DIPLOMACIA

O DIPLOMATA

 

 

 Depois de estudar no Itamaraty e línguas o diplomata Patrício estava pronto para assumir uma embaixada. Passou um mês estudando a Rússia. Indicado pelo governo se preparou bem para a sabatina no Senado prestes a acontecer, a realização de um sonho deixou a família toda muito feliz afinal, uma pessoa ser diplomata é de ser admirar. Sebastiana abraçou o marido na festa comemorativa ao marido e disse:

 

-Você me conquistou, me fez sua esposa e agora me faz embaixatriz brasileira na Rússia, estou muito feliz e só posso ficar a cada dia mais apaixonada por você.

 

 Ele respondeu:

-Depois de três anos sendo cônsul e consulesa em Cochabamba na Bolívia o ar condicionado da embaixada nos protegerá das neves moscovitas.

 

  Viagem marcada com o filho único Paulino, homossexual assumido há dois anos e prestes a completar quinze anos de idade, a família embarcou com Paulino não sabendo se sonha se tenta ou nem pensa entrar no Bolshoi. Rússia de grandes escritores, de bailarinos, de enxadristas e muito politizada que vai da monarquia para comunismo, do comunismo para capitalismo globalizado e assim por diante sem um período de transição muito diferente do Brasil cristão onde privilégios de poder, usurpação e corrupção são monopólios da elite que ilude a classe média e ridiculariza os pobres com novelas e programas de televisão demonizando todo avanço de justiça social. Patrício, Sebastiana, mais chamada de Tiana e Paulino cogitavam apenas ver o trem transiberiano, mas, nunca chegarem perto da Sibéria que o frio de Moscou para eles, é um recorde a não ser batido. Enquanto Paulino se acostumou rapidamente com a saudação russa entre homens, Patrício avisou que certas tradições brasileiras ele não abre mão. Fez isto antes de sentir a coisa ficar ruça para ele. Ainda mais hoje em dia em que fotos com situações inexplicáveis correm nas redes sociais.

Quando o consulado brasileiro em São Petersburgo teve um problema com seis brasileiros por contrabando e furtos e a situação entre Brasil e Rússia ficou tensa por causa de alguns milhares de rublos e reais em que os familiares dos brasileiros com a mídia exigiam atitudes do Itamaraty iguais a do Rambo ou como Reagan e o pai e o filho da família Bush. A situação deixou os brasileiros preocupados com a possibilidade de ficar sem vodca e os russos de ficarem sem pinga. A Pirassununga 51, os alambiques e as fábricas de vodca russas faziam manifestações fraternas Brasil-Rússia com intenções puras e alcóolicas com o coração do bolso. Nem nesta situação as usinas de Angra de Reis serviam para alguma coisa já que lá produz pouca energia nuclear, nem uma ogiva nuclear e algumas orgias ninguém sabe ou conta.

 Tudo acaba bem quando termina bem mas, quando acaba mal sabiamente e simplesmente  deixamos para lá.

 Patrício e Tiana voltaram aposentados da Rússia, mas, Paulino ficou para viver sua relação homo afetiva.

Redação

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