Bolsonaro desdenha da vacina chinesa antes de ter a de Oxford garantida

As ironias foram feitas nesta quinta, dia 30, em sua live de governo.

Jornal GGN – O governo Bolsonaro ainda não tem contrato com a AstraZeneca e a Universidade de Oxford, mas o presidente ironizou a parceria do governo do estado de São Paulo pela parceria já firmada com a China para a vacina contra Covid-19. As ironias foram feitas nesta quinta, dia 30, em sua live de governo.

Afirmou para seu público que ‘nós entramos naquele consórcio lá de Oxford’ e que ‘vai dar certo’ e ‘100 milhões de unidades chegarão até nós’. E daí vem: ‘Não é daquele outro país não, tá ok, pessoal? É de Oxford aí. Quem não contraiu o vírus até lá… Eu não preciso tomar porque já estou safo’.

O Ministério da Saúde anunciou a parceria com a Universidade de Oxford no final de junho. A Fiocruz, braço da Oxford no Brasil, acredita que a assinatura ocorra durante o mês de agosto. Mas, mesmo sendo firmada a parceria, alguns insumos são chineses, como bem informou o secretário-executivo da Saúde, Elcio Franco.

No caso da parceria da parceria do estado de São Paulo com a chinesa Sinovac, os testes já tiveram início.

Já a Pfizer e a BioNTech foram autorizadas pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) a iniciarem seus testes de vacina.

Mas o presidente não ficou só na ironia com a China, voltando a fazer propaganda da hidroxicloroquina, um medicamento sem eficácia científica comprovada para o tratamento de Covid-19. E disse também que fez um exame de sangue por ter sentido fraqueza.

Bolsonaro disse que ‘achava que estava com um pouco de infecção também’ e que depois de 20 dias dentro de casa ‘a gente pega outros problemas, peguei mofo, mofo no pulmão deve ser’.

Voltou a defender o ministro interino da Saúde, general Eduardo Pazuello, e defendeu o contingente militar dentro do Ministério. Criticou Luiz Henrique Mandetta, dizendo que sua passagem pelo MS foi uma desgraça e disse que Pazuello ‘é um gestor’.

Com informações da Folha.

Redação

1 Comentário

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  1. Partindo do princípio de que nenhum governante tem o direito de abalar impunemente a estabilidade dos estudos para obtenção de uma vacina que pode salvar seu povo, venha esta vacina de onde vier e seja de qual fabricante for, sou levado a concluir que estamos passando por uma grande e mortal brincadeira de mau gosto e, o que é muito pior, em defesa de interesses particulares.

    Pelo que já li por aí, de especialistas, a melhor vacina sempre será que chegar primeiro, pela facilidade de produção, distribuição e aplicação gratuitas

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