Europa e EUA defendem salário digno em meio à pandemia; Brasil vai na contramão

Irlanda e EUA retomam discussão sobre teto salarial suficiente para cobrir as necessidades básicas do trabalhador, como alimentação e moradia

Jornal GGN – Enquanto o governo de Jair Bolsonaro (sem partido) encaminhou ao Congresso Nacional uma proposta de reajuste do salário mínimo sem aumento real em 2021, países europeus e o próprio Estados Unidos discutem a doação de um salário digno, em meio à pandemia da Covid-19. 

O chamado salário digno é uma proposta de estabilidade econômica, com um teto suficiente para cobrir as necessidades básicas do trabalhador, como alimentação e moradia. 

Na Irlanda, as discussões em torno do tema foram retomadas. O premiê Micheál Martin afirmou, em entrevista do feriado de Natal, que seu governo pretende aumentar o teto salarial em 20%, a fim de cessar a desigualdade de renda exposta pela pandemia.

“Acho que há uma mensagem clara vinda da covid, que expôs a dualidade da economia irlandesa em termos de trabalhadores de baixos salários”, disse Martin. “Isso é algo que precisamos [considerar] – não apenas um salário mínimo, mas um salário digno, que realmente lide com essa questão”, completou.

O premiê sugeriu que o atual salário mínimo de € 10,10 (cerca de R$ 64) por hora, para um salário digno de € 12,30 (cerca de R$ 78).

O tema também ganhou adesão nos EUA. Na eleição deste ano, a Flórida realizou um plebiscito para elevar o salário mínimo estadual de US$ 8,56 (cerca de R$ 44) para US$ 15 (cerca de R$ 77) por hora a partir de 2026. A mudança foi aprovada por mais de 60% dos eleitores. Além disso, 24 Estados afirmaram que deverão aumentar o piso salarial em 2021.

Ainda, vale lembrar, que ama das bandeiras levantadas e defendidas pela campanha eleitoral do presidente americano eleito, democrata Joe Biden, foi a doação de salário mínimo federal de US$ 15 por hora.

Com informações do Valor Econômico. 

Redação

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