
Jornal GGN – A Federação Nacional dos Sindicatos da China (ACFTU) se comprometeu a auxiliar os brasileiros no processo para a liberação de insumos para a produção de vacinas no país.
A Federação Nacional dos Sindicatos da China é a maior entidade sindical do mundo, com 302 milhões de filiados em 1.713.000 organizações. Está dividida em 31 federações regionais e 10 sindicatos industriais nacionais, e é apontada como o maior sindicato do mundo.
Segundo a CUT (Central Única dos Trabalhadores), que participou da reunião, os sindicalistas chineses comprometeram-se a intermediar o diálogo entre as centrais brasileiras e o governo chinês. “Vamos usar todos os nossos canais e esforços para levar a mensagem de vocês [centrais sindicais] ao governo central e ao Partido [Comunista Chinês] sobre as necessidades imediatas do povo brasileiro ante a pandemia”, afirmou An Jianhua, membro da Direção Executiva e secretário Internacional da Federação dos Sindicatos da China.
A entidade ocupa a vice-presidência na Assembleia Popular chinesa (espécie de Congresso Nacional), com trânsito e forte influência junto ao governo do presidente Xi Jinping.
“Nós também já conversamos muitas vezes com o governo para falar que a maioria do povo brasileiro e as centrais sindicais do Brasil, que representam a classe trabalhadora, sempre mantiveram uma atitude amistosa em relação à China”, lembrou.
As relações diplomáticas entre Brasil e China mostram sinais de desgaste durante o mandato de Jair Bolsonaro, muito por conta das ações do filho do presidente , o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), e do ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo.
Quanto a isso, An Jianhua foi direto. “Algumas palavras de ignorantes não vão comprometer as tendências amistosas das relações entre a China e o Brasil”.
Além de presidentes e secretários das seis centrais sindicais brasileira, o presidente da IndustriAll-Brasil, Aroaldo Oliveira, também participou da reunião com os chineses.