Ameaças ao STF vão de estupro das filhas dos ministros a planos de atentado, aponta Moraes

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Mais de 70 inquéritos com ataques à honra e ameaças à segurança de ministros do STF e seus familiares já foram distribuídos aos órgãos competentes, diz relator

Jornal GGN – O ministro Alexandre de Moraes usou a sessão desta quarta (17) no Supremo Tribunal Federal para ler algumas mensagens que constaram no inquérito das fake news. Segundo ele, elas precisam ser apresentadas ao público para “que se pare de uma vez por todas de fazer confusão entre críticas [ao STF], que podem continuar, com agressões.”

Moraes lembrou mensagem disparada em redes sociais por uma advogada bolsonarista. Por discordar da revisão da prisão em segunda instância pelo STF, defendeu o estupro e a morte das filhas dos ministros. “Que estuprem e matem as filhas dos ordinários ministros do STF”, escreveu. Segundo Moraes, Cláudia Teixeira Gomes, autora da mensagem, já foi indiciada no Rio Grande do Sul.

Moraes contou que recebeu informações do Ministério Público de São Paulo, que investiga membros de um site da deep web que planejaram um atentado à vida de um dos ministros.

A ação, planejada no mesmo fórum investigado pela chacina na escola de Suzano, foi abortada pelas autoridades do Estado. Segundo os relatos de Moraes, até detalhes sobre o trânsito aéreo do ministro estavam disponíveis nesse site.

Em outro nicho da deep web, um mapa da sede do STF em Brasília fora compartilhado também no contexto de planejamento de um atentado à vida dos ministros.

 

Moraes informou que mais de 70 inquéritos com ataques à honra e ameaças à segurança do STF e seus familiares já foram distribuídos aos órgãos competentes em outras instâncias.

Relator do inquérito, Moraes defendeu nesta quarta (17) sua absoluta constitucionalidade. Ele disse que as investigações feitas pelo STF são de caráter “preliminar” e serão entregues à Procuradoria-Geral da República quando concluídas, para que o órgão tome as medidas necessárias contra as figuras com foro privilegiado.

“Não podemos confundir – essa corte jamais confundiu – titularidade de ação penal pública com possibilidade de investigação”, sustentou.

O vídeo completo:

 

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

9 Comentários

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  1. Parabéns Ministro. Os nazistas estão a beira de um colapso nervoso e de tanta impunidade, apoiado por nada menos que o nosso Presidente da República (sem noção – língua sem freio) a democracia tem muitos erros, mas, ainda é o melhor sistema. A sociedade precisa é de igualdade, não é possível que O judiciário se promova através da impunidade de seus membros quando estes comentem crimes, baseado também nisso se aflora o sistema nazista fascista no país. Não é possível que também o PSDB com tantas falcatruas mostradas não se tem conhecimento de nenhuma imputação de crimes do STF, assim, estas mazelas vão se consolidando e o povo começa a se desviar do compromisso com a democracia. Posso afirmar que os senhores do STF tem culpa e precisa ser corrigido. Mea culpa, foi golpe com a Presidente Dilma? Olha o que deu.

  2. Toda complacência demonstrada à partir do golpe de 2016 pelas instituições — no curso do golpe também — resultou neste hospício gerenciado por dementes e infestado de ratos, que não possuem o minimo controle sobre suas ações, o que os transforma num perigo real para a sociedade.
    Que as ações deflagradas, como contra a louca que sugere estupro de inocentes, adquiram velocidade para recolher a hospicios (reais) ou a penitenciarias este bando de pervertidos.

    1. Exatamente, quando tiros foram disparados contra Caravana do Lula, quando atiraram no acampamento Lula Livre em Curitiba, quando atacaram o Porta dos Fundos com uma bomba tivessem as autoridades reagido com firmeza essas hordas fascistas teriam sido colocadas no seu devido lugar, agora que o fascismo atinge Vossas Excelências pode já ser tarde para conte-lo. Esperemos que a mesma firmeza contra as milícias quando ameaçam o STF seja usada contra elas ameaçam as demais instituições da sociedade organizada.

  3. É óbvio que propagadores do ódio devem ser punidos! Mas precisou chegar às ameaças ao STF para que houvesse uma reação do Poder Judiciário? Mensagens semelhantes a essa já haviam sido destinadas à Dilma, Lula, Jean Willis e Boulos sem que houvesse qualquer reação do judiciário ou comoção da sociedade. Muito pelo contrário. Os golpistas de plantão regojizavam-se e comemoravam os ataques e se aproveitavam deles. Muito bem. Antes tarde do que nunca! Mas a gente não pode esquecer o que essa corte fez, ou melhor dizendo, deixou de fazer nos verões passados!

  4. Quem começou esses ataques ao STF, foi a lava jato e os lavajatistas pró Moro, nunca podemos esquecer!
    Certamente, entre essas ameaças, estão muitos dos moristas, lavajatistas enlouquecidos, que acamparam, por quase dois anos, em frente ao gabinete de Moro, em Curitiba, louvando o ex Juiz e ameaçando e xingando, quem era contra.

  5. Chocante. E quanto isso tudo poderia ter sido evitado se não tivessem pavimentado esse caminho de odio-delirante e antipetismo-desvairado. O Brasil ia bem, mas não estava bom o suficiente para setores da elite. Desestabilizaram o Pais, aprofundando as desconfianças nas instituições e agora como vão parar esses lunaticos, seguidores da extrema direita?

  6. Não morro de amores por nenhum dos ministros ou ministras do STF. Em muitas oportunidades deixaram a Constituição, a Democracia e o Estado de Direito serem atropelados por interesses dúbios, partidários ou pessoais, ou simples covardia, permitindo que prosperassem absurdos como a impeachment fajuto contra Dilma ou o lawfare claro contra Lula, a sua família e diversos políticos, sobretudo do PT. No entanto, nada justifica essa avalanche de ameaças e agressões contra os ministros e as suas famílias. Isso é crime, e como tal, seus autores devem ser indiciados, investigados, sentenciados e punidos. Admitir a impunidade dessa gente é admitir o retorno à barbárie.

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