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  1. ESSA É AS DILMA QUE O BRASIL PRECISA

    Dilma Vana Rousseff na Sorbonne
    Dilma foi cirúrgica e deu uma aula honesta e precisa, digna dos grandes docentes da Sorbonne, dos fatores que levaram o Brasil ao caos

    19 de setembro de 2019, 12:52 h

    Por Neto Tavares, no Brasil 247

    Uma página importante da irrequieta história recente brasileira foi escrita no dia 17 de setembro de 2019. Afora o imenso respeito exprimido pelo decano da faculdade de letras da Sorbonne, Alain Tallon, para quem a Presidenta “é a mais ilustre cidadã brasileira”, o encontro da primeira geração da classe popular a estudar no exterior com a primeira mulher eleita Presidenta da República no Brasil é de uma força simbólica indescritível. A recepção à Dilma, pelo público do anfiteatro (Richelieu) de uma das instituições mais importantes do mundo, foi digna do pedido de desculpas que a sociedade brasileira ainda lhe deve.

    A pergunta designada pelo tema do evento (O Brasil ainda é o país do futuro?) foi respondida de bate-pronto, sagaz e limpidamente, por Dilma: “não existe país do futuro que não tem um presente.” Agarrando-se a este mote, a Presidenta destrinchou minuciosamente os processos políticos brasileiros recentes, desde os governos progressistas dos quais foi personagem central, passando pelas manifestações de junho de 2013 e desembocando na farsa do golpe a que foi submetida, na prisão de Lula e na fatídica eleição da extrema direita – é de suma importância, aliás, a repetição deste esclarecimento, como primorosamente o fez Dilma, mundo afora; quanto mais evidente se tornar o monstro da mentira que engoliu a democracia brasileira, mais chances e força existirão para a reversão deste trágico processo.

    Dilma, nesse sentido, foi cirúrgica e deu uma aula honesta e precisa, digna dos grandes docentes da Sorbonne, dos fatores que levaram o Brasil ao caos. Advogou que toda a sociedade brasileira é produto da escravidão, inclusive sua elite e classe média e, por consequência, reivindicou a inclusão social dos negros, mulheres e índios como a questão central para o “sonho brasileiro”.

    Foi debatida e criticada, outrossim, a controversa Anistia Recíproca. Para a Presidenta, ao não se punir as torturas cometidas durante o regime militar brasileiro, manteve-se intacta a ideia de que fosse possível impor uma ditadura a fim de transformar a sociedade; uma das razões pelas quais um protótipo de neofacista chegou ao poder. Com a mesma veemência, cabe salientar, foi tratado o lawfare infligido a Lula e os desdobramentos da Vaza-jato, tornando-se cada vez mais clara paro o mundo a falcatrua jurídica montada para impedir o maior – quiçá – líder político vivo do planeta a reassumir o seu posto.

    Para este mero mensageiro, porém, o mais marcante deste acontecimento foi a atestação da simbiose de Dilma com a geração que ela ajudou a alçar ao mundo através de programas como o Ciência sem Fronteiras e, mais genericamente, com a melhora da situação econômica das classes menos abastadas. O reconhecimento e gratidão de brasileiros que ali estavam, alguns dos quais terminando suas teses de mestrado e doutorado naquele mesmo influente espaço, era inequívoco.

    A conferência, nessa perspectiva, foi precedia pelo pujante e sensível documentário “Encantado, le Brésil désenchanté” do amigo Filipe Galvon. O documentarista é um notável exemplo dos brasileiros supracitados. Impulsionado pelas políticas inclusivas do Partido dos Trabalhadores, teve, enfim, o que lhe é de direito: uma oportunidade para mostrar o seu talento através de sua área de competência. Os anos Lula-Dilma mostraram, pois, que dar oportunidade à população é um dever constitucional do Estado, sua função e obrigação.

    Ao final do evento, foi dada ao público a oportunidade de questionar a Presidenta sobre os variados temas debatidos durante sua fala. Atirou-me a atenção a tratativa de dois importantes questionamentos: a) Dilma foi indagada sobre a vigência do pacto de 1988, se ele ainda estaria em voga neste delicado momento de supressão de direitos trabalhistas, de reforma da previdência e da falta de perspectivas de crescimento e emprego. Para a ex-chefe do executivo, nessa monta, é preciso a construção de um novo processo de convenção social. O pacto que culminou na Constituição Federal, infelizmente, definha; b) quando questionada de onde consegue extrair forças para lutar e resistir depois de todos os episódios por ela vividos (prisão, tortura, câncer, impeachment), respondeu, de cabeça erguida, usando o exemplo de Lula: “quando o Presidente passava fome e só tinha uma garrafa de leite para beber, Dona Lindu o olhava e dizia: ‘resista, meu filho, teime!’”.

    Teimar, então, deve ser a palavra de ordem do povo brasileiro, que quer que o país do futuro adiante os seus sonhos para o presente, que ele seja a realidade esboçada poucos anos antes. Para tanto, miremo-nos no exemplo daqueles que nunca desistiram da possível e verdadeira nação brasileira: Dilma Vana Rousseff, Luiz Inácio Lula da Silva, Josés, Marias e Marielles.
    “O correr da vida embrulha tudo, a vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta. O que ela quer da gente é coragem.”

    https://www.brasil247.com/blog/dilma-vana-rousseff-na-sorbonne

  2. Número insensato de julgamentos por fazer, pelo Supremo.
    (um trecho do artigo)
    Ano passado, a Suprema Corte dos Estados Unidos julgou 80 casos. França, 80, Alemanha, 82. Inglaterra, 90. Enquanto, no Brasil, foram 92.399. Só o Ministro Fachin julgou sozinho, em um ano, 8.820 casos. Alí, 86% deles são decididos por um solitário ministro. Os demais não votam. Deixando, à margem, os infindáveis pedidos de vista. Há 4.350 Habeas Corpus por julgar, sem prazo para entrar na pauta.

    https://www.fsavi.com.br/l/ruy-e-o-supremo-jose-paulo-cavalcanti-filho/

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