Celso Furtado será homenageado com Ano Comemorativo na Universidade

Furtado é o economista brasileiro mais conhecido no mundo, tendo sido indicado ao prêmio Nobel de Economia em 2004

da UERJ

Celso Furtado será homenageado com Ano Comemorativo na Universidade

O primeiro ato executivo de decisão administrativa assinado pelo reitor Ricardo Lodi institui 2020 como Ano Comemorativo Celso Furtado, na UERJ. Se vivo estivesse, o economista, escritor, jornalista e homem público completaria 100 anos em 26 de julho próximo. Furtado é o economista brasileiro mais conhecido no mundo, tendo sido indicado ao prêmio Nobel de Economia em 2004, mesmo ano em que faleceu de ataque cardíaco no Rio de Janeiro.

Toda a sua obra é considerada cosmopolita, com ênfase nos estudos sobre desenvolvimento, embora nunca tenha perdido a preocupação com as questões brasileira, em geral, e especificamente nordestinas. Foi docente das mais importantes universidades do mundo. Natural do Sertão da Paraíba, ele ganhou o mundo ao se mudar para o Rio de Janeiro em 1939 para cursar Ciências Jurídicas e Sociais na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Com o curso concluído após cinco anos foi convocado para a Segunda Guerra Mundial e ao fim dos combates deu início ao doutorado em economia na Universidade de Paris-Sorbonne, concluído em 1948 com uma tese sobre a economia brasileira no período colonial.

Retornou ao Brasil, trabalhando no serviço público, mas logo em seguida passou a integrar, no Chile, a recém-criada Comissão Econômica para a América Latina (CEPAL), da ONU. Na década de 1950 voltou ao Brasil e atuou no planejamento de metas para a economia brasileira. Foi o criador da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (SUDENE). Sua obra mais consagrada, “Formação Econômica do Brasil”, foi publicada em 1959, no mesmo período em que ocupava o cargo de diretor do BNDE.

Em 1962, tornou-se o primeiro titular do Ministério do Planejamento, no governo João Goulart. Dois anos depois, após o golpe militar, Celso Furtado teve os direitos políticos cassados e partiu para o exílio, lecionando em universidades americanas e francesas. Retornou ao Brasil após a anistia, em 1979.

Foi eleito, em 7 de agosto de 1997, oitavo ocupante da cadeira 11 da Academia Brasileira de Letras, que tem por patrono Fagundes Varela. Tomou posse em 31 de outubro, recebido pelo acadêmico Eduardo Portella.

Redação

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