Benedito Lacerda, o Benê

Regional Benedito Lacerda: Popeye (pandeiro), Dino 7 Cordas, Benedito Lacerda (flauta), Canhoto (cavaquinho) e Meira (violão)

Por Tamára Baranov – Rio Claro/SP

Benedicto Lacerda
(Macaé, 14 de março de 1903 – Rio de Janeiro, 16 de fevereiro de 1958)

Tendo vivido apenas 55 anos, Benedito Lacerda foi um dos flautistas mais atuantes e inovadores da música brasileira e desempenhou papel fundamental na estruturação do chamado conjunto regional. Benedito cresceu num ambiente de muitos chorões e sambistas. Foi durante a carreira militar que teve contato com a música, tocando bumbo na corporação e depois flauta. Depois de cinco anos pediu baixa e foi tocar com o grupo ‘Boêmios da Cidade’ em cinemas, orquestras de teatros e cabarés chegando a se apresentar com Josephine Baker, célebre cantora e dançarina norte-americana, naturalizada francesa. Benedito também tocou saxofone em algumas orquestras de jazz.

Na década de 1930 fundou o grupo ‘Gente do Morro’ cuja característica era a percussão e solos de flauta. O grupo não foi adiante e com Dino Sete Cordas, que fazia parte do grupo, e Canhoto do Cavaco saíram a procura de músicos que quisessem trabalhar com eles. Era o embrião do ‘Conjunto Regional Benedito Lacerda’, importante, criativa e virtuosística base de acompanhamento na história da música popular. O grupo contou com diversos integrantes até 1937, quando se estabilizou com ele próprio na flauta, Dino e Meira nos violões, Canhoto no cavaquinho. Essa formação se manteve até 1950, ano em que Canhoto assumiu a direção do conjunto, mudando o nome para ‘Regional de Canhoto’. Na década de 1940, Benedito Lacerda privilegiou o choro em uma série de gravações antológicas em parceria com Pixinguinha com arranjos executados pela dupla que revolucionou a instrumentação brasileira.

http://www.youtube.com/watch?v=CHSzi6XumqQ align:center]

http://www.youtube.com/watch?v=mzDTed-2tvc align:center

[video:http://www.youtube.com/watch?v=3dIahUWMNBY align:center

Redação

0 Comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador