaz, quanto mais você fala, mais piora.

            Comunismo??!!

            Você está na guerra fria?

            Na boa, reveja seus conceitos. Assim fica ridículo demais.

             

          2.  
            Bom talvez voce tenha

             

            Bom talvez voce tenha gostado do método Alckmin ( que não tinha nada de elitoreiro) de jogar a polícia, bombas e balas de borracha contra os usuários, que como pode se ver, deu excelentes resultados. 

            Cara,  oposição de verdade faz proposta séria, pare de ler Lobão, Olavo de Carvalho e Veja que poderá enxergar algo de mais conteúdo com viés de direita. 

             

          3. Odilon

            Você é muito bem vindo ao blog do Nassif.

            Coloque suas opiniões, divergencias e me parece suas frustações com as politicas publicas.

            Mas esteja preparado para o contraditório. E tenha certeza que este contraditório fará com que você reveja tuas opiniões.

             

      2. O cara já se entregou ao

        O cara já se entregou ao dizer que o ministro da justiça fica gastando tempo fazendo dossiês falsos. Ou seja corrupção dos tucanos é “dossiê falso”.

        Mentira que ele se revolta com desperdício de sua grana de contribuinte. Ele se revolta é com o fato da “gentalha”  eleger o PT porque este governa para eles. Ou seja, ele não se importa em ser enrabado. Dependendo de quem é a trolha, tudo bem

        PS: note que ele falou do Evo, e não do presidente da Colombia. De novo, o problema não é a cocaína. É a cocaína de “esquerda”. Se for de país neoliberal, ele não está nem aí 

        1. De fato

          alguém criticar Evo Morales (que pode ser criticado por várias outras coisas) por isso e não criticar Santos (ou mesmo Mujica) é uma desfaçatez.

          1.   Gunter, com todo o respeito

              Gunter, com todo o respeito que você merece: pergunte ao Odilon qual a opinião dele sobre união civil homossexual.

             

              Ademais, não me consta que Evo Morales seja traficante de drogas.

          2. Que tem a ver união civil homoafetiva?

            Por que incluir esse personalismo como resposta ao meu comentário? Você vai aderir a essa moda do blog também?

            Eu critico Haddad no que acho que deve ser criticado e elogio no que acho que deve ser elogiado e pronto. No caso do crack elogio.

            E quem está preocupado com Odilon? Nem sei quem é e nem procurei o comentário para ler. Apenas concordei com Juliano que criticar Evo nisso foi espúrio e seletivo. Se alguém quiser saber a opinião dele sobre união homoafetiva que pergunte, eu não estou curioso.

            Enfim…

            Evo Morales é criticado por reconhecer o cultivo de coca como uma atividade tradicional no país. Qual o problema de reconhecer que essa crítica é um equívoco?

            E Santos é conhecido por ser dos principais líderes da América Latina no avanço da discussão que a guerra internacional contra drogas é uma batalha perdida, contraproducente, qual é o problema em reconhecer que ele está certo nisso?

            Ambos estão do lado certo da História na complexa questão das drogas e pronto.

            E não cabe usar isso para criticá-los. E pior ainda para fazer críticas seletivas (criticar um e não criticar outro.)

            Fora isso ambos podem ser criticados por outras coisas, que não vêm ao caso para discutir minimização de perdas na questão de drogas.

            E a mim também não consta que nem Evo nem Santos sejam traficantes.

            x-x-x-x-x-x

            Mas, já que colocou a questão sobre união civil, e embora eu não seja preocupado em saber opiniões de Odilon a respeito e não ache isso relevante para debater toxicologia.

            Não vou recusar a escada oferecida…

            Evo Morales é famoso por declarações homofóbicas, do tipo que busca minimizar e invisibilizar as questões LGBT. Recentemente fez um ministro declarar que gays não são nem homens nem mulheres e por isso não podem servir nas FFAA. É por aí o nível. Fora aquela ‘gafe histórica’ de dizer que pessoas viram gays por consumirem carne de frango. Um horror.

            Mesmo assim Evo Morales sancionou a inclusão da criminalização da homofobia no código penal local.

            Manoel Santos não era presidente quando da formalização da União Civil Homoafetiva na Colômbia, em 2007. Teve recentemente a oportunidade de participar na discussão sobre Casamento igualitário que, como no Brasil, foi parar na corte suprema local. E lavou as mãos a respeito.

            Em relação a drogas, portanto, ambos têm posições que considero de razoáveis para modernas. Em relação a direitos LGBTs ambos vão do omisso à ‘esquerda beata’.

            x-x-x-x-x-x

            E Mujica, claro, está do lado certo em ambos os assuntos.

          3.   Gunter, peço desculpas e

              Gunter, peço desculpas e espero que a aceite.

              Li seu comentário – e entendi erroneamente que de certa forma (irônica) você corroborava a crítica vazia do Odilon.

             

              Não costumo incluir o “personalismo”, apesar de usar dele uma ou outra vez no caso de comentaristas que notoriamente entortam a lógica mas não arredam pé de sua posição.

              Bom, que fique registro do meu comentário equivocado e meu pedido de desculpas.

          4. Sem problemas, André.

            Claro que desculpas aceitas. Sou seu amigo, acompanho-lhe e sei que é do bem.

            Vamos passar a limpo algumas coisas.

            Eu sou apartidário, não sou apolítico. Acredito em política como modo de fazer as sociedades evoluírem.

            Eu acho que há uma série de mitos disseminados por interesses políticos, o da demonização de drogas leves é um deles. Infelizmente ainda muito disseminado, só nos últimos anos as sociedades estão acordando para o problema.

            Não houve uma medida relevante na área que eu não tenha elogiado. Indiquei links para a discussão em Espanha, Portugal, Uruguai, Colômbia, EUA. A questão em Bolívia e Peru é um pouco diferente porque se refere ao cultivo tradicional de uma planta para fins outros que o de drogas recreativas, mas não tenho críticas a Evo nisso também.

            Há várias outras politicagens ruins, como o uso de fundamentalismo na política, a crença de que é possível democracia sem respeito a minorias, a propaganda baseada em condições econômicas externas favoráveis, as indignações seletivas, as abordagens acientíficas sobre demografia, meio ambiente e papéis de gênero.

            Pense em direitos difusos, como o de todos nós de vivermos em sociedade não mesquinha que reconheça incondicionalmente direitos de Povos Indígenas e presidiários como exemplos de coisas graves.

            Tudo isso eu acho super importante. Eu foco em questões LGBTs porque são das que mais entendo, acompanho e vejo como andam manipuladas na política.

            É uma pena que um dos manipuladores seja o partido no momento candidato à reeleição. Paciência, não vou me calar nunca em função disso (claro, a não ser que derivemos para algo como a atual Rússia rsrs Brincadeira, sei que não acontecerá porque a classe média e mídia daqui não deixarão.)

            Para questões de valores e modernização institucional das sociedades, pode contar comigo, portanto.

            Quanto às discussões esquerda/direita note que nunca participo delas. Tirando alguns extremismos neoliberais e outros extremismo neostalinistas acho tudo isso uma farsa midiática. Todos, no fundo, ao redor do mundo, participam de um grande consenso.

            Há muita propaganda por vários lados desconsiderando coisas óbvias, como o fato de produção ser dependente de acumulação de capital, produtividade e relações internacionais de troca. 

            Também se esquece com frequência que há tendências universais de longo prazo para estatização/welfare state/liberalização, etc. E que pode haver defasagens no tempo de acordo com a maturidade das economias.

            Quem quer que seja de direita ou esquerda não pode se contrapôr a isso por passe de mágica. Tanto que não se notam mudanças relevantes de Bachelet para Piñera, de Alan Garcia para Humala.

            Relevância para economia política, de verdade, só vejo quando há mudanças profundas de capacidade de arrecadação do Estado. É isso que permite que investimentos seletivos ou políticas de promoção social possam ser financiadas.

            Então, não participo de discussões sobre Reforma Política, acho um ‘embromation’ geral, o ordenamento político e legislação eleitoral do Brasil já são bons. Também não dou corda a essas discussões sobre Leis de Meios, acho muito superestimadas.

            Nessa seara o que vale mesmo é discutir reforma tributária, mas como isso ninguém discute…

             

             

             

             

          5.   Uau, só você mesmo para

              Uau, só você mesmo para fazer um apanhado tão abrangente, e recheado de bom senso. Difícil discordar de você.

              E obrigado!

          6.  
            Mujica? Pô Gunter, querer

             

            Mujica? Pô Gunter, querer comparar o tráfico internacional com a proposta do Mujica é tão absurdo quando querer colocar as Farc no Uruguai como fez o Lobão no Roda Viva.

            Aliás, se é pra colocar no mesmo balaio por que não colocar os estado americanos que liberaram a venda, assim como no Uruguai ou a Holanda com seus Cofee Shops?

          7. Uai

            E eu coloco no mesmo balaio sim, porque apesar das abrangências diferentes são todas medidas no lado certo da História. 

            Eu apoio a legislação do Uruguai, da Holanda e dos estados norte-americanos de Colorado e Washington.

            E da Espanha e Portugal também.

            E acho a do Uruguai melhor.

            Parece que vocês não estão lendo direito:

            Criticar Evo e não criticar Santos e Mujica é parcial e contraditório. Foi exatamente isso o que eu disse. Eu concordei com Juliano na crítica que ele fez a Odilon.

            Eu não critico nenhum desses 3 políticos na questão de drogas. Não critico FHC também, aliás o elogio no assunto.

            E faço o mesmo discurso de Freixo.

            Já cansei de dizer que eu apoio a descriminalização no mínimo da maconha para redução de perdas, qual é a dúvida?

  35. “A lógica do novo modelo é

    “A lógica do novo modelo é que o ambiente modela as pessoas”, isso serve para várias situações. Tomara que de certo.

  36. Nádia Campeão, a 3ª prefeita de São Paulo

    Luiza Erundina, Marta Suplicy e Nádia Campeão. Fernando Haddad se reelege em primeiro turno em 2016. Em março de 2018, desliga-se da prefeitura para concorrer – e ser eleito – presidente da República. Nádia Campeão é, assim, a terceira mulher a ocupar a prefeitura de São Paulo. 

    1. Não concordo com isso, largar

      Não concordo com isso, largar um mandato de executivo para concorrer a outro. Criticaram tanto o Serra por isso, mas o Haddad pode?

      1.   Xará, QUALQUER UM pode. O

          Xará, QUALQUER UM pode. O problema é que estava na cara que o Serra queria a prefeitura como trampolim, tanto estava na cara que pediram a ele que assinasse um documento no qual garantia não sair da Prefeitura, caso eleito. E ele assinou, garantiu que não faria isso, etc…

          Todos nós sabemos o que aconteceu. É bem diferente do político estar em determinado cargo e tentar voos mais altos, algo natural.

          Se em algum momento pedirem a Haddad o mesmo que foi pedido a Serra e ele descumprir a promessa, eu concordarei com vc. Até lá, Serra continua sozinho nessa modalidade de estelionato eleitoral.

        1. Atenção

          É muito diferente largar um primeiro mandato, após decorridos apenas 15 meses, de usar o início de um segundo mandato como ponto para passar do municipal para o estadual.

          O que Serra fez em 2004/2006 foi equivocado sob vários aspectos. E continuou equivocado com a postura dele em 2008, enfim, é um caso quase único.

          Se Haddad deixar a PMSP só em 2018, após reeleito em 2016, acho ok.

          Se apoiaremos Haddad em 2016 ou 2018 é toda uma outra estória.

           

           

  37. Exagero meu, eu sei, mas…

    Exagero meu, eu sei, mas… reciclagem não é um termo adequada para pessoas.

    Ótima iniciativa do prefeito Haddad. São Paulo precisa de ideias novas e coragem.

  38. A mídia e o judiciário já

    A mídia e o judiciário já perceberam a grandeza do prefeito. Por isso estão trabalhando contra.

    É tj, stf, tc fazendo de tudo para atrapalhar a administração Haddad. Corredores de ônibus, IPTU… estão judicializando tudo, mas, Fernando Haddad está muitas léguas à frente dos derrotistas.

    1. 2, 3 meses não, vamos ver

      2, 3 meses não, vamos ver depois de 2 ou 3 meses DEPOIS DA COPA.

      Outra coisa importante é que o sistema de saúde que deveria acolher estas pessoas é de responsabilidade do ESTADO e da FEDERAÇÃO!, o município pouco pode fazer para oferecer a infraestrutura necessária para estas pessoas, incluindo todos os infinitos CAPS e CAPS-ad que faltam pelo brasil afora.

      1. Pessimismo

        Colocar a paixão política acima da razão derruba o otimismo de qualquer um. Ações assim, seja PSDB ou PT, sempre serão válidas. São tentativas. Pena que “dar o braço” a torcer é algo em falta em nosso povo.

        1. Também acho

          Bem que seria bom que essa postura se espalhasse pelo país. Bons resultados na política vêm de ações que se notam positivas para toda a sociedade, o que é o caso das ações que recuperam dignidade e minimização de perdas.

          Temos que dizer que Alckmin, Cabral e Gleisi estiveram errados ao dar corda ao discurso proibicionista (em geral) e de detenção involuntária (em particular)

          Do mesmo modo, que bom seria que as pessoas esquecessem de queixumes em relação a FHC e o ouvissem no que se refere a maconha.

           

          1. vale lembrar que, para além

            vale lembrar que, para além de qualque “paixão política”, o governo federal é quem está impulsionando o PLANO DE ENFRENTAMENTO DO CRACK, que milita justamente por todas as coisas contrárias a esta medida do Haddad, dando dinheiro na mão de gente completamente despreparada e com metodologias espirituais para lidar com o problema da toxicomania.

            Fica aqui o aplauso à iniciativa experimental do Haddad e a necessária comparação com o plano proibicionista e medieval do seu mesmo partido na esfera Federal.

    2. Cedo? Já tem dois dias

      Cedo? Já tem dois dias inteiros! É um sucesso!

      Enfim, pra um problema complicado e ferrado como é o do crack, seria bom mais cautela nas avaliações. Pode ser um bom programa se houver, depois de algum tempo, alguma coisa mais forte pra tirar as pessoas do vício. Ao contrário do que crêem alguns comentaristas aqui, NÃO DÁ PARA CONVIVER SOCIALMENTE sendo viciado em crack. Crack não é aquele cigarrinho de maconha que os bacanas fumam de vez em quando pra dar uma relaxada. Se você não largar o crack, ele vai acabar com vc. E em pouco tempo.

  39. Centro Vida Livre

    Quero aproveitar o momento oportuno para indicar um lugar com um trabalho pioneiro que visa ajudar as pessoas que querem, voluntariamente, se livrar dos vícios, das coisas que não querem mais em suas vidas.

    Vida Livre

    Sobre

    Centro de Reabilitação focado na recuperação de pessoas com problemas de depressão, transtornos alimentares, alcoolismo e dependência de drogas.Missão≈ Oferecer um programa completo e diferenciado para o enfrentamento de transtornos emocionais, do uso abusivo e da dependência de substâncias químicas.

    ≈ Prestar serviços terapêuticos, em regime de imersão voluntária, que abranjam a totalidade do indivíduo e permitam ao paciente entrar em contato com as reais causas de seu transtorno comportamental, entender verdadeiramente sua realidade interior e atuar em sua modificação.

    ≈ Possibilitar a reabilitação psicossocial do indivíduo afetado pelo uso abusivo ou pela dependência de substâncias químicas, bem como por transtornos emocionais tais como depressão, ansiedade, transtornos obsessivos, compulsivos e fobias.

    ≈ Identificar formas inovadoras e eficazes de atuar em parceria com as empresas.

    O Centro de Recuperação Vida Livre realizará sua missão através de:

    √ Conhecimento – tendo profissionais capacitados e altamente qualificados em todas as funções, propiciando-lhes desenvolvimento contínuo e compartilhado.

    √ Respeito – priorizando o respeito como fator de segurança, valorizando as pessoas, o trabalho em equipe, a ética e o profissionalismo na busca de resultados.

    √ Segurança – garantindo total controle e funcionamento dos processos, antecipando os problemas.

    √ Seriedade – primando pela seriedade na execução de todos os processos.Informações gerais≈ Atender com qualidade e ser reconhecido como referência no tratamento de pessoas afetadas pelo uso abusivo ou pela dependência de substâncias químicas, ou por transtornos emocionais tais como depressão, ansiedade, transtornos obsessivos compulsivos e fobias.

    O Centro de Recuperação Vida Livre realizará sua visão através de:

    √ Inovação – com investimentos constantes em novos processos terapêuticos que permitam a identificação das reais causas dos transtornos comportamentais sem o uso de medicamentos.

    √ Excelência – buscando sempre a excelência no atendimento dos pacientes e na execução dos serviços prestados.DescriçãoLocalizado a 35km de São Paulo, em 60.000m2 de verde, o Centro de Reabilitação Vida Livre está preparado para receber, em regime de internação voluntária, pessoas com problemas de depressão, transtornos alimentares, alcoolismo, uso abusivo ou dependência de substâncias químicas.
    Contamos com uma equipe de profissionais com larga experiência em abordagens e técnicas multidisciplinares que, sem o uso de medicamentos, obtém resultados efetivos, já experimentados há mais de 18 anos.
    Adotamos uma abordagem integral, que permite ao paciente resgatar sua saúde em todos os aspectos, do emocional ao físico, capacitando-o a refazer seu projeto de vida mediante a adoção de novos hábitos, saudáveis e produtivos.

    https://www.facebook.com/vidalivreorg/info

  40. Além do grande mérito de

    Além do grande mérito de encarar as pessoas com tal e não como estorvos “atrapalhando o tráfego”, o Braços Abertos procura romper com a lógica de que só ficando “limpo” (olha quanta conotação aí), é que se tem solução. Nem os santos e santas tiveram uma vida linear, sempre em frente e para o alto. É claro que muitos vão desistir de participar, muitos vão entrar para reduzir danos e não para eliminar o consumo. Mas todos estão sendo vistos como pessoas e, nessa condição, passíveis de tomar decisões, se não imediatamente, em algum tempo futuro. Os CAPs AD vão dar conta? Não sei? A rede de saúde vai ser capaz de atender a demanda? Deve haver doenças concomitantes, necessitando de acompanhamento, medicação, até disciplina para seguir as orientações. São muitos obstáculos, mas uma perspectiva completamente diferente de como enfrentá-los.

    A atenção maior e maior preparo para enfrentar são aqueles apontados por diversos comentaristas: mp, pgr, stf, candidatos a candidatos, etc.. etc..

  41. Ainda não tenho certeza que resolverá

    Pessoal é muito louvável a atitude, mas tem um enorme caminho a trilhar.

    Se não houver uma parceria e não existir uma garantia de emprego, eles voltaram as ruas. A questão básica esta elencada no artigo do Nassif, “Se eu largar as drogas o Sr. promete que me da um emprego de carteira assinada!”.

    É ai que está o X da questão!

    Este serviço de varrição de rua só terá êxito por um pequeno espaço de tempo, sem uma progressão papável, em breve se recusarão a prestar este serviço e voltarão as calçadas. Oferecer cursos de capacitação e jogarem eles a próprias sorte no mercado de trabalho não ira resolver, não serão contratados pelas empresas, este projeto exige um engajamento muito maior da sociedade e vai muito mais além dos usuários de drogas, ele passa também pelos ex presidiários que alimentarão uma nova onda de abandonados nas ruas.

    Por um lado é melhor fazer alguma coisa do que não fazer nada, mas, não vejo ainda esta solução para a situação. O problema é muito mais grave do que parece. Ele é muito mais profundo! Pessoas com o mesmo perfil destes usuários alimento o crime organizado nas duas extremidade: Como consumidores de drogas e soldados. A Origem é a falta de emprego e oportunidades. Muitos viveram de subempregos à subempregos com longos períodos de inatividade, é ai que é plantada a origem do crime. Quando vc não tem suas necessidades básicas garantidas ou vai para a sarjetas ou para o crime.

    Não quero ser hipócrita! Não posso aplaudir a iniciativa do Haddad! Ainda é preciso assistir tudo e ver como irá se desenrolar, não vejo solução sem um pacto nacional.

    Este cancer é muito maior do que parece, estão apenas colocando esparadrapos sobre as feridas expostas, mas, não vejo ainda uma mobilização nacional para o tratamento da doença em sua origem e causas. Para mim ainda é uma forma de hifenização um pouco mais perfumada.

    Para que não haja mau entendidos. Meu voto é Dilma 2014 e se votasse em São Paulo seria Haddad. Mas quero mais coragem e compromisso para enfrentarem a raiz do problema.

    1.  
      André, dar emprego e

       

      André, dar emprego e visibilidade é o primeiro passo, não é o fim. Ninguem sai de dependência de drogas apenas trabalhando, seja num escritório seja varrendo rua.

      Essas pessoas estão em situaçõa extrema, muito extrema. Dar um emprego ainda que de meio período e incluí-lo em curso de capacitação é recolocá-lo no padrão normativo que a nossa sociedade acredita como ideal: “Quem trabalha não é vagabundo, não usa droga, produz, etc e tal.

      A partir do momento em que aceitam a ajuda no padrão que nossa sociedade considera ideal, eles são aceitos e reconhecidos como “pessoas de bem” e podem participar do padrão “ideal” de sociedade. Como está no texto do Nassif um dono de botequim não nega um copo d´água a um gari, (que está trabalhando e de passagem) mas nega a um sujeito maltrapilho que pode espantar sua clientela.

      Muitos dos que estão ali poderão recomeçar suas vidas varrendo rua e quem sabe, aqueles que tem diploma, exercer no futuro a sua profissão. Quebrar a rotina de consumo de droga e mendicância para conseguir mais droga é um passo que essas pessoas resolveram se dar.

      Nem todos os usuários da cracolandia vão aceitar a proposta da prefeitura, mas para aquelas que aceitaram talvez estivesse faltando apenas isso: alguém que oferecesse uma ajuda e apoio, não apenas bombas e balas de borracha.

      1. Muito superficial Hugo

        Hugo sua visão é muito superficial, ela não abrange osmotivos que levaram o cidadão as drogas, além de sonhadoras, não existe mercado de trabalhos para estas pessoas. O subemprego e a discriminação as levaram a rua novamente.

        Os fatores indutores não são atacados. Estão despresando demais os fatores indutores, aqueles que os levaram as drogas a as situações que os levaram a sarjeta. O problema é social e tem raizes dentro das familias, não importa, rico ou pobre acabam se envolvendo com drogas. Os motivos são diversos no primeiro momento as drogas funcionam como uma valvula de escape para situções que estas pessoas não suportam.

        Dignidade não está em um cidadão receber um copo de agua, mas em ser respeitado. Ai é a maior dificuldade, como restaurar a dignidade destas pessoas, não será com subempregos. Elas precisam de estabilidade e um ambiente que indique possibilidade de satisfação e prazer. Nossa sociedade não funciona assim! Nos vivemos em uma sociedade muito instável, todo mundo morre de medo de perder o emprego, as cobranças dentro do seio familiar por resultados geram estresses pesados. Hoje querendo ou não é mais facil aumentar o numero de dependentes do que diminulos.

        Este projeto abrange só 300 individuos, mesmo assim, só será significativo se for levado a sério com acompanhamento tanto do estado quanto da familia, estas pessoas já são rejeitadas pela própria familia, não da para culpar, mas elas possuem boa parte da culpa, não por abandonalos, e muito menos por permitirem que eles usassem drogas, mas pequenas coisas dentro do seio da familia de da sociedade os conduziram a este caminho sem volta.

        A droga é um cancer da sociedade, mas se não fossem as drogas seriam suicidios sem esplicação! Eu vejo todo este assunto (droga, crime) tratado com muita superficialidade, ou de maeira muito escrota como, desculpe o Obelix, tem que taxar e discriminar é sua sugestão. Isto foi embutido e sua consciencia por anos a fio, vc também é um “Homer Simpson”.

        Para mim, crime, droga, desagregação da família, miséria, e muitas doenças comportamentais estão diretamente ligadas ao estresses da sociedade conteporanea.

        O erro esta no sistema, para corrigir terá de haver uma mudança drastica de valores. Ai te pergunto quem está preocupado? As pessoas que enriquessem com este sitema? Duvido muito! A sociedade? Duvido muito ela esta cega presa a paradigmas preconceitousos e de invidulismo social.

        Então, não acredito em solução. Seria necessario uma concientisação de massa que vai muito além do tratamento, mas de se reverem conceitos dentro da sociedade que é individualista.

         

    2. A iniciativa tem várias
      A iniciativa tem várias etapas. Não dá pra afirmar que uma delas não vai ocorrer e então dizer que não presta. TODAS as iniciativas, até as higienistas, necessitam em algum momento que o indivíduo trabalhe para que se integre efetivamente. Ou isso, ou é o isolamento eterno ou se mata ele.

  42. Não sou o fã número um de Haddad não

    Inclusive sei que militantes LGBT aguardam resposta satisfatória (que não virá) para algumas questões “esquisitas” (fechamento do Autorama e punição seletiva de estabelecimentos da R. Vieira de Carvalho, entre elas.)

    Mas acho que essa política nova em relação à Cracolândia é realmente um GOL e fiz questão de elogiá-la e divulgá-la no facebook. Inclusive o primeiro link que virou post sobre o assunto aqui foi indicação minha.

     

    1.   Não sei exatamento do que

        Não sei exatamento do que se trata, mas o que aconteceu com “fechamento do Autorama e punição seletiva de estabelecimentos da R. Vieira de Carvalho, entre elas.”, Gunter? Não entendi.

      1. São dois episódios recentes.

        “Autorama” é um trecho frequentado à noite por LGBTs e que moradores do Ibirapuera pressionaram Haddad a fechar. Pegou mal por vários motivos:

        – a ação foi concomitante ao “Ibirapuera 24 horas” (ou seja, é contraditória)

        – existia desde o governo Figueiredo/Paulo Maluf/Paulo Egydio 

        – quando Serra se indispôs contra o Autorama a reação foi imediata e em uma semana ele voltou atrás (não há notícia mas possivelmente com oposição dos vereadores do PT a Serra)

        – a CADS municipal, embora governista (por óbvio, são cargos de confiança) criticou mas não teve resposta.

        Então ficou uma sensação de higienismo puritano. O que o prefeito fez não é ilegal, claro, mas é necessário? Qual o sentido de uma repressão que nem a ditadura fez?

        A Vieira de Carvalho é uma rua com vários bares de frequência LGBT que colocavam mesas na calçada como previsto por lei (1/3 da largura) Na noite do 29 de dezembro, aproveitando-se o período de férias talvez, houve um rapa no qual a prefeitura recolheu todas as meses, cadeiras e inclusive balcões de dentro dos estabelecimentos. Isso circulou no facebook mas não foi noticiado pela imprensa.

        Ocorre que não houve notícias da mesma operação afetar outros locais da cidade e viu-se que bares hétero da Av. Ipiranga não foram afetados. A PMSP alega descumprimento da lei, mas os estabelecimentos alegam estarem dentro da lei.

        Novamente pareceu higienismo seletivo (porque apenas bares LGBT?), injusto (os bares seguiam, presumidamente, a lei) e motivado por pressão de moradores de bairro.

        Já aconteceu faz 20 dias, posso lhe mandar os links das discussões no facebook a respeito. Mas não houve resposta da prefeitura. Tem um artigo com o título sugestivo de “Noites de Richetti” ou algo assim…

        A gestão Haddad posa de inclusiva ao dobrar a verba para Parada Gay e colocar um video sobre visibilidade lésbica em ônibus, mas, com a outra mão toma atitudes como essas e não dá respostas.

        E sabemos que o apoio de partidos fundamentalistas na Câmara é vital para a prefeitura aprovar medidas como o aumento do IPTU (com o qual concordo) e faixas exclusivas de ônibus (com o que concordo.)

        Só que ficou um certo ar de reprodução no plano municipal de concessões comuns no plano federal.

        Alguém vai sair atrás de ocupações irrelgulares de terrenos por templos? Vai sair atrás de barulho provocado pelos mesmos? Duvidamos muito, não é mesmo?

        Então, enquanto essas ações não forem explicadas não me considero reeleitor potencial de Haddad.

        O que não me impede, claro, de reconhecer a correção dessa ação em relação a dependentes de crack.

         

        1.   Ah, entendi. É, são medidas

            Ah, entendi. É, são medidas no mínimo antipáticas. (Quanto aos links, não tenho mais FB, cansei meio de cara)

            Não tenho a menor dúvida que boa parte dos erros do governo federal têm o dedo de Dilma, mas o Haddad mal completou 1 ano de mandato, sei que você não tem porquê concordar mas dada a postura dele (p. ex., nesse caso do crack mesmo) eu prefiro acreditar, até o momento, que medidas assim são obra de sinhozinhos feudais dentro da Prefeitura. Claro, se for uma tendência a se manter ao longo dos 4 anos dele vai mesmo parecer mais uma maldita concessão à “base aliada”.

            Por sinal, nessa questão de concessões à “base…” tô contigo e não abro, como de vez em quando escrevo por aqui (mesmo que ninguém se importe de ler, rs).

           

           

          1. Oi André, é por aí mesmo

            É uma pena que vc não tenha mais facebook, tem melhorado muito no último ano, não é mais o festival de futilidades que era em 2010. Ficou uma rede social mais “adulta”.

            Eu até concordo com a maioria dos atos de governo de Haddad, acho que é melhor gestor que Kassab ou Serra. Até mesmo que Marta.

            Mas não tenho simpatia por Haddad desde que ele cancelou o Escola sem Homofobia uma semana após tê-lo elogiado em entrevista. Hipocrisia é pouco.

            Depois li comentários de gente que trabalha no MEC.

            Só votei nele porque achava Serra pior. Minha rejeição ao Serra, no entanto, não é ideológica, é ao estilo dele.

            Olha, do jeito que as coisas evoluíram (melhor, involuíram) nos últimos anos, eu estou assim:

            Só voto no PT ou no Haddad se o antagonista for Serra.

            Se for Alckmin vou preferir Alckmin mesmo.

            E não adianta alguém me chamar de “coxinha”. Como meus amigos coxinhas são sempre simpatizantes a LGBTs e meus amigos petistas nem sempre (por terem o constrangimento de defender essa bomba de governo), tenho me sentido muito mais à vontade em ser ‘coxinha’. Ainda mais em um estado onde o PSDB é tão popular no nível estadual como o PT no nível federal. E o PSB que prefiro agora, tende a apoiar PSDB aqui no estado.

            E o ‘progressismo’ anda me dando medo. Sinceramente. Eu sinto calafrios cada vez que leio um ‘progressista’ defendendo Putin ou criticando Obama.

            E não adianta muito dizer apenas que se é contra as coligações do governo. A única linguagem que o PT entende é o voto. E a mídia.

            Ou dizemos que não votamos mais no PT, ou apoiamos a Globo. Não há outro caminho, pois foi o PT que mudou, não nós.

            é só questão de tempo para as pessoas perceberem.

  43. Desfazendo mitos

    O que o artigo abaixo demonstra, eu já havia notado na prática. No meio da construção civil, conheci inúmeros usuários que fogem ao perfil que normalmente associamos aos usuários de crack: zumbis esquálidos com que cruzamos em várias regiões da cidade. Há usuários que fogem à esta regra.

    Não se trata de apologia do uso, que causa problemas visíveis ao usuário, mas não será lidando com estereótipos que conseguiremos a redução de danos à sociedade e a seus usuários individualmente.

    Louvo a iniciativa da Prefeitura, que parte deste pressuposto: Lidar concretamente com o fato. Espero que haja a continuidade do programa, pois a sua eficiência ou não só poderá ser medida após anos de manutenção de sua prática.  

    Importante frisar que a questão das drogas deve sempre ser encarada sob a perspectiva da redução de danos. Não existe um remédio definitivo para o assunto. Os países com melhores resultados no combate à droga trabalharam com esta perspectiva. Os países que atuaram exclusivamente através da repressão, obtiveram somente resultados de curto prazo, quando conseguiram. Lembremos das desastradas operações da gestão anterior. Tiveram como resultado, espalhar por toda a cidade um fenômeno antes localizado.  

     

    Do Outras Palavras

    Crack: novos estudos desmentem os mitos– 23 DE SETEMBRO DE 2013

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    crack1

    Nos EUA, uma pesquisa intrigante revela: ideia da “dependência para sempre” é absurda; deve-se oferecer oportunidades, ao invés de estigmatizar usuários

    No New York Times, com tradução do blog Desentorpecendo a Razão

    Muito antes de ele trazer pessoas para seu laboratório, na Universidade de Columbia, para fumar crack, Carl Hart viu os efeitos da droga em primeira mão. Crescendo na pobreza, ele assistiu os parentes se tornarem viciados em crack, vivendo na miséria e roubando de suas mães. Amigos de infância acabaram em prisões e necrotérios.

    Esses viciados pareciam escravizados pelo crack, como ratos de laboratório que não conseguiam parar de pressionar a alavanca para obter mais cocaína, mesmo quando eles estavam morrendo de fome. O crack fornecia a poderosa dopamina ao centro de recompensa do cérebro, de modo que os viciados não poderiam resistir a uma outra dose.

    Pelo menos era assim que Dr. Hart pensava quando ele começou a sua carreira de pesquisador na década de 1990. Como outros cientistas, ele esperava encontrar uma cura para o vício neurológico, algum mecanismo de bloqueio da atividade da dopamina no cérebro, de modo que as pessoas não sucumbissem ao desejo de outra forma irresistível para a cocaína, heroína e outras drogas altamente viciantes.

    Mas, depois, quando ele começou a estudar os viciados, ele viu que as drogas não eram tão irresistíveis, afinal.

    “Oitenta a 90 por cento das pessoas que usam crack e metanfetamina não ficam viciadas”, diz o Dr. Hart, professor associado de psicologia. “E o pequeno número de pessoas que se tornam viciadas não se parecem com as populares caricaturas de zumbis.”

    Dr. Hart recrutou viciados oferecendo-lhes a chance de fazer 950 dólares, enquanto fumavam crack feito a partir de cocaína farmacêutica. A maioria dos entrevistados, assim como os viciados que ele conheceu crescendo em Miami, eram homens negros de bairros de baixa renda. Para participar, eles tinham que viver em uma enfermaria de hospital por várias semanas durante o experimento.

    No início de cada dia, com pesquisadores assistindo através de um espelho unidirecional, uma enfermeira colocava uma certa dose de crack em um tubo – a dose variava diariamente. Apesar de fumar, o participante ficava de olhos vendados para que não pudesse ver o tamanho da dose desse dia.

    Em seguida, depois do uso inicial, eram oferecidas a cada participante mais oportunidades, durante o dia, para fumar a mesma dose. Mas, a cada vez que a oferta era feita, os participantes também podiam optar por uma recompensa diferente, a qual poderiam obter quando finalmente deixassem o hospital. Às vezes, a recompensa era de US $ 5 em dinheiro, e às vezes era um voucher de R $ 5 para mercadoria em uma loja.

    Quando a dose de crack era relativamente alta, o participante, normalmente, escolhia continuar a fumar durante o dia. Mas quando a dose era menor, era mais provável a escolha do prêmio alternativo.

    “Eles não se encaixavam na caricatura do viciado em drogas que não conseguem resistir à próxima dose”, disse Hart. “Quando eles receberam uma alternativa para parar, eles fizeram decisões econômicas racionais.”

    Quando a metanfetamina substituiu o crack como o grande flagelo da droga nos Estados Unidos, Dr. Hart trouxe viciados em metanfetamina em seu laboratório para experimentos semelhantes – e os resultados mostraram decisões igualmente racionais. Ele também verificou que quando aumentou a recompensa alternativa para US $ 20, os viciados em metanfetamina e crack escolheram o dinheiro. Os participantes sabiam que iriam receber o dinheiro somente no fim do experimento, semanas depois, mas eles ainda estavam dispostos a esperar, abrindo mão do prazer imediato da droga.

    As descobertas feitas Dr. Hart o fizeram repensar tudo o que ele tinha visto na juventude, como ele relata em seu novo livro, Alto Preço. É uma combinação fascinante de memórias e ciência: cenas dolorosas de privação e violência acompanhadas por análise serena do histórico de dados e resultados de laboratório. Ele conta histórias horripilantes – sua mãe o atacou com um martelo, seu pai encharcado com um pote de calda fervente – mas então ele olha para as tendências que são estatisticamente significativas.

    Sim, diz ele, algumas crianças foram abandonadas pelos pais viciados em crack, mas muitas famílias de seu bairro foram dilaceradas antes do crack – incluindo a sua. (Ele foi criado em grande parte por sua avó.) Sim, os primos se tornaram viciados em crack, vivendo em um galpão abandonado, mas tinham abandonado a escola e estavam desempregados, muito antes do crack.

    “Parece haver muitos casos em que as drogas ilícitas têm pouco ou nenhum papel para a ocorrência daquelas situações degradantes”, escreve o Dr. Hart, agora com 46 anos. Crack e metanfetamina podem ser especialmente problemáticas em alguns bairros pobres e áreas rurais, mas não porque as próprias drogas são tão potentes.

    “Se você está vivendo em um bairro pobre privado de todas as opções, há uma certa racionalidade em continuar a tomar uma droga que vai lhe dar algum prazer temporário”, disse o Dr. Hart em uma entrevista, argumentando que a caricatura de viciados em crack escravizados vem de uma má interpretação das famosas experiências com ratos.

    “O principal fator é o ambiente, se você está falando de seres humanos ou ratos”, disse Hart. “Os ratos que continuam pressionando a alavanca para a obtenção de cocaína são os que foram criados em condições solitárias e não têm outras opções. Mas quando você enriquece o seu ambiente, dando-lhes acesso a doces e deixando-os brincar com outros ratos, eles deixam de pressionar a alavanca”.

    “Guerreiros contra as drogas” podem ser céticos em relação a seu trabalho, mas alguns outros cientistas estão impressionados. “O argumento geral de Carl é persuasivo e referendado pelos dados”, disse Craig R. Rush , um psicólogo da Universidade de Kentucky que estuda o abuso de estimulantes. “Ele não está dizendo que o abuso de drogas não é prejudicial, mas ele está mostrando que as drogas não transformam as pessoas em lunáticos. Elas podem parar de usar drogas quando são fornecidos reforçadores alternativos”.

    Uma avaliação semelhante vem de Dr. David Nutt , especialista britânico sobre abuso de drogas . “Eu tenho uma grande simpatia com a visão de Carl”, disse Nutt, professor de neuropsicofarmacologia do Imperial College London. “O vício sempre tem um elemento social, e este é ampliado em sociedades com poucas opções de trabalho ou de outras formas de encontrar satisfação.”

    Então, por que manter o foco tanto em medicamentos específicos? Uma razão é a conveniência: É muito mais simples para os políticos e jornalistas se concentrarem nos males das drogas do que lidar com os grandes problemas sociais. Mas o Dr. Hart também coloca parte da culpa sobre os cientistas.

    “Oitenta a 90 por cento das pessoas não são afetadas negativamente pelo uso de drogas, mas, na literatura científica, quase 100 por cento dos relatórios são negativos”, disse Hart. “Há um foco distorcido em patologia. Nós, os cientistas, sabemos que temos mais dinheiro, se continuarmos dizendo ao governo que vamos resolver este terrível problema. Temos um papel desonroso na guerra contra as drogas”.

     

    1. Prezado Gilberto,
      O texto é

      Prezado Gilberto,

      O texto é revelador.

      Há uma entrevista hoje no blog com o Dr Hart, aqui:https://jornalggn.com.br/noticia/as-pesquisas-do-neurocientista-carl-hart-sobre-o-consumo-de-drogas, que também nos traz alívio conceitual (teórico) para uma nossa intuição, que parte de uma reflexão simplória:

      Nenhuma das outras drogas legais produzem os efeitos “devastadores” e “absolutos” dos que são associados a drogas proscritas, principalmente o crack, droga de esolha dos mais pobres, pela questão do preço (embora não usado especificamente por eles), então, se elas agem de forma mais ou menos parecida nos campos neuroquímicos, estão associadas ao mesmo contexto (recreativo e cultural), por que apenas sobre elas (as drogas proscritas) recaem toda censura e estigmatização, baseadas nestes exageros?

      São escolhas: políticas, comercais, empresariais, de classe, mas principalmente, morais (religiosas ou não).

      A partir daí todo um sistema de repressão e controle é criado, com os resultados de sempre (fracasso), mas que alimentam negócios e agendas políticas, mesmo diante de evidências gritantes de que não se pode abordar o abuso de drogas por lógicas maniqueístas ou morais.

      Trabalhadores do corte de cana e de outras colheitas no interior de SP usam crack para diminuir os efeitos do cansaço que as jornadas cada vez mais brutais cobram dos seus corpos, que vivem 10 a 15 anos a menos, em média, quando comparados a outras atividades.

      No interior deste mesmo estado (SP) há unidades católicas que tratam padres alcoólatras, pela exposição ao vinho.

      A categoria médica, submetida aos efeitos da proletarização do exercício da medicina, conta índices alarmantes de abuso de álcool e medicamentos controlados, justamente pelo fácil acesso.

      O mercado farmacêutico brasileiro é um dos maiores do mundo, e um dos que mais cresce. 

      Mas apenas um tipo de usuário é tratado como lixo.

      Por que será?

      Saudações.

      1. Obelix

        Fiz um comentário depoimento no outro post, afirmado que vi em meus 50 anos de vida e pelo menos 35 convivendo com pessoas que buscaram o caminho das drogas ilicitas e licitas.

        O problema é social e muito mais profundo infelizmente.

  44. Até que enfim!

    Já ouvi todo tipo de bobagem sobre o assunto. Até que enfim alguém ouviu a voz da razão e, principalmente, dos dependentes, antes tratados como coisas indesejáveis, e não como seres humanos que sofrem de sua própria sorte, sem emprego e jogados na sarjeta.

    Como minha vó já dizia, ser pedra é fácil, duro é ser vidraća!

  45. Eu não quero estragar a

    Eu não quero estragar a alegria de vocês, mas redução de danos jamais poderia ser considerado como tratamento, uma vez que o abandono do uso de drogas é opcional. A redução de danos é, por definição, práticas e políticas voltadas para doentes que são incapazes ou que não tenham vontade de largar o vício.

    Deixo um texto para os que queiram se saber mais do que se trata: http://www.ihra.net/files/2010/06/01/Briefing_what_is_HR_Portuguese.pdf

    1. Vito, eu também não quero
      Vito, eu também não quero estragar nada, mas largar o vício não é o objetivo mesmo. O lance é acabar com o dano social. Muita gente bebê e fuma legalmente, são viciados e prejudicam a saúde, mas não causam impacto social relevante. Pelo contrário, se parassem de fumar e beber causariam problemas econômicos e sociais sérios ao país.
      Se você ver um usuário desses integrado socialmente não se sentirá incomodado. É esse o desafio e não ficar dando murro em ponta de faca, negando cidadania ou condicionando-a a obrigações que o viciado não tem como cumprir.

      1. Impacto social

        Prezado Balbino,

        Este é um ponto crucial para tratar o tema. Talvez seja o único relevante, haja vista que nosso ordenamento não pune a autolesão, e nem há como controlar escolhas pessoais.

        O que se pode é tentar controlar os ambientes que levam a estas escolhas ou os efeitos delas (as escolhas).

        Neste sentido, do ponto de vista sanitário, o uso de drogas lícitas tem desdobramentos nos sistemas de saúde e previdenciários importantes, e não podemos  afastar este debate, principalmente pelo olhar de quem não usa tais substâncias e acaba pagando o tratamento de quem as usa (e que são caros, como é o caso da relação do câncer com a nicotina).

        Mas nem assim dá para usar uma pegada policialesca ou criminal.

        As saídas mais inteligentes, junto com a visão humanitária e sanitarista, são o aumento de preços ou a sobrecarga tributária, se bem que há o risco de aparecimento de subprodutos clandestinos.

        Como vemos, não é um problema fácil, e não há frases prontas.

        Saudações.

      2. Logo, não pode ser chamado de

        Logo, não pode ser chamado de tratamento. Se você trata uma pressão alta o objetivo é controlar a pressão, Diabetes, pneumonia seguem princípio igual ou semelhante. Na redução de danos, nem a redução do consumo é o objetivo, exemplo: fornecimento de seringas para viciados em heroína, o objetivo não é tratamento do vício tampouco redução do uso da droga e sim evitar contaminação pelo vírus do HIV. Meu comentário não faz juízo de valor, até por que é uma área controversa, há estudos que dizem quemdá certo e há os que dizem o contrário.

        1. Pneumonia se cura. Não se
          Pneumonia se cura. Não se fala em cura para algumas diabetes e hipertensão, mas em tratamento contínuo para controle. A e iniciativa, portanto, é tratamento também.
          O viciado pode vir a largar a droga depois da recuperação social. Espera-se isso dele e grande parte vai fazê-lo em pouco tempo, mas o tratamento não vai estipular prazo ou obrigação.

          1. Veja que eu não usei o termo
            Veja que eu não usei o termo cura no meu comentário justamente para não abrir esse flanco, pois não foi por aí que fiz a comparação , meu ponto é outro, são os objetivos, mas como você comentou ainda assim, eu digo, leia o o pdf que linkei. O objetivo não é curar ou controlar o vício e sim danos relacionados a ele. A princípio pode parecer tudo a mesma coisa, mas não é, um usuário pode estar integrado a um programa de redução de danos e continuar com seu consumo habitual. Não existe o propósito de tratar o vício e sim reduzir seu impacto na saúde e nas relações sociais daquele indivíduo.

          2. Ok, Vitor. Mas você usou

            Ok, Vitor. Mas você usou “tratamento” em sua réplica e eu aproveitei a deixa. Você acerta quando lembra que a redução de danos foca nos problemas não diretamente causados pelas substância toxica, como o risco de contrair AIDS pelo uso de seringa contaminada. Mas também não dá para o usuário manter consumo habitual se o objetivo também é reintegrar-se na sociedade. A redução é a reintegração estão ligadas e é fundamental.

            A experiência européia tem suas peculariedades e se inicia mesmo com a preocupação com a AIDS (grave problema de saúde pública) e não com a reintegração social do viciado. A iniciativa paulistana, pela própria característica do crack, foca na ressocialização.

        1. O que me deixa um tanto

          O que me deixa um tanto impressionado pelo número de estrelinhas do meu primeiro comentário é a provável preguiça de muitos, que imagino não abriram o link para ler o documento da Associação Internacional de Redução de Danos.

           

          Para esses eu faço um copy/paste: 

           

          O que é redução de danos? Uma posição oficial da Associação Internacional de Redução de Danos (IHRA) Redução de danos é um conjunto de políticas e práticas cujo objetivo é reduzir os danos associados ao uso de drogas psicoativas em pessoas que não podem ou não querem parar de usar drogas. Por definição, redução de danos foca na prevenção aos danos, ao invés da prevenção do uso de drogas; bem como foca em pessoas que seguem usando drogas. Redução de danos ganhou maior dimensão depois do reconhecimento da ameaça da disseminação do HIV entre e a partir de pessoas que usam drogas. Entretanto medidas similares vinham sendo usadas por mais tempo e em outros contextos para uma série de outras drogas. Redução de danos complementa outras medidas que visam diminuir o consumo de drogas como um todo. É baseada na compreensão de que muitas pessoas em diversos lugares do mundo seguem usando drogas apesar dos esforços empreendidos para prevenir o início ou o uso contínuo do consumo de drogas. Redução de danos também aceita o fato de que muitas pessoas não conseguem ou não querem parar de usar drogas. Acesso a um tratamento adequado para o uso de drogas é importante para pessoas que têm problemas com as drogas, mas muita gente não tem acesso ou não consegue parar de usar. Além do mais, a maioria das pessoas que usam drogas não precisam de tratamento. Existe uma necessidade de prover pessoas que usam drogas com opções que minimizem os riscos de continuarem usando drogas e acabarem causado danos a eles próprios ou a outros. É portanto essencial a existência de informações, serviços e outras intervenções de redução de danos que ajudem as pessoas a se manter seguros e saudáveis. Deixar as pessoas morrerem ou adoecerem por uma causa evitável, não é uma opção. Muitas pessoas que usam drogas preferem utilizar maneiras informais e “não clínicas” para diminuir seu consumo de drogas ou pelo menos diminuir os riscos associados ao consumo. Esta curta declaração esclarece quais são as principais características da Redução de Danos. Este documentotem a intenção de abranger toda sorte de drogas psicoativas incluindo drogas controladas, álcool, tabaco e drogas farmacêuticas. As intervenções de redução de danos podem eventualmente ser diferentes para diferentes drogas. Os leitores podem se reportar ao website da Associação Internacional de Redução de Danos (www.ihra.net) para um guia mais detalhado sobre as diversas intervenções de redução de danos.  Definição Redução de Danos se refere a políticas, programas e práticas que visam primeiramente reduzir as consequências adversas para a saúde, sociais e econômicas do uso de drogas lícitas e ilícitas, sem necessariamente reduzir o seu consumo. Redução de Danos beneficia pessoas que usam drogas, suas famílias e a comunidade.  Princípios As intervenções de redução de danos para drogas são baseadas num forte compromisso com a saúde pública e os direitos humanos.  Dirigida para Riscos e Consequências Adversas Redução de Danos é uma ação dirigida que foca em riscos e consequências adversas bem específicas. Políticos, responsáveis por elaboração de políticas públicas, comunidades, pesquisadores, redutores de danos e pessoas que usam drogas devem estar certos sobre:  • Quais são os riscos específicos e consequências associadas com o uso de cada tipo de droga?• que causa estes riscos e as possíveis consequências?• que pode ser feito para reduzir estes riscos e consequências?  Redução de Danos foca nas causas dos riscos e nas possíveis consequências do uso de drogas. A identificação de possíveis consequências, suas causas e a decisão sobre intervenções apropriadas requer que seja feito um diagnóstico correto do problema e das ações necessárias para solucioná-lo. A construção de intervenções apropriadas de redução de danos tem também de levar em conta fatores que podem tornar as pessoas que usam drogas ainda mais vulneráveis, como idade, gênero e estar na prisão.  Baseada em Evidência Científica e Custo Efetiva As intervenções de redução de danos são pragmáticas, possíveis, efetivas, seguras e custo efetivas. Redução de danos tem o compromisso de basear suas políticas e práticas na mais forte evidência científica existente. A maior parte das ações de redução de danos são de baixo custo, fáceis de implementar e têm um alto impacto na saúde individual e comunitária. Em um mundo onde nunca haverá recursos suficientes, os benefícios são maiores na escolha de medidas de baixo custo/alto impacto ao invés de alto custo/ baixo impacto. Adicionalmente Pessoas que se envolvem com projetos de redução de danos reconhecem que redução de danos muda suas vidas positivamente. As intervenções são facilitadoras e não coercitivas, e são fundamentadas nas necessidades dos indivíduos. Como tal, os serviços de redução de danos são estruturados para servir as necessidades dos usuários onde eles estão ou vivem. Pequenos ganhos para muitos têm mais impacto comunitário do que grandes ganhos para uns poucos selecionados. As pessoas tendem mais a dar múltiplos pequenos passos do que poucos passos enormes. Os objetivos de redução de danos em um contexto específico, podem ser melhor apresentados como uma hierarquia de açõescom as mais possíveis de acontecerem no início (por exemplo, manter a saúde das pessoas) e as mais difíceis, porém desejáveis no final. Abstinência pode ser considerada difícil de atingir, mas é uma desejada opção de redução de danos nesta hierarquia. Manter as pessoas que usam drogas, vivas e protegidas de danos irreparáveis são consideradas as mais urgentes prioridades, mesmo compreendendo que existem muitas outras prioridades. Dignidade e Compaixão Pessoas que trabalham no campo de Redução de Danos aceitam as pessoas como elas são e evitam julgar comportamentos. Pessoas que usam drogas são filhas ou filhos de alguém, irmãos ou irmãs de alguém, pais ou mãesde alguém. Esta compaixão é estendida para as famílias e comunidades das pessoas que têm problemas com drogas. Pessoas que trabalham no campo de Redução de Danos se opõem a estigmatização deliberada de pessoas que usam drogas. Linguagem do tipo drogados, viciados, “junkies” ou similares perpetuam esteriótipos, aumentam a marginalização e criam barreiras para que possamos cuidar destas pessoas. Terminologia e linguagem apropriadas devem ser usadas sempre com respeito e tolerância pela diversidade do comportamento humano. Direitos Universais e interdependentes. Direitos Humanos se aplicam a qualquer pessoa. Pessoas que usam drogas não podem ter seus direitos humanos negados ou minimizados, incluindo o direito ao melhor padrão de atendimento de saúde possível, direito a serviços sociais, direito ao trabalho, aos benefícios dos avanços científicos, de gozar de liberdade além do direito de não ter prisão arbitrária, tratamento cruel ou desumano. Redução de Danos se opõe aos danos e maltratos deliberados contra pessoas que usam drogas em nome do controle ou da prevenção de drogas; além disto promove soluções para os problemas de drogas respeitando e protejendo os direitos humanos fundamentais. Questionando Políticas e Práticas que aumentam os Danos Muitos fatores contribuem para aumentar os problemas relacionados às drogas, incluindo comportamentos e escolhas dos indivíduos, o ambiente que eles escolhem para usar drogas, leis e políticas públicas escolhidas para controlar ouso de drogas. Muitas políticas e praticas, intencionalmente ou não, na verdade aumentam os riscos e problemas das pessoas que usam drogas. Isto inclui: a criminalização do uso de drogas; discriminação contra pessoas que usam drogas; corrupção e abuso de práticas policiais; políticas públicas e leis restritivas; iniquidades sociais; bem como a inexistência de serviços apropriados que podem salvar vidas e o não oferecimento de programas de redução de danos. Políticas e práticas de redução de danos têm o dever de apoiar mudanças de comportamentos individuais. Mas também é essencial questionar e lutar pela mudança de tratados, políticas e leis, nacionais e internacionais, que amplificam os riscos e problemas do ambiente e portanto aumentam os riscos e problemas relacionados ao consumo de drogas. Transparência, Prestação de Contas e Participação Pessoas que trabalham no campo de Redução de Danos e pessoas com poder de decisão sobre políticas públicas devem responder pelos seus atos e decisões e pelos sucessos e falhas atribuídos a eles. Os princípios de redução de danos encorajam o diálogo aberto, o processo consultivo e o debate. Uma enorme gama de atores deve ser envolvida de maneira decisiva no desenvolvimento das políticas públicas e na implantação, implementação e avaliação de programas. É de importância particular para decisões que os afetam, a participação de pessoas que usam drogas e outros envolvidos em suas comunidades  Eu sublinhei a palavra tratamento para que fique mais claro o conceito e grifei outros pontos importantes. Espero ter ajudado no debate.

      3. Exato, querer que a pessoa

        Exato, querer que a pessoa pare de fumar e beber para sempre (viciado ou não) é caretice religiosa.

        Qualquer pessoa tem que ter a consciência que o uso excessivo dessas substâncias faz mal a saúde.

      4. Balbino, você disse tudo. O

        Balbino, você disse tudo. O objetivo do programa não é tornar os usuários abstêmios. É fazer com que conviva com seu vício, mas sendo produtivo, ou melhor, tendo condições minimamente necessárias para se sentirem cidadãos. É se tornar visível aos olhos da sociedade. Admiro o Haddad pela coragem. Torço pra que dê certo e seja copiado por outros administradores.

        1. Ana, o problema desse

          Ana, o problema desse raciocínio é que o vício em cigarro e cerveja é bem menos prejudicial à saúde e ao convívio social do que o vício em crack. Acho improvável que as pessoas consigam se manter produtivas, limpinhas, cheirosas e de bem com a vida consumindo aquela tranqueira. O dano que o crack causa vai muito além de uma bebedeira ou mesmo de um câncer de pulmão a longo prazo…

          Há drogas e drogas… e o crack é, possivelmente, uma das piores delas.

          1. Ana, existem usuários de

            Ana, existem usuários de crack que  são ativos, ótimos membros de família, responsáveis, trabalhadores,estudantes, capazes… Olha o caso do senhor Rob Ford prefeito de Toronto no Canadá. Usuário de crack que aparentemente anda fazendo o seu trabalho muito bem, pois ele vai concorrer a reeleição com bons índices de aprovação pela sociedade mesmo admitindo publicamente fumar crack.

            Concordo que o crack é uma droga pesada mas acredito que não seja tão diferente do alcool quanto aos perigos pra quem usa regularmente. “Quando pensamos no álcool, cerca de 10% a 15% dos usuários são viciados ou se encaixam em critérios do alcoolismo; para o crack, cerca de 15% a 20% – quase a mesma coisa se tratando de números.”  Isso são palavras do neuro cientista Carl Hart.  

            Joga no google o nome dele e leia sobre os estudos que andam sendo feitos por esse doutor, muito interessantes.

             

  46. Braços abertos

    Acho que os amigos já disseram tudo, elogios e esperanças. Eu me alio a eles e desejo que seja uma política venturosa, os nossos irmãos merecem uma pausa para refletir e tomar as suas decisões, temos que apoia-los.

  47. Tratamento da sociedade

    A iniciativa do governo Haddad merece todos os elogios pela iniciativa e coragem de enfrentar o problema que é de toda a sociedade. A vitória inicial, para ser merecida, deverá se complementada com outras vertentes e frentes do enfrentamento do problema, que sabemos, é complexo. Os usuários que estiverem no ponto de serem tratados, inicialmente, poderão ser resgatados já. Mas isto representará uma minoria. Os demais deverão ser tratados em planos complementares, em conjunto com as iniciativas do governo federal, muito trabalho pela frente. Mas o tratamento digno à população, que não mereceu atenção dos últimos governos, é o que chama a atenção no momento.

  48. Combate às drogas não tem segredo.

    Diminuição paulatina das quantidades usadas (para evitar crise de abstinência), retirada total, acompanhamento psicológico no médio/longo prazo (para evitar recaídas pelos fator psicológico, muito mais freqüentes do que pelo fator químico).

    É a seqüência básica do tratamento da dependência. Desde pacientes que são obrigados a usar morfina por períodos longos, remédios contra depressão, anfetaminas até viciados em crack.

    O plano do Prefeito Haddad só será realmente bem sucedido caso haja o acompanhamento psicológico dos ex-drogados quando a tentação pela recaída ameaçar sair de controle. A droga é acima de tudo uma “muleta” psicológica para o viciado.

    O manusear do cachimbo, o rodar o gelo com o dedo no copo de uísque e o ato de acender o cigarro como “pausa” para os problemas da vida atraem muito mais o ex-drogado para a recaída do que as interações químicas dos entorpecentes em seu organismo.

  49. Parabéns ao prefeito Haddad

    Parabéns ao prefeito Haddad por esta maravilhosa iniciativa. Estava super satisfeita com o meu voto mas confesso que com esta atitude o prefeito me encantou totalmente.  Pela primeira vez se olha para o dependente químico com dignidade.  Nem que seja para resgatar um só dependente, valeu a pena……esses moços/homens/crianças/mulheres/meninas/meninos…precisam ter a chance de poder sonhar de novo com um futuro.  Cadeia nunca foi lugar de viciado……este precisa de tratamento, acompanhamento, trabalho, possibilidade, dignidade…..  A guerra contra as drogas é uma guerra perdida…melhor usar o dinheiro todo que é investido nesta cruzada….nos próprios usuários….resgantando de uma vida marginalizada, degradante.  Não importa se foi o mesmo que escolheu essa vida….ela precisa da ajuda para sair….de tratamento….voltar a ser humanizado.  É isso aí Haddad…vc me representa!!!

  50. Até que enfim uma luz no fim do túnel.

    Nassif!

    Que maravilha, esse Post, vindo confirmar com mais riqueza de detalhes a breve reportagem que vi ontem na TV Brasil.

    Sinceramente, é de se comemorar e agradecer a Deus por essa luz que surgiu aí em Sampa.

    Aqui em Goiânia, uma equipe que fiz parte encaminhou em 2012 ao então candidato reeleito a prefeito, Paulo Garcia (PT), uma sugestão para tratar a questão nessa mesma linha, porém, ele não deu a mínima, primeiro porque, médico que é, tem opinião formada de que essas pessoas não são mais do que dependentes químicos que com químicos devem ser tratadas, ou melhor, devem substituir uma droga por outra mais elaborada e, segundo, a mentalidade acadêmica que sempre assessorou a administração nessa área não pensa diferente, ou seja, fez dela uma reserva de mercado que só tem piorado a situação.

    Faço votos que a idéia vingue e prospere por todo o país. 

     

  51. Mudou o meu conceito

    O Haddad, com a sua atitude, deixou-me até um pouco envergonhado. Dias atrás imaginava apenas ações de repressão, como sendo as cabíveis. Depois de me informar mais sobre o assunto, vejo que a solução proposta é sem duvida a melhor, tanto humana como tecnicamente. Quero me somar, embora de forma tardia, às manifestações de orgulho a estas medidas e ao fato de fazer parte deste blog (Anarquista Lúcida e outros), pelo seu respaldo imediato e irrestrito.

  52. redução de danos e perdas

    meu medo e apreensão é dessa moçada náufraga sobrevivente resgatada, por ora em boa hora, da miserável cracolândia, ficar viciada no trabalho braçal do emprego oferecido onde rola um dinheirinho honesto e lá depois então, tornarem-se trabalhadores viciados suscetíveis de serem explorados, escravizados, injuriados pela mais valia de mercado do capital ganancioso e da burguesia selvagem sempre á espreita sombria atroz de tirar vantagens da miséria alheia e a de querer sempre CONTROLAR para melhor roubar o erário e o companheiro hilário…

    aí então, danou-se!

    sem chance!

     a vitória civilizatória do seu nassif vai pro brejo da cruz do chico sabático em paris…

  53. ENTREI PARA TURMA DO

    ENTREI PARA TURMA DO NASSIF

     

    Por ocasião das “manifestações de junho” o Nassif se colocou neste blog a favor da “rapaziada” revoltada, sob o argumento de que a promoção do caos seria a melhor maneira para resolver as graves questões que afetam a vida da população brasileira.

    Fui veemente contra atraves de comentarios.

    Peço desculpas ao Nassif.

    Ele tinha razão.

    Não ha outro caminho.

    Começo desde ja, promovendo no blog a desordem, ao escrever esse texto em espaço destinado a outro assunto.

    Tenho certeza que os petistas de plantão ja estão bufando.

    Dirão, que nesta altura do campeonato, agindo desta maneira, devo ser um tucano disfarçado ou um ecologista de banqueiro, favorecendo o nosso novo playboy arrivista do norte.

    Não sou tucano e muito menos ecologista de banqueiro .

    Apesar de tudo, entendo que a Dilma, com seu governo cheio de ministros mediocres, sob determinado aspecto, é ainda mil vezes menos ruim que um Aecio ou um novo playboy arrivista.

    Mas isso não basta.

    Se continuarmos como estamos não chegaremos a lugar nenhum.

    Talvez com um aecinho chegaremos mais rapidamente a uma encruzilhada, onde a unica opção para a sociedade sera uma solução radical em relação a tudo que esta errado.

    Tentando contornar os erros, como estamos fazendo, não sairemos do buraco.

    O Brasil precisa muito mais em relação a segurança, a saude, a educação, a cultura, a defesa de nosso patrimonio natural. Em relação a muitas outras questões.

    O nosso novo playboy do norte usa o mesmo slogan,”precisamos mais” ou algo parecido.

    Tenho certeza que não esta capacitado para isso.

    Talvez apenas traria mais rapidamente o caos.

    Alguns leitores de comentarios devem estar se perguntando o que faria uma pessoa, num sabado ensolarado, perder seu tempo enaltecendo o caos como solução.

    Uma queda de luz.

    Um galho de arvore caiu sobre um fio e meu bairro ficou quase 20 horas sem energia eletrica.

    Perguntarão alguns, se apenas isso seria razão para alguem ser tão radicalmente favoravel ao caos .

    Não tanto pelas varias horas horas sem luz.

    Os brasileiros ja se acostumaram a esperar varias horas pelos onibus, trens, pelo atendimento nos hospitais, nas escolas para matriculas, no transito, nas delegacias para um BO. E por ai vai.

    A questão é outra.

    É a total falta de respeito  que dedicam a população.

    As empresas prestadoras serviços nem se sentem mais obrigadas a atender o telefone para informar sobre a solução de um problema.

    Perdi varias horas de minha vida tentando ver ate onde chega entre nos o desrespeito as pessoas.

    Fui ao fundo da questão.

    Depois de oito “protocolos” esperei exatamente 60 minutos, escutando uma sinistra gravação, ate ser atentido por alguem que desligou o telefone.

    Creio que nem nos mais atrasados paises da Africa a população é tratada desta forma.

    No final, um simples carro, com dois funcionarios resolveram o problema em menos de 15 minutos.

     

     

     

     

  54. Isso que é humanidade. O ser

    Isso que é humanidade. O ser humano pode até se perder nos labirintos da indignidade,mas ainda é o único animal que pode redimir-se, enquanto respirar!

    Haddad, apesar dos arautos da maldade, o senhor veio pra fazer a diferença, positiva na vida dos milhões de paulistanos, mesmo que os supostamente donos da cidade não aceitem vossa senhoria. 

  55. Cracolândia, um problema de todos

    Vieram dizer que tudo isso é pó de arroz! Que se deveriam construir cidades médicas….. Grande absurdo: NÃO TEM QUE CONSTRUIR UMA CIDADE MÉDICA COISA NENHUMA! É mais uma forma de exclusão. Tem que trabalhar lentamente, trazendo essas pessoas para o convívio da cidadania, com tratamento, casa e trabalho. Isso me lembra a origem dos hospitais no ocidente, quando internavam quaisquer pessoas para tirar das ruas. Sejam os ditos “loucos”, os mendigos, os párias, as prostitutas, porque não se enquadravam na ordem social estabelecida É a proposta higienista, SEMPRE de exclusão. E NÃO DE SOLUÇÃO! Algo que poderá, talvez, ajudar a consolidar uma nova visão, e – que sinceramente, me auxiliou muito! – foi ler o livro ” Microfísica do Poder”, de Michel Foucalt, que mostra toda essa história e ainda muito mais! Ele diz: “O poder deve ser analisado como algo que circula, que funciona em cadeia. Nunca está localizado aqui ou ali, nunca está nas mãos de alguns, nunca é apropriado como riqueza ou bem. O poder funciona e se exerce em rede. Os indivíduos, em suas malhas, exercem o poder e sofrem sua ação. Cada um de nós é, no fundo, titular de um certo poder e, por isso, veicula o poder.” O Estado, está exercendo a sua parte, consciente da sua limitação. Por isso, torço pelo seu sucesso, pela iniciativa e no caso, não estou nem aí pelas disputas partidárias. O problema é mais embaixo!

  56. Para ver como o PSDB e demais

    Para ver como o PSDB e demais partidos da direita são tão insensíveis às causas sociasis, só querem mesmo se aproveitar das benesses do poder, a Cracolândia é um ponto crucial para o currículo de qualquer partido, pois tem matérias constantemente na grande mídia e é bem no centro de SP.

    Quem resolver o problema será marcado eternamente por isso. Falo currículo pq se um partudo direitista resolvesse, não seria por sensibilidade, mas apenas para currículo mesmo, mas aí eles sabem que criariam um “problema” maior : teriam que fazer isso em outras áreas problemáticas da sociedade. Então, mesmo sabendo como resolver o problema, eles preferiram não tocar nesse ponto, preferiram ir pelo caminho de sempre : repessão.

    O queijo sempre esteve lá, era só pegar a faca e cortar.

  57. Absurdo! Oportunidade ao

    Absurdo! Oportunidade ao adolescente do bem, que tem uma vida dificil e que mesmo assim luta para ter uma vida digna, é raridade em nosso país. Tenho a impressão de que as oportunidades só se apresentam aos vagabundos, que fizeram a opção por estar nessa merda de vida e prejudicar a vida alheia.

     

      1. Adolescentes

        Angela, Bruna,

        Neste assunto entendo até que muito bem.

        Vejam a situação as duas tem sua razão, mas o fato é que a cara da Adolescencia Brasileira é a pobreza.

        As dificuldades para interpretar a PNAD, pesquisa em domicilios é enorme. Poucos estudos existem sobre o tema focando adolescentes. O fato é que algumas incursões da Unesco nos números do PNAD mostram que mais de 50% dos nossos jovens acima de 11 anos até 17 vivem em famílias com renda per capta de até R$240. Baixando a renda o número diminui mas fica por volta de 36% em familias de renda de R$120 por pessoa. Para todas as familias que recebem bolsa familia estes jovens não são considerados para contagem do desemprego. O fato é muito ruim com R$240 mal da para alimentar e vestir o jovem com R$120 nem se fale. O que sobra de perspectiva para um jovem deste. É terrível, isto é uma das explicações para a criminalidade cada vez maior entre os jovens.

        Agregamos a isto o ECA que proibe o trabalho a menores de 16 anos, e os custos de contratação com todos os vales a serem dados, concluindo o mercado de trabalho para os jovesn de 16/17 anos é nulo, esta é a realidade.

  58. educação e bem viver

    A  educação é o maior bem de consumo que podemos ter. Não apenas a educação intelectual, mas, a priori,  a educação emocional. Ensinar as crianças e aos jovens a se cuidar é a principal obrigação dos pais e da escola. O indivíduo precisa ter segurança para viver em nossa sociedade tão consumista e individualista. Muitos pais estão deixando de lado a conversa, a amizade, o amor e o carinho por seus filhos e substituindo por coisas  materiais e conforto. O sentir é bem diferente do ter. Sentir é intrínseco, o ter é extrínseco. Não podemos comprar atenção a todo momento, mas podemos comprar as coisas, objetos. Não podemos comprar amigos, mas temos que aprender a conquist-los. Não podemos comprar a atenção dos filhos, mas podemos tratá-los com respeito, amor, carinho e seriedade. Enquanto não abrirmos mão de algumas regalias para darmos mais atenção aos nossos jovens  vamos continuar alimentando o aumento de drogas em nossa sociedade. Como educadora por 26 anos tenho observado os pais e os familiares abandonando seus filhos à televisão, à rua e à própria sorte, ou azar. Nosso país necessita de escolas em tempo integral para os filhos dos trabalhadores. escolas de verdade, com profissionais habilitados, quadras de esporte para desenvolver através do mesmo a responsabilidade, o respeito, a ordem. Nossas crianças e jovens precisam ser vigiados, educados e não abandonados como se fossem adultos que já soubessem distinguir o correto do errado, o que é bom do que é mau.Clamo aos nossos governantes e aos pais mais atenção para com a educação, pois não haverá dinheiro o suficiente para recuperar os cidadãos se não levarem a sério a educação de nossas crianças e jovens.

  59. Muito bom o artigo!

    Muito bom o artigo! Verdadeiro e o Jornalista demonstrou conhecimento do fato, só faltou dizer que foi uma ação desenvolvida pelas Secretarias do Municipio de São Paulo através do GEM ( Grupo Executivo Municipal ) coordenado pelo Secretário Municipal de Saúde, José de Filippe e sua Equipe de Saúde Mental coordenada pela Dra Myres Cavalcante.Todos sob a” batuta” do Prefeito Haddad.

    Parabéns

    Ana

  60. “Redução de danos”
    Parabéns pelo tema e a forma de abordar.

    Primeiramente, qualquer iniciativa é válida e bem vinda para o dependente com esse nível de consumo, que já tem sua vida totalmente ao consumo. Não pretendo depreciar o trabalho que está sendo feito, pois vejo como uma nova maneira de lidar com o indivíduo sem escondê-lo como uma cicatriz. .

    Por se tratar de um político, jamais será o suficiente e devemos sempre exigir mais.

    Essa estratégia também é um forma de manter sobre controle os socialmente paralíticos, sustentar a prisão do vício. Traz sim de forma implícita lucro para o governo, gira economia tanto no vício quanto no tráfico e na proibição. É mais fácil criminalizar do que cuidar de doente. O sistema de saúde não suportaria.

    Não creio na melhora gradativa neste caso. Não envolve só fatores orgânicos, envolve sociedade, modo de vida, valores, e o principal, o “psicológico”.

    Enquanto não for tratado como caso de saúde, será estigmatizado, será campanha de fachada, serão tentativas isoladas. A medicina tem soluções mais eficazes, existem estudos mais avançados e por fim, vale lembrar: Não adianta tirar água da pia e deixar a torneira aberta,,,

    Temos condições de fazer mais, espero que este projeto abra portas não somente para os que se recuperam, mas também para uma nova perspectiva de sociedade.

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