Fora de Pauta

Juca Ferreira, pelo Facebook:

Juca Ferreira
14 min ·
Quero agradecer ao ex-prefeito Fernando Haddad e a todos que em São Paulo estão lembrando da minha contribuição para o sucesso do carnaval de São Paulo.
Logo depois de ter sido nomeado secretário de cultura de São Paulo, eu fui procurado por um grupo de carnavalescos paulistanos para que eu assumisse como um evento cultural e legalizasse o carnaval de rua da cidade.
Eu demorei de acreditar no relato dos carnavalescos. A festa não era legalizada e isso possibilitava a repressão aos que estavam na rua celebrando uma das festas mais populares do país. Eram tolerados ou não, à partir do humor das autoridades. Só o carnaval do sambódromo era legal. O carnaval de rua era tratado como o jogo do bicho, era permitido quando era do interesse das autoridades de plantão.
Falei com o prefeito e ele me deu carta branca.
Além da legalização, cuidamos de garantir que a festa fosse entendida e tratada como uma festa popular, feita pelos foliões e suas entidades e definimos o papel do poder público. Cuidamos com muito carinho de organizar e regulamentar a festa dentro de normas e padrões que impedissem que acontecesse em São Paulo as distorções que já vinham acontecendo nos carnavais das principais capitais brasileiras.
Nada foi imposto, tudo foi fruto de muita discussão com os que fazem e organizam a festa, muitas conversas e estudos técnicos.
Levei para transmitirem as experiências, com suas qualidades e defeitos,os que organizavam e faziam os principais carnavais Brasil a fora, mesmo considerando que cada carnaval é singular e que não cabe transpor características nem regras.
Por exemplo, as polícias da Bahia e Pernambuco impressionaram pela complexidade do planejamento da segurança dos seus carnavais; a baiana Merina Aragão mostrou conhecimento e intimidade com os detalhes da festa. Os carnavalescos de Pernambuco afirmaram o tempo todo que a festa tinha que ser tratada com um fato cultural e que as demais dimensões, inclusive a econômica, eram caudatárias dessa natureza.
Quando a minuta do intrumento regulatório ficou pronto, ainda faltava algo que eu redigi com um lápis sobre a cópia que estava lendo e depois foi incorporado no texto:
– fica proibido qualquer privatização do espaço público durante a festa e fica vetado o uso de cordas para esse fim.

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Apesar do segundo lugar na pesquisa, o presidente da Riotur, Marcelo Alves, afirma estar satisfeito com os números do turismo no Rio
Letycia Cardoso e Renan Rodrigues
27/01/2020 – 03:30 / Atualizado em 27/01/2020 – 09:36

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