Jornal GGN – O coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos (PSOL-SP), foi intimado pela Polícia Federal a prestar depoimento em inquérito aberto em razão de uma postagem feita no Twitter em abril. A investigação foi aberta com base na Lei de Segurança Nacional.
Na ocasião, o presidente Jair Bolsonaro fez um pronunciamento no dia seguinte ao ato antidemocrático realizado em frente ao Quartel General do Exército – o presidente afirmou: “O pessoal geralmente conspira pra chegar no poder. Eu já estou no poder. Eu já sou o presidente da República”, disse. Em outro momento, declarou que ele mesmo era a Constituição.
Tais declarações remeteram ao rei Luís XIV, o chamado ‘Rei Sol’, que governou a França entre 1643 e 1715. Usando essa referência histórica, Boulos comentou a fala de Bolsonaro com a frase: “Um lembrete para Bolsonaro: a dinastia de Luís XIV terminou na guilhotina”.
Em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo, Boulos considerou o inquérito uma ‘tentativa vergonhosa de intimidação’ que ‘demonstra a escalada autoritária e o desespero desse governo de não aceitar a oposição e a diversidade’.
Segundo o ex-candidato à prefeitura de São Paulo, a Lei de Segurança Nacional tem sido usada para tentar silenciar quem faz oposição a Bolsonaro – o uso de tal lei, editada na época da ditadura militar, aumentou 285% nos primeiros dois anos da gestão Bolsonaro, ante o mesmo período dos governos de Dilma Rousseff e Michel Temer.
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