Agência anuncia redução de captação do sistema Cantareira

 
Jornal GGN – A Agência Nacional das Águas (ANA) anuncia redução de captação de água no sistema Cantareira para abastecer São Paulo. Mas governo estadual não reconhece decisão, deixando sobressair mais um ponto de conflito entre os governos Geraldo Alckmin e Dilma Rousseff.
 
O Estado de S. Paulo
 
Agência anuncia acordo para reduzir captação do Cantareira; SP nega
 
Por FABIO LEITE – O ESTADO DE S. PAULO
 
Vazão anunciada para novembro pela ANA representa redução de 13,2% em relação ao permitido hoje; Estado diz que não há decisão
 
SÃO PAULO – Após 45 dias de impasse sobre a crise do Sistema Cantareira, a Agência Nacional das Águas (ANA) anunciou nesta sexta-feira, 29, ter chegado a um acordo com o governo paulista para reduzir novamente o volume que pode ser retirado do manancial pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) para abastecer a região metropolitana. O acerto, porém, foi negado
pela Secretaria Estadual de Saneamento e Recursos Hídricos, indicando novo conflito entre os governos Dilma Rousseff (PT) e Geraldo Alckmin (PSDB).
 
Segundo a ANA, foi acordado com o Departamento de Águas e Energia Elétrica de São Paulo (DAEE), em uma reunião do comitê anticrise do Cantareira iniciada no dia 21 de agosto, que a partir do dia 30 de setembro a Sabesp deverá retirar do manancial no máximo 18,1 mil litros por segundo em média. Ainda de acordo com órgão federal, o índice cairá para 17,1 mil litros por segundo a partir do dia 31 de
outubro. A reunião, afirma a ANA, será concluída na próxima quarta-feira, quando as regras serão publicadas.
 
A vazão anunciada para novembro pela agência representa redução de 13,2% em relação ao volume máximo permitido hoje para a Sabesp, de 19,7 mil litros por segundo. O índice foi definido no dia 1.º de julho, com prazo de validade de 15 dias. Depois disso, porém, a ANA e o governo paulista não chegavam a um consenso porque, enquanto a agência federal defendia redução na captação, a Sabesp dizia que a medida comprometeria o abastecimento de água na Grande São Paulo. 
 
Confronto. Em seu último plano de contingência apresentado ao comitê, a Sabesp afirmou que uma nova redução “implicará forte revisão da estratégia” e “afetaria parte da economia alcançada, sem proporcionar a certeza de que a contrapartida de redução de vazões seja substancialmente superior”. Procurada nesta sexta, a estatal não se manifestou. Em nota, a Secretaria de Recursos Hídricos afirmou que “não foi determinada nenhuma redução da vazão” do Cantareira e “não houve acordo ou decisão sobre o tema”.
 
A redução anunciada pela ANA, de 2,6 mil litros por segundo, é o suficiente para abastecer cerca de 500 mil pessoas, mesmo contingente que a Sabesp pretende tirar da área de influência do Cantareira até o fim do ano com o remanejamento de água da Guarapiranga. Hoje, 6,5 milhões ainda são abastecidos pelo Cantareira.
Redação

3 Comentários

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  1. Santos

    “remanejamento de água da Guarapiranga.”

    Santista, vote Alquimin. Já que  ele não conseguiu avançar sobre a água do Rio de Janeiro, vai deixar o santista na mesma condição do resto dos paulistas:

    SEM ÁGUA! 

     

  2. Vai faltar água em São Paulo,

    Vai faltar água em São Paulo, o Alckmim vai botar a culpa na Dilma e os paulistas vão engolir!!

     

    E dá-lhe Alckmim no Primeiro turno!!!!!!!

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