
Jornal GGN – Folha de S. Paulo revelou nesta quinta (29) que a delegada Daniele Gossenheimer Rodrigues, casada com um dos delegados que ganharam fama na Lava Jato, Igor Romário de Paula, saiu impune de investigação envolvendo escutas ilegais e um dossiê contra a operação em Curitiba.
De acordo com o jornal, ao longo do processo, duas pessoas admitiram ter instalado a escuta clandestina: o agente federal Dalmey Fernando Werland e sua superior no Núcleo de Inteligência Policial do Paraná, a delegada Daniele.
Mas três anos já se passaram, e somente o agente federal foi punido – e não por ter instalado o grampo irregular para investigar outros policiais que estariam atuando contra os interesses da Lava Jato, mas por ter reportado o grampo de “forma inapropriada”.
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“Em novembro de 2018, Daniele e Dalmey foram absolvidos de possíveis infrações disciplinares pela instalação do grampo do fumódromo. Porém o agente foi suspenso por 18 dias por ter encaminhado “de forma imprópria, quando podia fazê-lo de outro modo, notícia de supostas irregularidades em ação policial que executara” nas dependências da superintendência.”
A PF achou ruim que Dalmey falou “a terceiro [sobre a escuta] que dela não devia ter ciência naquele momento”.
O grampo clandestino, instalado por ordem da delegada Daniele – que não era sequer a responsável pela investigação sobre o suposto dossiê contra a Lava Jato – só veio á tona em maio de 2015, depois que ela e Dalmey tiveram “desavenças”.
No processo, Daniele justificou que mandou instalar o grampo na escadaria da PF, num local onde os delegados investigados pelo dossiê costumavam fumar, apenas para “testar” se daria certo a captação do áudio. Em caso positivo, ela pediria autorização judicial para fazer a interceptação.
Daniele afirmou que, 20 dias depois da instalação, ela cobrou Dalmey sobre resultados acerca da qualidade do áudio, e ele teria informado que não deu certo. “Então eu falei: ‘Esqueça esse equipamento… [vamos] partir para outra’.”
Dalmey teria sido ainda responsável por instalar o grampo ilegal na cela do delator e doleiro da Lava Jato, Alberto Youssef, um ano antes do feito junto à Daniele.
Daniela é casada com Igor Romário de Paula, que foi alçado por Sergio Moro a diretor de combate ao crime organizado em Brasília. “Já ela foi designada em maio substituta da divisão antiterrorismo da Diretoria de Inteligência Policial.”
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Uma pergunta.
O Marcelo Auler já publicou tudo sobre esses grampos mais de ano atras, não tenho acesso a Folha, mas me parece que ta sendo publicado como matéria fresca pelo jornal, é isso mesmo ?
Coisa de milícia. ..já que elegeram o chefão, agora estão em casa
Será que o Netflix fará agora o mecanismo na ótica arranjada para a realidade, ou o dinheiro faturado em prol da desgraça nacional, como no filme a lei não funciona para todos, não valem para contar como o sistema realmente funciona?
A arbitrariedade tinha que ser punida, uma vez que a patranha ou conluio veio a público. Sobrou para o idiota útil, agente Dalmey, que compactuou com a gangue de procuradores e juízes partidários ideológicos que resolveram criminosamente perseguir o PT e derrubar o governo Dilma, como se corrupção não houvesse nos governos anteriores e no partido do governo anterior.
Alegaram corrupção, mas o governo foi derrubado por pedaladas… Ode aos idiotas úteis!
Se o método da delegada criminosa vale para nosso judiciário, o PCC também pode alegar que explodiu os bancos apenas para testar as suas seguranças antes de aplicar os seus recursos.