É hora de pensar em alternativa para o plano Levy

Não há limites para a irracionalidade de determinados jornalistas econômicos e economistas ligados ao mercado.

Durante anos acostumaram-se com o mantra de que ajuste fiscal é recomendado para qualquer circunstância. Não se está falando das práticas prudenciais, mas do ajuste pelo ajuste.

Repetem o mantra como araras destrambelhadas, incapazes de analisar cenários, pesar variáveis.

Mesmo ante todas as evidências, continuam defendendo as taxas de juros irresponsavelmente elevadas do Copom, sob o argumento de que o lado fiscal não está sendo executado.

São incapazes de entender correlações mínimas da economia, os fatores que obrigam à  compatibilização das políticas fiscal e monetária.

Qual a razão de se puxar mais pela monetária quando a fiscal está frouxa? Reduzir o aquecimento da demanda supostamente produzida por uma política fiscal frouxa.

Ora, não se consegue equilibrar as contas fiscais devido à frustração das receitas decorrente da queda do nível de atividade econômica. Como pretender que um déficit, fruto da redução da atividade econômica, esteja pressionando a atividade econômica a ponto de responder pela inflação?

***

O que está em jogo é mais do que a disputa pelo bolo, entre mercado e atividade produtiva: é a própria estabilidade econômica e política.

É hora de se aceitar o inevitável: o plano Joaquim Levy falhou. E não falhou pelo que deixou de conseguir, mas pelo que implementou até agora.

Não se debite apenas a ele o tamanho da recessão.

Houve uma desatenção indesculpável com os efeitos da Lava Jato sobre a economia. E não se vá culpar a força-tarefa. A responsabilidade por minorar os efeitos econômicos caberia ao Executivo.

Desde o ano passado poderia ter sido negociado com o Ministério Público Federal um acordo de leniência que punisse os acionistas preservando as empresas. Aqui mesmo, mostrei a fórmula simples e óbvia:

  1. Uma empresa vale, digamos R$ 2 bilhões.

  2. Se tiver que ressarcir R$ 1 bilhão à Petrobras, quebra. Não vai valer nada.

  3. Se abrir como única porta a obrigação dos acionistas controladores venderam sua participação, eles arrecadarão R$ 1 bilhão, pagarão a Petrobras e a empresa sairia incólume, apenas mudando de controle.

***

Não se pensou em nenhuma saída. Deixou-se o setor de petróleo e gás à míngua, com a presidente da República se comportando como se não tivesse nenhuma obrigação de resolver o problema.

***

Empresas de consultoria calcularam em 1 ponto percentual do PIB os efeitos da Lava Jato sobre uma economia que já vinha despencando desde o ano passado.

Mesmo assim, insistiu-se em um ajuste que busca a quadratura do círculo: quanto mais corta, mais cai a atividade produzindo uma queda de receita maior do que os cortes efetuados. E ainda há quem defenda mais cortes.

***

Mais cedo ou mais tarde o governo terá que engavetar o plano Levy e apresentar outro factível, que persiga o equilíbrio fiscal pelos caminhos corretos: sendo prudente nos cortes e ousado na busca do crescimento perdido.

Por tudo isso, e por conta do fato de que a crise também não perdoa grupos de mídia, solicita-se um mínimo de bom senso a esses arautos do mau mercadismo.

Luis Nassif

101 Comentários

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  1. Dos parcos conhecimentos de

    Dos parcos conhecimentos de Economia, tirados de Milone e Lanzana, e mais alguma leitura avulsa, aprendi que a atividade do Estado é fundamental para a manutenção do dinamismo econômico. Quando a atividade econômica despenca, o investimento estatal, geralmente em obras, é fundamental. Vide plano Marshall.

    O que vemos hoje é uma guerra do governo federal, que beira a birra. Para não se dar por vencidos no veto à reposição salarial dos servidores federais, que toda semana colocam mais de dez mil tocando vuvuzelas na frente dos palácios de Brasília, os governistas estão paralisando as reuniões conjuntas do Congresso Nacional, e até abrindo a torneira de dinheiro das emendas parlamentares. o tipo de gasto mais ineficiente do mundo.

    Se a inflação não é mais por demanda, porque a atividade produtiva desabou (e há que se suspeitar da impressão de dinheiro a essa altura). E considerando que a atividade econômica precisa ser retomada, com a criação de alguma expectativa para o empresariado, sabendo-se que no setor privado já está instalado o caos, ou a baixa expectativa dos consumidores para o futuro.

    Então pergunto qual a vantagem da atual guerra aos servidores, quando a mera manutenção do poder de compra seria distribuída em forma de injeção de dinheiro na ordem de 5 bilhões na atividade econômica, perfeitamente distribuída entre os 26 estados da federação (porque cada estado tem um judiciário compativel com o tamanho da sua atividade econômica), e com a racionalidade natural de uma família precisando sobreviver? E não estou aqui mencionando valores trucidados a essa altura: sindicalismo, distribuição de renda, fortalecimento da classe média, crença na estrutura da justiça.

    Há alguma vantagem em despejar dinheiro em obras obscuras, como se investimento fosse, com todas as empreiteiras paralisadas, em plena fase de descobertas dos drenos na Operação Lava-Jato?

    Não tem a renda o efeito multiplicador, em que os alegados 5 bilhões injetados no consumo viram sei lá quantos bilhões a mais, por criar dinamismo na atividade produtiva? Servidor público não é empresário, para dormir em cima do dinheiro, ou pra mandar ao exterior. Isso retorna à cadeia produtiva em questão de dias.

    Existe alguma razão lógica para temer o entesouramento de gente que recebe pelo Banco do Brasil ou pela Caixa?

    É mais benéfico torrar dinheiro praticando a renúncia fiscal com as multinacionais que praticam intensiva remessa de lucros? Ou é mais vantajoso irrigar o mercado cativo, de gente que faz crédito consignado em banco público, que poupa no mesmo banco público, que dá capilaridade nacional ao dinheiro que entra como salário, gastando nas ME e EPP do Chuí até o Amapá?

    Que compra apartamento financiando em banco público, pela empreiteira que o banco público aceitar, que compra carro da mesma multinacional que hoje é beneficiada pela renúncia fiscal, portanto com o mesmo efeito, só que alimentando os cofres com IRPF, INSS e o IRPJ da fatura, diretamente de volta aos cofres do Executivo, colocando a paralisação na arrecadação por greves fora da conta.

    Admitindo como verdadeiro que a Lava-Jato derrubou o PIB em 1% esse ano, e que isso não seja mera cavalo de batalha, peça de defesa política. A birra com os 120.000 servidores federais nesses 9 anos, derrubou outros quantos?

    1. REAJUSTE DOS SERVIDORES

      Sem falar que o propalado “aumento” feito pela mídia se trata apenas de atualização de vencimentos, deve ser considerado o fato de que o Judiciário tem uma função auxiliar na arrecadação. Quando se compara com a despesa para sua manutenção, o valor arrecadado é maior, mesmo com o elevado número de ações gratuitas e custas altamente defasadas para aqueles que podem pagar.

       

  2. Alternativa não só ao Plano

    Talvez seja hora, de pensar em alternativas não só ao “plano” Levy, mas ao próprio Levy.

    Talvez seja a hora de pensar em alternativas não só ao Levy, mas à Dilma.

    Se um diretor de empresa comete erros descomunais e age irresponsávelmente, ele acaba por ser substituido, quanto mais um presidente de um país.

    Talvez seja hora de pensar em alternativas não só à Dilma, mas ao “republicanista” patido PT, e procurar com seriedade um partido realmente de esquerda que o substitua.

    Para mim dificilmente votarei novamente PT no primeiro turno, pelo resto de minha vida. Acho que o único candidato petista que eu realmente ainda votaria seria, a rigor, o Lula. O resto é capacho da elite.

    1. Estamos falando de um Pais, não de uma empresa

      Quer dizer que se a “”empresa Brasil”” vai mal, tira-se o presidente e… coloca um outro ou deixa vago? 

      O PT não serve na visão de uns, acaba-se com o partido e constroi-se outro ?

      Essa visão mercadista pode servir muito bem para o Mercado, não para uma Democracia. 

      Se formos começar a DERRUBAR presidentes a cada vez que a economia desanda e cria-se uma crise politica, vai ficar uma beleza: vamos terminar nas mãos dos generais, guiados por Washington.

      Republica bananeira é isso ai.

       

      1.  
        Maria Luisa;
        E porque não?

         

        Maria Luisa;

        E porque não? Falta lisura no Brasil, país onde não se busca o bem comum e sim interesses segmentários!

      2. Derrubar não; substituir

        Cara Maria Luisa, repare bem que eu não sugeri “derrubar” Dilma, mas sim substituir. Há uma imesa diferença.

        Quase todos concordam num ponto, que o “governo” Dilma é como um tumor que precisa ser extirpado. O que difere é a maneira que cada um acha que deve tirar ela de lá.

        Quando eu me refiro a tirar Dilma do poder, me refiro a aprovar uma emenda Constitucional autorizando plebiscito e novas eleições caso o País tenha dois anos de PIB negativo (que só aconteceu uma vez há 85 anos) e ou deficit orçamentário por dois anos. Aí seriam convocadas novas eleições para executivo e legislativo ao mesmo tempo. Como na grécia, onde quando a crise apertou, o primeiro ministro pode dissolver o parlamento e convocar novas eleições ( eu sei, lá é parlamentarismo, mas mesmo assim…) . Mesmo assim, tal regra passaria a valer só na próxima eleição. Se assim não for feito, o país fica refém de um governo fraquissimo por quatro anos, e aí sim teremos perigo de golpe, guerra civil, ditadura militar, ou coisa pior. O objetivo de se fazer uma lei assim, é criar uma válvula de alívio anti crise.

        Outra coisa é que o governo Dilma “não serve na visão de uns”; isto não é verdade, lamento, ele não serve na visão de 93% da população. Se fosse de uns só, ainda estava bem. E números para respaldar  a visão destes 93% é o que não faltam. PIB negativo de quase 3% previsto, deficit orçamentário, etc.

        Por outro lado uma lei destas seria util caso os tucanos chegassem ao poder ( epero que nunca mais aconteça) e rescucitassem um “outro” FHC…

        A visão mercadista vale sim, para os Governos, afinal, na hora das contas fecharem, se não fecham, os estados podem ter de pedir falência e concordata, a Argentina fez isto há uma década mais ou menos, foi terrivel.

        Acho que não é isto o que queremos, não é mesmo?

        Corrigir erros de politica não necessáriamente fere a democracia, mas faz parte dela.

         

         

  3. Ou seja, o Levyano subiu no telhado…

    E não vai cair por falta de alertas, ou sinais claros de que a sua política fora de “timing” estava mais atrapalhando que ajudando as contas do país… Parada dura entre esse energùmeno e a presidentA, pra saber quem é mais teimoso ou menos preparado para a condução dos interesses do país;

    Já vai tarde!

  4. Plano Levy?

    O Plano Levy é a pessoa do Levy. A sus credibilidade perante o tal do “mercado”.

    Plano mesmo é o conjunto possível de ações onde os diversos atores consigam se engajar.

    Acontece que muitos desses atores torcem contra o Brasil e, com isso, não há plano que funcione. Os 520 bilhões de dólares que brasileiros possuem fora do Brasil ainda continuam lá fora.

    Ainda, a crise econômica é mundial e não apenas brasileira

    A saída é política e virá depois de reatado o namoro entre o PT e os movimentos sociais, que deverão tomar de volta as ruas. Mais uma vez, a massa trabalhadora, que gira o seu dinheiro por aqui mesmo, será o sustento da economia brasileira.

    Agora se algo poderia ser mudado é a estratégia de querer que a industria e o emprego cresçam apenas fabricando e vendendo carros. Isso já deu. Agora devemos partir para o transporte público e de carga. os metalúrgicos devem sair dos carros e ir trabalhar na Santa Matilde, a fazer locomotivas e vagões.

     

  5. Eu prefiriria reforçar a

    Eu prefiriria reforçar a expressão “araras destrambrelhadas” da mídia com a dos tucanos destrambelhados de governos anteriores. Afinal foi esta política destrambelhada quem desmontou as empresas nacionais e entregou o patrimônio nacional à gringolândia.

    Repetir esta política destrambelhada em governo trabalhista é no mínimo burrice. Pois me recuso a admitir que um governo trabalhista tenha a má fé dos tucanos. Pode até ter alguns ladrões iguais aos tucanos, mas, com certeza são ladrões progressistas, nacionalistas e guerrilheiros… Né, seu Zé Consultor!

  6. Correto Nassif. 
    É mais do

    Correto Nassif. 

    É mais do que hora da – turrona Dilma – acordar: a austeridade só leva a derrocada (vide a Europa e a persistência da crise mundial) e mais, ainda, aliada ao pessimismo injetado pela grande mídia em associação com a oposição

  7. Nassif não está sendo

    Nassif não está sendo correto. O plano Levy nem foi posto em prática, nenhum ajuste significativo foi feito pelo governo. Além disso, a ” pilota” comprometeu bastante a economia nos últimos 4 anos. E muito a contragosto contratou o Levy para salvar o avião em queda. Só esta semana, os donos do avião (os banqueiros) puxaram a orelha da pilota…”deixe o homem trabalhar, amarre seus mercadantes e barbosas”

    1. O Levy é uma fraude como todo
      O Levy é uma fraude como todo esse anedotário liberal pro Brasil que todo mundo sabe no que deu, os 8 anos de desgoverno de FHC fora os anos Collor. O setor produtivo (empresas) se tivessem juízo e não fosse comandadas por um idiota como o Skaff fariam um pacto pra colocar essa banca no devido lugar pois deveriam lembrar da quebradeira provocada por esses bandos na era FHC. Chamar banqueiro de “dono de avião” (país) é de uma sem vergonhice fora do comum, nem filho de banqueiro consegue ser tão puxassaco de agiota oficializado (banqueiro) como vc foi no comentário.

      A parte chata desse site é ler esses comentários de leitores de Veja porque não conseguem mais ficar naquele gueto liberal neocon que está falindo por conta de incompetência, trambique e por defender uma política econômica tresloucada que levou à Ed. Abril a situação atual. Mas faz parte da democracia aturar até isso e não corro do embate e nem a esquerda deveria correr ou temer o “canto de corvo” dos tupiliberais do país que não passam de neocons e defendem uma política de concentração de renda pro setor improdutivo/parasitário do país (bancos).

      Levy, este capcaho do FMI e de banqueiros, só fez ferrar a economia do país com uma presidente que aceitou de forma tola e passiva a imposiçãod o nome dele pela banca e pela Globo, razão principal da queda de popularidade dela pois isto foi visto (e é visto) como traição por parte dos que votaram nela.

      Liberal, vá defener austeridade na Grécia, Espanha, Itália, Portugal e cia pois ao menos o povo lá está sentindo agora na carne as medidas de vocês. O hilário é ver uma pessoa defender com tanto afinco agenda de banqueiros sem ser parte do banco ou filho de banqueiro.

      A mitomania de vcs liberais está ficando insuportável, eu não sei se deram conta, mas a ira do povo com a Dilma é por conta da tibieza dela em adotar esse lixo liberal, e vcs liberais falam como se tivessem algum poder político real na rual exceto o que a Globo infla. Na hora que o povo sair do transe da Globo irão cobrar de vocês, tucanos. Cedo ou tarde isso irá acontecer, baixem a petulância de vocês pois o jogo está longe de acabar.

      Levy não é salvador, Levy é a própria encarnação da sabotagem e não entende nada de política nem de país, mais um tecnocrata ridículo a mando dos banqueiros (internos e externos, são ligados) e da ONG dos EUA no Brasil (a Globo).

      Pena o PT ser essa debilidade ideológica que nunca atacou pesado toda a agenda de sabotagem liberal pro país subestimando esses bandos.

  8. Algo me diz que mesmo se os

    Algo me diz que mesmo se os melhores economistas da história voltassem à vida e fossem ministros da economia do Brasil de hoje, também dariam com os burros n’água. Pois há um fator que é imprevisível ao cubo  = Dilma. 

    1. O problema não é a Dilma, e
      O problema não é a Dilma, e sim uma mídia cretina que detona tudo quanto é plano do governo. É só ver a manipulação que a mídia faz quando alguma medida atinge mais o andar de cima em favor do andar de baixo.

  9. Querem derrubar o Governo pra blindar a elite e matar o povão!

    Prefeitos e Governadores metiam o pau no Guido devido as desonerações de IPI, 

    Hora , eu sempre comentava que é melhor um pouco menos de imposto sobre produto vendido(economia girando) que muito imposto em produto não comprado.. É isso que estamos vendo. 

    -Juro real zero pra combater a estagflação e diminuir  carga sobre a dívida pública , ainda mais que temos um dólar adequado (até o momento)pra retomada industrial e turbinar ainda mais o agronegócio.,

    -Desenrolar as Empresas envolvidas na Lavajato , é o que temos de técnologia administrativa e operacional pra tocar a imfraestrutura do País. Deixem os meninos espernearem (procuradores , delegados e juízes). A maioria deles são ótimos em suas funções  que continuem e não dispersem, a Elite espertalhona desse País o querem a seu lado. Fizeram isso com a Marina, com o Joaquim Barbosa e com a Heloisa Helena .

    -Vejam a lista dos Senadores que votaram contra o fim da contribuição empresarial de campanha pra saber o quê a oposição golpista está preparando.

    Eu mesmo digo, querem mudar o Governo pra manter tudo do jeito que sempre foi a 515 anos. 

     

     

  10. DESONESTIDADE

    AS VEZES FICO PENSANDO O QUANTO É DIFÍCIL O MEIO POLITICO, A FALTA DE BOAS INTENCÕES DAQUELES SENHORES QUE HOJE NOS REPRESENTAM. MUITOS DESTES, QUANDO AINDA JOVEM, ACREDITO, QUE JA TEVE VONTADE DE PODER CONTRIBUIR COM A COLETIVIDADE, MAS INFELIZMENTE SE TRANSFORMAM EM VERDADEIROS MAUS FEITORES, AMBICIOSOS, EGOISTAS, MESSENARIOS, RIDICULOS E POBRES POR PENSAR QUE ESTÃO LEVANDO VANTAGEM A SAQUEAR OS COFRES PÚBLICOS E CONCENTRAR RIQUEZAS . É SONHO MESQUINHO, COM GLORIAS PASSAGEIRAS E DESPRESIVEIS. 

    FALTA HONESTIDADE NESTE PAIS. ESTÃO DESMORANDO TODO PAÍS EM FUNÇÃO DE UM VAIDADE PEQUENA PELO  SIMPLES GOSTO DE TER O PODER E CONTROLE DE TUDO. É TERRÍVEL VER ISTO, E PIOR PENSAR QUE VEREMOS AINDA POR MUITOS ANOS.

     

     

  11. Crítica errada para a pessoa errada

    Se o objetivo deste texto é bater na política monetária, em função da taxa de juros da Selic, então as críticas ao Ministro Joaquim Levy são absolutamente imprestáveis. O Ministro Joaquim Levy não é o presidente do Banco Central e não comanda a política monetária. A crítica deveria ser endereçada ao Ministro Alexandre Tombini e ao COPOM (Comitê de Política Monetária), não ao sr. Joaquim Levy.

    Outro ponto absolutamente equivocado é o de falar da Operação Lava Jato e de culpar o governo federal pelo desenrolar das investigações. Os acordos de leniência estão sendo fechados (algumas empresas já o fizeram). Para tanto, é necessário que as próprias empresas procurem os órgãos responsáveis (CADE ou CGU) e firmem os corretíssimos acordos de leniência. Só não existem mais acordos em função da resistência, essa sim destrambelhada, do Ministério Público. Até o juiz Sergio Moro defende os acordos de leniência. 

    Tem outra coisa. Esse título: “É hora de pensar em alternativa para o plano Levy”, como foi demonstrado, é absolutamente fantasioso. E é fantasioso porque a crítica mais áspera do articulista se dá em relação à política monetária, que estaria prejudicando a política fiscal. Sugiro, humildemente, que Luis Nassif troque o título do texto e o substitua por esse: “É hora de pensar em alternativa para o plano Tombini”.

    Por fim, e também a título de sugestão, gostaria de ver melhor explicitadas neste ou em outros textos as críticas ao atual posicionamento do Ministério da Fazenda. No texto de hoje não há crítica nenhuma. E Nassif também poderia, em tempo de meas culpas, dizer abertamente aos seus leitores que se arrepende amarga e profundamente por ter feito uma perseguição implacável e cotidiana, durante mais de 02 anos, contra o ex Ministro Guido Mantega. 

  12. Pelo que me lembre, até tentou-se negociar….

    Nassif, essa questão da possivel negociação do Executivo com o Ministério Publico Federal para salvar empreenteiras seria mesmo possivel ? O que fica da Operação Lava Jato é que o Moro e seus procuradores não tinham nenhuma preocupação em salvar nada. Pelo contrario, o que parece é que desde que não inclua tucanos de alta patente, o lema deles é que não fique pedra sobre pedra. Não sei se o governo Dilma, detestado pelo MPF e pela PF, tenha alguma possibilidade de negociar com essa força tarefa ai.

     

  13. As pessoas estão acostumadas

    As pessoas estão acostumadas a pensar com o estômago. Não. Não estou falando dos pobres que não têm o que comer.

    Estou falando dos ricaços, da ponta da pirâmide social. Eles sabem que com essa política de juros altos, eles acumulam ainda mais riquezas provenientes de suas aplicações financeiras. Sabem que quanto menos dinheiro circulando no mercado, mais baratos ficam os imóveis que podem adquirir.

    Os economistas de mercado que defenderem idéias contrárias, sabem que perderão as melhores oportunidades de emprego junto aos grandes bancos privados, não terão voz na mídia e a carreira de professor universitário será a mais provável. Assumir o discurso favorável ao mercado financeiro parece ser a única forma de conseguir um bom emprego nestas instituições.

    Os jornalistas econômicos seguem a mesma lógica para manter suas posições nos veículos de comunicação.

    Ou seja, todos pensam com o estômago, não pensam o cérebro para entender o quanto o país perde com as medidas que defendem e, também, não pensam com o coração para perceber o tanto de sofrimento a população mais pobre terá que suportar ao abrir mão de necessidades básicas para satisfazer a ambição desenfreada de uma pequena parcela da sociedade.

     

  14. Imposto que prejudica Bancos, NÃO PRESTA!

    Não é de admirar que Levy seja contra a reedição da CPMF. Não fosse ele oriundo do Banco Bradesco.

    No passado vi muitos nergócios serem fechados por fora do circuito bancário.

  15. Caro Nassif
    1 – Espanha e

    Caro Nassif

    1 – Espanha e Grécia já apresentam expressivos índices de crescimento. É a partir de constatações como esta que passamos a entender porque a China é administrada, exclusivamente, por engenheiros.

    2 – Alguns físicos da quântica local perguntavam se “coisas” como as constantes dimencionais, e incredulidades como o Pi, não seriam produtos das matrizes que construiram a racionalidade do nosso pensar, descoladas, portanto, da natureza intima do mundo. Que ordem de impasse; – Teríamos construído toda uma ordem de conhecimentos que nos levaria, necessariamente, à cegueira.

     

    À  beira do abismo pulamos?

  16. O que se corta?

    Na minha opinião devem cortar despesas, equilibrar/controlar custos e aumentar os cenários de investimento.

    Agora, como cortar algo se ontem li notícia (não em integrante do PIG, em um jornal melhor aqui do RJ) de que o nosso judiciário cheiroso encontrou um meio de cobrar alguns Bilhões do governo em benefício de seus marajás. Algumas contas chegam a R$385Millhões porcabeça!!!!!????? Como porra?????

    Outro ponto é o “sempre fiel” vice presidente, que  sempre levanta questões capazes de mobilizar estes grupos idiotas de SP (Av paulista) e da ZS do RJ. Li hoje pendurado na banca aqui no RJ em pasquim integrante do PIG uma manchete (letras Garrafais) que “gritava”: “Temer avisa que Dilma não resiste sem apoio popular”, num claro chamado aos coxinhas que, ao se reunir uma meia dúzia, os golpistas (partidos, pig, forças públicas de SP e PR) estimam em centenas. Tornam o terreno cada vez mais instável.

    Aqui vale perguntar ao vice “fiel”:  Que governo no mundo, salvo ditaduras sanguinárias, resiste sem apoio da população? Para com isso cara, seu bote já foi sacado.

    Por fim, sim, Dilma tem que agir. É tiro no pé a cada minuto, permitindo que os traíras de plantão alimentem esta crise. A sorte da Dilma é que esta oposição de M* não tem nenhum plano para o Brasil, salvo vende-lo.

    Senão, babava!

     

     

     

     

  17. Rá Rá Rá!!!

    “Mesmo assim, insistiu-se em um ajuste que busca a quadratura do círculo: quanto mais corta, mais cai a atividade produzindo uma queda de receita maior do que os cortes efetuados. E ainda há quem defenda mais cortes.”

    Não precisa ser doutor em economia para entender isto. Mas o Ministro “cabeção de planilha” é assim e nunca vai entender o porquê da diminuição da arrecadação.

    Se colocar o presidente Lula como Ministro da Fazenda faz trabalho melhor que estes doutores aí. Bolsa família relação de 1 real gasto para 3 reais produzidos.

    Os caras não aprendem com o passado pró-atividade zero ou são Cavalos de Tróia…

  18. Alienação

    Morri de rir com a sua “sugestão” para preservar a empresa bandida. Por que o BNDES não compra os R$ 1 BI? Simples: Porque colocar as ações a venda na bolsa jogaria a culpa pela incompetência e pelos crimes de colarinho branco no Deus mercado.

    TODOS devem pagar pelo mal que fizeram ao Brasil, principalmente os que detinham cargos de presidente: da estatal, do conselho de adm além de todos os conselheiros.

    Quanto ao Joaquim Levy e as medidas por ele encaminhadas, facim de entender: FALTA LIDERANÇA POLÍTICA NESSA ESPELUNCA. Um sujeito que foi flagrado pela PF com milhares de dólares dentro da cueca jamais vai ter moral para o que quer que seja. Nem dentro da própria casa.

  19. Inércia

    Essa é a nossa Presidente!!!!! A Sra Inércia, ela acha que nada diz respeito a ela, some de circulação, não decide nem administrativamente nem politicamente é capaz de absurdos e insiste em falar na televisão como se não houvesse problemas como se amanhã tudo fosse estar bem e com ar professoral.

    Fica difícel defender o governo com essa postura da Presidente e de seu Ministro da Casa Civil .

    E meus amigos de direita só me sacaneando.

     

     

     

     

     

     

  20. Cegueira absoluta

    Cegueira absoluta. Como dizer que o Plano Levy falhou, e atribuir a desaceleração do país à ele, se nem foi de fato implementado? Que ajuste fiscal é esse que pretende economizar 0,15% do PIB pra ter superávit primário? Onde está o arrocho? O corte de despesas? O enxugamento da máquina pública? Que ajuste fiscal é esse que apresenta um orçamento pra 2016 negativo? O que está desacelerando a economia é a queda brutal nos investimentos privados, empresário perdeu totalmente a confiança nesse Governo, status que só piora à medida que se constata a dificuldade de efetivamente termos um ajuste fiscal, e fazer o Brasil ter rumo novamente. O que está desacelerando a economia é a inflação que foi represada e agora bate os dois dígitos comendo a renda da população, já com alto índice de endividamento. Aí agora colocam a culpa no Levy porque propôs cortes? Propôs, porque implementar até agora, nada…

  21. Siceridade?

    Com 14 e 1/4 de taxa de juros não há economia que aguente!

    Sangrando o Estado e a população para satisfazer os rentistas. Dilma capitulou!

  22. A alternativa é liberalismo de fato.

    Mas, isso não vai acontecer, claro. Há corporativismo demais mamando nos nossos bolsos para que isso aconteça. Desde políticos e sindicalistas (os de sempre), até artistas (os de sempre) recebendo gordinhos financiamentos para se manterem dóceis como cordeirinhos. Então, nada vai mudar, a não ser a cotação do dólar. Vamos continuar um país para rentistas.

    Certeza, certeza mesmo é que Dilma dará a última palavra.

    Só torço para que não seja “fudeu” – expressão chula, mas que é o nível do vocabulário usualmente empregado pela pseudo-Gerente em suas reuniões com subalternos. Diga-me como falas e eu tenho um palpite de como administras… E essa senhora é uma grosseirona, habilmente maquiada por Lula e Celso Kamura que, coitado, deve passar um trabalhão.  

     

  23. paralização da economia

    Gente com essas taxas de juros conseguiram equilibrar as contas?

    Certamente não, pois a economia so tem resultado com a troca de mercadorias e serviços, não vende, não tem arrecadação, não tem arrecadção não tem caixa.

    Essa politica só funciona para quem  esta no topo da piramide. Compra tudo mais barato.

    com valores despreziveis. Mas esses economistas são banqueiros e precisam de dividendos,

     

     

     

  24. UM CONSENSO ANTI-CÍCLICO

    A premissa de que é indispensável alterar urgentemente o rumo desastroso da política econômica constitui uma realidade evidenciada por todos os indicadores. E é muito importante que tal premissa seja corroborada por opiniões dos especialistas.

    Desde o anúncio do ajuste fiscal pelo governo Dilma, muitos comentaristas alertaram para a inadequação de tal política restritiva quando a economia já mostrava uma desaceleração acentuada, tanto no Brasil quanto no exterior.

    A combinação asfixiante da política fiscal de austeridade com uma política monetária contracionista, caracterizada pela nefasta elevação das taxas de juros e pela redução da oferta de crédito, só poderia resultar no desastre evidenciado pelo agravamento do déficit público, além de provocar aumento do desemprego e mais recessão.

    Assim, visto que a causa determinante da crise fiscal é a queda da arrecadação, agravada pelo (des) ajuste e pela resultante redução dos níveis de atividade da economia, a solução precisa ser construída através de iniciativas para estimular o crescimento da demanda agregada e viabilizar a redução dos custos da dívida pública.

    Por tais razões, ao invés de defender a volta da CPMF, cabe recomendar com firmeza uma imediata, gradual e significativa redução das taxas de juros, aliada à adoção de políticas de indução de investimentos produtivos, de proteção do emprego e da renda do trabalhador, bem como de medidas para estabilizar o câmbio em nível sustentável, que favoreça a competitividade da indústria brasileira sem acelerar a inflação.

    Sem dúvida, o saneamento da crise fiscal precisa ser construído através de uma reforma tributária inclusiva, que crie uma taxação progressiva sobre grandes fortunas e sobre os lucros gerados por aplicações financeiras; aumente as alíquotas dos impostos incidentes sobre as atividades bancárias. E urge promover o estímulo ao crescimento dos níveis de atividade, através da implementação das estratégias acima referidas, dentre as quais se destaca a urgente redução dos juros, indispensável para diminuir as despesas com a dívida pública e promover o aumento da demanda.

  25. Meu Deus…

    Ok, vamos lá, tira o Levy, perdemos o grau de investimento, dolar bate os 5 reais, Tombini sobe mais a Selic pra tentar conter a fuga de capitais e a escalada do dolar, que puxa mais a inflação. Boa idéia Nassif. Aí assume o Nelson Barbosa, e vai fazer o que de diferente pra reanimar a economia? Que tal voltar a aumentar os gastos? Meu Deus…

  26. Você pode discutir esse ou

    Você pode discutir esse ou aquele detalhe do plano econômico, o certo é que a tendencia é que com o ajuste fiscal a casa pode ficar em ordem. O ponto crítico de toda confusão chama-se Lava Jato. Aqueles que tem rabo preso que já foram denunciados ou terão seus nomes divulgados em breve, apostam no caos, no disse que me disse nas declarções dúbias. Essa é a chave da crise. Enquanto esses ladrões não forem desmascarados e punidos eles tentarão de qualquer forma usarem essa confusão como pano de fundo para sobreviverem. No mínimo é estranho esse disse que me disse do Temer. Dilma e o juiz Moro podem ter a resposta..

  27. Admita Nassif

    Nem o Aécio Neves nem nenhum político que me venha à cabeça conseguiria ser tão nefasto ao país quanto Dilma Roussef. Até o Severino Cavalcanti teria se saído muito melhor se tivesse sido eleito em 2010 no lugar do poste. O ajuste fiscal deveria ter sido feito no começo de 2014. Mas agora o tempo passou, é o momento do salve-se quem puder. E o crime de voluntariamente destruir o país para ganhar uma eleição pode ser creditado ao PT – um partido que por ideologia acha que dinheiro dá em árvores. 

  28. Relações de causalidade, ou “hora de dar nome aos bois”

    Sim, é possível pensar em uma alternativa para a política do Levy, mas antes disso é preciso entender exatamente como chegamos aqui, e reconhecer que a “nova matriz econômica”, por melhores que fossem suas intenções, teve erros imensos de execução que estão exacerbando o quadro recessivo do país agora. Portanto, não vai ser um retorno a essas políticas, ainda mais em um cenário de restrição fiscal, que vai nos tirar do buraco. Os principais problemas foram:

    – o uso disseminado de financiamentos subsidiados (via BNDES) teve dois efeitos deletérios à economia: aumento brutal da dívida pública e sobreinvestimento em determinados setores. Qual foi a razão implícita (e pouco discutida à época) para o movimento dos caminhoneiros do início do ano? O excesso de caminhões vendidos por conta dos incentivos via PSI/FINAME, sem uma correspondente remoção de veículos antigos da frota (que poderia ser realizada por meio de inspeções obrigatórias, que tirariam veículos velhos e potencialmente perigosos de circulação). O resultado é que foram vendidos caminhões demais, derrubando o preço do frete, fato exacerbado pela contração econômica já em andamento.

    – outro exemplo de fracasso brutal da nova matriz econômica foi a aposta irresponsável no pré-sal. A Petrobras possui um departamento de gestão estratégica com profissionais altamente qualificados, que certamente era capaz de sinalizar que havia riscos de um cenário de queda no preço do petróleo. No entanto, houve uma decisão ideológica de se fazer um brutal investimento em extração, e ainda obrigando a Petrobras a adquirir conteúdo nacional (que obviamente embutia um sobrepreço) e participar em todos os leilões – sem contar a “cereja do bolo” que foi o controle nos preços da gasolina. O resultado está aí para todos verem: uma empresa com fluxo de caixa negativo, tendo que queimar ativos para reencontrar um ponto de equilíbrio. Sem contar que há um risco que os setores estimulados pela política de conteúdo nacional não resistam à contração do mercado, o que acabará resultado em um imenso esforço financeiro e empresarial perdido.

    – muito do crescimento nos últimos anos foi ocasionado pelo mercado imobiliário. O governo federal não fez nada para que este setor se desenvolvesse de forma saudável – pelo contrário, o MCMV foi um dos responsáveis pelo aumento no preço dos terrenos que alimentou a bolha imobiliária. Agora que finalmente chegou a hora da ressaca, não vai ser aumentando o prazo de financiamento dos imóveis para 200 anos que se vai recuperar o mercado. O ajuste no setor é necessário e saudável, e inclusive há de se fazer uma análise realista do MCMV: faz sentido o Estado subsidiar imóveis que custam mais de 100 mil reais? O MCMV foi bem-sucedido em diminuir o número de pessoas morando em favelas ou outras habitações precárias? Ou será que o subsídio foi capturado por empreiteiras e donos de terrenos? Lembrando que o MCMV é a despesa mais cara do PAC, excedendo 10 bilhões de reais por ano …

    – Por que a taxa SELIC começou a subir? O discurso “oficial” do BACEN é relacionado à inflação, mas quem tem acesso aos técnicos do banco sabe que o principal motivo para a retomada da alta na taxa de juros foi a vulnerabilidade externa do país, que poderia levar a uma disparada na taxa de câmbio e, em última linha, a mais inflação. Se o país fizesse um ajuste fiscal de verdade, com reformas estruturantes, os indicadores de solvência do país melhorariam muito, e aí sim seria muito mais fácil reduzir a SELIC sem causar um ataque especulativo ao Real. Hoje, se alguém baixasse a taxa na “canetada”, o dólar subiria rapidamente para 5 reais, e não preciso dizer o que aconteceria com a inflação …

    – Ao contrário de alguns, inclusive aqui nesse blog, que insistiam que o modelo de consumo de massa ainda tinha muito fôlego, é óbvio que ele alcançou um ponto de saturação. Há casos de instituições públicas em que “apenas” 90% dos servidores possuem empréstimos consignados, sinal claro de excesso de alavancagem na economia. Portanto não vai ser estimulando o consumo que se alcançará o final da recessão.

    Portanto, é um erro se dizer que a recessão está sendo provocada pelo ajuste fiscal. Inclusive, é difícil imaginar que alguns dos cortes que estão sendo feitos (por exemplo, no Ciência Sem Fronteiras) sequer têm algum efeito no PÌB. Os efeitos positivos de uma redução na taxa de juros provocada pelo ajuste fiscal (e que não serão acompanhados de um overshooting no câmbio, que certamente ocorrerá com uma redução na SELIC na “canetada”) serão muito mais frutíferos para o país no longo prazo do que as eventuais perdas a setores específicos provocadas por cortes em políticas que, possivelmente, já não são muito eficientes mesmo (vide o exemplo do seguro defeso dado pelo próprio Levy).

    O grande problema que eu vejo é que as pessoas que batem no ajuste fiscal não dizem com todas as letras qual seria a alternativa mais provável, ainda mais considerando-se o passado recente: dólar a 5 reais, inflação acima de 10%, nova rodada de gastos públicos desordenados e ineficientes … não é melhor sofrer tudo o que a gente tem que sofrer agora para garantir finalmente um futuro de crescimento sustentável para o país? Achar que o país vai entrar nos eixos sem uma recessão é uma grande ilusão …

  29. O Levy parece caber na

    O Levy parece caber na definição de cabeça de planília do Nassif, sem dúvida. Mas como disse o Diogo, juros é com o Tombini e cia. Também não há como colocar tudo no colo do rapaz do Bradesco. Ontem estive conversando com um canadense que me informou que o Canadá está em recessão. O fenômeno é mundial.

    A unica maneira de contornar isso, efeito inevitável da economia globalizada é com política. E Dilma não é Lula, não adianta. Dentro das circunstâncias o Levy cumpre o seu papel que é evitar um ataque especulativo do capital financeiro, e deixa os empresário mais calmos. Agora, esperar que eles fossem investir tudo que não investiram no primeiro mandato é muito otimismo.

    O que podemos fazer é acreditar que a Dilma, mesmo a trancos e barrancos, perceba que ela precisa montar uma agenda positiva para o país, coerente e que tenha ela, e não o Levy, como cabeça (não de planilha). Este tem que ficar como um contador que cuida da receita versus despesa.  

    Dilma tem que assumir seu cargo. Ser a líder de um programa de governo coerente com o projeto que representa. O ajuste, receita versus despesa, é necessário, mas não é tudo. Amarre um projeto e apresente-a ao país, o que já deveria ter feito há muito tempo. Do jeito dela que seja, mesmo sem carisma e simpatia. Todos já sabemos que ela não é Lula. Mas ela não pode ser um nada. É por isso que o Aécio que ser empossado. O cargo de presidente parece estar vago de fato.

    PS: Melhorou um pouco, parece que a presidenta está assumindo seu cargo devagar devagarinho

    1. Não dá para comparar taxas de

      Não dá para comparar taxas de crescimento economico de paises desenvolvidos (Canada) com paises subdesenvolvidos (Brasil). Lá os IDHs são altíssimos e a infra estrutura desenvolvida. Aqui para termos uma saída sustentável seriam necessários décadas de desenvolvimento com forte investimento em educação. Estamos longe disso. E com a Dilma não há luz no fim do tunel.

  30. Tá na hora de repensar tudo…

    Da série: Passarinho que dorme com morcego acorda de cabeça pra baixo 

    ***

    “Onde Temer estava com a cabeça quando aceitou o convite de uma socialite paulista para debater com empresários que se opõem ao governo do qual ele faz parte e tem a obrigação de defender?”, questiona o jornalista Ricardo Noblat, sobre o encontro do vice-presidente com empresários e ativistas organizado pela empresária Rosângela Lyra, líder do movimento Acorda Brasil; segundo ele, Temer foi além do limite da irresponsabilidade”

    http://www.brasil247.com/pt/247/midiatech/195610/Para-Noblat-Temer-assumiu-discurso-golpista.htm

    ***

    O vice-presidente, Michel Temer, disse nesta quinta-feira que é difícil a presidente Dilma resistir até o fim do mandato com popularidade baixa, durante palestra para empresários em São Paulo. Ao falar da presidente, o vice não usou o pronome “nós”, mas sempre “ela”.

    Temer disse ainda que “nada poderia fazer” se o índice de popularidade da presidente continuar baixo, mas afirmou “não mover uma palha” para assumir a Presidência da República no lugar de Dilma. Atualmente, a popularidade da presidente está em torno de 7%, segundo os últimos levantamentos. O vice também apostou que o governo Dilma vai até o fim e duvidou que ela renuncie, por ser uma mulher “guerreira”.

    — Ninguém vai resistir três anos e meio com este índice baixo. Se a economia melhorar, acaba voltando em um índice razoável — afirmou, dizendo que é preciso “trabalhar para estabilizar relações” com a sociedade e a classe política:

    — Mas se continuar com 7% e 8% de popularidade, de fato fica difícil, não dá para passar três anos e meio assim.

    A organizadora do evento, a socialite paulista Rosangela Lyraentão questionou:

    — Mas aí o que que faz?

    — Aí eu não posso antecipar. O que que eu vou dizer, né? O que eu vou fazer? — respondeu Temer.

    Aos empresários, Temer disse “não mover uma palha” para assumir a Presidência da República no lugar de Dilma, que tem enfrentado dificuldades para debelar a crise econômica e política no país.

    http://www.diariodocentrodomundo.com.br/essencial/temer-ninguem-vai-resistir-tres-anos-e-meio-com-este-indice-baixo/

     

    1.  
      Como se você não soubesse a

       

      Como se você não soubesse a resposta?

      Estava dando um recado ao Brasil que já podem deflagrar a operação impeachment que ele vai para a casa feliz, nada a opor.

       

       

       

  31. Ajuste Fiscal

    Com relação ao assunto, não vemos textos, comentários, etc., referindo-se a questão de administrações ineficientes e ineficazes. O governo (executivo, legislativo e judiciário) paga por produtos e serviços preços mais caros, mesmo não havendo corrupção, as vezes por burocracia irracional e quase sempre por má gestão. O corte linear de verbas, é pouco inteligente, pois mantem os gestores perdulários (facilmente se adaptam ao corte, pois gastam muito), mas inviabiza a administração dos bons gestores (que gastam o essencial). A inversão de valores, o Estado deve prover suas atividades fins, educação, saúde e segurança, obviamente com planos exequíveis, e a fazenda tem que arrecadar meios suficientes para tanto, mas não é assim, as autoridades fazendárias são “eminências” as quais os gestores das atividades fim, devem se submeter.

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

    e   

  32. Espero que os colegas

    Espero que os colegas leitores e comentaristas não me tachem de repetitivo. A análise, composta por notas curtas, é boa mas novamente temos aquela técnica de “agradar gregos e troianos” ou, dito de outra forma, “uma no cravo outra na ferradura”. 

    Vou enfatizar dois trechos.

    1º) “Houve uma desatenção indesculpável com os efeitos da Lava Jato sobre a economia. E não se vá culpar a força-tarefa. A responsabilidade por minorar os efeitos econômicos caberia ao Executivo.”

    2º) “Empresas de consultoria calcularam em 1 ponto percentual do PIB os efeitos da Lava Jato sobre uma economia que já vinha despencando desde o ano passado.”

    Não  trabalho no governo e não sou filiado a nenhum partido. Defendo a Democracia, o Estado de Direito, uma Justiça que realmente valha para todos, a ética, a honestidade e a lisura no trato com a coisa pública. No geral, a análise crítica de Luís Nassif não poupa o governo, a desastrada política econômica de Joaquim Levy, os cabeças-de-planilha pró-mercado, a mídia comercial a serviço desse ‘mercado’, etc. Mas que medo é esse de criticar diretamente a atuação político-partidária da PF, do MP e do PJ? Observem que, na tentativa de parecer neutro, Luís Nsssif primeiro isenta a Lava Jato (portanto PF, MP e PJ) de responsabilidade pela crise econômica e política, colocando a culpa no governo. Mas depois ele sentencia aquilo que todos aqui já perceberam e que as empresas de consultoria quantificaram: os efeitos da Lava Jato são a queda de um ponto percentual no PIB.

    E a coerência, onde fica?

  33. Enquanto isso no Canadá. …
    Na primeira ameaça de recessão técnica, o bc de lá fez o quê?
    Reduziu a taxa de juros!
    Que porra de economistas temos por estas partes do mundo?
    Ou são alienados, ou então apenas um rebanho de corvos amestrados a serviço da casa grande. …
    Não tem outra explicação!

    1. Talvez a explicação seja essa:

      -Inflação:

      1) Canadá: 1,3% ao ano (em 12 meses até julho de 2015);

      2) Brasil: 9,5% ao ano (em 12 meses até julho de 2015).

      -Taxa de juros:

      1) Canadá: 0,5% ao ano (antes era de 0,75% ao ano);

      2) Brasil: 14,25% ao ano (manteve a taxa inalterada na última reunião).

      Os dois países, Canadá e Brasil, estão em recessão. A diferença é que o Canadá está com a menor taxa de juros de toda a sua história e não terá muito para onde correr se a economia não reagir. O Brasil, ao contrário, tem fartos instrumentos para reagir em caso de agravamento da crise.

      O que é comum aos dois gigantescos países da América é o fato de que a queda violenta do preço das commodities, bem como o pior crescimento da economia chinesa desde 1989 e a iminente normalização da política monetária nos EUA estão afentando profundamente as suas economias.

    1. Golpista salafrário

      Mais fácil para um golpista sem vergonha que nem tu.

      Os vermes, os safados, os nazistas, os fascistas e os golpistas, ratazanas podres que querem destruir a democracia brasileira, não vão passar.

      Querem dar um golpe de estado esses vigaristas. E o querem porque odeiam a democracia e a soberania do voto popular.

      A única resposta possível que se pode dar aos porcos, que são todos aqueles que querem derrubar a legal e legítima presidenta reeleita pelo povo brasileiro, Dilma Rousseff, é a guerra civil.

      Com porcos, ratos, golpistas e demais vermes se deve utilizar da mesma violência com a qual eles querem dar o golpe de estado. Usar da violência, se preciso for, para manter a democracia e para colocar os porcos golpistas na cadeia.

      Dilma fica até o final de 2018 ou que venha a guerra civil contra os porcos golpistas.

        1. Tu é outro golpista safado

          A avaliação sobre a política empreendida pela legal e legítima presidenta reeeleita pelo povo brasileiro, Dilma Rousseff, pode e deve ser feita pela população brasileira.

          Da mesma forma que essa mesma população fez em 1998 e 1999 quando FHC se reelegeu com a fraude da âncora cambial que se desfez já em janeiro de 1999.

          Cabe ao povo brasileiro avaliar essas situações e dar a resposta nas urnas, como se faz em qualquer outro país minimamente democrático da face da Terra.

          Se porcos e vigaristas, acometidos de amnésia seletiva, pensam que podem dar um golpe de estado porque não gostam de um ou de outro governo, que tirem o cavalinho da chuva.

          Dilma fica até o final de 2018 e o povo brasileiro vai dar a devida resposta, nas urnas, no pleito de 2018. Os safados e demais picaretas que querem destruir a democracia brasileira que se recolham às suas próprias insignificâncias.

          E que parem de ser golpistas e comecem a trabalhar, algo que nunca fizeram, se não quiserem perder a quinta eleição presidencial consecutiva, em 2018.

          1. VALEU…

            F-A-N-T-A-S-T–I-C-O caro Aliança…rsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrs…essa eu vou guardar pois ainda vai ser muito útil…rsrsrsrsrsrsrsrs….

             

            Reunião dos “Jenios” PLANALTINOS enquanto Levy não está…

            Resultado de imagem para irmãos metralha

      1. Entendo perfeitamente o que

        Entendo perfeitamente o que está acontecendo com você. Você está “por aqui” e com razão. Mas é isso exatamente o que os fascistas querem. Não caia no jogo deles. Dilma não está caindo. Muito pelo contrário está agindo com a maior calma diante dos fasci-nazistas. E é por isso que eles estão com raiva e aí na cabeça deles passa ” xingamos essa mulher todo o dia e ela nada! Aja paciência! “

    2. Planaltinos…rsrsrsrsrsrsrsrsrs…

      Caro JC, os VAGABUNDOS PLANALTINOS, sustentados pelo dinheiro público, como sempre, tão mais loucos que nunca…rsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrs…. GUERRA CIVIL com 7%…

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      Um presidente que NÃO PODE IR AO SUPERMERCADO…

      Resultado de imagem para gargalhada

      1. Tentem a sorte, patifes

        Vagabundos são a corja de golpistas da qual tu faz parte.

        Vigaristas mequetrefes: tentem a sorte. Tentem dar um golpe de estado. Já que vocês são a “maioria”, o que estão esperando?

        O que esperam para desfechar um golpe de estado? Façam isso imediatamente! E façam logo, o quanto antes, de preferência em 2015.

        Se não fizerem em 2015, e não farão, o boi se vai com a corda de vez… Porque será que os golpistas ainda não desfecharam de vez a patranha contra a democracia brasileira? Curioso, não?

        Tentem a sorte, vigaristas! Tentem a sorte, patifes fascistas!

        Vocês não estão com a corda toda? Tentem a sorte!

        Além de safados, sem vergonhas, fascistas e golpistas, vocês são um bando de covardes, de pusilanimes que não tem coragem para fazer absolutamente nada.

  34. A saída é pela esquerda. Os

    A saída é pela esquerda. Os empresários não pagam IRPF sobre dividendos, argumentam que é bitributação, só que EUA, Inglaterra, Japão e outros cobram… Isso saiu na Carta Capital recentemente, dá cerca de 150 bi por ano. 

    Iates, jatinhos, helicópteros e outros não pagam IPVA, bota chutando mais uns 10 bi. 

    IGP-M na média histórica é maior que o IPCA e reajusta os aluguéis, ou seja, há anos ocorre uma transferência de renda entre a parcela da população que possui imóvel e os que não tem imóveis. E ainda aumenta a inflação através da indexação.

    O sistema de MI sem núcleo é uma aberração, os países que implementaram primeiro o sistema usavam núcleos de exclusão, retirava-se os combustíveis, alimentos (por sazonalidade) entre outros. O motivo é que MI deveria funcionar sobre os preços os quais a política monetária tem influência. De nada vale juro alto para controlar commoditie ou preço indexado. Os juros podem ir para 50% a.a. que não vão interferir no preço de algo que é regulado por contrato ou tem cotação internacional… Precisamos de um núcleo de inflação e não deve ser uma fórmula estrangeira e sim um núcleo que contenha educação dado o caráter sazonal, (90% da inflação de educação se dá em fevereiro e março), aluguéis e outros “sub-administrados”.

    Depois é preciso fazer uma reforma tributária pra onerar menos os produtos, se não tivesse imposto de 40% embutido na maioria dos produtos nosso nível de preços seria mais baixo.

    1. saida pela esquerda só num governo forte

      as suas idéias são muito boas e existem centenas, milhares de coisas erradas na nossa economia.

      porém como mudar sem apoio do congresso?

      o heródoto barbeiro mostrou no seu excelente telejornal que a bancada dos bancos, por exemplo, é maior que a do pmdb!!! os poderosos dominam o congresso. como retirar deles os privilégios?

      aí caimos na questão do financiamento das campanhas. um congresso como o nosso vai limitar o financiamento? o eduardo cunha já está colocando o financiamento das empresas na constituição.

      é preciso um governo de esquerda e forte. e ai caimos novamente na incompetencia da dilma e seus assessores.

      muitas saudades do governo lula !!!

  35. deficit fiscal

    concordo plenamente com a idéia de um deficit fiscal agora.  o momento que estamos vivendo não é para criar impostos nem cortar investimentos.

    mas o governo tem de fazer reformas para que as contas melhorem a médio prazo. e ai temos um problema. porque com uma presidente politicamente incompetente e uma equipe idem (tipo mercadante), não se consegue fazer reformas importantes (da previdencia por exemplo). seria preciso antes uma recomposição da base no congresso.

    então, acho que a solução começaria com uma reforma da equipe, por exemplo colocando jaques wagner no lugar de mercadante. wagner parece ser um politico habilidoso, elegeu seu sucessor na bahia. o problema é que a dilma, intransigente e prepotente, não abre mão dos incompetentes mercadante e cia. e aí parece que a coisa fica sem solução….

  36. Há que se separar as coisas

    Uma coisa é a discussão mais profunda sobre a adoção, ou a continuidade dela, do regime de metas de inflação or quem comanda a economia.

    Essa discussão não cabe em noticiários econômicos, é mais profunda que eles.

    Mas, uma vez que o governo adota o regime de metas e aceita que, conforme essa doutrina, a estabilidade dos preços é o principal objetivo da economia, se sobrepondo a todos os outros, sejam eles índices de crescimento ou recessão, índice de desemprego, etc, etc, etc, só resta às araras comentarem sobre aquilo que o governo se propôs a fazer, ou seja, manter a inflação dentro de uma meta previamente estabelecida, duela a quien duela.

    Isso responde a pergunta feita no texto do porque razão de se “puxar” mais pela política monetária do que pela fiscal. A adoção do regime de metas delega ao Banco Central a responsabilidade daquilo que neste regime ( de metas ) se julga o mais importante para a economia, qual seja, manter a estabilidade dos preços.

    Agora, se a discussão é sobre se deveria se abandonar o reducionismo do regime de metas de inflação e partir para uma administração econômica mais ampla e complexa, aí e outra coisa totalmente diferente. 

    Mas esperar que as araras destrambelhadas por sua própria conta deixem de comentar sobre, e baseados, no regime de metas adotado pelos governantes, é pedir demais. 

     

  37. Não há no mundo duas escolas

    Não há duas escolas de pensamentos diferentes de economia. Todas elas ensinam da mesma maneira o desenvolvimento positivo e o seu negativo: o dinheiro não tem valor em si mesmo que esteja a cargo de um projeto para refletir de volta os princípios continuos das nações no mundo.

    Portantanto, os economistas têm que unir o valor especulativo do mercado, ao modo fictício, e multiplicá-lo por uma atmosfera artificial da área produtiva de volta ao sentido oposto (não só do ponto de vista dos consumidores de produtos, mas dos especuladores que apropriam dos seus valores); porque a economia assim como a vida tem um ciclo de durante, o real, o de depois é a vez da sua cópia de poder.

    Neste segundo momento, os economistas estão fazendo terrorismo com o dólar; com a saída do ministro Levy (o encarregado da dominação contrária), e com a presidenta para criar a instabiidade que possibilita a postura do seu pensamento; e encontrarem o juizo corporativo nos lugares do mercado financeiro.

    A maior farsa científica já inventada sobre a face da terra tem a posse do que não tem (valores) para construir e desconstruir as nações. 

  38. O governo tem errado muito,

    O governo tem errado muito, mas qualquer análise sem que contextualizar o momento que estamos passando tanto interno quanto externo, não faz o menor sentido. Internamente nem precisamos mais colocar, mas no cenário externo economias que tem as commodities com grande peso no PIB, estão sofrendo. Para os radicais de direita, não estou falando da Rússia, estou falando de Canadá e Austrália.

    AustráliaDollar falls below 70 US cents on back of sharp decline in GDP figureshttp://www.abc.net.au/news/2015-09-02/dollar-falls-below-70-us-cents-on-back-of-weak-gdp-figures/6743298  CanadáRecession confirmed as Canada’s GDP shrank in 2nd quarterhttp://www.cbc.ca/news/business/gdp-economy-recession-1.3210790

     

  39. “Hoje, realmente, o índice

    “Hoje, realmente, o índice [de aprovação do governo] é muito baixo. Ninguém vai resistir três anos e meio com esse índice baixo. (…) Se continuar assim, eu vou dizer a você, 7%, 8% de popularidade, de fato, fica difícil… Se a chapa for cassada eu vou para casa feliz. Ela vai para casa… Não sei se feliz”

    Michel Temer…

  40. Por mais que a presidente

    Por mais que a presidente Dilma tenha cometido erros grosseiros nos últimos meses, principalmente com a elevação da taxa de juros da selic para níveis inacreditáveis, a situação tende a melhorar caso a presidente tenha senso de urgência e aja rápido: a inflação tende a cair nos próximos meses; segundo analistas respeitados, a inflação pode cair até 4 pontos porcentuais em 2016, a selic pode cair a 10%a.a., a taxa de câmbio está bem adequada, o superávit da balança comercial tende a aumentar, aliviando o déficit da balança de pagamentos. Temos, ainda, uma reserva cambial de US$ 370 bilhões, uma verdadeira bomba atômica contra os especuladores. Estadistas são homens/mulheres de ação, são proativos, corajosos e tem uma noção clara de país. A presidente Dilma ainda pode virar o jogo e fazer um bom governo.

     

     

     

     

  41. O Lecy era a alternativa

    Fritaram impiedosamente o Mantega, o Levy era a solução. Todos inclusive a direita louvavam a bela escolha, exceto alguns setores de esquerda.  Já publiquei isso dias atrás, no mínimo se desculpem com o Mantega.  A solução não é e nunca foi aumentar juros, a solução é juros baixos e políticas desenvolvimentistas, emprego para todos, bons salários, exigir que as empresas pratiquem aqui preços iguais aos que praticam no mercado externo, duras leis contra os que desestabilizam a economia e as instituições do país.  Patriotismo e defesa do país como um todo. Tem que ser criminalizado o fato de a imprensa e outros setores fiçarem tentando destruir o país, suas instituições suas empresas e suas população.

    1. Sobre as taxas de juros da Selic

      DESFAZENDO ALGUNS MITOS – A taxa de juros da Selic chegou ao piso histórico de 7,25% ao ano em outubro de 2012.

      Este patamar mínimo se manteve até abril de 2013, quando iniciou um ciclo de 01 ano e 08 meses de alta, ainda no tempo do ex Ministro da Fazenda Guido Mantega.

      Com a chegada de Joaquim Levy ao Ministério da Fazenda esse ciclo de alta na taxa de juros se manteve por mais 07 meses e foi estancado. Vejamos:

      1) Ciclo de alta na taxa de juros com Guido Mantega na Fazenda:

      -Aumento de 4,5% na taxa de juros da Selic (de 7,25% para 11,75% ao ano).

      2) Ciclo de alta na taxa de juros com Joaquim Levy na Fazenda:

      -Aumento de 2,5% na taxa de juros da Selic (de 11,75% para 14,25% ao ano).

      Logo, o maior ciclo de alta na taxa de juros se deu com Mantega antes, não com Levy agora.

       

    2. Com a taxa de juros a 14,5% a

      Com a taxa de juros a 14,5% a inflação foi a quase 10% ao ano. 

      Portanto, fora monetaristas e suas altas taxas selic, paraíso dos banqueiros.

      Perai, o Levi é banqueiro…

    3. “a solução é juros baixos e

      “a solução é juros baixos e políticas desenvolvimentistas”

      Pergunto com que poupança?

      Dirigismo estatal não é coisa que se aceite mais de tanto que deu errado no passado.

       

  42. A “busca do crescimento

    A “busca do crescimento perdido” seria fácil, se não fossem as barreiras ideológicas dos nossos “desenvolvimentistas” toscos. Iríamos simplificar o sistema tributário, derrubar as barreiras para a atividade econômica, que jogam o Brasil na rabeira das estatísticas de liberdade econômica… e iríamos, sim, continuar privatizando estatais. Inclusive a Petrobrás.

    Mas nããããão, sabemos o que o Nassif diz com “buscar o crescimento perdido”… É enfiar mais grana em coisas como os PACs da vida, tão aplaudidos aqui como modelos inovadores de gestão do investimento. Ou seja, é reeditar a esculhambação dos governos petistas, com o agravante de um COPOM frouxo na política monetária.

    Impressionante a capacidade que vocês têm de cagar o país e depois posar de intelectuais que nada têm a ver com a história. 

  43. Parece que o combate à inflação está dando certo

    Preço da cesta básica cai em 15 capitais

     

    O preço dos alimentos considerados essenciais no dia a dia caíram em agosto, na comparação com julho, em 15 das 18 capitais onde é feita a Pesquisa da Cesta Básica de Alimentos pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Porém, no acumulado dos últimos 12 meses, período entre setembro de 2014 e agosto de 2015, e também desde janeiro deste ano, a cesta ficou mais cara nas 18 capitais pesquisadas.

    Na comparação com o mês anterior, entre as 15 localidades com valor em baixa, as que tiveram maior recuo foram: Fortaleza (-4,60%); Salvador (-4,02%); Brasília (-3,46%) e Rio de Janeiro (-2,77%). Os preços subiram mais em Porto Alegre (1,2%) e João Pessoa (0,28%). Na capital pernambucana, Recife, o valor permaneceu estável em 0,01%.

    No mês passado, a cesta mais cara foi a de Porto Alegre (R$ 387,83), seguida pela de São Paulo (R$ 386,04, valor que ficou 2,47% abaixo do de julho e 14,28% acima do de igual mês do ano passado. Os valores mais baixos foram encontrados em Aracaju (R$ 283,02), Natal (R$ 286.36) e Salvador (R$ 305,11).

    Pelos cálculos do Dieese, o salário mínimo necessário para garantir o sustento das famílias deveria ser de R$ 3.258,16 ou 4,13 vezes mais o valor atual vigente, R$ 788. No mês passado,, o mínimo foi estimado em R$ 3.325,37, equivalente a 4,22 vezes o piso em vigor.Em igual mês do ano passado, o valor tinha sido calculado em R$ 2.861,55 ou 3,95 vezes o mínimo naquele período que era de R$ 724,00.

    Em comparação com julho, caiu ligeiramente o número de horas de trabalho que o Dieese considera necessárias para obter o valor necessário para aquisição da cesta, passando de 95 horas e 29 minutos para 93 horas e 46 minutos. Ainda assim, o trabalhador está tendo de trabalhar mais em relação a um ano atrás, quando a jornada acumulada para a compra da cesta era de 90 horas e 7 minutos.O trabalhador também está comprometendo menos a renda, passando de 47,18% em julho para 46,32%. Em agosto do ano passado, a compra da cesta comprometia 44,53% dos ganhos dele.

    Entre os itens em queda na maioria das capitais estão a batata, o tomate, o feijão e o óleo de soja.  Entre os que subiram mais aparecem o pão francês, o leite, a carne bovina e o café. Agência Brasil

  44. Por um presidente do Banco Central que saiba matemática!

    Em resposta a este post lanço a campanha: “Por um presidente do Banco Central que saiba matemática!”. Com a taxa SELIC em 14,25, acho que é essa aí mesmo, a dívida do país dobrará em cinco anos. É só dividir 72 por 14,25.

     

    Alguém imagina que o nosso PIB dobrará em cinco anos? O que este ajuste fará e fazermos avançar uma ou duas casas na direção de uma nova Grécia. Nossos filho pagarão por essa loucura!

    Por isso, vamos fazer a campanha: Por um presidente do Banco Central que saiba matemática, em especial algum conhecimento sobre equações exponenciais.

     

    Antonio Ramos

    1. Espero que este Jotavê seja uma alma penada e não o velho Jotavê

      Jotavê (sexta-feira, 04/09/2015 às 22:58),

      Já existiu aqui no  blog de Luis Nassif um Jotavê que pensava.  Pela falta de teor no comentário, não deve ser o mesmo.

      Clever Mendes de Oliveira

      BH, 04/09/2015

  45. Saia daí, Joaquim Levy, esse

    Saia daí, Joaquim Levy, esse barco já tá fazendo água. O Mantega, junto com aquele “Asno” Augustin, levaram a economia do país para onde se encontra atualmente. Deixe esse ministério, senhor Joaquim Levy, o seu plano não foi cumprido pelo governo, o estado brasileiro provedor de tudo ou quase tudo, como é do pensamento da presidenta Dilma, esse estado ineficiente, deficitário, com baixa produtividade e perdulário, não para de crescer em despesas. O estado brasileiro está falido mas eles insistem em manter o tamanho desse Leviatã. Fico pensando cá com meus botões se FHC não tivesse privatizado aquelas estatais deficitárias e ineficientes que ele privatizou, como siderúrgicas, Telebrás e outras, com certeza os tentáculos da corrupção patrocinada pelo PT, que hoje tomou conta da Petrobrás, estariam espraiados em todas as outras estatais e aí o desatre seria bem maior, pois a corrupção alcançaria proporções gigantescas afetando mais ainda o PIB da república sindicalista. Demita-se, senhor Levy, o senhor é um estranho nesse ninho. O seu lugar tem que ser ocupado por gente deles, como Mercadante, Barbosa, Beluzzo, Paulo Nogueira Batista Júnior, Luciano Coutinho, Delfim, Nassif…aí o barco afunda logo de vez.

  46. Como diria o PML…

    Vamos combinar:

     

    É um MILAGRE ECONOMICO o país ainda existir, a maioria das pessoas seguir com sua vida, tendo uma #MidiaBandida e IMPUNE lutando contra nós desde a Zero Hora do dia até a 24a hora. 

    É um MILAGRE!!!!

     

    |Acorda, Presidente Dilma!

  47. Levy?

    Quem é?

    Ahhh, foi!

    Dou uma semana pra sair!

    Nunca vi um xadrez tão mal jogado!

    Eu era Lula, em 2014.

    Ironizaram, não?

    Era óbvio, ninguém aguentava mais a Dona Dilma.

    Nem PMDB, PP ou eu!

    Nem um conhecido meu suportou, pediu pra se remanejado.

    Alguns nasceram pra liderar, naturalmente.

    Dilma não é líder.

    Mas pior sem ela.

     

  48. Quando a recessão se

    Quando a recessão se aprofundar o governo vai seguir o seguinte script.

    Para tentar melhorar a economia vai “estimular”, diminuindo o indice de juros por meio de emissão de moeda como ate sugeriu o André Araujo. O resultado será o aumento dos preços gerais da economia.

    Para combater a inflação, vai controlar os preços, quem não obedecer será preso, e vocês estarão aplaudindo isso com N justificativas.

    Controlar preços é causar desabastecimento, novamente o governo vai usar de força para impedir os “sabotadores do país”. Um governo intervencionista, se tornando um governo autoritário, passando para um regime totalitário com aplauso dos mesmos que apoiam Dilma hoje. 

     

     

     

     

    1. Os austríacos são férteis na imaginação e pobres na realidade

       

      Aliancaliberal,

      Vocês austríacos não prestam nem para avaliar o passado nem para prever o futuro. Não é de estranhar que no mundo democrático e também no mundo não democrático não haja nenhum austríaco comandando a economia.

      Em relação ao seu comentário diria que eu apoio o governo da presidenta Dilma hoje, até porque sei que ela não tomará as medidas que você prevê que ela tomará. Aliás dizer que ela não tomará as medidas que você prevê é uma ilação fácil para aqueles que mesmo leigos como a mim não ficam lutando contra o passado como ele foi. E mais, você quer ver o passado como você o imagina e se propõe a inventar um futuro que se espelha no seu passado contrafactual. É por isso que os austríacos não são escolhidos para comandar a política econômica, afinal ninguém quer ser conduzido para um lugar que não existe.

      Clever Mendes de Oliveira

      BH, 05/09/2015

      1. ” ela não tomará as medidas

        ” ela não tomará as medidas que você prevê que ela tomará.”

        O PT apenas não faz o que escrevi porque é e será (espero) impedido pela sociedade, mas tem uma vontade danada.

        Dilma é um Stalin de saias, o que lhe falta é um “Trotsky” para fazer o serviço sujo e depois ser morto.

        1. O governo é o que faz e não o que você pensa que ele é

           

          Aliancaliberal (sábado, 05/09/2015 às 15:40),

          Um governo não é o que você imagina que seja a vontade do governo. E a tomar pelo que você diz, como representante do liberalismo que é mais acirradamente defendido pela corrente de economista chamada de austríacos, fica visível a razão de economistas com essa ideologia não serem chamados para serem gerentes da condução da política econômica nos países desenvolvidos. Eles imaginam o futuro não como uma consequência natural do passado e do presente, mas como fruto daquilo que eles imaginam seja a vontade das pessoas.

          Veja que você não consegue projetar algo para o futuro. Você apenas projeta nos outros sua avaliação do que seria a vontade dos outros. E o pior é você imaginar que essa vontade é que vai acontecer. É preciso acreditar que a vontade que você projeta nos outros é poderosa e acontece enquanto a sua vontade é tão frágil que nem seja capaz de impedir que se realize a vontade que você projeta nos outros. Enfim, por serem inanes e inermes não há porque se preocupar com os austríacos. Não são, entretanto, de todo, do lado do mal, pois se não trabalham, não fiam, nem tecem, ainda podem serem vistos como lírios no campo.

          Clever Mendes de Oliveira

          BH, 10/09/2015

  49. Dúvida

    Olá Nassif,

     

    Acompanho seus artigos com muita atenção e invariavelmente concordo com eles. 

    Voto no PT e existe grande possibilidade de continuar votando, mas como o Ciro Gomes falou “o político é a circunstância que o cerca”, talvez só o Serra não valha para essa máxima.

    No segundo mandato de Dilma, percebi algo que desconfiava e isto muito me aquietou: Ela é burra, não na forma literal tipo aquela que põe o chapeu de cone e senta no canto da sala de castigo por não saber a tabuada. 

    Vi aquele partido grego (ultra arqui super mega radical) ,que não sei pronunciar e nem escrever o nome arregar com a Alemanha, mas a Grecia tava com o pescoço na corda e na ponta do pé. Nós não estamos, não é?

    É por isso que vejo Dilma como aquela pessoa que vive de “misundestanding”, que pra mim é a pior burrice de uma pessoa.

    Nassif, ela é burra?

  50. EM DEFESA DE UM CONSENSO ANTI-CÍCLICO

    Visto que muitos comentários posteriores afirmam que nenhum dos críticos da política econômica em marcha evidenciou alternativas para enfrentamento da crise, reitero algumas observações, conforme segue.

    A premissa de que é indispensável alterar urgentemente o rumo desastroso da política econômica constitui uma realidade evidenciada por todos os indicadores. E é muito importante que tal premissa seja corroborada por opiniões dos especialistas.

    Desde o anúncio do ajuste fiscal pelo governo Dilma, muitos comentaristas alertaram para a inadequação de tal política restritiva quando a economia já mostrava uma desaceleração acentuada, tanto no Brasil quanto no exterior.

    A combinação asfixiante da política fiscal de austeridade com uma política monetária contracionista, caracterizada pela nefasta elevação das taxas de juros e pela redução da oferta de crédito, só poderia resultar no desastre evidenciado pelo agravamento do déficit público, além de provocar aumento do desemprego e mais recessão.

    Assim, visto que a causa determinante da crise fiscal é a queda da arrecadação, agravada pelo (des) ajuste e pela resultante redução dos níveis de atividade da economia, a solução precisa ser construída através de iniciativas para estimular o crescimento da demanda agregada e viabilizar a redução dos custos da dívida pública.

    Por tais razões, ao invés de defender a volta da CPMF, cabe recomendar com firmeza uma imediata, gradual e significativa redução das taxas de juros, aliada à adoção de políticas de indução de investimentos produtivos, de proteção do emprego e da renda do trabalhador, bem como de medidas para estabilizar o câmbio em nível sustentável, que favoreça a competitividade da indústria brasileira sem acelerar a inflação.

    Sem dúvida, o saneamento da crise fiscal precisa ser construído através de uma reforma tributária inclusiva, que crie uma taxação progressiva sobre grandes fortunas e sobre os lucros gerados por aplicações financeiras; aumente as alíquotas dos impostos incidentes sobre as atividades bancárias.

    E urge promover o estímulo ao crescimento dos níveis de atividade, através da implementação das estratégias acima referidas, dentre as quais se destaca a urgente redução dos juros, indispensável para diminuir as despesas com a dívida pública e promover o aumento da demanda.

  51. 6 anos de desenvolvimentismo
    6 anos de desenvolvimentismo pesado e na hora de colher os frutos negativos, colocam a culpa em quem está há 6 meses tentando consertar as besteiras e é fritado pela presidenta e pelos outros ministros. Não torço pro barco naufragar porque estou dentro dele, mas fico triste porque ainda tem brasileiro que interpreta a crise como resultado de janeiro pra cá e fica pedindo as mesmas coisas que levaram o país pro buraco atual: mais Estado, mais subsídios do Tesouro, mais desonerações seletivas.. só falta pedirem mais controle de preços administrados. Leiam Samy Dana, Ricardo Gallo, Adolfo Sachsida, Mansueto… essa crise era previsível, falta de alerta não foi. E, quero estar errado, mas o fundo do poço parece estar longe, ainda há muito a colher do que foi plantado nos últimos anos…

  52. O humor também é uma forma de esconder a realidade

     

    Luis Nassif,

    Seria bom se o pobre internauta na busca pela notícia esclarecedora pudesse conhecer mais sobre os meandros do poder. As notícias muitas vezes, quando vêm, vêm truncada. Faz parte de quem edita esconder o que há de mais esclarecedor. Tudo claro, a notícia perde o brilho que ela tem na escuridão e ninguém dá importância para ela, salvo quem está à cata de informação e se dispõe a perquerir pelo tempo que dispõe. E a dificuldade do internauta cresce quando se sabe que há formas mais sábias de não trazer a notícia inteira ou às claras. Uma delas é o humor.

    A sua veia humorística tem sido um achado. Há mais tempo você apareceu com um post “Pequeno manual de como discutir política nas redes sociais” de quinta-feira, 26062014 às 1151, em que você mostrava o modelo de discussão política que trazia mais polêmicas para os comentaristas se inflamarem. Dava para ver que você não se preocupava em apresentar idéias que refletissem a realidade. O importante era chamar a atenção e é claro que os argumentos sem fundamentos ainda valiam pela diversão que eles geravam para qualquer um que acompanhasse com mais atenção a política e fosse capaz de perceber os equívocos evidentes que os argumentos apresentavam. O endereço do post “Pequeno manual de como discutir política nas redes sociais” é:

    https://jornalggn.com.br/noticia/pequeno-manual-de-como-discutir-politica-nas-redes-sociais

    Mais recentemente você caiu de paulada nas características de guerrilheira da presidenta Dilma Rousseff, como se fosse a vida de guerrilheira que moldara os hábitos ou vícios da presidenta Dilma Rousseff. É o que se vê junto ao post “As características do modelo Dilma de gestão” de quinta-feira, 20/08/2015 às 01:00, e cujo o link é o que se segue:

    https://jornalggn.com.br/noticia/as-caracteristicas-do-modelo-dilma-de-gestao

    Não é tanto pela sua análise psicológica da personalidade da presidenta Dilma Rousseff que eu menciono o post “As características do modelo Dilma de gestão”, para destacar o seu senso de humor, mas sobretudo pela forma como iniciou o seu post e que eu transcrevo a seguir:

    “9 entre 10 analistas – do mercado e da academia – previam que o rigor da combinação de ajuste fiscal com política monetária radical, em um ambiente recessivo, produziria mais recessão e uma queda de arrecadação que anularia os efeitos dos cortes fiscais”.

    Qualquer um que se dispõe a analisar a economia brasileira, ainda que seja um leigo como a mim, fica a imaginar que nove economistas fajutos são esses que acham que o ambiente recessivo atual é fruto do rigor da combinação de ajuste fiscal com política monetária radical e não fruto exclusivo da política monetária radical.

    Recentemente também me divertir lendo o seu post “A economia precisa da autocrítica de Delfim” de quinta-feira, 03/09/2015 às 10:25, comentando artigo de Antonio Delfim Netto que pelas circunstâncias tudo indica trata-se do artigo “Tragédia Fiscal”, publicado na quarta-feira,02/09/2015, na Folha de S. Paulo, suposição que se faz necessária uma vez que você não deu o nome do artigo nem deixou o link para que se o pudesse acessar. O endereço do post “A economia precisa da autocrítica de Delfim” é:

    https://jornalggn.com.br/noticia/a-economia-precisa-da-autocritica-de-delfim

    Logo no início você escancara a quem o ex-ministro da Fazenda serve. Transcrevo as frases em que fica claro de quem são os interesses que o ilustre ex-ministro da Fazenda defende. Pinçando então algumas frases suas tem-se:

    “O ex-Ministro Delfim Netto cumpre uma missão difícil. . . . . Acalmar o empresariado e o mercado em relação à economia .. . . Para convencer o empresariado, Delfim tem que ser severo em relação aos erros do governo Dilma. , , , , Mas se não for severo demais, Delfim perde pontos com o empresariado”.

    O humor consiste não só na forma escancarada de revelar os interesses que Antonio Delfim Netto representa, mas em mostrar o modelo que todos os que tenham interesse em se manter em evidência, tendo como exemplo mor o Antonio Delfim Netto, utilizam para chamar atenção ao discurso que proferem. Todos, inclusive você, a tal ponto que no início do post “A economia precisa da autocrítica de Delfim” parecia que você se referia a si mesmo.

    É bem verdade que você abusou do uso do humor para distorcer a confusão. De antemão você partiu de um artigo de Antonio Delfim Netto um tanto confuso. Confuso a tal ponto que a informação mais importante do post é apresentado na ordem inversa. Assim, em vez de dizer:

    “É uma patranha, que os economistas gostam de contar para si mesmos, afirmar “que diante de um simples anúncio” de um “forte ajuste fiscal pelo corte das despesas”, por um governo que tenha credibilidade tamanha, “o setor privado se antecipa e mobiliza as suas forças” e “isso amplia os investimentos e, logo depois, o crescimento”.

    Pois bem, para dizer que é uma patranha um governo de alta credibilidade gera crescimento com anúncio de forte ajuste fiscal, Antonio Delfim Netto constrói os dois seguintes parágrafos:

    “A validade da hipótese que sustenta a ideia que o anúncio de um “forte ajuste fiscal pelo corte das despesas” pode promover o crescimento depende de um pequeno detalhe: a credibilidade do governo deve ser tamanha, que diante de seu simples anúncio, o setor privado se antecipa e mobiliza as suas forças. A vista dos recursos que serão liberados pelo ineficiente setor-governo abre-lhe a “expectativa” de crescimento, o que reacende o seu “espírito animal”.

    Isso amplia os investimentos e, logo depois, o crescimento. Infelizmente, isso é mais uma das patranhas que os economistas gostam de contar para si mesmos”.

    Só que você, para espezinhar Joaquim Levy, aproveita da inversão esdrúxula e confusa que Antonio Delfim Netto fizera, ainda que ela contivesse uma forte crítica ao que impera nos jornalistas acostumados em repetir crenças que já foram há muito sepultadas. Assim, você acusa o Antonio Delfim Netto de ter tentado retirar a responsabilidade do ministro Joaquim Levy daquilo que seria a crítica justa a se fazer ao atual ministro da Fazenda.

    Para isso você passa por cima dos dois parágrafos sobre a patranha e de dois parágrafos em que, com dados, Antonio Delfim Netto demonstra que não tem fundamentos a acusação de que a atual dificuldade econômica pela qual o Brasil vem atravessando é culpa do ajuste fiscal de Joaquim Levy.

    É bem verdade que não houve humor ali na crítica às demonstrações de Antonio Delfim Netto a não ser pelo estilo utilizado para desmascarar os interesses que Antonio Delfrim Netto serve e para criticar um modelo que lhe é próprio e já empregado a exaustão para chamar a atenção só porque foi usado pelo ex-ministro.

    O que ficou divertido foi você se apegar aos dois parágrafos finais do artigo de Antonio Delfim Netto para permitir que você defendesse a presidenta Dilma Rousseff da acusação sem fundamento que Antonio Delfim Netto fizera nos dois parágrafos finais do artigo dele, “Tragédia fiscal” de 02/09/2015, publicado na Folha de S. Paulo e que pode ser visto no seguinte endereço:

    http://www1.folha.uol.com.br/colunas/antoniodelfim/2015/09/1676627-tragedia-fiscal.shtml

    Sem nenhuma consequência com os parágrafos anteriores assim Antonio Delfim Netto termina o artigo “Tragédia fiscal” nos seus dois últimos parágrafos:

    “Mas, então, o que falhou? Foi a falta do reconhecimento imediato e explícito de Dilma que subestimara, sistematicamente, as dificuldades causadas pelo enorme voluntarismo da sua administração e que, por isso, iria mudar.

    Quem tinha que convencer a sociedade que mudou o seu entendimento sobre os problemas econômicos não era o ministro da Fazenda “sombra”, mas o titular verdadeiro, isto é, ela mesma. Essa era a condição necessária, (ainda que não suficiente) para criar as condições mínimas de credibilidade do governo que, gostem ou não seus opositores, foi eleito legitimamente”.

    Era como se Antonio Delfim Netto dissesse que a patranha não funcionou, não porque era uma patranha, mas porque a presidenta Dilma Rousseff não foi capaz de convencer a população a acreditar na patranha. Talvez o texto de Antonio Delfim Netto não tenha sido confuso, mas humorístico. Aqui se poderia dizer que Antonio Delfim Netto não tem coragem de fazer a crítica certa: dizer que almejar uma inflação de 4,5% em 2016 é ruim para o país.

    E há humor na crítica ferina que consegue, aproveitando de uma redação confusa, mudar quase todo o sentido de um texto. Essa mudança de sentido do texto foi o que você fez ao analisar com foco nos dois últimos parágrafos todo um artigo. Assim um texto de oito parágrafos, em que dois são de introdução ao assunto, dois são para, de modo confuso, apesar de eloquente e sábio não na forma, mas no conteúdo, acusar de patranha a idéia de que um ajuste fiscal forte anunciado por um governo de máxima credibilidade possa gerar crescimento, dois são para demonstrar que não foi o ajuste a causa da estagnação da economia, e dois para dizer que a culpa pela estagnação econômica é da presidenta Dilma Rousseff, serviu para você sair em defesa da presidenta Dilma Rousseff de uma acusação que a bem da verdade fora negada nos parágrafos anteriores.

    E mais, você esqueceu que Antonio Delfim Netto demonstrou que a estagnação econômica não é fruto do ajuste fiscal. E tendo em vista que ele estava errado em responsabilizar a presidenta Dilma Rousseff pela estagnação econômica, você pode apresentar, como única alternativa que restaria, atribuir a Joaquim Levy a responsabilidade pela estagnação econômica.

    Enfim não foi tanto obra de humor, mas uma proeza que você realizou, passar-se por defensor da presidenta Dilma Rousseff diante de uma acusação que humoristicamente era desmentida no próprio texto, fazer uma acusação ao ministro da Fazenda que também era demonstrada falsa no próprio texto e, terceiro, deixar no ostracismo uma frase tão importante de Antonio Delfim Netto, em que ele diz que é uma patranha a idéia que um forte ajuste fiscal realizado por governo de extrema confiança possa engendrar o crescimento econômico. E tudo isso depois de mostrar a quem Antonio Delfim Netto serve e mostrar o modelo que ele utiliza para não deixar claro a quem ele serve e assim chamar atenção para aquilo que ele escreve.

    E na sequência há este seu post “É hora de pensar em alternativa para o plano Levy” de sexta-feira, 04/09/2015 às 19:14, que vem tratar de alternativa para o plano Levy. Ora, que plano é este que ninguém sabe e ninguém viu e que você já pretende a substituição dele. Talvez se como disse Fernando Pessoa não existir um deus é um deus também, possa-se dizer que não existir plano é um plano também. A ser assim não pensar em alternativa para o plano Levy talvez seja uma alternativa também.

    Talvez aqui para ser humorístico teríamos que apelar para o português Mendes Fradique e parodiar o livro dele “Gramática Portuguesa pelo Método Confuso” e desenvolver um texto de economia com título parecido: “Economia brasileira pelo método confuso”. Não creio que um livro assim seria tarefa para leigos. É necessário a veia humorística e muito conhecimento de economia que possibilite esconder informações verdadeiras e revelar outras falsas desmentidas no próprio texto ao bel prazer. Só o conhecimento maior da economia permite elaborar um texto assim. De certo modo, é ainda necessário dose de cinismo como o texto ainda que confuso de Antonio Delfim Netto de certo modo demonstra ter.

    Neste seu post “É hora de pensar em alternativa para o plano Levy”, você acusa “determinados jornalistas econômicos e economistas ligados ao mercado” de se acostumarem “com o mantra de que ajuste fiscal é recomendado para qualquer circunstância” e de o repetirem “como araras destrambelhadas, incapazes de analisar cenários, pesar variáveis”. “Araras destrambelhadas” é expressão e tanto, mas quais jornalistas econômicos e economistas mesmos os não ligados ao mercado não merecem esse epíteto. Quais sopesam as variáveis, quais analisam as circunstâncias em que se aplica o ajuste fiscal? Agora mesmo não há nenhum analista considerando a variável câmbio como circunstância capaz de gerar efeitos diferentes em um mesmo modelo de ajuste fiscal. Ou considerar a inflação como um mecanismo útil para ajustes econômicos, mas ruim pelos efeitos políticos que ela causa destruindo a confiança no governante e na popularidade dele.

    E se a não existência de um plano configura um plano também, poder-se-ia dizer que o plano Joaquim Levy existiria e poderia ser compreendido como corte de despesas. Eis aí a essência do plano Levy: corte de despesas. Joaquim Levy foi chamado de Joaquim Levy mãos de tesoura e foi com esta perspectiva que ele foi escolhido para compor o ministério da Fazenda. E o que você diz sobre o Plano Joaquim Levy, mãos de tesoura:

    “É hora de se aceitar o inevitável: o plano Joaquim Levy falhou. E não falhou pelo que deixou de conseguir, mas pelo que implementou até agora”.

    A idéia é que o Plano de Joaquim Levy, mãos de tesoura, não devia ser implementado. Tal afirmação se fundamentaria no fato de que, estando o mundo todo em recessão, todos fazem a crítica a aqueles que defendem o corte de despesas. Assim no Brasil em recessão, o Plano de Joaquim Levy, mãos de tesoura, não faz sentido. A circunstâncias da economia brasileira possuir inflação elevada e déficit em transações correntes e existir uma perspectiva de desvalorização do real não conta.

    Aqui o humor é mais nessa mania de ver nos outros falhas que quem vê também as comete.

    E o fracasso do Plano Joaquim Levy, mãos de tesoura, não se deve apenas aos cortes indevidos, mas a falta de atenção com o Lava-Jato. Não decorrido nem um quarto do percurso pelo qual a operação Lava Jato se estenderá, os quase dois anos em que o processo corre pela Justiça deveriam ser compreendidos na sua totalidade, medindo o seu alcance em todo o território nacional, as medidas a serem tomadas, tendo em vista as consequências que a operação acarretaria para a economia. Tudo isso a partir das denúncias saídas nas mídias utilizando de violações do sigilo judicial. Tivesse o Joaquim Levy feito um plano que encampasse a Odebrecht, a OAS, a UTC, a Camargo Correa, sem contar outras empreiteiras ou empresas menos importantes envolvidas na operação Lava Jato, e a economia brasileira poderia estar funcionando a plena carga.

    Se bem que a responsabilidade não é do Joaquim Levy por não ter tomado nenhuma medida. Nas suas palavras:

    “Deixou-se o setor de petróleo e gás à míngua, com a presidente da República se comportando como se não tivesse nenhuma obrigação de resolver o problema”.

    O humor se revela mais na mudança de atitude que se observa de um post para outro. Enquanto no post “A economia precisa da autocrítica de Delfim”, a acusação humorística de Antonio Delfim Netto de que a responsabilidade pela estagnação econômica caberia à presidenta Dilma Rousseff que não infundiu confiança nos agentes econômicos era rechaçada, aqui no post “É hora de pensar em alternativa para o plano Levy”, a presidenta Dilma Rousseff é acusada por não ter interferido com presteza nas empresas envolvidas com a operação Lava-Jato.

    E a acusação à presidenta Dilma Rousseff não ficou só na retórica. Há mesmo um plano de como o problema seria resolvido. Transcrevo antes a parte do post em que se responsabiliza a presidenta Dilma Rousseff:

    “Houve uma desatenção indesculpável com os efeitos da Lava Jato sobre a economia. E não se vá culpar a força-tarefa. A responsabilidade por minorar os efeitos econômicos caberia ao Executivo.

    Desde o ano passado poderia ter sido negociado com o Ministério Público Federal um acordo de leniência que punisse os acionistas preservando as empresas. Aqui mesmo, mostrei a fórmula simples e óbvia:”

    E a fórmula simples que já fora mostrada antes é repetida como se pode ver no trecho do seu post que transcrevo a seguir:

    “Uma empresa vale, digamos R$ 2 bilhões.

    Se tiver que ressarcir R$ 1 bilhão à Petrobras, quebra. Não vai valer nada.

    Se abrir como única porta a obrigação dos acionistas controladores venderam sua participação, eles arrecadarão R$ 1 bilhão, pagarão a Petrobras e a empresa sairia incólume, apenas mudando de controle”.

    Quantos bilhões serão gastos? Quantas empresas são envolvidas. O plano precisa de lei ou pode ser feito só por decreto. Deveria ser feito no Congresso anterior, mais favorável ao PT, antes da eleição, durante a eleição ou após a eleição? Ou deveria ser feito com o novo Congresso?

    É verdade que a Petrobras e coadjuvantes devem representar quase 10% dos investimentos brasileiros. E é verdade também que quase 20% do PIB é investimentos. Assim se Petrobras e coadjuvantes deixam de fazer investimentos, o PIB cai cerca de 2%. Antes de responder a questão sobre a viabilidade do Plano mirabolante para evitar os efeitos indesejáveis da Operação Lava Jato sobre a economia seria necessário saber em quanto os investimentos da Petrobras e coadjuvantes caíram em decorrência da Operação Lava Jato: 10%, 50%, 80% ou 100%? E há uma segunda questão que pode retirar importância da Operação Lava Jato e que consiste em saber em quanto a queda do investimento realizado pela Petrobras e coadjuvantes não é decorrente do alto endividamento da Petrobras que começa a sentir as restrições de financiamento para empresas localizadas nos países emergentes com o provável aumento do juro americano.

    Aqui o humor não é tanto do seu texto. O humor que se pede é mais do próprio leitor, assim como se pede ao leitor que utilize de humor para ler alguns textos de jornalistas de direita. Com senso de humor um texto de Arnaldo Jabor preconizando políticas econômicas mais próprias de “araras destrambelhadas” fica divertido. É divertido também a leitura com senso de humor deste post “É hora de pensar em alternativa para o plano Levy”, pedindo para o poder Executivo tomar medidas que revertam os estragos que a Operação Lava Jato produza na economia, sendo essa operação conduzida pelo Poder Judiciário e estando ainda nos seus primórdios sem nem mesmo se sabendo a extensão dos seus efeitos na economia.

    E a diversão é ainda maior quando se observa com mais atenção os dois parágrafos finais deste post “É hora de pensar em alternativa para o plano Levy”, em que você diz:

    “Mais cedo ou mais tarde o governo terá que engavetar o plano Levy e apresentar outro factível, que persiga o equilíbrio fiscal pelos caminhos corretos: sendo prudente nos cortes e ousado na busca do crescimento perdido.

    Por tudo isso, e por conta do fato de que a crise também não perdoa grupos de mídia, solicita-se um mínimo de bom senso a esses arautos do mau mercadismo”.

    É evidente que Joaquim Levy, mãos tesoura, não poderá ficar indefinidamente a cortar gastos, pois mais cedo ou mais tarde se chega ao ponto de que não há mais gastos para se cortar. Seria um término muito óbvio de um post. Para evitar o lugar comum, você acrescentou mais um parágrafo pedindo bom senso aos arautos do mau mercadismo. O pedido não tem muita relação com este post “É hora de pensar em alternativa para o plano Levy”, e dizem que este é um dos truques para a diversão: a falta de lógica no fecho. E não é só a falta de relação do fecho com o post “É hora de pensar em alternativa para o plano Levy” que faz rir, também pedir “bom senso aos arautos do mau mercadismo” é motivo de riso.

    A diversão é também um mecanismo em esconder algo mais grave. Será que há algo mais grave ainda do que a queda no PIB no primeiro semestre de 2015 que parece teria sido escondido? É isso que faz pensar a boa peça de humor que foi o post mais recente de sua autoria intitulado “Palácio confirma que foi ouvido pela reportagem de O Globo” de sábado, 05/09/2015 às 18:35, que faz pilhéria em relação à notícia divulgada na mídia de que o governo considerou desastrosa a declaração de Michel Temer. O endereço do post “Palácio confirma que foi ouvido pela reportagem de O Globo” é:

    https://jornalggn.com.br/noticia/palacio-confirma-que-foi-ouvido-pela-reportagem-de-o-globo

    No seu post “Palácio confirma que foi ouvido pela reportagem de O Globo”, você deixa o link para reportagem no jornal O Globo intitulada “Planalto considera desastrosa fala de Temer” e que pode ser vista no seguinte endereço:

    http://oglobo.globo.com/brasil/planalto-considera-desastrosa-fala-de-temer

    A reportagem do jornal O Globo tenta dar repercussão à fala de Michel Temer que, segundo a reportagem, teria dito:

    “Se ela continuar com 7%, 8% de popularidade, de fato fica difícil, não dá para passar três anos e meio assim”.

    Só este trecho da fala não esclarece muito o que Michel Temer quis dizer. Transcrevo então um parágrafo inteiro da fala dele, conforme saiu em reportagem também do jornal O Globo intitulada “Temer diz que é ‘difícil’ Dilma resistir mais 3 anos com baixa popularidade” e com o subtítulo “Vice-presidente fez afirmação durante debate em entidade de empresários” e compondo com o subtítulo há a transcrição logo a seguir de parte da declaração de Michel Temer e na qual se lia: “’Ninguém vai resistir três anos e meio com esse índice baixo’, declarou”. No parágrafo que importa a fala de Michel Temer é a seguinte:

    “”Hoje, realmente o índice é muito baixo. Ninguém vai resistir três anos e meio com esse índice baixo. Muitas vezes, se a economia começar a melhorar, se a classe política colaborar, o índice acaba voltando ao patamar razoável. O que nós precisamos não é torcer, é trabalhar para que nós possamos estabilizar essas relações. Se continuar assim, eu vou dizer a você, para continuar 7%, 8% de popularidade, de fato fica difícil passar três anos e meio”, declarou”.

    E o endereço da reportagem “Temer diz que é ‘difícil’ Dilma resistir mais 3 anos com baixa popularidade” é:

    http://g1.globo.com/politica/noticia/2015/09/temer-diz-que-e-dificil-dilma-resistir-mais-3-anos-com-baixa-popularidade.html

    Para um constitucionalista como Michel Temer, a frase, tal como ela foi divulgada, indicando que a presidenta Dilma Rousseff cairia se o índice mantivesse assim tão baixo, seria realmente desastrosa, pois salvo um golpe de Estado ou um processo de impeachment com bases legais que não existem, não haveria como forçar a saída da presidenta Dilma Rousseff. Não existe no regime presidencialista a previsão de taxa de popularidade como causa de queda de um presidente. Aliás a taxa de popularidade não é motivo de queda nem no regime parlamentarista. Nele é preciso que o primeiro ministro perca o voto de confiança. Sendo maioria o governo, independentemente da taxa de popularidade sempre ganha o voto de confiança. Aliás, ele só perde se o governo pressentir que a taxa de popularidade dele está alta e, assim concluir que, antecipando as eleições, ele pode aumentar a maioria pró-governo.

    Em minha avaliação, houve falha de Michel Temer em dizer algo assim no limite do bom senso. Eu creio que minha avaliação é mais leve do que a de Janio de Freitas expressa no artigo “Fora do lugar” de domingo, 06/09/2015, publicado na Folha de S. Paulo e que foi transcrito aqui no seu blog no post “Reprovação de Dilma exprime repulsa à sua política econômica, por Janio de Freitas” de domingo, 06/09/2015 às 19:24, e que pode ser visto no seguinte endereço:

    https://jornalggn.com.br/noticia/reprovacao-de-dilma-exprime-repulsa-a-sua-politica-economica-por-janio-de-freitas

    É bom que se diga que um terço (ou talvez dois quintos) do artigo foi para discutir a declaração do Michel Temer, um terço (Ou talvez também dois quintos) para criticar a política econômica do segundo governo da presidenta Dilma Rousseff e um terço (ou talvez só um quinto) para se dedicar a exposição do procurador Deltan Dallagnol sobre os novos 17 acusados da Lava Jato. E você escolheu como título uma frase, na qual provavelmente se estruturam quase integralmente os dois quintos dedicados a criticar a política econômica do atual governo. E título ou frase forte o suficiente para obnubilar a análise bem crítica que Janio de Freitas faz da declaração de Michel Temer.

    E houve falha também de alguém no Palácio de ter avaliado a fala de Michel Temer como desastrosa, sem ter previamente todo o conhecimento da frase. Do lado do governo não caberia dar muita repercussão à fala de Michel Temer. A frase de Michel Temer pode até ser defendida como a frase de um político que leva em conta a opinião pública. Era preciso apenas dar conta de que Michel Temer fala muito e se tem boa oratória não significa que fala bem.

    Se a frase de Michel Temer isoladamente não parece tão desastrosa, há que se pensar, entretanto, na realidade jurídica que não prevê a queda de um presidente com base no seu índice de popularidade e também na realidade política que não pode aceitar que um presidente perca o mandato porque ele não está agradando a população. E essas duas realidades são o forte de Michel Temer.

    É bem verdade que mais recentemente houve a introdução em alguns ordenamentos políticos a prática do “recall”. Não creio que este mecanismo venha a perdurar. Um governo pode estar fazendo uma boa administração e ter baixos índices de popularidade e pode acontecer o contrário. Não obedecer ao prazo dos mandatos pode criar uma insegurança tal que acabe levando os governos a buscar mais a popularidade do que boas práticas administrativas.

    De todo modo o assunto rendeu e você se saiu melhor que a maioria aproveitando para se divertir e aos outros com o bom post “Palácio confirma que foi ouvido pela reportagem de O Globo”, publicado no sábado e já no domingo você soube trazer o bom artigo de Janio de Freitas que se de um lado bate forte na declaração de Michel Temer foi utilizado mais para dar abrigo as suas críticas à política econômica do segundo mandato da presidenta Dilma Rousseff. É claro que as duas oportunidades, pelo humor mais no post “Palácio confirma que foi ouvido pela reportagem de O Globo”, embora o título do post “Reprovação de Dilma exprime repulsa à sua política econômica, por Janio de Freitas” não deixa de ser divertido, também serviram para passar por cima de mais uma mancada de Michel Temer que é aqui no blog apresentado como alguém maior do que ele realmente seja.

    Clever Mendes de Oliveira

    BH, 09/09/2015

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