Em meio à crise no INSS, governo inclui Dataprev em programa de privatização e inicia demissões

Ao mesmo tempo, o governo anunciou o fechamento de 20 unidades regionais da Dataprev

Governo já teria iniciado programa de demissões da Dataprev. | Foto: Divulgação

do Sul21

Em meio à crise no INSS, governo inclui Dataprev em programa de privatização e inicia demissões

Decreto publicado no Diário Oficial desta quinta-feira (16) coloca a Dataprev (empresa de Tecnologia da Informação da Previdência Social) no programa de privatização do governo federal. Trabalhadores e entidades de classe, como o Sindicato dos Trabalhadores da TI, que representa os funcionários da ataprev no RS (Sindppd/RS) e a Federação Nacional dos trabalhadores em empresas de TI no Brasil (Fenados) relatam estranheza com a decisão do governo.

A medida surpreende e causa indignação também por se dar em meio à crise do INSS e à decisão de chamar cerca de 7 mil militares da reserva para tentar diminuir a fila de 1,3 milhão de processos que aguardam análise e a concessão de benefícios. Esses militares não têm experiência nos serviços do INSS e precisarão receber ainda treinamento. Além disso, receberão 30% dos proventos que já ganham, custando R$ 9 bilhões ao governo federal.

Ao mesmo tempo, o governo anunciou o fechamento de 20 unidades regionais da Dataprev, no RS, AC, AL, AP, AM, BA, ES, GO, MA, MT, MS, MG, PA, PR, PE, PI, RO, RR, SE e TO, totalizando a demissão de 493 trabalhadores em todo o país. Para as entidades que representam os trabalhadores, “a opção do Governo Bolsonaro em chamar militares da reserva demonstra o extremo desprezo pelos serviços públicos e a decisão de enxugar a estrutura da Dataprev para privatizar esta importante empresa de TI, entregando os dados da população a grandes empresários do setor privado da Tecnologia da Informação”.

A Dataprev é a empresa pública federal de Tecnologia da Informação responsável pelo processamento do pagamento mensal de cerca de 34,5 milhões de benefícios previdenciários e pela aplicação online que faz a liberação de seguro-desemprego e pelo aplicativo Meu INSS. Processa as informações previdenciárias da Receita Federal do Brasil e responde pelas funcionalidades dos programas que rodam nas estações de trabalho das agências do INSS e postos do SINE (Sistema Nacional do Emprego). Possui 3.600 empregados em todo o país e 49 na unidade regional do RS. A União detém participação de 51% da estatal e o INSS, 49%.

Redação

2 Comentários

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  1. Agora sim, o desmonte está completo.
    Não há como ficar pior porque nem greve dá pra fazer. Os funcionários se aposentaram, os “extras” da força tarefa de militares não entendem nada de previdência e se os processos passarem pela análise, não tem DATAPREV para processar a concessão.
    Análise e concessão de benefício só no ” templo do salamão “, com os 318 pastores em jejum, oração e vigília.
    É a previdência divina.

  2. Bozo declarou durante a campanha que queria ser eleito pra destruir e nao pra construir e so nao disse que faria isso pra favorecer as milicias e pelo andar da carruagem os milicianos abrirao empresas para substituir as que estao sendo destruidas pelo Poderoso Chefao, um Berlusconi piorado que, por coincidencia, foi eleito pelas Maos Limpas piorada da Terra Brasilis

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