Delegado acusado de financiar manifestantes se defende

Sugerido por Leo V

Do também criminalizado delegado Zaccone, via facebook

Orlando Zaccone D’Elia Filho.

LIBERDADE. Essa simples palavra parece sintetizar o sentimento em relação a minha participacão como palestrante e também doador para o evento “Mais amor menos capital”, que vem sendo noticiado como uma possível contribuição financeira feita por mim aos Black Blocs. Cabem algumas considerações:

1) O evento ocorreu no dia 23/12/2013, na Cinelandia, véspera de Natal, tendo na programação a distribuição de centenas de refeições para moradores de rua, teatro de fantoches, shows musicais e debate. Um culto ecumênico reunindo um padre e uma pastora evangélica abriu o evento.

2) Toda a programação transcorreu na mais perfeita ordem, não havendo registro de nenhuma lâmpada quebrada e nem de pessoas urinando na rua. Quem ocupa as ruas sabe da importância disso!
3) Não foi por mim observado ninguém usando máscaras ou cobrindo os rostos. Afinal, os Black Blocs aparecem em manifestações e protestos o que não estava em pauta.

4) Fiquei presente durante toda a programação e sou testemunha de que o exercício democrático é possível na forma do seu exercício direto, em praça publica, sem nenhuma instituição responsável.

5) Nunca doaria dinheiro para grupos de Black Blocs por alguns motivos. Primeiro, porque eles não precisam. Estudem o fenômeno que ocorre em diferentes países e entenderão o que digo. Segundo, porque como policial e cidadão, conheço o acirramento que ocorre nas ruas no confronto entre esses manifestantes e a própria policia. Baixa política, alta polícia! Terceiro, porque não faz nenhum sentido, pelo menos para mim, que manifestantes de qualquer ordem recebam doações. Qual seria o meu interesse nisso?

6) Por fim, meu nome é Orlando Zaccone D’Elia Filho, sou brasileiro, RG 05971179-6, CPF 804828307-78, pai de três filhos, ou seja, cidadão brasileiro no exercício pleno dos meus direitos civis que me permitem dispor dos meus vencimentos como servidor publico para contribuir para uma festa de Natal voltada para a população de rua. Fico muito feliz em receber do Chefe de Policia Civil, Dr. Fernando Veloso, a noticia de que estas denúncias veiculadas pela mídia serão devidamente investigadas. Ao final, com certeza, estará tudo devidamente esclarecido e a LIBERDADE voltará a ser a regra e não a exceção. O meus eternos agradecimentos a todos aqueles que de alguma forma ainda acreditam nesta simples palavra.

Redação

30 Comentários

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  1. Por sinal, a orquestracao do

    Por sinal, a orquestracao do andamento do caso continua a todo vapor:  TREZE chamadas de capa sobre o assunto no jornal da rede golpe.

  2. Me lembrei da história dos panetones do mensalão do DEM
     

    Para sustentar a versão de que a quantia de R$ 50 mil recebida em 2006 era uma contribuição para a compra de panetones, o governador José Roberto Arruda (DEM) montou uma licitação na sexta-feira passada, no mesmo dia em que a Polícia Federal deflagrou a Operação Caixa de Pandora. O governo do Distrito Federal vai comprar 120 mil panetones no próximo dia 10, segundo edital aberto naquele dia.

    Em vídeo gravado na campanha de Arruda, em 2006, o então candidato aparece recebendo R$ 50 mil, em notas de R$ 100, do caixa de campanha, Durval Barbosa – que assumiria a Secretaria de Relações Institucionais no governo.

    Por meio do secretário de Ordem Pública, Roberto Giffoni, Arruda disse que os R$ 50 mil eram colaborações de empresários para a compra de panetones e brinquedos que seriam distribuídos no Natal entre as crianças carentes.

    Para tentar documentar essa defesa, o próprio Arruda disse em entrevista ao Correio Braziliense, na edição de ontem, que havia sido alertado para “os problemas (vídeos)” criados por Barbosa e, por isso, fez “um registro oficial”, no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de todas as doações recebidas nos últimos anos a título de contribuição para as “campanhas sociais”. Esses recibos estão sendo periciados pela PF – há indícios de que tenham sido forjados para justificar a suposta propina.

    Além dos recibos, para reforçar a defesa da distribuição de brindes no Natal, o governador Arruda, como mostra o portal de licitações do governo do Distrito Federal, também providenciou um edital para a compra, agora em 2009, de 120 mil panetones de 400 gramas “contendo frutas cristalizadas”.

    As investigações da PF revelam que o governador Arruda deu esses passos preventivos – dos recibos e do edital dos 120 mil panetones – porque já sabia da proximidade da Operação Caixa de Pandora.

    A inscrição para participar da venda de panetones ao governo foi aberta às 8 horas de sexta-feira, quando o pregoeiro Augusto Cesar Pires Aranha assinou o edital divulgado no site de compras da Secretaria de Planejamento e Gestão.

    O edital diz explicitamente que os panetones são para “distribuir às famílias de baixa renda”. A concorrência está marcada para o próximo dia 10 por meio de pregão.

    Cada panetone deverá ser entregue em caixa de papel laminado, em embalagem não tóxica, não reciclada e transparente. O valor energético da fatia de 80 gramas do produto deve ser de 238 calorias, além de 5% de proteínas e 5% de fibra alimentar. No mercado, o Estado apurou que cada panetone desse tipo custa, em média, R$ 5.

    Vencerá a licitação a empresa que apresentar o menor valor pela unidade do panetone. A secretaria responsável pela compra diz que vai entregá-los – com a logomarca do governo – em 134 postos de distribuição de Brasília, bairros pobres e cidades satélites do DF, como Riacho Fundo, Núcleo Bandeirante, Taguatinga, Brazlândia, Ceilândia, Samambaia, Recanto das Emas e Sobradinho.

    Segundo o edital, a empresa vencedora terá de entregar 30 mil panetones em até cinco dias após a assinatura do contrato. O governo deverá receber os outros 90 mil a cada três dias, de acordo com a liberação do dinheiro.

    “Os panetones objeto desta licitação deverão ser entregues no máximo com 10 (dez) dias após a sua produção”, exige o governo de Arruda.

    Ontem, a reportagem do Estado procurou a assessoria de imprensa do governador Arruda para comentar a compra dos 120 mil panetones, mas não obteve resposta até o fechamento da edição. No site do governo não há menção a mais nenhuma licitação de panetones.

    especial Entenda as acusações contra o governador do Distrito Federal

    documento Leia o inquérito da Operação Caixa de Pandora

    Estadão

     

  3. Justificativa mesmo que seria bom….

    neca de pitibiribas.  Sem acusar, pois todos sao inocentes até prova em contrario, mas fica a pergunta:  o que foi publicado sobre as doaçoes se refere a um evento?  Pelo que tudo indica,  nao.  E a questao que mais me intriga neste momento é qual seria a ligaçao dos black blocs com as milicias, porque existe um elemento de ligaçao claro na figura do tal advogado dos fogueteiros.  E sendo o ilmo sr. um delegado, existiria uma probabilidade de ligaçao com policiais corruptos das milicias.  No mais, manipulaçoes e negaçoes fazem parte do jogo.

    1. Ou voce diz “No mais,

      Ou voce diz “No mais, manipulaçoes e negaçoes fazem parte do jogo” ou voce diz “doaçoes se refere a um evento?  Pelo que tudo indica,  nao”.

      Os dois nao.

    2. O delegado Zaccone trabalhou na elucidação do caso Amarildo.

      Você diz: “Sem acusar, pois todos sao inocentes até prova em contrario”

      Depois parte para insinuações gratuítas e pesadas:

      “… qual seria a ligaçao dos black blocs com as milicias, porque existe um elemento de ligaçao claro na figura do tal advogado dos fogueteiros”.

      “E sendo o ilmo sr. um delegado, existiria uma probabilidade de ligaçao com policiais corruptos das milicias”.

      Por fim arremata: “manipulaçoes e negaçoes fazem parte do jogo”.

       

      É o seu jogo, entrou aqui para fazer insinuações e manipulações.

  4. Muito engraçado!

    Essa questão black block está uma geléia geral…pipocam acusações, turma contra o pig agora está se valendo da matéria da revista Veja, ora gente, pelo menos um mínimo de coerência! Quando o pig faz matéria a “favor” aí ele é isento? Isso está me lembrando A doença infantil do esquerdismo escrito por Lenin!

  5. Nunca doaria dinheiro para

    Nunca doaria dinheiro para grupos de Black Blocs por alguns motivos. Primeiro, porque eles não precisam. Estudem o fenômeno que ocorre em diferentes países e entenderão o que digo. Nunca doaria, mas doou uns trocados. Demonstrou que conhece a ação do grupo em outros países, sabe que eles não precisam, então deve saber também sobre seus objetivos últimos, que é derrubar governos, com os quais simpatiza, pois ajudou no evento pacífico _ lado que, que por sinal, não conhecíamos. Aliás, parece ter sido esse o evento em que os vimos cantando a musiquinha da globo “hoje é um novo dia, de um novo tempo que começou …”

    1. Ele doou para uma ceia de Natal com moradores de rua.

      Não seja desonesta ao pinçar um trecho e apresentá-lo de forma distorcida. Leia o que está no texto:

      “O evento ocorreu no dia 23/12/2013, na Cinelandia, véspera de Natal, tendo na programação a distribuição de centenas de refeições para moradores de rua, teatro de fantoches, shows musicais e debate. Um culto ecumênico reunindo um padre e uma pastora evangélica abriu o evento”.

      “… cidadão brasileiro no exercício pleno dos meus direitos civis que me permitem dispor dos meus vencimentos como servidor publico para contribuir para uma festa de Natal voltada para a população de rua”.

      “Aliás, parece ter sido esse o evento em que os vimos cantando a musiquinha da globo”

      “Os vimos” quem, cara pálida? Você foi a esse evento no dia 23 na Cinelândia? Gravou o delegado cantando? Eu acho que é você que anda cantando a musiquinha da Globo, que faz coro com a cantilena de criminalização de movimentos sociais e com a marcha marcial da legislação anti-“terrorista”.

      A ala “progressista” do blog, o neo-reacionarismo petista, está transformando isto aqui numa loja de horrores.

       

       

       

       

       

       

       

      1. ” Aliás, parece ter sido esse

        ” Aliás, parece ter sido esse o evento em que os vimos cantando a musiquinha da globo ”  Parece ter sido ? Que diabo é isso ?

        Nada sei sobre esse evento natalino, então não chuto como uns e outros que estão mostrando suas faces reais por aqui, mas durante o acampamento em frente à Câmara, um povo numas barraquinhas azuis, protestando contra a votação às escondidas do aumento,  estava passando e comprei uns copinhos de água para eles.

        Ui! Financio criminosos e quero derrubar os governos municipal, estadual, federal ?  É muito bom não confundir Carolina de Sá Leitão com caçarolinha de assar leitão, como diria o Barão. E sem má fé, por favor.

    2. O fenômeno!

      Ele, pelo visto, conhece bem o fenômeno que ocorre em outros países. Seria bom detalhar esse fenômeno para, que possamos nos precaver. O “fenômeno” tem gerado guerras em muitos países. Adoraria um esclarecimento à essa inocente aqui, que ainda não conseguiu assimilar a vilolência sem propósito que assola o MEU país!

  6. A lista de doação que

    A lista de doação que apareceu está sendo usada para acusar injustamente pessoas ligadas a causas sociais. Os recursos, mil e seiscentos reais, são parcos e coerentes com o financiamento do evento mencionado. Ninguém pode ser condenado por contribuir com a compra de alimentos, água e cartazes para grupos de manifestantes. Isso não é financiamento à desordem, muito menos aliciamento. Valores maiores e regulares precisam surgir para que um patrocínio à violência fique estabelecido.

    1. O bb é fora da lei

      O estranho é o apoio de um agente público a um grupo fora da lei os bb e o delegado apoia o grupo, há imagens do bb em seu facebook etc…

      1. “o delegado apoia o grupo, há

        “o delegado apoia o grupo, há imagens do bb em seu facebook”:

        Finalmente um dado investigativamente significante!

    2. Helio,

       Pelo preço que a imprensa apurou para uma jornada  de militante, R$ 150 per capita, a grana apurada, R$ 1690, daria para convocar uma legião igual ao time do América, onze “gatos pingados”. E sobraria uma “fortuna” de R$ 40, para tomar umas pinga barata, na confraternização de Natal com os moradores de rua. A onda da Globo com “a lista de Sininho” é ridícula e existe um bando de coiós que surfam na “indignação” com ela pela rede.

    3. Concordo contigo, Helio.

      Concordo contigo, Helio. Esses movimentos que figuras como essa Sininho participam, fazem todo tipo de evento. Tem esse lado festivo e as vezes filantrópico. Sei disso porque trabalho na Lapa, perto da Cinelândia, e em ambos os lugares acontecem eventos desse tipo.

      Mas vou te falar, são muito menos frequentes que protestos com quebra-quebra, os quais já presenciei muitas vezes. De qualquer forma, me parece que os manifestantes são os mesmos, nos pacíficos e nos violentos.

      Só não se pode colocar todos no mesmo saco. Há de sa fazer uma investigação séria* para ver quem pratica e quem não pratica a violência. E também quem coordena e incentiva o vandalismo, que pode ser o caso da Sininho.

      *Não é caso da Veja claro. Ela precisava sair na frente com denuncia bombástica envolvendo autoridades. Dane-se o jornalismo, coisa que ela não pratica faz tempo.

      PS: Essa informação do colega abaixo sobre BBs no Facebook do delegado é preocupante. Tem que investigar 

       

  7. Errr. foi maus…

    Parodiando uma camiseta um pouco esgarçada: “flatulei mas não fui eu!”.

    Será que o autor está no “Index Librorum Prohibitorum” do pedaço?

  8. Aquela lista com doações é

    Aquela lista com doações é ridícula e não significa nada além de um factóide com as intenções que sabemos.

    O que realmente importa e precisamos saber, é a origem do financiamento que o juiz insinua quando diz:

    “Nunca doaria dinheiro para grupos de Black Blocs por alguns motivos. Primeiro, porque eles não precisam. Estudem o fenômeno que ocorre em diferentes países e entenderão o que digo.”. 

    Essa informação sim diz respeito a nossa soberania.

    1. Procure pesquisas acadêmicas

      Procure pesquisas acadêmicas sobre os Black Blocs…

      É engraçado.. no mundo todo de ouve Beatles e acho que isso não diminui soberania de ninguém.

      A globalização não é só do capital, é da cultura e de comportamentos.

    2. O que “a nossa soberania” tem a ver com as calças?

      Atualmente, “a nossa soberania” está tão em baixa, que o governo se empenha em projetos de lei de retrocesso ao autoritarismo, para enquadrar a cidadania brasileira no “padrão” da multinacional do futebol. Só um país sob ocupação militar externa cria leis de exceção, para atender interesses estrangeiros. Virou um cu “a nossa soberania”; para atender a volúpia da FIFA, o governo a serve de quatro.

      Leia o texto com mais atenção, você não erraria a profissão do delegado chamando-o de juiz. Ele diz de modo claro que Black Blocs são um fenômeno, têm uma natureza social, e que ocorrem em vários países. Ele já estudou a questão e convida outras pessoas a estudarem, para que entendam melhor o fenômeno.

      1. O que eu quis dizer, é que o

        O que eu quis dizer, é que o financiamento externo para manifestações violentas desestabilizarem governos legítimos, eleitos pelo povo é notório e não é de hoje, é antigo, o golpe militar de 64 e sua preparação foi abastecido com muito dinheiro americano e europeu, e acredito que seja isto que o delegado insinuou.

        Oservemos o que aconteceu e está acontecendo na Venezuela, queiram vocês ou não, este governo é um governo legítimo, eleito pela maioria absoluta dos eleitores.

        Essa junção de exterema esquerda e direita em interesses difusos, a história nos ensinou que as primeiras vítimas são a democracia e as classes populares. 

  9. Fica de olho aberto Brasil

    Se nos cidadoes, povo brasileiro, não abrirmos, bem arregalados, os nossos míopes olhos e nos unirmos num projeto de nação comum, o qual de fato não possuímos e trabalharmos obstinadamente por defendê-lo, quem o fará por nós? Deixemos de ser inocentes, o mundo tem ordem, nem tão nova assim, e nós não participamos dos ordenadores. Queremos participar, mas ainda estamos longe disso. E quem dá as ordens não pretende redividir a pizza diminuindo o seu quinhão.

  10. Delegado Orlando Zaconne

    A evolução da nossa cidadania passa pelo repúdio ao jornalismo de aluguel. Mantenho na minha memória a intensa campanha midiática que levou o nefasto Fernando Collor à presidência da república. Teve o seu começo no ardil que estendeu em uma ano o governo do seu antecessor, o não menos abominável Sarney. Ao longo da injurídica prorrogação de mandato em todos os meios de comunicação foi desencadeada uma campanha midiática, me lembro do “Globo Reporter O Caçador de Marajás” apresentando ao povo brasileiro o bonitão “salvador da pátria”. Tudo isso feito para afastar a possibilidade do Sr. Leonel Brizola vir a ocupar a cadeira que em sua vida tanto almejou. Do Sr. Brizola pode se falar várias coisas ruins, notadamente do seu dedo podre para escolher acessores como por exemplo os Alencares, os Garotinhos, os Maias, etc. Mas, não se pode falar contra o nacionalismo que sempre o conduziu, assim como da sua tenaz vontade de educar o povo brasileiro através do maravilhoso programa concebido pelo grande Darcy Ribeiro, programa educacional que infelizmente se popularizou com o nome de “brizolões”  e que por isso foi covardemente destruído pelos pulhas da nossa política.

    Desde então nada mais se fez para tirar as crinças das ruas, alimentá-las e educá-las..

    Fiz longo volteio para abordar o caso do Delegado Zaconne, meu amigo de longa data.

    Trata-se de um homem culto. Dos mais preparados da nossa polícia. Uma pessoa de personalidade incomum que mesmo exercendo ofício que comumente embrutece o ser humano se mantém apegado aos ideais da sua junventude, professando a paz e a igualdade social. O Delegado Zaconne é realmente um caso insólito. Um policial austero no combate à criminalidade que consegue ser bondoso, atento e preocupado com as nossas muitas mazelas sociais.

    E foi por isso, pelo seu caráter e personalidade, pelo seu apego à justiça, que angariou inimigos ao longo da sua carreira. São esses inimigos que atualmente usam do jornalismo de aluguel para denegrir a sua imagem e o seu bom nome, associando-o aos baderneiros do Black Bolcs. A infâmia é das mais despudoradas. A particiação do Delegado em um evento ecumênico realizado em época natalina e destinado a confortar o sofrimento de moradores de rua é criminosamente desvirtuada, repito, pelos jornalistas de aluguel, para que os inimigos políticos do delegado da lama onde estão e onde hão de permanecer até serem levados aos quintos dos infernos e não mais possam alvejar o bem através da calunia.

    Viva os homens de bem.

    Longa vida aos grandes brasileiros.

    Longa vida aos jornalistas empenhados na busca da verdade.

    Longa vida ao Delegado Orlando Zaconne

    Que a escória da nossa política morra para que nós brasileiros possamos ir aos seus enterros cuspir nos caixões

  11. Para conhecer as idéias de um delegado que pensa.

    Vulnerabilidade, criminalidade e violência policial

    Publicado em 20/11/2013 | Deixe um comentário

     Orlando Zaccone D’Elia Filho, delegado de policia civil / Foto: Marco Sobral

    Orlando Zaccone D’Elia Filho, delegado de policia civil / Foto: Marco Sobral

    Três perguntas permearam o debate no Rio de Encontros: Como as forças policiais podem conciliar a garantia da ordem e da segurança com o direito à participação democrática? Por onde começar a mudar a estrutura da segurança pública no Rio de Janeiro e no Brasil?

    A experiência do delegado Orlando Zaccone D’Elia Filho vai bem além da polícia. Mestre em Ciências Penais pela Universidade Cândido Mendes, é doutorando em Ciência Politica pela Universidade Federal Fluminense (UFF). Secretário-geral da LEAP Brasil (Agentes da Lei Contra a Proibição) tem no currículo o livro o livro “Acionistas do nada: quem são os traficantes de drogas”. Na carceragem de Nova Iguaçu, ele transformou celas improvisadas e apinhadas de gente em lugar onde os presos podiam ler e fazer filmes.

    A designação de delegado pensador ele carrega há tempos. “Pensar o papel da polícia na sociedade é resgatar o que a polícia sempre fez. Ser um policial pensante é um primeiro passo para mudar a experiência da relação da polícia com a sociedade no Brasil. Polícia tem de ser crítica”, ele defendeu, para começar a conversa.

    A polícia civil no Brasil, Zaccone lamentou, está passando por um sucateamento, evidência de um processo político. “Não tem xerox na Academia de Polícia Civil. Uma polícia que não pensa está cada vez mais atrelada a interesses políticos e mais distante da sociedade. Nós deveríamos buscar uma parceria da polícia com a sociedade para reforçar o pensamento crítico”, conjecturou.

    A letalidade do sistema penal

    A letalidade é alta no Brasil e a polícia, por sua vez, também mata muito. Zaccone usou dados de pesquisa divulgada pela Anistia Internacional para confirmar o que esmiuça em sua tese de doutorado:

    “A Anistia revelou que, em 2011, em todos os países que mantêm a pena de morte – são 20 dentro do marco legal –, 676 pessoas foram executadas. Nesse mesmo ano, os policiais brasileiros mataram 961 pessoas somente nos estados do Rio de Janeiro e São Paulo. Foram cerca de 40% a mais do que todas as execuções feitas nos 20 países que mantêm a pena de morte, exceto a China, que estava fora da contagem. O Brasil não tem a pena de morte como regra”, realçou.

    As mortes se dão a partir do despreparo da polícia? Zaccone diz discordar dessa tese. Segundo ele, há uma política na gestão da decisão sobre a vida e a morte.

    “A mortalidade se dá a partir de uma forma jurídica. Instaurados os autos de resistência, eles são arquivados três anos depois. Essa letalidade a partir de ações policiais está à margem ou dentro do direito? A morte praticada a partir da ação policial é ou não legítima?”, ele questionou. Uma de das hipóteses que levanta é a de que as próprias instituições reforçam a letalidade. A própria imprensa tem sua cota, segundo ele. “Quem lê a manchete ‘Polícia mata traficante’, passa a enxergar isso como ação legítima. A mídia diz que polícia mata inocente, o que significa que outros podem matar”, explanou.

    A questão passa a ser quem é o morto. “Todo auto de resistência é voltado a fazer uma investigação da vida do morto. É quase um inventário moral. Assim é composta a maioria dos autos de resistência”, afirmou ele, que trabalha com categorias como inimigo e vidas matáveis para tentar entender a letalidade. “Centrar na má formação policial não nos faz avançar para a compreensão do problema. A forma jurídica dos autos de resistência nos ajuda a entender a legítima defesa no Brasil. O inimigo é o traficante de drogas. Culpabilizada e desqualificada a vítima, ela passa a perder o estatuto de proteção jurídica”, Zaccone foi categórico.

    Vulnerabilidade e criminalidade

    O Rio de Janeiro é o estado com maior índice de mortes decorrentes da ação policial, Zaccone apresentou mais números: a mortalidade, em 2007, chegou a 1330. Foram 961, em 2011. Trata-se de uma letalidade legitimada política e juridicamente.

    “As polícias civil e militar são consideradas as mais violentas do mundo, mas é preciso ampliar o olhar. Trabalho com o conceito do professor Eugenio Raul Zaffaroni (autor do livro A Palavra dos Mortos), que diz que não podemos ver essa letalidade na forma do genocídio. A questão é difícil de ser trabalhada porque esse é um conceito criado com motivação política. Crimes de guerra e políticos não são considerados genocídios. Então se criou um conceito que não concentra a totalidade. O conceito de massacre, segundo Zaffaroni, é um homicídio múltiplo, não entram aí os casos de assassinatos isolados que não sejam resultado de uma prática sistemática”, explicou.

    Ainda com os dados em mãos, Zaccone citou que, em 2012, foram registrados 465 autos de resistência no estado do Rio. O número caiu 70% em relação a 1997. Mas permanece nas alturas e não justificado.

    “Essa redução drástica é tida como resultado da pacificação implementada pelo governo do estado com as UPPS. Correto? Questiono. Nós estamos tentando voltar para os marcos históricos. Em 1993, pouco mais de 150 pessoas foram mortas pela polícia. Em 1996, foram 390. A partir de 2000 começa uma curva ascendente. Justamente quando se instalam as polícias cidadãs. E isso é um problema. Desde que o governo federal passou a ter um olhar para os espaços segregados e entramos no tema da vulnerabilidade, o olhar é criminalizante”, ele avaliou.

    O que se tem é resultado direto, de acordo com Zaccone, da vinculação entre criminalidade e vulnerabilidade. “A violência policial nesses espaços aumentou a partir desses links. Pobre é potencialmente criminoso, é isso que significa dizer que nessas áreas a violência é mais possível.

    Matriz violenta

    No próprio ambiente social, diz o delegado, se constrói a ideia de que algumas pessoas são desprovidas de cidadania. “Criminoso identificado como inimigo perde o direito à cidadania, o que gera ambiente de matabilidade”, afirmou.

    A questão violência, polícia e direito à cidade, portanto, não deve envolver somente a polícia, Zaccone reiterou que o Brasil é uma sociedade punitiva cuja origem estaria na escravatura. “É diferente no Uruguai e na Argentina. Nós voltamos pouco à escravidão. O Holocausto tem importância histórica na Alemanha, por exemplo. A escravidão é uma marca no Brasil que pode caracterizar a nossa matriz violenta. Não é só a polícia. Nós precisamos olhar para essa questão e aprofundar o debate”, defendeu.

     

  12. Essas denúncias vinculando

    Essas denúncias vinculando Freixo e esse delegado aos black blocs tá parecendo aquela história do tal Nilton Monteiro, preso por denunicar as irregularidades do Aécio, a quem foi oferecida delação prmeiada caso ele denunciasse desafetos do Aécio.

    O processo de democratização, cada vez mais, mostra as entranhas operacionais do Brasil. É de dar nojo.

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