“Deplorável”: Doria critica Bolsonaro por retaliar governadores segurando recursos

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Sobre a saída de Teich, governador de São Paulo espera que sucessor não siga orientações "ideológicas" de Bolsonaro, mas a ciência

Jornal GGN – O governador de São Paulo João Doria chamou de “gesto deplorável” a atitude de Jair Bolsonaro. Segundo reportagem de O Globo divulgada nesta sexta (15), o presidente, para retaliar os governadores, tem demorado para fazer repasses de recursos destinados justamente ao enfrentamento do coronavírus.

“Retaliar governadores porque têm cumprido o dever de atender a ciência e saúde dos brasileiros é um gesto deplorável”, disparou Doria.

“Bolsonaro está deliberadamente retardando recursos para retaliar os governadores. O gesto demonstra mais uma vez a insensibilidade, intolerância e incapacidade de Bolsonaro de compreender a dimensão do cargo que ocupa. Bolsonaro mistura os canais e pensa que governar o Brasil é administrar sua família”, comentou o governador.

Doria apelou para que Bolsonaro pare de “colocar o país dentro de um caldeirão interminável de brigas e atritos”. “O país, para vencer a pandemia, precisa estar unido, precisa estar em paz.”

Sobre a demissão de Nelson Teich, segunda baixa no Ministério da Saúde em plena pandemia de coronavírus, Doria lamentou e disse esperar que “sucessor que não incorra no grave erro de seguir orientações ideológicas, partidárias, pessoais ou familiares. Um ministro da Saúde deve proteger a saúde dos brasileiros, e não a individualidade das intenções dese ou daquele mandatário.”

 

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

4 Comentários

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  1. Governadores do Brasil estão no caminho correto parabéns, “Bozó” num país com Congresso nacional justo já estaria deposto os brasileiros não necessitam de ditador, fascista e genocida olho aberto “Hitler” também tinha amigos “empresários” no entanto matou milhões de Alemães por ignorância.

  2. Esse moço, João Dória Jr., me parece bem intencionado mas não tem perfil de administrador público. Parece pensar e sentir o estado como se fosse empresa privada, o que encanta uma parcela da classe média, a que se sente mais consumidora ou produtora do que cidadã.

    Com certeza terá problemas sérios quando esse estado de exceção provocado pela pandemia não for mais adequado, quando tiver que enfrentar questões como moradia a quem não tem casa, saneamento a quem mora longe de bairros privilegiados, educação e saúde públicos etc. Está, esse moço, sabendo surfar na onda da pandemia. Se conseguisse virar algo como Lula, um social-democrata que apoiou tanto a inciativa privada quanto atendeu às demandas sociais, já quebrava o galho. Mas acho que seu círculo, bancos, lides, xps e dallagnóis, não vai ajudá-lo…

    (***)

    Outro dia escutei Dória no rádio e dei risada sozinho: para agradecer o investimento de algum empresário (se não me engano, um Safra), disse que o investidor poderia muito bem estar administrando seus próprios negócios mas não, que estava ali ajudando o governo. Lembrei daquele papelzinho quase-ameaça que os vendedores de quinquilharias e doces nos semáforos entregavam aos motoristas:

    “Eu podia estar roubando, assaltando ou matando mas estou aqui trabalhando.”

    Muda a classe social mas os argumentos são os mesmos, rs…

  3. Permita-me discordar quando você diz:
    “Esse moço, João Dória Jr., me parece bem intencionado mas não tem perfil de administrador público. Parece pensar e sentir o estado como se fosse empresa privada, o que encanta uma parcela da classe média, a que se sente mais consumidora ou produtora do que cidadã.”

    Muito pelo contrário, esse moço, joão agripino dória jr. é muitíssimo qualificado para qualquer atividade tanto no âmbito privado quanto agora, no setor público, quando qualificou-se quase que imediatamente pela necessidade do cargo. Ele só não é bem intencionado. Perfil de administrador ele tem para ensinar.
    Sua última aparição pública em coletiva de imprensa foi história, irrepreensível e exemplar.
    Toda a sua equipe afinada, objetiva, clara, responsável e ele figurando como liderança respeitável e capaz.
    Tivesse ele algum caráter e humanidade e não simplesmente oportunismo e sede de poder, seria um bom governante. Ele figura na categoria de maluf tanto no oportunismo quanto na competência e no cinismo.

    1. “Ele só não é bem intencionado.”

      Como assim, Amoraiza? Alguém pode acusá-lo de oportunismo? Desde quando oportunismo, em sociedades capitalistas, é acusação? É elogio, isso sim. E peço licença para manter meu ponto de vista: uma pessoa que não seja oportunista não deve nem tentar a iniciativa privada que certamente se dará mau. Uma pessoa assim, que trabalhe pelo bem do outro (bem coletivo) oras… que vá para o serviço público.

      (Se bem que, do jeito que as coisas estão, não tá sendo muito fácil encontrar administrador que trabalhe não para si mas sim pela comunidade, né? Não digo usar de pretextos, desculpas, eufemismos, um jeitão “para inglês ver”, mas de verdade: o estado tá cheio de servidores corruptos, que querem se dar bem bem antes de servir à sociedade, né não? Esse modo individualista pode parecer natural mas é que a gente tem estado imersa na ideologia. Ainda vamos morrer disso…)

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