Jornal GGN – A jornalista Maria Cristina Fernandes chama atenção, em artigo no Valor desta terça (10), sobre a hipótese, agora legitimada, de que Jair Bolsonaro não entregue o cargo de presidente em 2022, caso perca a reeleição.
Segundo ela, a hipótese decorre do fato de que Bolsonaro não cansa de questionar a lisura do sistema eleitoral no Brasil. Começou ainda em 2018, antes e depois de ser eleito. E segue, em plena crise econômica de 2020, atacando diretamente a Justiça Eleitoral, que referendou sua vitória no segundo turno.
Na noite de segunda (9), Bolsonaro afirmou, perante a imprensa internacional, que tem “provas” de que houve “fraude eleitoral” em 2018. Ele afirma que, em sua visão, foi eleito no primeiro turno.
São três coisas: Bolsonaro dá mais um motivo para que os movimentos de direita que vão às ruas em 15 de março possam melindrar as instituições brasileira; tenta fugir da responsabilidade sobre a crise, já que não tem proposta além das reformas que engatinham, e “dá todos os motivos para se desconfiar de que flerta com um regime de exceção.”
“Com a provocação, Bolsonaro não apenas dissemina a desconfiança nas instituições, mote da manifestação de domingo, como legitima a hipótese de, se derrotado na sucessão de 2022, pode não entregar o cargo”, escreveu a jornalista.
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